Buscar

a grande patria para dialogo nas escolas primarias_1900

Prévia do material em texto

•\ I. i: ... ~_ . l .f:., i; .. p I _, 
I I ·' 
,; ,I 
' I ..• \ ; i ~ , I c :I ~ I 
' I f • • • ~ •·I 
,. 
·'I ., .. 
'!' · 
- --
SÉRIE 
} marlllo de Vaseoneellos • 
:I [ . "' LEIT'lRJIS HISTORIÇ,JIS . * 
* 
A GRANDE PATRIA 
CORRIGENDA 
Além de outros erros tvpographicos, que: escaparam á revisão, 
mas fa(ilmcntc se corrigem, imprimiu-se : 
Pag. 16 - Linhas to' e 1 r' - awl>ou-s,•, essa acabou-se - em vez 
de : aca./•ou-s<' rssa, awl>ou-sc; 
Pag. 17 - Linha 3'- l lljdi:z111<'11i<' niio lwu-u~ SIIIIJ!IIC- em vez 
de - Fl'ii~ lll <'ll l<' uiio !Jom•e mugtu; 
Pag. 63 - Linha 15' - 1S36 - em vez de - 16;6; c 
Pag. 89 - Linha 1 1' - lilllf!· uo~m uau - em vez de - uma 1/f!l/., 
"·· 
S~ítor 
O publico este livro com pretençào 
quanto ú sua substancia; sim, e só, 
\§~~~porém , como suggestivo quanto ao me-
thoclo de exposição, que procede do 
presente para o passado, afim de que 
outros mais senhores elo ass umpto melhor par-
tido tirem ela sua competencia em favor elos que 
se instruem, caso neste ensaio algo divisem de 
aproveitavel c dig no do seu esforço . 
Procurei desenrolar ante o espirito juvenil, 
ao qual enderecei o meu trabalho , a trama dos 
. 
' I 
\ [ 
factos co ncern e ntes ú historia patt· ia, de mo lo 
que, pela rea lidade actual , em qu' te m e lle expe-
rie ncia propria, e em que é [ a rte , chegu á posse 
dos antecedentes. qu e pr parara m e. a mes ma 
realidade. 
Ig noro se j á fo i o processo adopla d em q ual-
quer ob1'a clidactica , qu e nã s p livrinh o illus -
trado <c R io acima», cuj o texto. n tr ' tan to, não 
cor.respo ncle ao objec ti pcdago.~· i co, qu e o a utor 
parece te r visado. O q u se i ~ q u ha razões 
theoricas muito poderosas para 1 'r. vc ra r na p ra -
tica, a que o m u tir cin io c\;í ab no . 
Quanto á fe itura, 111 a lg um a c u. a se 1 óde 
ella com parar c.í. da H úton "a ale/Ire de !- 01/tngaL, 
ele Pinhe iro Cha(ra , que só me nt -' de pois cl te r 
mostrado o me u trabalho ao me u douto a mig o 
S enador Seve rin o Vie ira, vim , 1 r indicação s ua, 
a conhecer. Preferi , toda\·ia , o clial go com ex-
clusão co mple ta el e qualqu r parte expos itiva, por 
se me afi~urar qu e seria isso um rec urso para o 
exercício da lúttn·a exjwt"Sstva e m classe, e que 
esta, graças ao seu caracter d ra matico, não só sus-
citaria os brios dos interlocutores, a nimando-·lhes 
o tom, como, captando a atte nção dos o uvintes, 
a quem, de outro Iael?, as a lte rn at ivas do d ialogo 
clescançam, muito co ntribuiri a p ara facilita r a im~ 
pressão e a retentiva dos fac tos re me morados. 
VH 
.-\ r ·f ·re nc ia, qt.:e, no correr elo livro, se faz 
a um a/bw1t, ac u a o propo ·i to de o acompanh ar 
d<.; illus traçõe ·, que mais inte r ·s e m o espí ri to 
pcl c nhec imento do facto ·, m q ue se Ini c ia . 
E11Lretanto, o d · envolvime nto a inda pequeno ela s 
nossas < rles crraphica m e inhi l e ele dar nesta 
· li çéi.o ·se c mplemc nto uLili s . imo (1), que só-
111 11 te S<.; Lo rn . ri 1 : ive l se a accei taç ~1o elo que, 
c1n e lle, posso d ar , me pe r mittir co ntractar, o nde 
ma i. co nve nha , a p u b licaçá elas ,,.ravura , a que 
:t lluclo. 
Ri cleJan <.; iro, · ( ele D ezembro ele 1896. 
Jo .\o Kol'KE. 
( I ) ].;;ta ddici llCÍtl pÓdo, Clll (l~l'~O . SCl' Hll[lJl~tlb p~hl l'~CcUt cl 
~uUli.::nr,i'ío t i l\ c:u :1 G.wnior Uulcri 1 rle Aulul'i11 úr 11:.ilC11·ct . 
Petropolls, 22 de Abril de 1900, 
Meu caro Alvaro 
R volv nrlo ho11~cm os m us pa pei ·, achei. en t re elJes, as 
IIO(:IS . (JIIC. Clll ] u!JG , llle n via~l 1 :1C0111panhnc\ns de C::l rt:-1 
011 1 dnta ele J (i ele F •,·<:reiro, logo I poi · q ue ·on ·lu imo. aq uell<: 
i'Huclo~o cw· ·<, d e h i ·tu?·ia pett?·ia , d • qu ' tflo g ra t:1: ro ·ordaçoes 
gu:t rchl iHO~ lo<lo:, lllcstre:< e li bcii ulo . 111 cln: m st res, teu 
1\ vCt. o exccllc Jtt · vclbo, q ue , a lodos , n os d: tv:t exemplo d o 
··h ·is 111 n nwis a r ri;;o.laclo, já, tri: Lc realidade ! pa;:"ou p:t m o rúl 
d os 'Jll ' :l[ll' ll:ll> '"ul tj ·tiv:u\leul c .,·ovC'rllal\1 :1 110!-'S: t ex is lc ncia. 
E ('11 1 l>ü:t hora o ffll ' ··· .P ' l l ~a tu 't li E' lhe Loca v:L a;:s i. t.ir c fn11e r 
a : l prt•,·i:\~' i\o •l o raclos. CJue , pelos Ji u · d 1 '97, col•ri r:un de ve r-
go llb:t • l Brazil inteiro e p uz ·r:1111 r · matc cr u nlo :lo: scrvit;os 
inolviclavei. ·0111 IJUC a d edicação do l\'[a1·ccb nl C:li'IO~ l\'(achaclo 
B il.L ' 11 •ou r~ fC' Ii ·ilou a Jh tl ria • a He pu bliC:l ! . .. 'l'u , q ue o conll •· 
Pesle tão 7.Clador do-- fvro · d:t nobrc;~,a humana , pvdru l.Jem 
a \·:d ial.' hoj • quo11l.0 .lb seri a pe noso na rrar a lc us irm ãos, 
n fi e i tos a ~e inst ruirem il a sua conversa. e rudit:L c cari nhosa, 
:'C'CII :Is t fto tlcp rim cn tes con1o a da con p imção pervers~1, q u<' 
111achinou o n~~:~~~inalo do , ' r . D r . Prudcnlc ele l\fom cs ! ... E , se 
:1. ;;nrL c o não tive .. "e pou pado a I:\J1 1:.1 n ho acrific io , calcúlo com o 
:1 Hlla CO!Hl!'lnnaç:io; lraYi:i c\ ' C':\s ligar ' 1\l~i\{ar ·ellino B ispo de M ello, 
o infeliz ali. pc<;:nd:t, que :c pre.tou a tentnr o golpe traiçoeiro, a 
insinu:u;iln insid io;;a do,; pa rlirl:irin: cx a lt.allos, a quem a infama 
X 
do m eio nno ~ z rrtu:1r :1111 • a r FJlO I L ':Iioilid:~dc trcmcnda do 
Nm.·t•II.Jo r : uhlcrfu .. i o~n apoio ! ... ('r>Ju.IJ os n1 eus fi!hin lt n>'. lcndn 
11:1 pby~ionon li :t elo lib lo rindor :1 rr· ,·r,lt.a d e . ua :iiJll :t incli <rnadn , 
~c hnvi:uu d e ho rmri~ar a11 tc a d c,:c rip~· :l o d 1 indig no attcn-
tndo ! ... l\Ia · nil:J qui ;-._ a IJO t t•.<t.rclla do H r:t:r.il que <• , ' r . .Dr. Pru-
d e nt e tle ::'l[o racs ·n lt i.•,c s •m te r pn .~o p r ompl to o inq o to 
d e c.:ivi:slllo, qu e d' e ll c c.xigiran1 sc: 11~ ·o nt idalilo,;, clcgenclo-o ; 
c lu ni n d:l h as cl · sent ir c ·ho:tr JlOH ou,·idos :1s ll l: lllife~ta ç<-,e: 
s inccrn · com CJll o po1·o lhe ag r:\dCc<.!u . de Hiu :\ l't rncic:tbn . m 
mcmoraui lissima · ininLt' lTOillpicla u1·:1ç·:1o , o q ut• a~ c:ir ' llll l tnn-
c ins lbc p c rlll itLinll ll f':t 'l.Cr par:\~ ·n·ir ít l':tl ria d ·nu·o da J, i c 
elo Direito. 
'l'uclo i. to 111 ' ac udiu :lu c•pirito :\0 dn r t'<ll ll O;< o lho: no~ 
teu · apo ntnnlCJltos, c , po nd •ra ndo a pro po:-ilo d ' •lle ·, n :soll'i 
reconstituir o 11 c>;;so c11rso c d al -o :í pn loli• ·id:tdl! ·1 :ll'a r111c fique 
11111 padrão em m e m oria tl:i <JU:\clr:t L'lll que nr,,.,, a f:t milia ,.i,·n, 
coll nboril tuo. corn o :no e: illll~lr <' 1\i'orto na ftm n :t ;:'\o da fib rn 
pnLrioticn cl: \.' gcraçücs q u té rn d • 111 1~ s u <· · ·d •r. Dc:culp:1 ·e t 
nno p edi l i ccn~a : :\ in tcn çü pa r L't: U·Ill :lltinri,.ar :1 li ucrd:tcl e . 
1\[nndar-te-oi, poi~ , u m c.xctnpla r do fJll l! o p r L• Io pu 7.C'l' :\ corre r 
muntlo, com e.> rc~o rd:1•iflo do tna i · ~uloidu 1·a lm pa r :l m irn , pnr:t 
ti p nr:t algun: :\ll J i "o.~, cunw li rnk d t: p raze r, (:Ih· ' Z. p:1 ra niio 
poucos espírito · empenhado:-; no c. tlld<! d:1s <'O II :i :\~ palri:\~ . 
E ,·c sú em que •poc:1 p cmlittiu o 11 ·:1:-:u q ue o no:•o liHinho 
: nb i:"e rlo . ilcn io da minl1:1 .r;': ll·da p~tra a :wita~·:1o do g mndo 
munclo ! ... No an no cm r1ue n nn>~:l Pat ria c lt'hra o quarto 
CénLenario elo se u descob rim enlo. Sem ~c r hou\ rwge rn d e apreço, 
que cxprcs. amcntc IIJc votnss n1 s , vai, omturlo, app:r rccc r 
como 11m a llr,<l:ttlo de q ll l' <> an ,o r rle: •n P:tlrin :oi ncl :t pr~ndc 
seu.' filhos ao c.<t.udo da ~ll:L _ histor i :t, c qu t· c ll .-, de lir:mtc.- de 
pr:tl\CI' quando lh e lént n:-: pag in:H; J'ulg u r: tnt .-. g •mc11t nm e lla 
sempre que n narraçüu a lllc>sl m a :tbrunh :tLl:t a o p l<O rl • :td\'n-
sidad:-o!i. Valhn·uos , ao lll<.!nos, a con~c-icu c· ia ele lJll t! n!'.,:im s incc-
ranJcntc a umalllOS ]1:tr:t r<: le1·m u ins ignifit•ancia elo Y:rlo r do 
n osso tributo; ·, no quatro S<.! ·tdos _tle cxi:t llCi:t l!nnotn· idn por 
ft:ilos do mai: requi nl.ndo c ivi:mo, quea Lrouxc rnm dn Colonin 
(í. R epu blien nleulcmos as cspernnç:1:; 11:na JlO>< com·encermns dP 
XI 
(jlH' O ,'r . ])r . :'IT.:lllOt•l 1 •\~ITM: d e Ca m po:: ';1IIC C SOU!< !lUCCe!l· 
so rc~ hftO d ·c· n Li ttua r tl tg-nan t cnL~ a olot·a d o n o><. os a 11 tepnss:tdos, 
il•,•an l:tn clo " i'\açn a o apou·cu cb g ra 11 tl z:1. si, on tpc n cU'ndo>: 
L tlo~ d u exr·t•lle n ia ri IIO \ 'O n·git ll •n p oli ti c , lhe s t roux erem 
o t onti ''" •nt l ' d e paLrio li ·n o ll:thorar;:1o. 
D e qu lhe 11i\0 11 cgo o nte u , L nho dado p ro ,·a ·ouej a , e , em 
li, ·.'lou pr pnratHlo u n t u b.·titulo. Fio , p ois, q u f·l icit a ndo-te 
c·on11ni"o p C'Ia cn in ·idencia da 1 uhlicaç•i\o, "ll:t rdar:í · o volut11C 
p:t r:t Íll!>lrtt Çtlo lu l u · f'ilho, om o uma I n tura nça cl famí lia . 
. \ t'L't' il:t , ·0 111 o ttt u o raç·no a fie ·tuo.·o, nt uilo: r cados ele l ua 
:'ll fli ~~ ~·oa- 1 o 
J'ai c Antigo r•xtre m o. o, 
P . S . rnf •li?.m nlc n:ln ltntl\' Lcmpn pnra aprompl:u o 
A llll tlll . 
' 
Petropolis, :!ó de A l>r1l de 11100. 
Pu pai 
Apre. ~n-m clll applnurli r a r ·oluç·fLO, de que me déstc 
nolici:t m t.ua ·arln d 2::!, honLcm rc bida, 11!10 s i porqu 
0111 Lauta demora . l:'urc •e-nte que, no ·:1 ·o , não ha, por fórma 
ncnhum~1 , nrcLin h e 11. nnnha rnodcstia : em ·orupanbin de t!\o 
earoav eis collauoradorc,;, a gente ~ente-se bem, 1ucsmo ií lu% da 
puulicida I ·. E d hm h\ qu , apezar dos pezares, o no. !SO t ributo 
não será lc lodo trrele,·ante . Ao m no · . nt ir-:·e-ií o carinho e o 
enthusiu&nlo commulJicat.ivo cb · nossas :t"l'l\davei · pnle.tras. :1 
que o umo1· da. Patrilt exlr mecida clnvn tan to : al>or, e couven-
cer- ·c- ~lo , o l[lle 1Ws lerem (r leva fL pretencio ·iclnde do plural) , 
rlo q ue, confiança no implemento do elevado de. tino n. que e:tli 
f'adnclo o Bra'lil, mlo no· f:iltR. Nun ·a! ... Ouço gente muito 
iUustmda , e que pass1 por patriot.:c:l e ci rcutU. pecta , a predizer 
clcsa ·t.r · ·re ·ceules ií Nação , alt.ril>uiodo-os u esta Republictt . 
