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A extração aberta ou cirúrgico é o método usado quando maior acesso é necessário para remover com segurança um dente ou suas raízes remanescentes. Princípios do desenho, desenvolvimento e manejo do retalho • Parâmetros para Desenho de Retalhos de Tecido Mole -O retalho deve ser desenhado corretamente para promover a devida cicatrização. -A base do retalho deve ser mais larga do que sua margem livre para preservar um provimento sanguíneo adequado (prevenindo necrose). -Tamanho adequado rebatimento e visualização adequada da área. -O retalho deve ser de tamanho adequado, uma incisão longa e reta cicatriza mais rapidamente que uma incisão curta, com dilaceração de tecidos, que cicatriza lentamente por segunda intenção. -O retalho deve ser de tamanho adequado para: gerar visualização adequada, inserção de instrumentais necessários, afastador que deve apoiar em osso intacto sem tencionar o retalho. -Para um retalho tipo envelope ser de tamanho adequado, o comprimento do retalho na dimensão anteroposterior normalmente se estende dois dentes anteriores e um dente posterior à área da cirurgia. -Caso seja planejada um retalho tipo envelope com uma relaxante, o retalho de estende apenas a um dente anteriormente e um dente posteriormente ao dente que será extraído. -Retalhos para remoção dentária devem ser de espessura muco periosteal total, isso significa que o retalho inclui a superfície mucosa, a submucosa e o periósteo. *Tendo em vista que o objetivo e remover ou remodelar o osso, todo o tecido de recobrimento deve ser rebatido. *O periósteo é o tecido responsável pela a cicatrização e a recolocação na sua posição original garantem o processo de cura -As incisões que delimitam o retalho devem ser feitas sobre osso intacto que estará presente após o término do procedimento cirúrgico: • A incisão deve ficar de 6 a 8 mm distante do defeito ósseo criado pela cirurgia. • Caso contrário, se a incisão for colocada sobre o osso defeituoso, ele tente a colapsar dentro do defeito ósseo, o que resulta em deiscência da ferida e atraso na cicatrização. -O retalho deve ser desenhado para evitar lesão a estruturas vitais na área da cirurgia. Estruturas localizada na mandíbula: nervo lingual e nervo mentual. • Incisões na região posterior da mandíbula (principalmente 3º molar) devem ser bem distantes da região lingual da mandíbula. • Em cirurgia na área apical dos PM mandibulares devem ser cuidadosamente planejadas e executadas para evitar lesão ao nervo mentoniano. Incisões tipo envelope devem ser usadas, se possível, e incisões relaxantes devem ser ou bem anteriores ou bem posteriores àquela área para sair do nervo mentoniano mandibular. Na maxila na região vestibular do processo alveolar não existe nervos ou artérias. Mas na região palatina, o maior suporte sanguíneo ao tecido mole do palato chega através de uma grande artéria palatina, que emerge do forame palatino maior na parte lateral posterior do palato duro. Também tem a presença do nervo e artérias nasopalatino que saem do forame incisivo. • incisões relaxantes verticais na parte posterior do palato devem ser evitadas, porque elas normalmente afetam a artéria palatina maior dentro do tecido, o que resulta em sangramento pulsátil que pode ser difícil de controlar. -Incisões relaxantes (obliquas) são usadas apenas quando necessário e não rotineiramente. -Incisões tipo envelope normalmente dão visualização adequada (+ utilizada) -Incisões relaxantes obliquas e não reta, para permitir que a base do retalho seja mais larga que a margem gengival. -Uma incisão relaxante vertical é feita de forma que não atravesse proeminências ósseas como a eminência canina; se isso acontecer, irá aumentar a probabilidade de tensão na linha de sutura, o que pode resultar em deiscência da ferida. Incisões relaxantes verticais devem atravessar a margem gengival livre na borda de um dente e não deve ser diretamente no aspecto vestibular do dente, nem na papila. • Tipos de retalhos