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4 4 4 UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO CURSO DE ENFERMAGEM DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS Duque de Caxias – RJ 2021 DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS Trabalho apresentado a Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy – Curso de Enfermagem – Disciplina de Prática Curricular na Média e Alta Complexidade II, como parte dos requisitos parciais para composição de nota de avaliação. Professora: Duque de Caxias - RJ 2021 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4 2. DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS ............................................................... 5 3. TIPOS DE DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS ............................................. 5 4. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 10 5. REFERÊNCIAS ................................................................................................... 11 1. INTRODUÇÃO Os distúrbios hidroeletrolíticos são uma deficiência na quantidade de eletrólitos no corpo humano. Essa condição é responsável por diversos problemas. Isso porque o equilíbrio dos eletrólitos é essencial para que o corpo funcione normalmente. Trata-se de um assunto de extrema importância, uma vez que estes distúrbios podem levar a morte. As células do corpo humano (principalmente dos nervos, do coração e dos músculos) os utilizam para manter as voltagens elétricas de suas membranas e para transmitir os impulsos elétricos para outras células. 2. DISTURBIOS HIDROELETROLÍTICOS Os eletrólitos são sais que se tornaram íons eletricamente carregados com cargas negativas ou positivas e que são responsáveis pela condução da eletricidade necessária para o bom desempenho de várias funções orgânicas. Por isso, o equilíbrio dos eletrólitos é essencial para que o corpo funcione normalmente, pois são distúrbios que podem gerar várias consequências, inclusive a morte. Eles são importantes porque as células (especialmente nervos, coração e músculos) os utilizam para manter as voltagens ao redor de suas membranas e para transmitirem os impulsos elétricos para outras células. Eles, por exemplo, levam os impulsos elétricos dos nervos para as células e tecidos e provocam os movimentos necessários à execução da função dos órgãos. Normalmente, os rins mantêm as concentrações de eletrólitos constantes no seu sangue. Quando a pessoa perde eletrólitos, particularmente sódio e potássio, eles devem ser substituídos para manter as concentrações normais nos fluidos corporais. Os distúrbios hidroeletrolíticos ocorrem quando a pessoa perde grandes quantidades de líquidos e eletrólitos, como acontece, por exemplo, no suor excessivo, na poliúria (excesso de urina), nos vômitos e na diarreia. 3. TIPOS DE DISTURBIOS HIDROELETROLÍTICOS • Hiponatremia: é definida como sódio sérico menor que 135mEq/L. Normalmente é observado em 1.5% das admissões nas emergências hospitalares. Ocorre frequentemente por diluição (depuração de água renal insuficiente) ou por depleção. - Ação de Enfermagem: • Colete informações precisas para estabelecer a taxa de aparecimento de sintomas, qualquer causa óbvia, como por exemplo, o uso de diuréticos. • Avaliar o nível de hidratação do paciente. • Checar a concentração de sódio na urina, antes de administrar qualquer terapia IV. • Puncionar veia calibrosa. • Avaliar sinais vitais • Avaliar nível de consciência. • Monitorar débito urinário. • Hipernatremia: é definida como um sódio sérico maior do que 145 mEq/L. - Ação de Enfermagem: • Monitorar o quadro hemodinâmico • Puncionar veia calibrosa • Administrar volume • Avaliar o nível de consciência • Monitorar o débito urinário • Fazer Balanço hidroeletrolítico das 24 horas • Observar e comunicar presença de convulsão, vômito, diarréia e sudorese excessiva • Estar atento às queixas do paciente • Hipocalemia: corresponde à situação em que é verificada baixa quantidade de potássio no sangue. Normalmente, o nível de potássio no sangue é de 3,6 a 5,2 mmol/L. Abaixo de 3,5 mmol/L o diagnóstico é positivo para Hipocalemia. - Ação de Enfermagem: • Monitorar e medir a ingestão e débito de líquidos • Observar uso de digitálicos • Monitorar sinais vitais rigorosamente • Avaliar estado neurológico • Avaliar o ECG • Hipercalemia: potássio no sangue é maior que 5 mEq/L (ou 5,5 a depender da referência). - Ação de Enfermagem: • Identificar pacientes com risco de acesso de potássio como aqueles com insuficiência renal • Monitorar os sinais de hiperpotassemia • Verificar o equilíbrio hídrico e a presença de sinais de fraquezas musculares (fazer exame físico) e arritmias (realizar ECG). • Obter o pulso apical quando aferir os sinais vitais • Avaliar sintomas gastrointestinais, como náuseas e cólicas intestinal e observar a presença de parestesias. • Realizar um monitoramento constante • Verificar