Comquanto rnuito moço pn.m po(ler , sem certo acanhumeuto, 
Clmi'utar-lhes os tristes vaticínios, rio-me cl' Ues e mclino-me :t 
crer fJUe, infelizmente, sl\o inter ·ses contrariados que rur .. ndnm 
nos labios c· ·a linguagem, que n mente nl\o :ancciona e o comçno 
ouve con. tmngido. Ni\o é a m~tm·al volro da imnginaç!lo no::; 
t.ll ntpo!:! ua juventude e virilidade que a: 'im fala : tu és velho 
criterioso, hnbituado uo estudo e )10ncleruçllo clnFJ cousus politicus 
XI\ 
e cu te vejo onda vee:~. mni · fervoroso pelo r ,'ginH' Il político innu-
gumdo :t 1.:) ele No,·cml>ro de 1SS!1. Pni~ eonlnlig-o ~no cl oi.~ , 
Pap:li: cl'e.lrr. Ucpuhlica mc;;mo C: fJli C ha d • P:illir Of"Jltell.a 'JliC, 
l rn r:í n 
u D epois de proccllosa l<' mpcslucl c 
Nocturnn ~omhrn c• Slhilanlc ,.C11 to, » 
" .-ercn~ c la ridade, 
E sperança d e porlo c >'n.lvnnwnlo, " 
já entrevisto.- no rc~plcndor ela inl cg-raç·ào rcpubl icnnn elo Novo-
i\{unclo . 
Que víi , que vú o no~~o livrinho ele pcttnr 110 r ccinlo elas 
escol::\ · o torpor, q ue ns tl<'sin tcrc . .,.~ :l do que di:~. rc~pci lo no p:dz, 
onde JJnscemo , c que só pelo v:il\n· indi,·iclu:ll elo . .; cus filho. 
poderá gnlgar (l culm in nncia dn "T:Intlt·:~.a que lh e está re.-er varl:i . 
Jui!ignificnntc, como é, p:na. lllll ilo lr1g r:ll· nt'>'St' intuilo, o pouco 
que cn nsign. sení alguma ousa p:ua o <Juns i n :1cl:1 que pocl lllOS 
p1·e temler , m ns sempre alguma ou. 1. N:lo acl1:1s '? 
Hc1lmentc ú, como, tl izc.- , p ena que n A l.bum 11:1o fi ·nc;;;c 
prompto a tcn1p0 de i!lu:;Lrnr o ·urso. i\fa olha : a ·· im que Yi 
uoticia d:\ Gatet'in ele hi~lorin ú1·azUeira . publicnd:1 pcl:1 
livraria Gnmier pam cumnlclllora r o Quarto Ccnlen:Hio, C<ll'l'i a 
vur o que em, c , sendo rcl:lti\·am nL..: ·nr:l , t' raclrinho e\' it.ou-me 
o clcscon olo, f:l:~.cnclo ·mc mimo d ' :t(Jll 11 li\'ro.E' um lino muílo 
iutere:;sante , realm ente, c 'Jll ', atú c rto pon lo, SU[ pr • a f:1lt:1 <In 
fJUC tu pretendias publicar. i\l.:lntlo ·t 'o pum que o Ycjas c lem-
bro-te que, em cada um <t tl:ls p:1,.;;;agcn · n ill ustr:\r 11:1 nos.~n 
puulicnçno, potlerias f:1zer uma rcfúrcncia á J>:lg in:l dc!5~:1 obm, 
em q ue se encontra a g ran1r:1 rc ·pecLi\':1. A ·ug-gesUlo ~c 1110 
afigura bCin: oxali\ o confirnlC.s . 
Estou lllll tanlo liJK rlado com o r C'm :lte tlc um Lrab: lho de 
<JU( o ~lente de exerc ícios pratico.- tll C' incumuiu, e , por is~o . nno 
posso eunsign:u· nqui un1n>< o iJsct·vayües, que desejava fa:.~cr. 
Hclevn tu ngurn a sevcricl:ttlc con1 que nlludi nos n w us !\luis 
ve)lloa, saudosos do rel);imen , q ue 11!l.o nchou dcfen8ores pnra f' 
XV 
mn pn rnr quamlo perichlou , c no. rcpui.Jlic:mos dn. 011tra 
H <'puiJiica, que Jlt es f"ize~sc 111 C'IItor co nta nos sous iutNesscs ; c 
ncr<:diln que eu, pelo mono~. trago, COI IIO lu sempre m e inspi-
m.lc , :1n·oracla no IIIOU cstnnclar lc c ivico, n brcvissimn, mns 
sig 11ili caliv:t, l eg~nda do Excelsior. 
Jtotribuo ií. l\rn1níli c n lodo~ os seus nf'ago~, q ue, d entro de 
pou(·os dias, <'spc ro ir pc5~0a1JIIc llf • gozar . A li c a cllcs, ;;aCi rlc e 
o <'Oraç!\o s:ttl(loso do 
Fi lho atfccl.uo~o e mnit.o grnlo, 
AT.VAHO. 
Jnt~rfocutor~s 
@.tfoe~ro ~e ~ou;a Co.mín6o.. 
~ ÇPo.po. í. 
~ @ooô. 
~ ~r. ~fenco.,r . 
. -' 
' 
1 
- "~Ytw dcscctr lwntr·m do illorro elo I nglez . R .v . o 
8r. Dr. 11rud ·ute do .l[om c. ,, Ora., P apai tenho, mn.i tle 
11111:t ' ez, lido i to 11 j o l'!l a-1. P orqu e; ú 1ne dito esta 
noti i:~ ? I ~' :1.lo·um n. eoi n. illlpor ta.nte ? 
im, m u filho, é se nl[ll' lllll:L ·ou. a importantt' 
lllll ltolll ' lll Ll ixa r de LJzer o qu e tleve ra.zer. 
-E o r. JJr. Pruden te d e l\[oraes t vm enlã.o, 
sc·UJ[>ru Lju ·· ü es •r tlo i\Iorro d o Illglcz 'I 
- Sempre, n~to . lilo - tlia: marefulos pam aullic ncia 
publi ca n Ttn.nmra liy p n.rn. tl'J~pacho em confcn:nc in. 
co m os ."t' ltS · •c rctario:, os mi11i. t.ros . ohr ncgocios tlo 
E "t:ul o. 
- i\Ia ·, l',tpn.i , :e eu te di c r quo ni'LO c i bem qncm 
·.o Sr. Dr. Pnulc nte Ll c Moraes / 
- Nito ·abc·, A.lvn.ro, quem 6 o Prusideute tla R opu-
blica ~ 
- Is•·o ei, ·im, scuhor; mas uã.o "Cio qnc é que um 
P1 c ·i dente ele R.cpublica. tem que fazer; e, por iss o, ni'Lo 
cnteutlo porque 6 que se rcpa m qun.nllo olle fica nm dh• 
e l1l sua casa. 
4 
- A.h! colllpl'l:hondu o teu e lllbat·a~·o. P ois olha: 
um Prcs il1 ntc d • R epubli ·a t 111 que l'azt: l· o ' lue c u t ' IÜI O 
qn · f:w.t: r ~0 1110 ]H' •s itle 11tr tl :r 11 11.'. a c·a. a. Jo: 11tendes 
:1<"01':1 ? 
- Ma · porq ue que o,; ,i"r11a ·:- n~u' diz · 111 nada 
quando tu ·. t{t: dor nl e 1: ni"w póde::-: l':tze r o cpt · t 11:; 1.1<:: 
l'a;r.cr , 
- t Ol'l[llt ' eu :;útt pr ·s1d · 11 Le d•,·,.;l :t ·:tsa :ó. · c llc é 
presiden t • de Loda. a: l'asa · do J, ra;.;il 111 ·u filh o. 
- Niío c nk nchJ, 'P:1pai . 
- V:ti:-: c nt.cntl c r. Porqn ·(·que :1" nos-::1s po rtas tc111 
l'•rrollto. , fe ·h :tdur:ts l ' Lran :1:- ~ 
- P am l!IIC li q uc 111 :-:t·gurn:; . 
- R p o;·q 11 • é pn· ·i:0 q u fiq u ' In ,.;l' <··u t :t. · ·! 
- P:tra ni'tl) onLr n.rC1ll os g;a t uii O:- (! qUCIII a !;CIILC urlO 
quer. 
-E porqu · · qu ·o,; g:t unos urLO :tS :vromba111? 
- Por·q u · a.pol i ·ia 11 ~1 0 d ixa. 
- ~ã.o deixa aqui na no. ·:-r ·a,.,a i 
- Si'to dei x:L m ll t' llhtllll:t. 
-E tu co11h c 'S :L p lieia ? 
- P c l :t rarda eon hco~·o. 
- l\Ias sahc,.; o:; II C J lll C~ d us ;,;·u:rnh .-< · t ·11 :; r ·l :r~· üe · 
eout c llc:. 
- Nrto, !:íonl1o r. 
- .) ;'t 111 e vist · pag;tr lltcs, ·o1110 p:ttio au:s ·r·iados, 
p ·lu. :orvi~·o:, q11c uo · prc:totlll t HcLribuir o :; ·11 Lm· 
ballto como retribuo o llo:s rue ·trc.' , q no t · cn ·i 11:tn1 Y 
- NrLO ·cnhor . 
- EutrtO porq ue é qu e llcs g uanla 111 a. 11 0 · :t ua ~a, 
ali :t do Dr. A lcuca.r, -a elo Sr. 1\'[edeiros,- a de todo o 
mundo ~ ... Olha. : cst~lO eonccrtanclo a rua. Qncm '• qu<' 
5 
lll:tndon 1'.17. r o. · ·o11f' rto: . Kito rui •u,nem o Dr. Alcn· 
<·a r, li C' 111 o 1'. 111c lC'i ro., II C' 111 ni nr' tl m. Qu em '· 1ue paga 
o carteir,• qu · t,odoc; o · d ias Lra7. :1s c:utn.::; o . . iornncs . 
•x mpl e. trn<l:t!" . 
Paulo qu i · 
lHn t t o· , r :so ufto 
l.Jnwunyos, os Ar"'P1d i1w<> 
s ( ',,Junlhiano . . o. \ •n ?.uclnn · u o · I a.rao-twyo., 
nla<" :1 ·-;t' 111 o "8 1 a7.il, nó: ' t <lo: o:> Brnzil iro , u i'io 
•star in.t ii O.' ·111 p • ri~o? Ou •n1 no-; üc:f nd •ria. 7 Quem fo i 
q n · Lrnlou tl· r chL11" r a i lha tl:t 'l'r inc1 ad ., q u o_ In<YI z ~ 
o · ·upar;u tt como sna, c ptc ', no. ::1. . • .. 'foda · c tas 
p rg-n nt n'i t • 1 ,·cnt l ·r f"·i lo ]ll'll~nr e1n qu ha algucm, 
[ U ·trata <1 t nd i: Lo •, p 1tanL d • uó · todo , mq ua nto 
' tl · : · 11. ncgoc i.o. particu l::u·c . 
E u Lr;1lo tia no. :a ·a a o . r. Dr. P ruLl• ntc d }loraes 
o u o Pr sid .· nt daR pul.lli ·a,, t..raLa d toda· n. casa. do 
]} r:-tzi l istll • . . tl : ~ naçüo Brazilc irn. . 
- r so (: Ílll] ssiv I. rapai, o .13 razi l (: LfLO O' r fl tH]C ! 
-E t·:un b •1 11 n~L 6 trL grande a nos. :1 a n. . E u urw 
t rn ela c zinha, da d sp n. a, ch rour a do. quartos, lia. 
lll C a 1lfb : ;\ 1r\. tl ,. i. itn ', <lC t i, Ü t ns i rmrtO~ 7 
- • im, ma ·om a mam~ti. 
- P oi bem, c 6 u a mam:í.i nrw tratamos de 
ttlllO 
- ?![a · ,. cê. tt'·m cm pr O'ntlo .. . 
-E ~1n m 6 qn clirio·t• qu tl:í ot·tl ens aos empre-
gn<los pam fazerem t nd elo m lhor modo ; que vê que 
cs a· ordc n ·cjam cumpridas, afi m de que ha.ja asseio, 
commotlo fcli cidncl nn, ca:a~ 
6 
'- Tu c ruau1r~i. 
- J:'~ vê: qne uüo ', impn: ·i1·e! <iirioir, 1la r orclr ug, 
(azcl-as cumprir, govel'nar, em fim . ó porq ue a easa é 
granue. 
-O Sr. Dr . Prml uLe de Mora s (· ·as;Hl o? 
-E', ma· a sua senh ora .·6 o 01_jutla ;t go1·crn:n a 
propria ca. a .. A do. ouLro. - a u ns·~t.o IJrn z. il i rn., q ue n: 
dos out ros fonuam - o Dm z. il i nt ei1· - e . c, ell c o 
g-overna cow auxi lio d mu ita g: nt •. l ca zc id \ 1, A lvarn, 
quanta ~ prcci a para o ,crvi~·u do. l' i nt • Es l;Hlo., dc:clc 
o A.maz.oua nU: :10 Hi o-Grandc L1o, ul , lllu ílo,· tl l! (•S 
muit as v :te. m a io res do [U C mu itos paí z.(; · el o lllll llÜu! 
-Uns porque '• qu é o . ' r. Dr. l.'niÜl'nl c d • l\lom ·s 
CJ UC gov 'l ' ll f\-1 urw tn, ]10 1' XC II I pi O .' 
- Rc poudo-te co tn out ra pe rg-unta : porque é qu · 
a. n1amiU e eu '• qne f):01·crnnmo · esta a ~n, c nrLO '. o 
Dr. A lencar e D . Cru l i na on o S r. l\[cl1 ciro. e D. l for 
t cncin. ~ 
-E; boa! E p orc1uc lu é qu ' (· · pn i c n mami'ti a. 
mr~í ela l'a tnilia. 
-A bas, ntão, qn t emo: o üí r ito de governar 
porqne omos pai e miü 1 
-De cer t o. 
- E se uuo fos. cmo pai e miti porq ue não t i'" 
·emos filho , o que é que gov rnariamo . Nada ? 
- Kü.o, ~enb or ; a ·a ·n. 
- Cum qne direi to Porque . 
- Homem es.·a.! P orque a. ca:a G de você ... 
- Querer·á diz. r com i so ctne (: porque, scn,lo 
nossa, niugnem a póde governar melhor ?-
-Pois é. 
- E sendo, eutã.o, precisa nma pcsson., qn c governe 
todas as casas do J3raz. il , defcut1cudo a no.- ·a. terra c tra· 
7 
taudo üo · u bem-c ·Lar c progrc ··o, a que m é. que se 
dc1· d:t r O cro1·ernO 
- A.' melhor pessoa, nito é . 
im- (~ pe oa mais tl.i!J li Ct, l\'las o mo · h a de 
. a.bcr qual 6 1 . . . Que ru h a de dizer 'I ... Eu ~ ... O 
' r . A.l n nr . .. O r. J\leclc iros ? . . Quem ? . . . E s ·uta c{t. 
O qu Jaz :;, quando qu res t r ·c t t za de q ue utua 
·ou-;a., qu e c1 ·seja co mprar, é, rmtl111 rm te, a melhor q ue 
pó de · 0 111 pntr . 
- P ergunto a Li , {L mam~li , :'t Chiqui nha, ... 
- P ·de· a piu irw Lle a<.la nm, nito '. ~ 
- ' im . enhor. 