mucoperiosteais Retalho triangular: envelope + 1 relaxante. Retalho quadrado: envelope + 2relaxante Incisão semilunar: para alcançar o ápice radicular. Incisão em Y: remover torus palatino • técnica para realização de um retalho mucoperiosteal : -Lâmina 15 e cabo de bisturi n° 3 com pegada de caneta, rebater retalho com mont nº 9 Incisão no sulco gengival: -Feita de trás para frente -Movimento suave até o osso Incisão relaxante vertical: -Feita tencionando a mucosa alveolar Rebatimento do retalho: -Descolador periosteal molt nº 9 -Começa afastando a papila -Toda a extensão da gengiva livre. -Afastador é segurado sobre o osso. • Princípios de sutura: Quando a agulha estiver passando pelo tecido, esta deve entrar na superfície da mucosa em um ângulo reto para fazer o menor furo possível no retalho mucoso. Agulha passando obliquamente pelo tecido, irá dilacerar as camadas superficiais do retalho, resultando em maior lesão do tecido. Suturas que são muito apertadas causam isquemia das margens do retalho e resultam em necrose tecidual, com eventual dilaceração da sutura através do tecido. Retalho triangular (relaxante vertical): -Duas suturas normalmente são necessárias para fechar o término vertical. -Antes de iniciar a sutura é necessário utilizar o descolador para elevar uma pequena quantidade de tecido fixo para liberar a margem para facilitar a passagem da agulha através do tecido. -A primeira sutura é colocada através da papila, onde a incisão relaxante vertical foi feita. Princípios e técnicas para extração aberta: Uma técnica de extração aberta usada com prudência pode ser mais conservadora e causar menos morbidade pós-operatória comparada com extração fechada. A perda óssea pode ser menor, se um retalho de tecido mole for rebatido e uma quantidade apropriada de osso for removida; isso pode ser menor se o dente for seccionado. (o uso de fórceps pode resultar em grandes quantidades de osso removido). • Indicações para Extração Aberta -Quando é previsto que irá necessitar de uma força excessiva para extrair um dente (que provavelmente essa força irá provocar fratura de osso). -Deve considerar extração aberta quando as tentativas iniciais de extração com o fórceps tenham falhado. -Se a avaliação pré-operatória revelar que: • Osso grosso e denso, particularmente a lâmina vestibular (idoso, bruxômano) • Raízes muito divergentes ou raízes que tem dilaceração severa ou ganchos. • Seio maxilar expandido incluindo a raízes dos molares maxilares. • Dente com cáries extensas, caries radiculares ou com grandes restaurações de amálgama. Principais indicações: -Cáries extensas e grandes restaurações, -Dente isolado (anquilose) -Cárie radicular -Dificuldade da expansão da lâmina vestibular (idoso); -Coroa com atrição severa ou dentes isolados (osso denso e grosso com forte ligamento periodontal) -Molares no assoalho do seio maxilar -Hipercementose 1. Raízes divergentes e dilaceradas. Pacientes jovens têm osso mais elástico e mais passível de expansão com força controlada, enquanto pacientes mais velhos normalmente têm osso mais denso e mais calcificado, que é menos provável de gerar expansão adequada durante a luxação do dente. Osso denso em pacientes idosos necessita de ainda mais precaução. Indicada para dentes que resistiram as tentativas de extração fechadas que tenham fraturado na linha cervical e, assim, existem apenas como raiz. • Passo a passo Extração aberta dente uniradicular: 1-Promover adequada visualização e acesso pelo rebatimento de um retalho muco periosteal suficientemente grande. Envelope dois dentes anterior e um posterior ao dente a ser removido. Com relaxante umdente anterior ao sítio de extração; 2-Decidir uso de fórceps ou alavancas 3-Determinar a necessidade de remoção de osso vestibular 4-Conferir as bordas ósseas após remoção da raiz. Retalho em envelope Osteotomia com uso de brocas A ponta vestibular do fórceps pode ser usada para remover uma pequena porção do osso ao mesmo tempo que a raiz é segurada • Técnica para extração de dentes multirradiculares: Se a coroa do dente permanece intacta, a porção coronária é seccionada para facilitar a remoção das raízes. Entretanto, se a porção coronária do dente está ausente e apenas as raízes permanecem, o objetivo é separar as raízes para torná-las mais fáceis de elevar. Passo a passo: 1-Retalho muco periosteal em envelope 2-Remoção de osso vestibular com uso de broca 3-Secção da coroa, furca ou raízes 4-Decidir pelo uso dos fórcepses ou alavancas 5-Osteoplastia após a remoção das raízes. 