os valores de ureia, creatinina, glicose e gasometria arterial. • Hipocalcemia: é definida por uma concentração de cálcio total abaixo de menor que 8,5mg/dL ou 2,2mM ou cálcio ionizado inferior aos limites da normalidade. - Ação de Enfermagem: • Avaliar os níveis de cálcio sérico, albumina sérica e o PH arterial • Realizar a reposição de cálcio por via intravenosa utilizando um saúde cálcio, como gluconato de cálcio e o cloreto de cálcio. • Atentar para o cuidado ao administrar cálcio intravenoso em pacientes que recebem medicamentos digitálicos. • Hipercalcemia: corresponde ao excesso de cálcio no sangue, em que são verificadas quantidades desse mineral superiores a 10,5 mg/dL no exame de sangue, podendo ser indicativa de alterações das glândulas paratireoides, tumores, doenças endócrinas ou por efeito colateral de alguns medicamentos. - Ação de Enfermagem: • Verificar a frequência respiratória e o ritmo cardíaco • Monitorar a hipercalcemia em pacientes de risco • Incentivar a deambulação e a ingestão de líquido • Motivar o paciente a bebê água diariamente incluir fibras adequadas na dieta • Hipomagnesemia: é a diminuição da quantidade de magnésio no sangue, geralmente abaixo de 1,5 mg/dl e é um distúrbio comum nos pacientes internados, surgindo geralmente associado a distúrbios em outros minerais, como cálcio e potássio. - Ação de Enfermagem: • Administrar sais de magnésio por via oral. • Monitorar o débito urinário e notificar a equipe médica caso o débito fique abaixo de 100 ml ao longo de 4 horas. • Hipermagnesemia: é o aumento dos valores de magnésio no sangue, geralmente acima de 2,5 mg/dl, que normalmente não causa sintomas característicos e que, por isso, é muitas vezes identificado apenas nos exames de sangue. - Ação de Enfermagem: • Monitorar sinais vitais e observar a presença de hipotensão e respirações superficiais. • Observar a diminuição de dos reflexos tendinosos profundos e de alteração do nível de consciência. • Hipocloremia: caracterizada pelo nível de cloreto < 97 mEq/L - Ação de Enfermagem: • Monitorar o Balanço hídrico (excesso de água), valores da gasometria arterial e níveis de eletrólitos séricos. • Relatar imediatamente alterações no nível de consciência, força muscular e movimento do paciente. • Monitorar sinais vitais e realizar com frequência ou exame respiratório. • Fornecer alimentos com elevado conteúdo de cloreto. • Hipercloremia: caracterizada pelo nível de cloreto > 107 mEq/L - Ação de Enfermagem: • Monitorar sinais vitais, valores de gasometria arterial, Balanço hídrico para avaliar o estado do paciente e eficácia do tratamento. • Registrar achados de exame respiratório neurológico e cardíaco e comunicar a alteração. • Ensinar sobre a dieta que deve ser seguida e manter a hidratação adequada. • Hipofosfatemia: caracteriza-se por concentração plasmática de fosfato < 2,5 mg/dL (0,81 mmol/L). - Ação de Enfermagem:• Monitorar os níveis séricos de fósforo e relatar os sinais iniciais de hipofosfatemia. • Incentivar o consumo de laticínios, peixe, frango e grãos integrais, caso o paciente apresente hipofosfatemia leve. • Promover medidas para evitar infecção. • Hiperfosfatemia: caracteriza-se pela concentração plasmática de fosfato > 4,5 mg/dL (> 1,46 mmol/L). - Ação de Enfermagem: • Caso seja prescrita dieta com baixo teor de fosfato, instruir o paciente a evitar alimentos ricos em fósforo, como queijo, carne, cereais integrais etc. • Monitorar a administração de sais. • Monitorar alterações no débito urinário. • Instruir o paciente a evitar substâncias contendo fosfatos. 4. CONCLUSÃO Os distúrbios hidroeletrolíticos podem ser grave podem causar sérios danos na vida no paciente e por isso deve-se seguir os cuidados proporcionados pela equipe hospitalar e o cuidado de enfermagem é essencial para que possa ser promovida uma rápida recuperação a fim de promover melhora e conforto. 5. REFERÊNCIAS Distúrbios Hidroeletrolíticos: o que é e o que fazer nesse caso? Ctsem.com. Disponível em: <https://www.ctsem.com/noticias/148-disturbios-hidroeletroliticos-o-que-e-e-o-que-fazer-nesse-caso>. Acesso em: 21 Jun. 2021. HTTPS://WWW.FACEBOOK.COM/SOMITITERAPIAINTENSIVA. Distúrbios Hidroeletrolíticos: o que são e como tratar - Somiti. Somiti. Disponível em: <http://blog.somiti.org.br/disturbios-hidroeletroliticos/>. Acesso em: 21 Jun. 2021. Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem. Ufsc.br. Disponível em: <https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/12223/mod_resource/content/3/un02/top04p02.html>. Acesso em: 21 Jun. 2021. Só Enfermagem — Publicações. Facebook.com. Disponível em: <https://www.facebook.com/soenf/posts/496339190407691/>. Acesso em: 21 Jun. 2021. RESENFE2013. Distúrbios hidroeletrolíticos. Slideshare.net. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/resenfe2013/distrbios-hidroeletrolticos>. Acesso em: 21 Jun. 2021.
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