- E ·omo fi ca sabendo q ual é a m ·lhor 
- E ' :1. que tn a i " Cntc Lli : ·e r que ·-
- P •t-f'c it ;une n t . 8ada um deu o ·cu voto, c o 
ma ior tllllll ·r de v to · clegc1t a c usa, q ue deves com-
lJra r . l! i zc:-;t ~:: , a:;' in t n, t ua e. colha. Pod r- c -ia tambem 
a: ·itn ·ah r q ue m ·.o mn,i dig no d e governar o povo 
brazil·. iro ? 
- P odia - c, ·im, . euhor. Pcrguntav:t- c a todos os 
b razil i ros. 
- E 6 i · o ju:;Lamcute o que ·e faz, quando ouves 
tlizer 1uc lla. eleição. Como dev e ntiio, ter sido e ucar-
rega.llO de govet·nrtr o B ra;~,i l o Sr. Dr. Prudente do 
:Iorac: 7 (1) 
- P r clc içrLO. 
- .Accrc ·ceuta: do povo bras ileiro, que lhe deu 
290, 3 votos a 1° dP. Março de 1 94. 
- E, antes d' c ll e, quem é que governava T 
(I) G:~leritl ele historia brc"-·ilcira, od. Gtlruier, pag. 110. 
-O Sr . marechal Fl oriano Peixoto. (1) Olha. ,~lJIIÍ 
tcn~, n este n.lbum. o re t.ra.to dos doi . . Aqui u Dr. Pru-
dente; aqni , o mareclla l F loriano . 
-Quando foi elei to prcsicl ntc, o marrrh al F loria.nr. ? 
- NrlO foi eleito pre. ill nt · , A l varo · Cni ·!Pito vice · 
prcsiuente a 25 de F vcreiro de 1 9l. 
-E porque é que gov m ou, c nliio. 
- \1uito nn.turalmc nt . Onamlo . c cl f:'' nm pres i-
dente, e lege-, e tamue m um vi c·pre. icl c n te ()ne prc.:idc 
a o Senado e governa quando fnlta o 1 r ·: ident , p or 
molestia ou morte ou outru impcc1i iJJ ·nto. 
-E o pres idente fa lto u ou morre u ~ - .. Qu em cr:1 '? 
-O que vês n.hi a o l aclo do rua rcclt nl F lori:liiO, no 
a.lbnm: o l\Ia recllal 1\lan e l Dco,Ior tl:t F on: c-: t (~) 
eleito no me ·mo dia , m J ll o foi o l\Iar ·ha l Flori:u•n, 
p elo Cougre o Nacional. 
- Ah, e. tes, e ntiw, nito furam eleitos p lo po,·o! 
--Indirectamentc foram, A lYaro, por r1 uc o Congrc~so 
Nacional foi ele ito p e:o po,-o brazileiro a 1.1 de Sete nthro 
d e 1 90 e elegeu em uomr d'cllc, o 1° Prc itlentc c o 
1° Vice-Prc ideute da Republica . h nUl c..-. c me ·ru o a i. . o 
uma elciçrw indirecta, is to (·, o p o\'O esco l h ' li al~ne nr , 
que e ·colhe. se . Agora, porém, o povo me 1110 c. colhe: a 
eleição é cli1·ecta. 
-E o que é o Cougre. o :Ka cioual ! 
-0 Congresso, A lvaro, si:'to o. Scnwlorcs c os D 1m-
tados, is to é, os homen ', que o povo elege para. fa.;, r a.s 
leis com que o Presidente ela Rep ubl i agovcru::t o Brazil. 
Ni"'LO te parece que o povo, urto podendo a l1:1ntlouar os 
seus t rabalhClS desde o Amazouas até ao Hio Grande 1lo 
!l l Gnleri•l de l.istcrut brnzilcira , cd. O<~ruicr, p:tg. lOS. 
\21 
9 
ui JHtra,, em dia c lugar ccrt o, b at:n el o nego cios q ne 
intc re ·~ 111 a todo ·, tc u1 assim un1 meio de govermtr o 
paiz ~ 
-Ent~LO ta1ubem lla el ·iç:f10 llc ·c uallores e depu-
tados ! 
- ] l a, ;;i 1n , c mai ouL~;1.:, p orque, :e o paiz é elo 
po,·o, rll ·.q ue t •m o dire ito d · fazer a · leis, que o 
" o,·e rJ I ·JJI , c de e ·olh ' r q u ma · cxe~ ut · para ser feliz 
uomo ·. <l <L ·u:L vonLadc . 
-~ porqu foi que o Mare ·b al Deodoro, que foi 
e lt:ilo, n~LO .... o ,•ern u ~ 
- Qu ' 111 te disse fJU C nrLO {:;'1) \ ' (;l'IIO U o Govcl'IJOII at ·. 23 
de )l o,·cmbr üe 1 ~91. 
-~ : ó foi ·leito pam .... o,·c roar .. . . cspcm! . . um, 
uoi ·, q uatro, oito ... q na. i nov e mezes~ 
-::\~LO. Foi eleito para gov ruar até 15 de Novembro 
de 1 9·L 0 ::; untros pro id eute ~LO eleitos pa,ra goveruar 
por q ua tro a uuos. 
-E p orque uã.o o·ovcrnou ? 
- Porque llonve uJUa r •vo ln<)'to ·outra elle e ell e 
cl ' ixo u o o·overu o ao Vice-Pro idcntc, que occupou o 
lu gar até o filll do prazo. 
-E porquo é q ue hou ve revol ução . 
- Vais comprcheu ucl-o, me u fi lho .. .. Mas, olha. São 
uovc e m ·ia. Devo almoçar, ::;eu~w perco o boud. 
Amaullrt, pcln. mauhl't, te explicarei o q ue qneres saber. 
li 
- ll nt ·m, d pu i · que tu ~ah i te, Papai , fiqu ei Liw 
curi :o c1 s:tb r no: ou t r . paizcs, é co tn o aqui 11 0 
B r<tr.il , qtl • p g u , i n;\qucll c lino, que Lu (lis:cst c que é 
a. lli ·tori a do:· E taclo niüo.', c co meçci a foll.t a l-o . Q ui i'. 
vGr . i l i;l, e urto ·u tcnüi ualla ·mas, Jogo un · primeiras 
folha· e ncontrei o retrato de um h omem. :r;;,o 6 feio, urw ; 
ma · t m um pcn cado (li~ rc1 te elo q ue ·e n a h oje e a 
cam :em barba, como um p rLtlrc . P or baixo do re · 
trato li 11111 :1. pnlrwra., q ue parecia Jo r,qc seguidade ontra. 
111 a is ·ompric1a, <1uc n~LO 1 uü gua,rclar de cór. E, por 
bni xo cl 'es ·;t · duas, vi um 1 com nru sl ziubo ao lado e 
para cinHt . c acli a u tc Prcs idcnl sem c n o fim . Acho que 
q n rdizer que cs c llomcm foi o IH'imeiro presicle n Le do.· 
E ::;tat1os· U ui dos ll~Lo 'I 
- J'n ·tameutc , 1:.\lva.ro; é Jorge \\"ashingtou . P ro· 
unucia de vaga.r: U-6-cllim-ttLu. O iuglcz urw se l ê como 
se c crevc. Jorge \Vasltington foi o primeiro presidente 
do. Esta.dos- Unidos da .A.mcrica do Norte, e, por isso, é 
quo a. ua capital 6 \Yasbiugtou, onde o Pre iclentc mora 
12 
na. Ca.sn Brancc~, de q ue , no Ju e::-.m o li vro, se a ·l1 :L llllHJ. 
vista,. 
- V i, s im, mui ta , vi ta · li di fiei s • u111 :t porçrto 
de outro re trato<;, t odo CO IIl p rc:; id 11l •111 h :ti .\ O · umas 
fi g ura d e co1nbalc : oldado. Jt lOJTc ndo '''u ita fum :1ça., 
peças de artilharia C<Lv a llo: mol'lu ·. l'arc ·i a um a rc,·o-
Ju ci"Lo. E 6 m es mo, Pa p :t i ! 
- E ' , m eu ülbo; 6 a gncrm da I nclcpclldl'ni'Ía . :'lf:1.· a, 
gu · rra é mpr uma r volu ~· ~t o ·o nLra a ci ,·il i. <l<;rt . O 
que tu vi te ft• ram - c ua dn r I' O l u ~· i"JO d o>. .:\ m ..: l icnnos 
couLra a. lug la te rra p a ra c ·~ ura r ·m d' ·lia · ronn:\1' ·Ju 
uma. naçi"LO á parLe. F li zme u t :1 r . ,· oln~· ~t , 1l · q u • pro · 
lllClLÍ b ontc m te f:tlar , nrto 11 1 • b ri ga. a 111 , t ra r il ra ;~, i 
l oiro · em In ta eonlm inimigo · o u nlt' ·;,i, p ·r 
do-se e m atando- o. F oi uma t' ,. l u~- ~~ 
O Marechal D do ro c vi o u , r l:tira nu - · ' do go v ·ruo, 
que a rua · do Rio elo Jan ·iro ~ · l 1 an!:- f r ma,. u n em 
campo do batalha , mui to:; !are~ l'di ;~,e· ·m J tl Ull l!:.' de 
ruína . 
- E porquo ·. qu ~; a meaçaram o J\L1rc ·ba ~ D •o(lorv 
tle faze r isso, Papa i ~ 
- P orquc, ntcu filho, o ::ll arcch;Ll D cod oro ·omt lH.: Lt ·u 
llltm falta grrwc. 0:; g ranuc · h omc us cnnm o'!: ,· e;~,u~ , 
eumo a-; eriauça ·. O ou g t'C!'SI) ' le•" li ·O pa ra. go 1· ·rua r 
por uma CoustiLni çi"LO , q ue cll c JH'Om ct Lc u ·umprir e cl :e 
despr<·zou a Co n. ti tui çi"LO c fJU Íz governar á ' lW vontadr· . 
-E o lJU e (:a Cou · Litui~·ão . 
-E a ·vonlatlc elo ]JOvo, Alva ro ; ' n. lei, q ue m:trca 
o que G q ue o Prc:;i de n te, o V i<.:c-Prc ·i<l en tc, o.· · enatlo rc.-
os D eputa.llos c touo~ o · yue lrabalh<WI no go verno l1o 
paiz podem faí\ !::1' , 
- Quem foi que fe;~, a 'o n . t itui~·f'to 
13 
- O p \ 'O q n dcrr 11 I cs ·o r~ s <lc ~ua c:uufiauça p;~ra 
a fa7. ·rem por li • . .E · ·a: p ·s · oa~ fon llilrn m a A. ·end.>lt·a 
ou,.;Li Lu inLc, cle iLa a J 5 ll Novetnbro d · 1 90, e que 
t1abalh t>u at'• ~· I d l! c·,· •1 ·iro d · 1 '91 dia em que 
apprO\' Oll a ou. t iLui~·rw c l ·g ncl no ,.;c«uint ', o 
l. " l' rc;, ill cnl ' c l ." V i 't•-J' rc.;HI ·nle ela. R •publica . 
J .'' J'1 si<l<:l l · f'ui d · il l' lll] !Jl ,j:'t 111 tli'<S ·S{ '. 
- ) ; n : rn o P t r i.n rio. i;,lo '-, al " lllL h ollJ •n:-;, :1u · 
."Ó tl •via nt t;_O V ·r11 :11 , ' II J(Illillll t) S • (i ;r, ·s · • iL O ll,.{,itui~·~LU . 
Es-.cs, qu ~..: n:::s ah i no al l.J un1 , ·1 11 ouLra p a«inn , ccrcaiHlO 
)fnr t ha l I>c tlor . 
- E po1 qut' •, qn • ji'L uiio Liu li run feito a Con ·. 
t i Lu i ~· i"to ? 
- ' l' iuha.1n, Alva ro; o B razil tinha 
li Lui~·rt . 'J II · o "·ov ·rn ou al'· o cl ia , 111 qu · 
Gov ·rno l'rov i. 01 io . 
nmn. on~­
c formou o 
- E p I'IJ U 'q u 11~1 couLinou a - ·rvir- c <1 cl:a o 
Go v ·rn P r 1·i · r io ? 
- P ú i' (JU o " •r uo Pro1·i ·orio o formou mc.:1110 
para. llllldakt. 
- E porq ue 6 'l ue a JUl'riam mtHlar . 
- Po··tJll' ·que tu ni'io v'· te · ;~ gora aqncllc vcst i-
di nhu d e Jnc..: rinG n ul, l ordado d · da. frouxa, 1 ~10 
l.Jo ni to, qu · CL Ma1nüi t ·111 ••n;trdado num:t gavcl<t ela 
·ommoda ~ P o rqu c 11~10 te enLr(;(c n ·om aquclle chu-
·allt ;r, inh d' prata u c m ayuulla argoliuha llc bor-
rac·ha, que ::; L[lO juuto · com o v ~ ti ll O . 
- l'ul'l[ll ' n ~ora ou g-raiJllc. 
- P ui · o J3razil lambem crcsc n, meu filho, c prc-
·i ·ou Juutht:· de Oonsl i/.n i~·ão. 'lu quere: qnc toda. a tua. 
vida te guvem cu ou qualqncr out.ra pe soa COI IIO te 
g-ovcnto l10.i ', que és tuua. u ri ;ttll/<t. Q,uauto te fizeres 
14 
homem, nlío te cbcgadt tam bem a t ua ve:t. de te goYcr-
ua res p or ti, uc govcr nrll' nnHt ca a, d :cr chefe do 
uma família ~ 
- Tenho c perançr1 Papai . 
- Pois com um povo acontece o III C mo. Um povo 
atra:t.aüo é como uma crian ça nova: nito póclc ter a liber-
dade. d ·c govcrua.t· p t· . i. Quamlo ,·ai . c aüia11tando,j (t 
vai sabendo mel hor o qu ' ha üc l'az.cr; ' por fim, quaml o 
j á c~ t(t bem adian tauo, póclc govci' Jl ~tr-sc co mo e nlcm1cr, 
p orque póuc .i ulgar b m do q ue lhe ·ou v~ ~~~ 111 ·Ih r . E m 
1889 o Bra:t.il coutavaj(ti> ' tl anno., i lo '. ttua:-;i quatro, 
seculos, e, e ntretanto, qu 111 o go ,· rna va era um 11 mem, 
que t inh a o p1 ivi le"'iO c1 ' gon)r nar v orqn o aca. o o 
t i nha feito na:ccr filh o üc out ro Lom m qu 11m d ia, o 
povo e ·co] h u por lh e convir p ·la capa ·icl ad que n llc 
via, bom m aquelle, q ue t ria lle O'Overnal· durante 
toda a sua vida, c qnr. , mon endo, cl ixaria Clu seu lngar, 
ui"to o s uo Litnto que o povo iuüi •a :e omo o ma i. di g no, 
poré m um fi lho ou uma li lha, . ó 1 lo fa · to de er :cu 
filho ou s ua filb a! 
- l\ías i so era. muito ma l f ·i to, Papai! 