6-Feito com irrigação abundante com soro fisiológico. Remoção de Fragmento de raiz e dos ápices radiculares Se a fratura da raiz no terço apical (3 a 4 mm) ocorre durante a extração fechada, um procedimento ordenado deve ser usado para remover o ápice da raiz do alvéolo. Requisitos importante: -Excelente iluminação, aspiração irrigação. Técnicas: 1-Irrigação e aspiração (geralmente fragmentos podem ser irrigados para fora do alvéolo). 2-Irrigação sem sucesso, o próximo passo é movimentar o ápice da raiz com uma alavanca apical. Quando uma porção maior da raiz do dente é deixada para trás após a extração do dente, a alavanca reta pequena pode algumas vezes ser usada como alavanca para deslocar o dente na direção oclusal. Deve ser lembrado que a pressão aplicada de tal forma deve ser de gentis movimentos de ir e vir; pressão excessiva não deve ser aplicada. B, Pressão excessiva na direção apical pode resultar em deslocamento da raiz do dente para lugares indesejáveis como o seio maxilar. • Justificativa para permanência de fragmento de raiz: -Pensar os benefícios e os riscos da cirurgia: Considerações para que um fragmento de raiz seja deixado no processo alveolar: • O fragmento deve ser pequeno, geralmente não maior que 4 a 5 mm de comprimento. • A raiz deve estar profundamente inserida no osso • Dente envolvido não deve estar infectado ou com lesão periapical • Risco de lesão de estruturas nobres ou destruição excessiva do tecido circundante • Risco de deslocamento para dentro dos espaços teciduais ou para dentro do seio maxilar. Múltiplas extrações: • Plano de tratamento: -Deve planejar a recolocação dos dentes que serão extraídos (PT, PPR, implantes...). -Verificar a necessidade de planejar a redução de tuberosidade ou remoção de depressões ou exostoses em áreas críticas. -Necessidade de correção de tecido mole (freios, bridas ou aprofundamento de vestíbulo) • Sequência de Extração: -Remoção do dente normalmente começa com a extração dos dentes mais posteriores -O canino deve ser extraído por último, por ser mais difícil. Ordem recomendada: 1-Dentes maxilares posteriores 2-Dentes maxilares anteriores 3-Caninos maxilares 4-Dentes mandibulares posteriores 5-Dentes mandibulares anteriores 6-Caninos mandibulares. Passo a passo: 1-Retalho mucoperiosteal em envelope 2-Expor osso alveolar com alavanca reta 3-Usar fórceps usuais 5-Técnica de exodontia para uni/multirradiculares 6-Osteoplastia após remoção das raízes 7-Remoção do excesso de tecido moles 8-Suturas. • Exame radiográfico do dente a ser extraído: -Relação com estruturas vitais 7 -Configuração das Raízes -Condições do osso Circundante Terceiros molares inferiores: -Tamanho do saco folicular -Densidade de osso circundante -Contato com segundo molar mandibular -Relação com o nervo alveolar inferior -Natureza do tecido de recobrimento. Princípios do desenho, desenvolvimento e manejo do retalho Parâmetros para Desenho de Retalhos de Tecido Mole Tipos de retalhos mucoperiosteais técnica para realização de um retalho mucoperiosteal : Princípios de sutura: Princípios e técnicas para extração aberta: Indicações para Extração Aberta Passo a passo Extração aberta dente uniradicular: Técnica para extração de dentes multirradiculares: Remoção de Fragmento de raiz e dos ápices radiculares Justificativa para permanência de fragmento de raiz: Múltiplas extrações: Plano de tratamento: Sequência de Extração: Exame radiográfico do dente a ser extraído:
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