- Ah! c :thi estú po rque o: brazileiros qnizcr:uu 
mudar de Con ·ti t uição . Agora o-ov ma, o q ue o p ovo c:· 
colhe como o mais (ligno . Po o a.ma nbrt ser c u, co mo é 
h oj e o Sr. Dr. Prudente üc 1\lora.cs; poderás vir a :er t u , 
ou q nalqu r brazil ciro, q nc o povo ulejn . O el i to do poYo 
pócle . er m{Ln, como p od ia. ser bom on m{ut o he rdeiro elo 
throno, r1no o acaso Llo na cim uto (1 6. se pant n os go \'!.:r-
un.r; ma.s, ao menos, urtO é vitalício, c todos 116: temos o 
direito de r.sperar ser p elo nosso merecime nto o q ue ell c 
nasceria pelo acaso . E c ·a cspC"ra nça, q ue pó de ter todo 
e qualqum· brazileiro, ·ó p ó tl e trazer beneficio : traba-
lbanuo!' todos para be m mcr cer t1o. no · o pa tri ciofi, 
15 
certo d · q11 11 •s no: d ;nã :tl(: a h onra do >= u gov no, 
s • nos .it tl gar m di ~ 11 os d ' lla . J ~ a11l s de L ... !J ' 'hck <lc 
EsLrulo 11 i 11g uCt11 potlia set· 
pri1· ilt•gi acla ; ho 111 n1 ll • 
'hcf ·do E:.;t·at1o. 
s i urLO na ·ce e 11a. fa111ilia 
po:-:i ~· rto, niio pl'lo ra vor lo 
- E havia a l ~ ll !' lll qu n:íu qu iz ·. • a mut1a11~·a da. 
'oll : tilui~· :to? 
- O s ho tll ' 11 -"' rp tv g-ov •ttt:l 1':11 11. 
- (lllt ' ll l (•1:11 11 ; 
- O t ht'l ' · f' l': l o .·r . IJ. P edrv d Alc:nu l :11':1·. (1) . C {b 
<'. l:'i, o rl'ttalo 11\·::--~e l lllt•t v ·ll1o. ' ua l'at11il ia e ra a t al fa -
n:il in pri 1 il ·;;i a da - a d!fllrt81ia ÍlllJ! rial d :L 0 11 l ilui~·i"to 
an t ig-a <JII L' o pa · tl' cll · d ·u ao l~ra íl il. n . J ~::tlJ ·I ·asada 
e 111 lllll l'rtLII · ·z sú p nrq uL· l·t·;t pri11 ·ipc- t·omo ·i :cr 
priucipe fu~:c 111 :Li s <lu q 11 · ser 11111 f't :u !liynu compalriotn 
\h·.~ru ! - D. l..,:t iJ ·1. easad:t ·•> tn o Coud d:E u, ·. q ue 
•l c•,· ia s llcc· ·d r-Ih . Era eli c o I,ttperador Con .~lil n ·iuual · 
D efttt.'OI' l'n·pf'inu 1/0 Bra::il e o 11 0:-so Drnzil , porLanro, 
unt Impu·io utna IIIOilar<:bin. 
- Ent~LO s III ODardli '-i l:t · si'to os que qu rem out.m 
,. 'íl a Con. liLu i<;iio antiga? 
- E"adalll •n l , III CII fi lho , a utlstilui~·iio lle qu • 
·ll c · m ' ' JII s diziatn l<111l mal, qu:tndo o l111p c raclur os 
c:o 11 t r a ri <LI' a 
--Que pnt · ta:, l':q,;ti! 
- E .- ·a palitl'l'a , :\!l- aro aiut1:t q u· 11111 lloc:adinhu 
111alc-riado , \ 110 ·cn tidn da- t tm c·ontpn•hcuf::ito de · riau~·a, 
llll' ll tilh o. a <1uc mni · lh e a cnta. Hca.lt11 ·nte l: unia 
f.ulic · qu ' t c r ~cr •s cr:wo ele llllta familia, d · 11111 t'l~t• t'e do 
aen::;o, qu:wtlu a ,,. •nlc póclc ~ct· livre c os ·ulher para 
go\'cttmr o::- u pni ;r, aqudl c qu lhe pa.rL··c r 'III<Ú-5 cli[JIIO . 
GulBri" dJ lti3toriu !Jra:ilcira cd G m licr. p:o.g. lOG 
. ' 
.I 
16 
Urn imperador , A I ·x:wl1rc de J\Ia ·cdunia, quando 
lllOrria ce rcado do · ··c u g •u ·r:1 ", eutn><•ot t o auc l q ue 
era o symb lo do ."·o v ru , a um d' li ·: , e dct <: rm i ii OU 
tJUC coube · · •ll c au mai.s cligno. A . im , : p roprios 
in1pemdorc:; c aqu >lk · qu , com o Alexandre, :c P lll 
disting uido, appr va 111 o Lilul o d · di r ito, <)11' :t R pu -
blica tJ(t, ao seu ·h · I' · :- u mais digno ... :\la. ha ge n te q ue 
n~"to p n:::a n i111: n::::p ·iLt: li iO. a o p i11 iiio d · ·ada 11111. 
~0 lllllllllO li a IIIUÍLOS IIIOIH11' ·h i l a.' C llllli [a ' JIIPII :H<.:Jiia:-; . 
Ka Amcti ·;1 , poré 111 , l1 !1Ni:t u111:1 :ú: a u u~:-:a; acalwu-H.:, 
c:-; ·a n.cab ll· ·c. O 111 e devemo::;, a~o·o ra tudo~ é :1 111 ar a 
Hcpubli ·a; Lra balhax por lorn:il -a rc, pc i tada ; oiJ ·dctt: r 
lÍS ' l.l :t · l l:) i ' fil Z t' :\ f · licil]ad c d o [)OVO a (JU C ]ll.: l' ' 11 · 
cem o ; d e" jn.r :~ · na<;Ü · ' n.i lltl :t . ·1 a v a:;. q 11 · .,·o~ c 111 
o 111ai. dcpres ·:t possi v c l tla, 111 • ma. li I crdad · <1 • q uc 
go~ a.uJOS . 
- E todos uf'to c. Ui ützenclo i ·o, I! a pai ! 
- Alguus, infcliz111 u lc, uito; o utro: m 11 ' .'do que 
podi<tut. ::lln ·, f·li zm c: ntc a mai nr pa r lc ·on fi:t c c, p •r:t 
t udo ch li b nlatl · qu a IIOva 'on titui~·~to Ih . d eu , 
abrindo a. cada. c id ad f'to a c ·Lra.cln. para a honm do 
gon:ru o supre u10 pelo ca mi uh o scw p r ivil ·g io:-:, q ttc I ' \ ' :L 
a . Cl' o ·mais cli.gnu. 1'u a tJ 11 0 g rupo p ' l'l<::nce · ! 
- Pap:1i pcro·twtn ? ! A R ·pnb!ica ua ponta ·c: tupre! 
lUas t.[l1CJu é esLe \ iscond ·de Ouro-Preto, que \'l'.i o aq ui , 
uo m eio ue lanto · o u tros, e m volta. do re lir:tto do S nho r 
D. Pedro de .A.lcnntara.? 
-- Era o prc identc do ·ou cll.lo LIC miuistrÓ:; d o 
iru.pe ra1lor · c os que o rou ia111, cmm o:· :"ns compa· 
nhciros, isto é, o:; mini t ro:, llll<tuclo o p o vo re:;olvcu 
muuar a Cun:ti tui•;f'LO. 
- B c llu 11~L0 deixou ': 
- '.Ltn to clc ixou, "\I va ro CJU • ulla se mutlo u. :'lias 
fo i out ra a ~ ua vo ntad e. I ·so deu cn u"a a. uma rC\'0-
luc::í o, ta ur b 111 . fnfel i7.m nl'.c uito h onv e sn ng nc·, :-t 
ui'tn s •r nu 11m troca cl Liro.: ntrc o Barrw d o L~Hl a.r io, 
lw.ie c11a d r da Re publi ·a., .To:é da. Co ·t a Az \' Cu o , 
·le ito p<·l 1\ mazona"-, c f' lt ti'to min i ·t ro d ;t m a rinha, c 
:clg un. m ilita n:: . 
-Tiro: '! .. . ::na. po rqu e os m ili tare.· <1 rn.111 Li ro. 
cun tra o Hn r~w do J,adario? 
- A h 111 11 fi lho , o mpr h r nd c. qn ·, lluma rc ·;o -
ln•;i\ o, n ·m : mpr' · f'a ·i! p ' rc ·bc r n.: c..:0 n a · p<tra CO II-
ta l -ns c xa ·La nl L' Il t · pa . ara m. I ·o fo i na mauhi"t 
tl , l ;J el e Nov 111 bro ü c J , . 9, u 0 ::tm po da A ccla mac;i"to, 
h j . P r:1ça <la R pni>l i ·a, n •.oLa. cid :u l do l~.io ele .Ja-
nPim. ' l' n linha: <Lp •na.-; :eLe :1 1111 0 ·. lln.1·ia j{L muit s 
ann o!:i 1nc nl g un · brazil t' iro~ , ha ·t n.11 t e , aqui , :tl i c alé m , 
pc n ·;wa rn e m fazer 11a ~n a Pat ria uma TI.c pulJ li ·a,, isto f! , 
C lll <l :1 r ·lh 1110 o·o v rn o li1•rc, ·, po r i· , trabalhavam 
_p or mud a r a, sua Co n ·titni ~·i"'w . L que m mn.i: os favo rct.i:-t 
ap:· r::sa1·a, a mltll nnç;L ra 111 m esmo o partido, qnf' , 
c nt i''to . , nst n tn.vam a 1110 na r ·h ia, p oi:, q naucl o o Impe-
ra<l or .lhe tinw a. o o-o ,·c m o, iam para os j o rnacs e 
di ziam tutl o ruim e, quando c l.lc os ch nrn~wa i)n.ra, o 
govcruo, uaua fazia m que pre ta. sc. Em todo o Br::w.i l, 
c e m tolla: :ts ela >cs do povo, j(L e p n rwa. na Hepublicrt 
e. c d cjavn :t s ua v inda . OriL, e ntre a. ela ·c milita.L' c o 
Go1· ·rn Li11ha - - t ra\'ado, b:wia· alguns anuo , uma 
111L<~ , e m qu e o Go ,·cm o pro ·urant hmnilhar o mili-
tare~ , c o~ militare· ~c cl c fc utliam p ed indo q ue fo Sl"m 
Cllmpritlas ns l is e resp e it;tcl:t a ' lt:1. dig nidade . l\:I:a.is 
tanlc conhece rá. os Ia ·to , qne de ram cawa a e~sa 
lula. Ma. , tl t·sd que c lla se drwa , nat.urnlmc ute os par-
ticlnrio da R.opubli ca, que perte n ciam (L cl:t!"SC militar, 
18 
tinha m como ce rto CJil · m lhur 111 ·io de a<·<tbar CO III 
ns q ncstues n rc roverno c mili ta re: e ra m11 d:u· o 
Go1· •rno, i:.:to é, d:1.r ú 1\aç:'w 11111 G v m o mais di;;no . 
.A.i';; iut o· r ·pu blica no · ü cs rei lo fa ·ii111C1 1l• s · li g-ar:un 
r ·uu idos L".tl ii S · -
"lliram o ap•>io dos qn . 5 •m s r ' 111 r ']Jilu li ·:turs, ,l\:c•; i-
ta ri a HtllDI cro ,·c r ll qu ' ui"LO p ·rs·g11i-.:-.e c lll:d! lata::-c 
n. ·la ::; · mil i lar. 'l'udo. o: r ·publ iea1H s, p r t aulo. • i' 
tl ~;:;t:ODLcu Lc · · 111 :t •u tlllu ·ta d o " 0\' ' IIIO eo1n •t;a r:nn :t 
combinar 11 0 mo: lhor m ' io Li· ll.ll lllar a .-.iLu:u;i"w do p: IÍí\ .~ 
l'or : c u lado, o g n ·r n do Y i:;c ntl · clt· ll l"cJ J>r ·to 
;;ahL' IHl d que se p:t~sn ,. :1, ia -s · d i:-.po11ll 1 p :1 r:1 o) qu 
a ·on lc · ·:c. \"c_, q ui.! ~~ s eo11.::as 
part • a part (' · 11 111 f:t ·Lo 
para o l"lllnpime 'll u. l·:ssc n~to 
loi : balal hüe,.: d · q n · o 
Gu\"Cl'IIO d ,.; 'O llliH\":1 , t ri am rd CIJI d · lll :ll"(· har para 
::\lalto 'ro o che fe Ulililares :t ·har:tm q11 · :; · 
d c via1n oppôr :1 . ;;a, rd ' 111 . .\a ma11 l 1i"'t d Hí d · ~ -
ve1n liro por!a,n to apr cn l Lt-. o :i\l:1re ·ha l 1J odoro 
COin o T c n nt ' -Coro ne l J ~ •nja,m in o n:-.tan CuLci llll de 
:Jlng:tlhi"'te: ( 1) no an1p u d :l A · ·l:tll l~lc;:LO , L'l ll fr ·nL a o 
~.u:utc l g ner:tl Llo Excrt:i to, a· mpa nh ndo la · tropas 
eo nlra ri n.-; ao Gov t·u . O , o,·cruo q ue :: bia do movi-
m ento, ·sta\"~~ tant bcm no !JU:u"Lcl a es~n ho:·a. A p s tos 
as f" r!;a.s r v du iouadn, · Ll ·fr u e llo quarLc l ·um a ·ua 
arLilhc1 ia o nLr:t c ll c Yullatla, a p o ·t us a: fo rça · om 
q ue o Üflvcm o con tava ll ·n Lro el o qunrL ·I Cúlnprc li c ud s 
que uma :uL:"t, e luta p;t \"Oros:l, ..::uwu inolcnta , III Orlif ' ra, 
cstavaromp , u~10 rompe! O Jllarcch nl D •()doro mnmla, 
cnt iio, ommtllli car ao Vi .· conüc d e Ouro Pr 'to o pro-
19 
po: ito o rc o l u~·:'Lo u ' arp1 ·ll e:, q n commau:.lnva. O Vi: -
·oml n1u cn~·ac1o por ·sn i11 t i111 ::u::w, on1eun que : · 
rompn, rogo, con L1·a a forc;:L in . ubordi nada, tO IJ Jaudo a 
infa nl·ria, :í, ha.yon · a, :t artilharia, ]JO ·tacla. diautc do 
cllifici ti nha feito no Para rruay. 
O :1_jud :J 111 ··g ' lll'r:tl do xc rcito qnc ra o :uarccha l 
J~ l o riano P ·ixoto r · ·pom1 a. ~sa. o rd lll que, no J'a-
ragu:~. , Linha. s ido p o..; ·j ,· 1 fa zer o qn c o Viscoutle dctcr-
min ::wa J)Or Jll J(t o. brazilciro. c. tava n1 diante de 
JlliJnigos, • não tlc ir mlío . K tc:s nLr mentes, o Ma-
r · ·lJal D oc1 ro a\'ança para o porL;io do quart el, que ·c 
Ih frnn Jll ia c cnlm 1 O\' cll e a ll cutro no meio ü::l.' 
üa. tropa a.li rccolhitla. O \i · onde llc 
Our l'r Lo compre i.! "IH] u tJIIC pe rdera a j orna.da r os 
·l1 ·t'c>; •i vi s, •u trc · qua :os Sr . Quint ino Bo ayun. (1) 
e Ari Licl Lobo , ac ·rcando-:c Llo l\ia.rechal Deodor o 
• do T n nL · oroncl l •nja,min Cou ta nt, go aram do 
prazer inclir.i1· 1 de ouvir cou orciacla a victoria ua. 
üi ·:1itlad do E xcr ·i to c n. da li bcrd a cle da 1: n.tria no 
hratlo de : 1 ivCL a R epublicn ! com que o intrep ido ol-
dn.do, al•\·::ut tallllo o bon<::t, (2) a,nnn nciou ao Povo por 
nLre o t roar do canltõc: c o ;~pp lau o e utbn ·iastico da 
força , o tim tla revolnçrw o seu ba.ptismo de !inc. 
-E o Imperado r, Papai 
-De·c ndo Ll Petropoli ·ao receber a CO IIJnllll.licaçr~o 
rio oceorrido, a cu 1 ben ü ao Pa.Jacio da cidn.de, ou de o 
Govcmo Provi orlo logo cou:(;ituido, o ma ndou guardar 
por Lr 1 a de ca.vall a ri a, abi lhe foi p re..;entc a intimaçrlO 
para p1c ·c ~·ctira ,e do Brazi l com a sua famí lia, visto 
que o Exer ito e a, Armacb Nacionaes, em nome uo Povo, 
11 1 Oalerin ele ldsto1·i<~ bradlcira, ccl. Gnrnicr, png. 8ft. 
('~ ) " " 81. 
I' 
I 
20 
o clestitniam110 seu potlc r e adopbwan1 :t fórnm rcpu-
Lli caua., cumprim1o q ue embarc:a s _c a 17 , como t1 !'<teto, 
embarcou, cerca11o d e toda. a t1c f'or neia d , ,·id<t :t fJIH:> m, 
p or tantos aunos, exercera o cargo t1c hc fc l o J•;stado. 
- - Para que isso, Pn.pa i "? 0 11 Jll:1l f"<l z. ia d e i:mr o 
pobre velllo no e u pai r. que ell c d ,· ia :u11a r co 1u0 nó I 
-E que nm:tva muit m e. mo, AIYa ro: c p Plo qual 
qui%. fa%.c r muita causa; e a qu morre u r ou,·cucitlo de 
haver fe ito mui to bem. i\la. qn queres? I orq u · 1'1•i q ne 
á.. vezes, qun,ndo e ra s p •que· nino, Lu:t mii i, Ll't bôa tiio 
cariul1o. a tlto seus i,· el {L m r uor b ru tnlid<lll ' J ,·a ntou 
o ch inelo, c ch egou me mo a %.ang:u .-c c :t Lc b :\t r com 
cll e . Foi pa m que to ma . . ·' aqucllc r 1ucclio horri,·c l, 
q ue ella. t iubn. to t1a ;t C· que te . a h ·a ri a <.l c 111 :1.io r s 
males. O mesmo a t:o nt c para qn um po,-o t uha . a nele, 
viva be m: á s vuze~ é pr ·ciso q ue, o~ q u o go v ruam, 
nü.o escu tem o co ra.ç~w. "e fi c:v~c a ctui o I mpemdor, 
p oderiam cl;w- c p rtnrbn,ções- lnta. entre o· . n · 
amigos e os h omeu · da. r volu r.~w. Co mo foi (embora. su,ia 
triste que os seus am igo nada nada., por c!Jc , te n-
tas5cm, ao mrno ) , foi me: lhor. Ell c qne li :t w nito, 
d evia. ~aber que ser ·impcraclor é tal' c eraM. , c Jli C os 
escmvo · conspira m .-empre p ela. ua li b rtla d e . a i mla 
qne, para. couseguil-a , -c arri ·cLu C'm n.o ca.rcerc, ao ferro 
e ao fogo. J<: I! c sa.büt que Carl o do Inglatcn a. c Luiz 
ll e França, co n1 a corôa , pe rderam, m:-tis do que Patrin, 
a. caheç:-t. Doloroso, o hanim n lo nrto p dia t er pa.m o 
St·. D Pedro ele .A.Icantam, o espinho da. ·urprcza.. Foi 
melhor con1o foi: o scn pa.i%. CltH•ria. c t inha Llireito n. um:t 
nova Coustit.uiçrw . 
-E quem foi que a fez , 
-Já te disse que foi nma Asscmbléa Constitnintc 
eleita, expressa.mcntc para. esse fim , p e lo povo. lHa~, em-
= 
21 
quanto niLU : c cl ·;;ia ·.-· ·a 1\ ~ ·etnhl '·a c p;u·a cl cg ·1-a. o 
nLl l" ·hcl l Deodoro tO iliOII co uLa du Guvc ru o, '0111 os 
h um ·n,; cujo. r l 1:1Los ,. · · u ··. a, fol ha l10 album. Fui 
c. ,; • o C: D I' ·m o l'ruvi:>orio, i ·Lo '.,o 'ov · n w do «C JII(J_JutJI.Io 
?l(iO sr fa:; n Ullslilr~içcirJ·• . O Gov •J 'IlO Provi_ ori o ·o n-
:cn ·li ll ·, <' co m <il g- tu nns 111 üificn~·<cs no poucr. alé 
~.) cl ~ I•' .,-c rci ro d I ~~n I . 0~ 'r:. ArisLit1e::; Loi.Ju 
D rml'll'i(J Hiheiro fotai ii : nb ·LiLuiLl o · ])elo~ r .: . Jo é 
'c~a1 io de 1!\uia. AI vi m Ji'rau ·t.:c Glyc •ri o, c o ~f:t-
re ·!tal J•'loria no I' ·i xo o nlrou pam :1 p:t, ta un Guerra 
p ;l. ,a!Hlu 'l' ·Jte lõl e ' ronc l U •nja lll ill on:laut pam 
a b ln~ lr u e: y~t l'ul1li ·:t , '1' ·lu;; raplto: • 'orruios, cnLi'Lo 
e1· ·:ILLi. P •d indo a 20 dl.! .) an ·ir de L!J L, cl emi s i'to os 
lllilli , li O' d u gO\' ' l'll O as,; im rur l ll :ulo o ) la r cktl D '0-
doro c)J:lmou o IJ:H;Lu de Lucena, que f r mou o 111ini Lcrio, 
CJll ' , , ·,; n:t pn g ina scr;u inl c. A ~l ll Fc1· rci ro roi 
p rtl lll ttl ;;-:u l:o :t '.J JLLitui<;i'i o c a. 2(i (1) COllH' , Ott o Go1· •mo 
tlo l." J' r ·. idcntc ·om •:;se lllinú,Lcri . 
- Ouanto I 'll i !JO" Ycrnou o lmpcra<lor, P apn.i ·: 
- J) ·:d.c J,'.JO até].) d e J\u,·c llilJI'IJ de 1 S~!I-qu :udo~ 
nnno~ vi"w ! 
- Qu .1rcnl:t • nove. 
- J:'t não ~ tllll p qu ' 110 r ·in:tcl o, nito :tch a : ! 
- EnLi'L tuam1o lu ua cc ·1 , q11 111 govcru:wa e ra. 
ellc ? 
- Si cu ·o u Llo 1 GO, 1uc p :trcc ·que , i m. 
- B fJ un.nc1o vo,·ô urt:c u . 
- H.e ·uando a · ·im, nã.o n aba.rcmo mnis. E ' a minha. 
h or:t. O VoYÔ qu e t e r spo uü:t, m n iilho; é fonte 
limpa. . 
(I) Galel'i<& ele historia /, ..a:;ilcir<~, ccl, Gnruicr, png. q_, 
III 
- ÜJH1c '· qne t n fo.lc hoj de mauhit, V o\ {\ 1 
- Porque pergun tas ? 
-Por que n fni te proc urar no teu escriptorio e tu 
11iio c. ta v a . 
- E o qnc m q ucria 
- Qu me cn i na~ ·c · nma consr •. 
- Tiuha ido a mua missa por alma de nm bom 
homem. 
-Quem, Vovô~ 
- O ul t imo imperador. 
- \h, cutrLO tn és mounrchi ta ' ! 
-E só os monarclli tas ú qne vrLO (L mi. sa J)Ol' alma 
de imperndor , Alvaro~ 
- E n acho qne só , Vovô. 
- Poi. tu te enganas. A redito mesmo qne muitos 
llos que l{L foram rLo dos melhores repnblicano!':, com que 
a Patria póclc coutar. O Sr. Pedro de Alcanta m, meu 
Alvaro, foi imperador como a sua indole, a sua educação 
c o caracter de seu. auxiliares lhe permittiram. Fe;~,, 
nossa qnalidalle, bem, e fez mal; 111a , cmfim, o quo estú, 
24 
fóra \le tocla. c q ualqu ·r tlu vida , ·. qu '· C0 11l O llOin ·111 , em 
bem iutoncionado c a ma.1· :-t o · •u pai z os !'eu · c:0 111· 
patriota . . :Uo i, como eu u1n fuu io11ario publ ieo · Li1·c 
occa · irlO ue' lratar com ll em Yirtllu tlo lll l: ll c)J'ii ciO, . 
es a. r elações cou ve nccr:un-me tl q uc el lc ·ra d ig-n <1:t 
mioha amizade, CJI I :1iío t~n,· i du i CO I1Sa"Tar lhe . c' <le 
qn cn lhe a eeita: ::;e :t , na c m qu e :;c iiiJ>I · me di ·-
tiuguiu. ln tlo á mis,.;n, po is, p or alma tl c 11 111 ami ~ :1. 
que 111 a idéas p oliLic::l.' rl e n1i11l ' Cparar:llu , nao ofh~ 1 1 .!i 
COlll i o, O· JllCUR scn l inH' ll LO:; I'(' L)li Uii ·ano:, lll' lll n::: <1 
ning ncm. O q 11 fiz Coi prP tar uma l1 om ·n agc 111 , d •1· ida 
]Jclo meu afTecto , (t, m ·mo ri a d uma p s:;o:t <·a r:1 · ,. ' IH l · 
mdn, qu cxercc· n o :cu c: ::~rgo · 111 p ro h itl a d l' . Jl onr ·i 
. ua. m~::moria, ·omo tl -sc•j Jli C h 11rcm ~L "'i nha o: q ue 
me sol>revivcrc m. 1\h i len;; o rmftoz iuh 1 a que' Jne 
olJriga:·te II ICll j((CObitiU C :w tLt l:i (J II C lJe lll j)l' ~>Údv. 
Agora tlizc o CJ ll or<lc 11 :1 ::1 tlo te u V on!? 
-Que ria sabcrqw' lll gon.;rn :tnt D1as il , q uanu ltl 
liUSCe!; te . 
- Era o pn.i el o Jmp ·rn tlor . 
- De que imperador I 
- D. Pctlro l f. 
- D. Pc l ro li l ! E ntiio ho t1vc D. P ct11 ·r , f ! 
- Cet Lame nte: o a nlec:e::o r rl o I f. 
- 3\as o llOliiC d <:lle . 
- De qual . Do 1 ou <lo J I. 
-Do H. 
- D. Pedro t1c lcantnrn . 
-A h, c . . c eu conli c~:o . E' o c1uc foi- ·c llli JO ra. B 
o do pai ~ 
- D. Pedro IV de Brnganc;a . (1) 
(1) GalC?·ia de historia Úm!;lein~o, cd . Gamier, png 1110, 
25 
- J V 0 11 I '? .IJondc ~ahiu B r:lga.nça. ago ra~ 
- W 1 V e; I. l\ de P ortugal c I do Brazil. T u ui10 
··~o prime iro li lho de t c n pai c mcn quarto u eto? De 
.l3ra.g:1n ç·a porqn p ert nc·ia {L flynn.stia de Bragança . 
- lY d e Portugal e I do D rnzil . 1\i'Lo cutendo, Vovô. 
-Y~.:.i o qn•} ni'LO, rn as von cxplicar· t o .O ~r. D. P edro 
d' ..'). lcantnra , q u ·onhcce.·, foi D. P ·dro a <lo Bra.zil, 
filh u d o ' r . D. Pedro 1, <l li C fo.i ta nrbc rn ]). Pedro IV de 
Purl ugn I. 
·- E a g •nLc p6Llc .·cr i rnp r::tLlor d e dois luo·arcs ao 
nr e.·mo le mpo. 
-l' rquc n;io? O re i lla Su cia ú re i Lh Noruega; 
o fnrpemüor <l <L A ll c lnanh a, é re: i ela. Prnssia; a ra.iuhn. 
<.lrt l 11ghüe: rra é im pcra.triz ela: Ind ias. 
-)[a: <[llCt rr '• q ue f~.: z D. Pedro IV de Portugal 
sur D. P edro I do Dra zil '! 
- Quern fez D . P dro üc Br·aga nc;a, depo is D. Pedro 
1 , . d ' Porl ug<tl , ser D. P cclro I do Brasil foi a ÜO II Süi · 
Lu iciio anli ga, ·u.i o m-tA" d i :t,ia: «.A Ü!Jnastin imperante é a 
llo 'r . D . Pe<lro I , aclunl Im perador c D efensor Pe1 petuo 
r/.o Bra::il, " re ·onltccend o as: im a po ·t<;<LO, qne os 
i'a c· Lo · ;wt ·ri ot" · lh e ti iiiW . .lll clatlo 
- l\bs nm a p es::;oa ni'to tica, rei ·6 quando falta. o rei? 
- i :n ; tna. en te f a,llei ngora tne:mo dos factos 
un/(')'iorc" ;Í, Con ·titniçiio, qnc deu o governo {L tly nastirt 
de ]J. P edro de Bmg:\ tt Ç::t. F oi. uma ·rcvoluçéio, que f ez 
J . Pedro impc rac1or. 
-R qu 111 é qne ern im]Jera.clor, qnantlo houve essa 
revolnçrtO . 
- Ningn em . 
- Ninguem. ! B, entiio, qnem é que nos governava~ 
- Portugal. 
- Portuy;al ~ ! Um paiz. pócle governa~· outro ~ 
26 
- Como t eu p a i t e govem :t . O p<Liz, que gor umn, 
é a melropolc , c o paiz govruado, a colonin. 
- E ntf'w , at(: o go vem o lle D. Pedro l , P tH"Lu o·a l 'm 
no sa mctropole, e o B ra.zil uma ·olouia d • P orlugal ? 
- Jus t:uueute. 
-E coot rn q uem foi c uli'i.o, a r voluçrw 'I 
outra P ort ngal, na turalmen te. 
- Porque~ 
- P orque o ]3razil q n • ria fa z r o que t u ta mhc ru Ira: 
t1e querer daqui a me ia duzi:L d e a11nos: gove rn:Lr-sc por 
s i mesmo, er anlouomo . 
- Como fi zeram o Estadu · uido. , ·eparaudo-.:c 
da Ingla.term. 
-Bravos a o bi ·toriador ! 'ral c qua l. 
- E quem foi tJire, aq ui no Hrazil , t'~:z ·o rno J ortie 
U . . . ó ... cbim ... O l)ne m mo ? •.• 
- \Vashiugton. Foi D . P edro. 
- 1\las cll c não era. P ort uguez c rei de l'orLugal 
- Era por t ugucz, mas urto em rui de l'or turral. 
- Vovô, t u está · muito Lrapa lhã.o ! P oi: tu ui"LO rli:-
sestc que D . Pedro I tlo Drnzil era D. Pedro IV de 
Portugal 'I 
- Disse. 
- B entrtO 1 
-E cntrtO ? 
-Como desma ucba: cs:;c e r11 lmrlho . 
- De ·mllbrullmndo-o, uaturn.lmentc. D. P ullro, 
qu~tnL\0 t'oi Ido Rrazil, n~LO m ainclalV de Por t ugal. 
-E como é que, : eudo I do Dra.i'.il, veiu <L sc t· IV de 
Portug:-tl ~ 
- Porque moneu seu pai, c, sendo ellc o lwnle iro , 
tlcvia succeqer-lhc. 
- \.utes on dcpoi · de :cri do Brazil ?. 
27 
-Depois, Alvaro, . t{L c l:tro, tanto q ue, não po· 
<le m1o exercer o goveruu d e J.>orLu :;al p r ter accci tado o 
d o Bra~.i l c uito Ih o penui t.Li r a. Con~Litni~·ito do. dois 
p a izcs, pa ou a homu ~·a á s ua filha D . 1\Iaria, uuu1eaudu 
]) . 1\fig uul,. c u irmrw para rcg<mtc . 
- B o pai nrw t.iuha f.icn.do za1wat1o, q uaudo ellc ·c · 
parou o Brazil L1C Por ttwal 'I 
- Q u ' JU Lc 1li se que separo u . 
- P o i: t u nrLO dis ·. t e l.Ja p ou ·o que cll c fez ll O Bra-
~. il eowo Jorge '' a .. hington u os E ' t[H1o Unidos 1 
- E cxacto, é cxacto .. .. O pa.i procuro u, o u fi ug i u 
Jn·o ·tua.r, d e ·fa ze r o q ne o filho fez · m as, não pot1endo 
v •n ·e r o Bnt ~.i l na G uerm dct I mlep nclcucia, a ce itou 
d ois mil hõ •,· de 1 i b ra c t r! i na · c d , ixo u-o 111 pa.z com 
u li lho po r Ílllpe rn.tlor. 
- B porq u ·, q uo D. P cllro, IJllC ora p o r t ug uez, 
Ll> lll uu o p<trlido üo .Brnzil ? \Vashiugtou Lambe m e m 
ing lcz '? 
- E' Ji fli ·il t e l'C ·pondcr , ll1 Cll filh o. Á tua p el'" llll t<L 
', lllllito razoavel, porque a. "JlCtlrict·• 1üo é «Ontlc n gc11tc 
e~Slá ÚCOi•, uão j - á PATlHA :\ÃO SE 'l'I~AZ Ná !::i SOLA.S DOS 
,'AP .-n o.·. 1\fas q ue po~ ·o c u ai.J cr elas i11: c nçõc · com q ue 
ljli<LhtliCl' h OWelll faz a lg uma <:Onsa ? .. . J3a tc- ll U.' Saber 
que cll e tolUOU o p art ido do Bntzi l; ·cparou-o de Portug<Ll, 
Ü<.:u-lhc lllua Oo u t it ui yrto, e, por ella, o privilegio tlo 
governo :í. sua cly uastia , o que, v~Llha. a \ Crdade, equiva· 
leu a tirar-nos apeoa.s do jugo a uma outra uaçrw pant 
sermos cscr::wos üc uma famil ia .. 
-E, Vovô ; ma , felizmente, a H epnblica acabou 
com esse privilegio, c, agora, tu, o Papai, ou eu, qual-
quer de nós, póde ser Presidente. 
-- Se f'ê r digno~ A lvtLro, se fô r diguo. Eu, por meu 
lado, porélll, o que quero é dcscanço : a velhice nrw per· 
23 
mit tc :'L g cnLc d e e,i nr p osiçõ . diff] ·c i ·. :uns q u ·!<ali:· 
fa ç rLO para n1i111 Yê r-tc n o caminh o Ll ' p r •st'ares :'1, Lua 
Patria o mnis :11 to · Sf'l'\ ' i ços ! 
- 'l'u bn · l1 ir á f c: Ln. d e l :í d • N o v ' II IIJrO ·o :nmi•>·o, 
Vovô ! 
- De b om 0 'l' :J.d o . :\In po r .I UC u rlO t I ' lll hi':I" ( C :\11 1 es, 
agora , q ue r .linlll O. m ]J . PeJ ro I d ·ou v ill <I I'· III C p a ra 
rLl1 c 7ll c S• t 111 b ro . 
- Que t em 7 •lc ·~c mhro ? 
- E o :l.IIIIÍ\'Cr . . nrio d a no;.::a 'Jud •pe nde nvia. 
- lnd p ndeu i:l. . 
-. im , a no ·sa : cpar:H;ã o de P rlu g-nl. 
-C 111 um impcr ad r '? 
-]!: o q ue tem i ·so , A l,' aro s Joi ;:: e 11 c:11n ini 1U 
da H publi cn. ? Pon1u th•r,; .. 1n · a · rt1a a ll lll p1 illl·i pt: 
:Lmhi cio ·o, ou 'O l nprn~. ClllO.' a no,:a I ib r l:ule por d o is 
milhõc., d i :d mo · l1 Li a r uma 11 a~:l0 i n dL:Il' IH I ntc? 
Não na ·c n a tua l'nLr i:t n •s c ll ia : O l h :l lJ lll' us hon: 
r •pub lica uo: n rLO Lc- nt ::::es l:.'('I'UJlU ] O.' J'ut ·is dv [> ' >.'Ua. 
c cou ·n.:. Nüm 1)0 l'(J ll :1 ·c ·pn d a~: . l'OIIl que . a11 d a ra1u as 
tropa: o rain.r ll o d ia 1:) ll • 1:\o v ·mb r . Linh :un 11 : t l :t lllilm 
a:; n.mm · <lo l lll pcr io, cl · ixo u o lriu1u p ho llu ~ r •!< pl c n -
dido c a onq ni: ta ~rnt :1 (t a lma r ·p ubli<:a nn. 
- Tl1a · olhn , V o \·ô q ue tn •: t (l. · fal an tl o ·o n1o !,C: cu 
:oubcsst: d e Ltulo. E e u n c111 ·ci como D . P ·d ro I " ·i 11 ao 
Drazil. 
- E que re , nLií. o que te co nte a his loria d o L ·111po, 
cw lJliC cnnrto era na ·c:iuo ! 
- Quamlo é r1nc t n uascc: tc ? 
- 'l'e ulw 74 a11110 : faze a co n t,a. 
-Quem d e 1 9G t im. 7<1 : G Lira 4, 2; !) Lira 7, ~ -
1822, não é? A h! é vcrcl:ulc, c ·c i até o dia ! ... 
-Se o nr~o : onl)CSSCS? 
29 
- Ficavas mc,·mo, mesmo znn o-ado I 
-llrej ·i ro .... ~:Lo : abc , ·nti:'Lo, '0111 0 D.l'~dro I 
,·ui u a Brazi l I E . al e como D. P edro d ' A lcautam f oi 
Il . '? 
- Po rq u · morrcu o I ? 
- x rLO . .A SÍIII é I r t i :o (lll Lc xpl i l]ll' i:Lo nnLcs 
d 'aquill o .. .. i\Jot. , All·nr , o ,. ·l ho cu n ~·<L ll l. A miuh:L 
maclor11a . l:'í linm a ntl por lll im : vou co hilar ll l ll 
p uco . . ct 'nla quatro :l.,JJilO • ! ... Fazt: idén.!plc. ou um 
bom 111 do t ' lnpo da Imlcp •JHl c ucia ! ... Qun i do tempo 
ll O O ll ~·a ! .. . 
IV 
- Dua:; llora: , \ ü\'Ô. 
- J;'t ? 
- E ru ponto. Coc:IJil :t:; Le tiiii<L IJua ho ra e uwia. 
- D t orme nto p a ra ti , c urioso. 
- Sim, ma.s e u urw perd i meu te mpo. '<tbes aquc ll c 
livro g ros·o ela. t ua. e tn.nLe L '!'ire i-o, c ache i I;~ o retmto 
de D. Pedro I. Quiz lê r, ma a lettra. é trtO miuda.! E, 
lcm:ü ··, os livros cl;t gente g rande uito falam que a. gen te 
p equena en te nda. A quelle out ro reLmto, q ue vem aute:; 
do d'elle, ha d e sut· o p a i, nito 1 P arece-me que eu li 
D. João, ma uito me lembro elo uumero, ·i IV , :i VI. 
- V I , V L 1\l<Ls niio ai teremos a ordem ela uo~titt 
ex1)licaçã.o p <ua que te uã.o confundas . 
-Que res ·abcr qua.uclo é queD. Pedro de Alcant:tra 
se tornou li, uito é isso ~ I<' oi e m 1840, i.·to 6, quando cu 
t iuha dezoito a.uuos. Bll~ tfulla quinze, porque mtsccu 
tres aunos depoi s de 111im. 
-E com tão pouca idade a ge nte pócle ser iurpc-
rador 7 
32 
- Ell c o roi .• u pai , nove illlll O. a n tes, C lll 1~ 31, 
se r ' tirara Ll o Brnzil , d c ixallll o·o om c inco c pouco. 
-Porque? 
- Porque o pOYO, a 7 ele Ab r il d c c nnn o, o obr igo u 
a isso . 
- Como f~: z ao mareclt a i l corloro :t 2:; d ~nV C IIth ro, 
scsscub t a unos depo is ? 
- E p r tnOti\'0 · a!gum tan lu pare idtlS. 
- E qne ·n·:;c tla Cons t iln i ~' i"to : 
- 1iluur.a e i mp rtou muito 111 clla . 
- E qnnudo cl le ~a hiu . c o fi llto cr:L ti'ú> p •q11 •110 
COJ\10 havia Ü g"O YCl'll <1 1' ~ 
- Os scna.tlor • · e dcpnt::Hlo:; fJliC cslrtn l lll no l: io de 
Janeiro, r •uni1·am ·:; · lll ll l nr: l l ll IIIIHJ, r 'g 'n c ia p ro vi-
soria,( L) tnn,i · taxclc . nb.ti t nitla p t' ulra tl•LiniLi va q ue 
goven~uu a.t ', 1S3,1. 
-Ma o qnc é. n •gcn cia , Yo\·ô ? 
-E um a c·p ci d' go\'Crno pro ·j,.;o1·io, s abe: ? 
HoniCit:, q ue g0 \' CI' ll <I Ill 'IIIIJU <l l l: \l r ·i on illl p · ra• lur é 
m c ll or , o u c: t(L intpcf1ido por nl: ·· nm 1 11 l i \·o. f c 111bra te 
qnc o Sr. D. P edro el e A.l ·an ara. Linb<L só ci nco annos 
e meio qnauüo se u p ni se foi mbora. 
- E c··sa rcgcnci ;t governou nt'· ell · t er <Jui nze 
a llllOS? 
- JCL te cli.·se, que depois de un m proy i:,oria f'ui 
no1neatb on ~ra dcfiniLivn , q11 c governou ntc) 1 :J L }~ut 
1;-:.35 fui ele ito unt só regente, e m vez t1e t r ·!' . .:\ 0 ·eld li ;L 
r ccaiiiu JJUlll paulista, o Pa(lre Diogo A.u t0 11io F e ijú, (~) 
que devia reger por qu;tt ro mm oí' llla· q n · resig 11 ou o 
governo em 1S37 . 
(l i Gfúcritt. cl ~ historittbmr.ilcira , ctl. G,lt'llicr p:>g. 102 c l O!, 
(2, )J )J 'I J1 11 )> pt\•g, l l!:J.,. 
33 
- J'orquc 7 
- Porque lhe J'azirt.Jil JJJllita oppo. i~·~w. 
- 'o JJJ ú? 
- Cu nLra.ri a1·am o l;C U go1·c rno: não o auxili:tv:l.JJI. 
- J~ qu •tu lhe . uccedcu! 
-O ] l ini--Lro ü ]JJJL)Cri o r. P edro 1l e A.rn.n.io Limn, 
(1) d poi.· :\ [ an pl cz llc liJt Lla. c qu u conh ·i mui to . 
- E que n1 gove ruou cl ep oi · <l 'e ll c . 
- D . 1:' ·d ro I r, J ll. ru i a •elnrado IJJ:1i or a ~3 de 
Jullio de 1 ·w. 
- O q u !li •r 11 i zer dcclnra lo lll:l i or ! 
- Q u •r ll izl: r LJ ll l! a :l JJmra dct idiu JII C: o r. D. Pc-
uro de Al c anlnla pod ia (Oili il l' u g'UI'l:l'llO eO JII ·ssa idad ·, 
L· m~urn a. ',l Jl s l it ui ~·rt o 1 · Iara. ·c·. uo · •u art. J2J , 
meu OJ' a i '. ú iLla<lc tl · I._ :u1 nu · (·ompl Lr>:;. 
- I~ p rque nrlO CSp f'l'al'::tll l (;Jil obcdiCJJeia. {L Con -
titui ~·rLo : 
- J'orqu · (;.'laudo o. p arti l o: lll lu ta. mui to ror!·c , 
p :1 t'C · u que ·s: · ra. o m ·1 11 r m ·io tlc cv i ta.r p er-
t url:mc;ue:-:. 
-E 1 l'lJ ll ·. qu e l1a partido:, \ o1·ô 'J 
- H porque ha opi ni ü s dilfcr , ntes; un · pen:n m 
q n ', m ·ll;o r gove rnar ü'c t lll odo, on Lros d a1nelle. 
- E o Imp rac1or p dia. i111pCL1ir a lu ta. 
- l'l~t o , A h :u o ; mas podia moderal-a, e i -~o era 
Ju:ti s facil de ·de qu ucnlnnn elo part idos podia quercl' 
que o regente fo,·· · c:colhiLlo entre o ·. cn pa.rthlarios. 
- E m ocl rou-a, 'I 
- i111, l)Orq uc proeurou contentar a. to ·lo;;, cha-
ma.nLlo p<tra . c m; m i ui~tros ora o · eo11 CI'va,lores, ora. os 
li! era 
(1) Gale•·irr tlc hi.<turia bnr~ill'i•·tr. cd. Gnruim·. pag l/,0 , 
'I 
34 
-O que eram co usc rvallor s · lib ·ra cs ! 
- Os h omcns dos a ntigos partidos : o p:nt.ido elos 
que u~to qu e riam r eforma:> adiauta das, c o d os que as 
í1ncri n.n1. 1\ia · os uomc. andn.ram trocados, p orque os 
conservadores Gqn c fh;e ra1n as re formas m ai li b •raes <la 
m ouarchia, COlHO p or exemplo a libertaç~to (lo· . cm.vo . . 
O Imperador, r epar t indo o p od er com elles , g-ovemou 
q narcnta c IIO\'e au no . . 
- E governon bem 'I 
- Ne m, cu, ne m tcn pai Le p oLl mo· r esponder, 
mcn caro . Nós uuncn. somo. bon: juir.e. d os h ome ns, 
q ne 'i vem no mc:mo te m po q ue nó:. U m cons 'rva<lm· 
eha~nou ao Sr. D. Pedro JI de Cescrr cari oto, isto é, de ho-
mem q ue queria p;trccer gmntlc só com;cgnia lomar-:e 
ri ~1i ctllo; e um liberal li ·se q ue, no Hrar. il , a l'a n]a de 
lllini stro c r;t n ma libré c1 ' lacaio, isto é qu só 1 oücr ia. 
auxiliar o, r. D. P edro JI um homem d e pouco brio, q ue 
se prc:ta.sse a fazer tu clo qua.nto llc qui 1.cssc. l\Ias, 
ambos e. cs h o men. , dep oi · d e dizerem i o, fora m 
mini ·t• o. do l 1npenu lor, e ncuhum Ll ' c ll c serv e hoje {~ 
R C'pnblica. 
- E tn niLO ach a i ·. o mui to l'l'io, \ ovô? 
- Acho;. p or é m os h omens, tue andam m e ttidos 
nos partidos e govemos,procell e m, urw rara: vezl's, cl esse 
modo, islo é, sem a companharem as suas palavras com 
os seus actos, c tem sempre razüc ·, com 1ne justificam 
a sua condu cl'a. Seria preci::;o ou vil - o ~ . 
-Eu espero que nuuca he i de fazer eomo ell eg, 
1\Ias aiuda urw me contaste com o D. r ct1t·o [ ve iu para 
o Brazi l c se fez imper:u1 or 
-Veio com seu pai. 
- p, .João VI 7 
"· 
35 
- Silll, D .. João v r, (I_ ) I[UC rsta\'~\ goYernando 
Por t uga l como rcgent, ·, porqnc sua mãi, D. 1\faria 1, 
(2) t inha enlouqurcillo. 
- E porque é q ue ntlO fi cou em Portugal '! 
- Porque os Francezcs a tacaran1 esse pa i r. e clle 
:1 chon mai · cgnro a~ylar se no Brazi l. 
- Fugiu , cnttLO, de rortngal 1 
- B11 11 ~to disse l<tl, nem a historia o diz. Refn. 
giou ·so alé <JUC Portngal ~e Yisso livre <lo inimigo. 
Isto é fu g i r 'I 
- Quando foi i s~o 'I 
- E tn 1808. 
- ]<; p:ua onde vc in 'I 
- K teve na 13a h ia. desde 23 de .) a ne i r o até 26 de 
Fe1·creiro, c depois partiu p:11a o Rio <le .J~neiro , 
ouüe chegou a 7 11e l\Iarço. A 2G de Abril de 1821 
YOitou para a sua, terra. 
- En trtO demorou se treze :lllliOS. E porque Yoltou 'I 
- D. l\Iaria J, sun. mrti , morreu no Bio de .Janeiro 
e u1 1 16, c, po r isso, foi elle corôaclo rei de Portugal 
(3) Ora, em Portugal, em 1820, houve uma, 1·evolnção. 
- Mas, Vovô, o povo parece que e~M. sempre 
fazendo revoluções. R evoluçtLO em 1820 - reYolnçrw 
em 1 22- rcvoln~·rw em 1889 - reY o lu ~:iío em 1891. Já. 
q uat.ro ! 
- E quantas outras, quantas, meu filho, nttO tem 
havido ! O povo nitO socega emq ua.nto não alcança a 
sua liberdade, ou uito repara as injustiçns, que lhe 
fazem. 
tl) Oalcri(' de hi.• toria bmzileira ed . Gnrnicr, [l!\g. 98 , ,2, ,) )) )) )) , 
\3) I) 'l. " I) 
.• 
·I 
I 
I 
l 
S6 
- 1\:b s o po vo portug ucz urtü em livre . Ou t inha 
soíTr ido n.lg t1ma injustica? 
-Era lin·e, c nr10 ra. Era , purqn e e ra uma ltaçi\o 
imlc pe uc1cutc, au tu nomn.; não em, porq ue t,i 11lt <a 11111 re i 
n.b~oluto. 
___:_ O qu e é r e i absol·~tlo f 
-E o que governa. co mo q uer - se111 lllll fl. 'on-
stitni çi'IO . 
-E porque não tinh ,tnl feito o n lit.ui<-fW ? 
- Purqne todos o . p vo ·, Alnuo, . rw :"), p r i li C i pio 
governados pelos p::u.l res, cl c poi · pelo: e h c· fl'. n1 i! i L:l.r . 
ou r eis, c, li11nlme ntc, p or eh fe~ cou. t itu ·io nnes. l'arc -
CClll co m a· c rianças : quantlo muito pcqu ninas as m~li~ 
goveruam ·oa p elo cari11ho ( 'pelo m êd o tlo _paprw, o 
que 6 mal fc i to); quando cn.:scen1 nwis :'1. \' t'Z ·s (· prrci:o 
até goverua l-as pela força · c, finaln w n tc, qna nd u se 
fazem h omens c criam juizo, é que pol1 ' 111 ser diri <d <la~ 
pc][l l':lZ~IO. 
-E em 1820 os Portug uezc · fizc ra111 a s ua ' 11. li-
tn is·rLo 1 
-Que remeüio t eve o re i sen rw fnzcr-llte: a YOI1-
tarlc ? O· rcvoluciouari os venceram 110 Porto, e D .. Jorw, 
voltnn<lo p:lra Portugal, que se ·enfia coutra.rintlo pela 
sua ausencia, deixou D. P edro como gov ·rnaLlor tlo 
l3ra.zil co111 o titulo de p1·i·11cipc 1·egenle. 
- Ab, então, qmwtlo D. Pedro separou o Brazil 
de Portugal, L"lle estava cncarrega.tlo p elo pai ele 
governar o Brazil 1 
-Sim, e~tava .. 
- i'lias o que elle fez nrw foi uma traiçrw 'I 
-Calcula que, tendo D. JortO VI d eixado o governo 
a D. Pedro, as Côrtes portnguezas mostra rnm·:c mnito 
contr-aria!> .ao Hrazil . . . 
37 
- O c1nc srw as Côrtes ? 
- O mesmo que o nos ·o Cc. ugrcsso. Calct'tl tt que as 
Côrtc: mos!mrn.m-sc mui to c.ontrarias ao Br .. zil e ao 
governo <l o prí nc ipe, e r e:pomle tn mesmo á, tua pcr-
"ll nta. D. P edro foi nm t ra id or, ou ligou a sua c.ausu. {L 
dos llrazilciros, porque llle parccc:n cllajusta 1 
- 1\bs •) cptc fizcratn as Côrt.c ·, \ ovô 'I 
- 1\'ra.udaram, entre oul;ms causas, que o princivc 
voltasse para Portuga l s upprimindo t utlo qnc se t inha 
creallo de i 111 por tan te uo B rn.zi I ll ur::wte a. estada do rei 
no Hio tle .Jan cim, e dc ix:-tndo-o s implesmeute como 
Governallor llo lti u de Jane iro. 
- E porque foi qu • o princ ipc uito voltou. 
- J?o nptc o po 1·o de · . Paulo c (10 R io de Janeiro 
instou para. que cll e fi casse. 
- E o: Portnguezcs o que fi zera.tn . 
-As tropas, qu e e, ta,·n.m no R io ele Jau eiro, pre-
pa.ram-fe pa.rn. a luta contra os colouos rebeldes, e o povo 
c a ttopa bra ;~. il cim fi zeram o mesmo p:1ra lhes resistir. 
i\:[ as nrw h ou I c lu ta, llilO . Os Purtnguc;~.e. I a 15 de Feve-
re iro (1e 1822, reLimram-sc p rna a Europa. O priucipe, 
cutão, chamou pa.m ·eu tnini: tro a José Bonifa.cio de 
A.uüra,(b e Silva, homem (l c lettrn.s c ·c ieucias, q ue 
muito se lln.via já. distinguido, c a quem, priucipalmcntc, 
se deveu ~t iudepeudencia. tla. uossa Pat ria. Deves ler 
visto a s ua. esta.tua ( l ) em frente á. Escola. Polytecb uica. 
- Por s ig un.l qnc é hc 111 {~ Wa com:):11'al1a com a sua 
visinha do Largo do Roeio .. . 
- Ah I n. monarchia. e ra mui to gcitosa em fazer 
para si, e para os seus, as coutas de grrw-capitrw. Si 
lisonjear o snuhor era o ·cgredo dos políticos!... 
(I) Galeria ele lustvriu uraziluira, ed. Oaroier, pngs. 40 c 76. 
I 
'I 
I 
38 
-E como foi que se fez :L indcpc ndencia '? 
- D. Pedro já. tiuha combati(lo pur iúlla. a pal'!;c a:; 
in trigas dos que se oppttttbam ao ·eu gove rno-no Riu, 
na Bahia, em Peruambuco, em l\linas c elll Srw Paulo. 
Mas os Portnguczes o ~eu govem o, ada vez iiwc ntavam 
UO\TOS meios (le em ba.n.tç•ar o Braz i!. Ora., e:tallllO em 
S. P<wlo, voltava, D. Pedro, de Santos para. :1 Cnp ital, 
quando, nas nHtrgens do Yp irnnga, foi a.ka n~·atl o por um 
proprio, que lhe t razia. corre poudc nc ia tlo l.{.io . Drwdo-sc 
pressa em examinar essa correspondcncia fi cou, por ella, 
ao facto do que se c::;ta,va, passa ndo em P o rLu gal c indi-
gnado da má vontade dos Portuguezes, o bctleceu á .. · 
suggestões, que, em carta, lhe fa;~,ia José Bonifacio. 
Anancando da fa,rda n laço das cô re portugueza · e bra-
dando Inclepenclencia. 01t JJforte, declarou, por e. :a J'órma, 
o Brllzil separado de Portugal, isto é, deu-no: uma Patria 
livre. 
- Im;1gino que contentamento , Vovô, e:; a noticia 
espalhou por todo o paiz ! 
-Não pódes fa:zer i<léa. l\feu pai, teu Lisa.vô que 
estava em S. Paulo, c tinha, nessa época, ~cus vinte e 
oito :umos, contava me pelo miudo as fcstlls, L!i-I C ·c 
celebraram, e a alegria immensa do povo. Ollla.: aqui 
tens nma cópia do quadro do nosso pintor Pctlro Americo, 
em que est{L representado o momento da proclamac;~LO (1 ). 
Fica-o admirando, emqua.nto en vou csercvcr umas car-
ta~. Aqui teus um fulllcl'o explicativo collt u JlUJHc ll:ts 
pe::;::;oas, que tiveni.ut a felicitladc de a~:i:;tir ao gramle 
acout<:'cim<:'nto. 
- li) Gnleritt .te lli.•lo•·ifl lll'azileira , cd. Gamiet·, pag. ~S 
v 
-Papai, cu j{~ sei u1nito nutis do que Lu pcusa~. 
Escuta cá. Vovô nasceo no a.uno d~~ IuLlcpellllcncia, 
quando governava. o Bmzil D. Pedro como pri nci pc 
regente. 
-Bravo! 
-E teu avô a ·s istiu ~'í,s festas da Indepcnde ncia, 
proclama.dn. em S . Paulo, nas margens do Ypiranga n. 
7 de Setembro de 1822. 
-Bravíssimo! 
- M:as ainda, nrLO ·ci como D. Pedro I ·e fez lmpe-
:·ador. 
-Vais sn.bcl-o. No dia 1~ de Outubro, u Senado tla 
C;uuam do Rio de Janeiro, attcnllcudo á po ·ição, tine 
D. Pcllro tom{tra, proclamou-o; no dia 1° de Dezembro 
foi ellc corôado, e, a 18 de No\'embro de 1823, viu sahi 
rem para a Europa as ultimas tropas portuguezas, que 
tivera 1le combatet·. 
-Então elle não foi eleito pelo povo ~ . 
40 
- 4-1H·oclawaçéio tambnm é uma fúl'lua d e · l ci~·rLo. 
-E que m fez a. Co nstitui çrLO com c1ue cll · tl•1·ia 
govcmar. 
ma As ·cmbl éa. Consti t uint e ·e re uuiu p<Lr:L 
faze l-a. Mas conto essa Assembléa c utrou e t11 tl c~<Le ·ô nlu 
com o Imperador, ell c a di . olveu {L for c;n. 
-O que é cli ' solver . 
-E' m a utlar em bom 11ito cou •uLir qu • trabnl hc 
p a.ra o que o povo a I geu. O i\farccltal D cotloro fcí'. a 
me sma cousa, mas o povo obrigou o a d ixar o gove rno, 
como j(L sabes, c ·o m ·oco11 ontra v z o 'o ng:rc. ill cga l -
mcntc diss._·l \'ido. D i Oli'Ctlll O :1. 'on.~t i tni 11 t e, ] . rccl t·o 
fez cllc proprio a Co ustituiçiw que mamlou Lli ·Lrihuir c 
a ceitar p ela: Cnmaras l\:Iuui ·ipae: ; q u e jurou cumprir 
a 25 de Março uc 1825, ·que te ve valor at'· JS 9. 
-A h, sei ! Foi a q ue deu o thrnn o a ~eu fillt o 
D. Pedro, c que a. rc ,·oluçlo s ubstit uiu pe la, q ue h :r- d o 
Brazi l \llll U. J.{cpnblica. E o gO YCI'Il O de D . P eclro r, tle: llc 
a.hi a tú I 31, foi bom . 
- Ac rctlitas Lu que, i o fo se, o povo o teria . obr i· 
gatlo a a.brttHlomtr o throuo ~ 
- Mas o p oyo ta nt bem p6dc Sc t· i uj usto, Papa i. 
- Po11cas vezes o é, A l varo. Di:t. o ri fiLO :« Yoz du 
povo, noz ele DC1tS , . 
- B, uC'pois q ue c llc se foi e mbora , o que li cu u 
sendo~ 
- Dnque uc Bragança ·implcstn ·ute. J{L sabe~ que, 
pcrtcnceudo-lltc o thro uo por mor te ele :eu pai D . Juiio V1 
ellc o passou :'L s ua. filha D. 1\hri rt II, Cll <;:wrerranclo da 
regencia o seu irmão D . l\iigucl l or ser a princez:.t 
Ulcnor. Om, D . Miguel.lpoclcron ·e llo t hrono, que ass im 
lhe fôra. confiado, sob o pretexto lle que, nrL fal ta uc 
D . Ped1·o, 1lcvcria pcrtcn ce r-lbc . Tomando as a.l'!nas, 
41 
bateu D. P edro o u.·urpa<lor c eutregou o govcruo á :s ua 
herde ira. que, ·orn vi : te, fo i a segunda rainha d o nome. 
-Mas 11 i""LO t i11h :t ·iclo Jn c lli or, Papai proclamar a 
Ropubli ca logo q 11 · se fez a Tucl c pcnd •nc ia ? 
- . 0111 duvida; tuas o qu e lucramos em conjectnmt• 
isso, se a .:si111 nfw fo i . A histo ri :t conta o f)n e j'oi c não n 
'flL • pnclerin ter 8ido . • nf c: mes mo da J nuependc uc ia, 
poré 111 COIIIO Jo"o d epo is cla abd icac;f'to, os Rrazi lc i ros p en-
a ram em procla mal -a. 
- :\.u l!.;: . 
- - Sim· 0111 1 7~ ·. 
- Teu vovô .P· era ua c illo I 
- E : pcra. 1\l ' " p:ti na ceu ' 111 1 . .l2; quando cll c 
na:ccu, mou :wô t inha 3 anuo . De 1S22 t;ira.nclo 2S ... . 
fi cam 1794. 'C'i...; annos a.ntc:, Alnnn. 
- No Le1npo de D . .Toi"w Vl ? 
- No de s na IH <Li D. l\Iaria. L 
- A rtuc fi cou louca ? 
-. illl, e IIIOITeu uo J~io de J :weiro. 
- B quem fui <pte lJUií'. fa zer a Repnblica 1 lfon\ e 
a.Jg-uma rcvolu~·fw ~ 
- Nã o h ou1•e; h ouve 6 uma fl .çpil'{(.r;lio. 
-E e _a as p ira1;i"w , porque nrLO foi atl ian te ? 
- PonJttC ·onucrnm d'clla. 
- Quem ~ 
- O govcmo üa Colonia. 
- Como. 
- ·Porque ttlll traidor Ih o communicon. 
-- Um traidor ! Como se cha mava 1 
- Joaqnim Si lvcrio elos Hei . . 
. . Em Braí\ileiro esse malvado~ 
- A morte j{t lhe fez a conta, A lvnt'O ! 1~1'1\ .. 
'-- E a sua traiçrw fe1- ma.l a a.lgnem ~ 
42 
-Levou á forca um homem e comlemnou a llegredo 
perpetuo muitos outro~. 
-A' forca 'I ! 
- Sim, ali perto do Largo do Rocio,do mesmo lnrgo, 
em que se ergue hoje a, e8tatua de D . P etll O l , (1) I) Ue 
fe:~. o que aqnelle ma rty r q ueria ver f ' i to, com uma di f · 
ferença- eparon o B raz1l ue Portugal , ma· roubou aos 
Brazileiros o direito uc govnruarcm o. seu: ·ompaLriot·a. , 
quando estes os j ulga.sse m os mni.s dignos, reserva ndo-o 
como um privilegio para i e para sua faulilia . 
- :M:n.s quem foi e ·se mart) r ~ 
- O mesmo que ueu a esse la1·go o nome com q uc a 
R.cpublica o baptisou: o Tin((lentes. (2) 
- Tiratlentes ~ 
-Por appcllido. Um mineiro ll e n me .Jvaquin1 
.losé da. ilva Xavier . 
- E porqu o enforcaram! Não era lmstantc te r 
impedido que se satisfi.;e ·se o seu dcse.io, ' llestcrml-o 
com os seu cowpanbeiros ~ 
- Mas uão foi. A rainha. D. Maria I julcron imper· 
doavel no 'l'iradeutes o crime, que seu neto, trinta annos 
depois, praticou, c pelo q ual lhe deu o povo o sceptro 
e a corôa de impc· rador. As· im julgando quiz que a 
liçt'LO do Tiradentes servisse de e~ca.rmcuto a.o: E ra· 
zileiros, quo sonhassem com rt sua lihcruade. O 'l'ira· 
c.lentcs, pois, em seguilla. ao . eu enforca.meuto, teve o 
corpo f'SJ,ostcjado, a cabeça levada para Villa ]{ic!:t e 
exposta un pra~·a , sua. C'af'a dcstrnida., e . ua. família 
declarada infamo. 
-Mas a gent e· cl'esse tempo não tinha. coraçr'to, 
Papai 1 
111 0'1lDria tle Msto•·vL bra:ileiru, ed. U1rnier . png. !Oil. 
{!) ,, )) ,, :1·?. 
43 
- 1'\rLO iU\· ·ut.o lll t:l ll filh o· wa · pcn~a ui~to e vê 
quanto e ia111 o:· :uli:~nLaclo:-; hoj e, e quanto ·ã o horríveis 
para. o nos o :-;eculo a.-; ba.r l•:tridadcs tle ca ·tigos, como 
n.q11 ll c qu e tanLo L· indigna .. 
- F o i, (•utiio, 111 lin as que h ouve e~ ·a. a~piraçrw 
{t ind p IHleu<:ia ! 
im , em O uro Preto, naq ucl le tempo Villa l~.ica. 
- ~~ ~ 111 er:w.1 o. h me ns, qn : c le mbraram ele tal 'l 
- Pu 11 co t · :tLliautaria conh ·e r o uo1n ele boruen , 
qu , n o lliOIIH·ut(l el o peri~o, s a ·obardnrnm, rejeitando 
a re:p oo:al ilidnd ·de::. ua~ iLll·a: . O do fo rte: tlo mar/yr, 
Llo immm·tal já o co nh • ·es. Furam aqllellcs, eutrctauto, 
p ·. oa. cl re pr · ·c nLaçi"w u • Lcmpo c lugar: li t te ratos, 
juizt• · c mili tar ·, . ul.Jr •t11do eo m algnu · moço<:, qu e 
ti nha111 ·studatlo na Europ<t<; apr•ntlielo a amar as idéai'i 
Ll · lil.Je r lati ·· l albada · p e la revolur;i'to J'raucer.a. 
- Q ue r ·vol u<;i't o frn.n c~::za ! 
- A. GranLle a d · 17 9, a q 11e c u to u a vida ao re i 
L 11 ir. X [ e tornou ig 11ac ·· d ia.n t · da le i torlo. os 
)IU III ll . . 
- Até ahi uão ·mm c n t i"Lo, Pa.pai ? 
- Q ual , m ' ll filho ! O· fidalgo: e os padre·· t i11ham 
tudo e n1 seu ra.vor; o po vo, ua<i<L. 
- EutrLo J'o i uma bôa revolução ~ 
- Se foi ! . . . l\Inita ge nte acha. que ·. eorrompet· 
as c rianças dize r-lhes que é bom o que a. sua. jus tiça. im-
par ial lhes •·: t á, diz nclo que é bom: ma ·, quando le re a 
ua histuri<L e t iveres mui idade, ha.s ele vêr que teu 
pai HÍto te e ugauou c quantos beneficios deve a Hunmui-
uad {L r cvo lnçrLo frn.nceza ele l7S!). 
- E o que 6 que o: home ns de Minas tinham com-
hiuado, Papai 1 
I I 
44 
-Seu plano era proclamar a R epubli cn., funtlar uma 
u nivcr·sitlntlc Clll Vil la H.icn.,mnda,r a capi t.1l para S . Jorw 
rl ' l~ l Rei, c atlopta r uma batH~Cil'fL COlll a divi sa uJ, ib erla .~ 
1)1W' sera. tam en», isto é, <• L ·iúenlcule, oiutla IJ lW lm·de••. 
PMa roinpet· a. revoluçrw, deviam '·pcrar t [U C o govemo 
mautlassc cobrar os at ra:mdos,c1ue o povo c ·tava uc vcmlo 
elo: impostos sob te o onro. 
-Porque. 
-Porque os i111postos ram mni tn pcsa.dos; a divida 
j:'L estava. muito crescida., c o povo, tl csco ntent e com o 
govcri10, daria auxilio nos rcvolnciona.rios . 
- Bem pcu:a.do ! Boa itléa! B pOnJnC o povo ni"LU 
oc; auxiliou ·? 
- Porque o Vi:coude de Barbacena, c1nc go \ Cl'll :1\' :t 
:Minas, suspendeu n. cobmnçn. c t irou as ' im o bom prc· 
texto aos patt·iotas. 
-E o que fizeram ellu ·, cntrw? 
- Si pouco tinham feito, al é m de conversas e p lanos 
i'Cm meios de rea.lisaçito , nacla, ma is potlcram fazer. 
l!'omm presos q uasi todo· os que estava m de accônlo 
em semelhante a piração, iucln:ivamente o 'J:iradc utcs, 
que se achava no Rio de Janeiro, onde t iuha itlo no 
intuito ele co nseguir apoio ás idéas tlos mineiro ·; furam 
proeessatlos, c, a l S de Abril tlc J 702, condcmuaclos. 
- Olha., P;tpai; nitu te parece que a miuha me-
receu bem acauar corno aca.uou 't 
- E niLo achas singular, Alva,ro , que, conforme to 
fi:~. j{L notar, fosse o neto qnem désse ao Brazil essa libcr-
dadt:, cuja aspiração a avú quiz afogar no sang ue do 
'l'irauentes ? 
-Mas porque escolheram uma mulher trw m (~ 
para goveruar Portugal T 
45 
- A III Urtc liL: ~cu pai ll1 · de n clire iL1 a t a nt.n lHHirn. 
- Qu ' 111 e rn. o pai ll ' •li a. t 
- D . . l o:{· J ( I . 
- ÜO VL: I'II Oll t a ndJ •111 o H razil Y 
- Que p ·rgnn tn, me u lill10! Cu 111 0 o g-o vemuu ~cn 
avó, c c0 111 0 o governara m todo: o . .; reis tl c l'urLngal 
desde D . l\fau ·I I (2) . 
- E foram n1ui to. ~ 
- QnaLorzc <t t é D . J oão VI contando ·on1 Phi · 
lippc ] r, (:{) 11 1 (·J) L: l v (G) I ] ~ H •:panll fl. 
- P o rqu e ? 
- Porque o Bras il tantbe 111 p e r te nceu :í ll rspnnha. 
- l:'orq ue 'I 
- P orcptc a H e. panba co n 1ui ·t o u P or Lngnl. 
- h o q nc Linltrt o 131 azil co111 is:o 'I 
- P oi · não . a h c~ q n ' o B rn. i I foi colnnia tlc Por· 
t nga l '! 
- Pon 1ue '! 
- Porq nL: P o rtugal fo i lJU · o LI L:~cobrin c t ra lon tlc 
r·. ivili~al -o. 
- A.ute. o que e ra. ·? 
lll:t t ena. halJitatl:L por . c l 1·nge ns - o qno Sl' 
c: hallla Ynl ganncutc i111lios, caboclos, 1111fjtes . 
- E P ortugal c u"ton llluito a c ivi li ' nl o . 
-Nat uralmente, p orq ue JÜO ent ti"to raeil, na.qn cll n 
tempo: a-traves:ar o mar, c0mo é hoj e, e os in<lio~, mnl 
p c rcebcmrn que os cxtnwgciros lhes tomaYam a: terra · o 
o s fJUCriam para e:cravo ·, t rataram d e d efendel·n.s . 
( LI GalC1'Í IL 
J'!) 
(3) )) 
('1) 
('ÍJ " 
de hú tori<L úm;;leim, cd . Or.ruier, P"S· !Hi. 
)) )) :){;, 
)) )) )) 90. 
)) " ,. .. 
46 
-E que tim lcvarnm Oi'i indiu , que eu u~io vejo 
n enhum Y 
- Ven cido. p elo · út·a.nco.s, q uc I hcs ram supe riores 
e m c ivi li :açrto recolhcrnm· ·c. As mattn ,.; dano . . a. I.Nm, 
A lvaro, a.iuda a.brigam milhares d 'cssc,.; nnRsos \'O IIlpa-
t.riotas , que nos con._idc l am co tno i nimi g:os. 
- Mas u ó · não o somo: ? 
·- Ní"'to mas a venlat1e G qne, sc111 u . crn1o>-, cll es 
estão, por uós privados uo go;-;o livre do pai;-;, on de na. -
ecram, e onde os seu ~ a.lltcpa.._ a,clos v i verao~11. E ll c. nfto 
uo:- podem q uerer l.Jem. E 00111 . eria qne tocb a . ua 
qu eixa de nó fosse sómente essa ! 
- E utrw nós lhes fizeJUus outro 111:11 • 
-Nós , nrto; ma:; fi;-;e ram-no os p ri nH· iro. portu-
gner.es c b1azileiros, e. cmvi ·;l!Hlc-os c tnl.t:"lJ)(l o -o. eo mo 
rtllitJt:tes llo seu serviço. 
- Com que d ire ito , papai 'I 
-Com o direito do ma is forte, quc põ o viajan te 
inerme {t disposi c;:fw do ~alt eauor artll rtdo. A hi :;toria. da 
nivilisaçrw, A lvaro, tem tl'e:;tn eo n <ts tri ~te .. 
-E uingnem nun ca se (•.ompadeecu do: co itados? 
- A.h! Houve muitas almas boas c muito:; c;;pi ri tos 
ju::.tos, que tomas>:em a sua defeza. O M.arqne;-; de 
Pombal, (J) ministro tlo rei D . José I, de quem te fal ei 
aitn1:t agora, foi um d' csse ·. 
_:_Deve ter sido um g rande homc111 . 
- Ua opiniões. D. Maria f tlemittiu o do cargo d e 
111 ini st.ro , processou·o, e desterron ·O ; seu pa i, D . J os ', I, 
deixou -o governar como qui:~, c Portugal foi , uo seu tempo 
e pehl sua. política, uma na.çrw pod erosa. 
47 
-E co rn o(· que e expl ica uma co usa assim, .l:'apai ~ 
- No governo dos paiz ·s rr~io é raro que, o que agrada 
:t urr :, da :tgratle a. 'utros, me n filho. O :i'darqnez de 
PornL:tl tin ha <'Xpn L::ttlo, el o Brazil e de Portul!.'al os je· 
suitas, q u ~c oppu uh:tru á na refonnas D . Maria I. 
:crrhora c rrr qnt·m a r ·li g i~io era j(~ nwnia, não o poutlc 
l'npport.ar. Mas :' l' lll r11 e tlemorarar agora :1. cxpliear-te 
a hi toria de PorLtw:ti n. viela do ~larqn cz, o que eu t.c 
quer·o aqui atlirnr:H' ·. que o Brazil lhe tl ve rnui to c lllniLo, 
porque e ll e a uxiliou o scn ·o rrrlll c rc iu, ind ustria e nave-
gação; c reou cs ·ola. ; d eu :Los brazi leiros o direito rte 
occnparem c:rro-us pnbli cos importante·, a.tG alti privi -
legio dos po rtnguezc~, c fez tb culoui:t 11111 v ice-reiuatlo, 
passa ndo a capital, t1a Bahia, para o l{io tlc Janeiro. 
- t-lnaudo i. o, pa1Jai I Ko tt·mpo do 111Cn bi avô Y 
- Q ua l, Alvaro! 'l'cu bi :::avô uaseeu e m l75-L Triut.n 
· sris anno: anks, m ·u tilho - no tempo tlc teu trisavú, o 
Dr. Alvaro d e tiunza Carrr iuiJa, que vc iu de Port rr gal 
t;Xer(·cr a J1l ()d i c i U<L Cl ll :-:ia rr lO ·. 
- E porque é que a Bahia é que em capital ~ 
- Porq no foi :t c idade fn rr1l:ula, pa !'a ser a ea.p i tal 
1la o lo n ia, pelo pri r11 ei r·o g-over rratlo r, q ne Portugal 
maudou para o Bmzi l. 
- Q nnml o ~ 
-Volt a a.o Vovô, 111e u filho. Tenho mt-~ito pra7.er 
c ru sa<:ia•·-te a curiositlade, ruas o tempo não pá.ra c eu 
preciRo di\'itlir o q ue tenho pclns minhas occupações: 
fi ruinha pl'csüZeucic~ ni"LO pódc ficar a.bandouacla. A pro-
posito: tens ali , na estante, a Historia. do Brasil pelo 
Visconde de Porto Seguro. No 1'' \'olumc eneontml'l'S 
uma e~tamp:t, que te dará iclé:t elo primitivo local da. 
c idatlc da Bahia., c mui ta. co usa interessante, ta.mbem , 
f;olwp os uns. os illllios. l~ntTr. t c Jn - t;n a fnlhe:tl-o : 
- I 
I 
I 
VI 
- J;'~ fJU e o ··r. est(L tli:-;po ·to para a pro:a, Dr. L\Uia-
ral , dú·Hiú liccuç;t que lh e perg un te uma cow.m ? 
- Poi:-; uiio, Aharo. 
-O Sr. sabe tt hi 'toria <lo Brazil 7 
- E t u acha·, . .:\I varo, l [liC um bom bnt zilcit·o pódc 
tio ixar tlc sn.bcl-a ? 
- i h, JJr. Ama ral, quantos ! Olhe : primo ArLbut· fez 
exame lm !li:ts c foi approvn.clo plcnamcute, mas niLO 
sabe JUHl::t, nada ! Eu sei mais do truc cllc, só tle con-
ve rsar com P apai c co:n Vovô. 
- A crcllito, Alvaro, e 6 triste que as cousas assim 
se pas. em. Mas isto ll;t tle remcllia.r-:c. A H.epublica cst:~ 
tratamlo de melhora r os se rviços, c ha

Continue navegando

Outros materiais