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1 1° AF | Anatomia | OMF III: Organização Morfológica e Funcional Maria Diva Costa Alves | @medivou Osteologia da cabeça Prof. André Bernardino | 10.02.2021 CASO CLÍNICO Homem, 23 anos de idade, deu entrada na Unidade de Emergência, vítima de arma de fogo. Encontra-se com a face direita dilace- rada. Região supra-hióidea apresenta-se perfurada por contusão e com resíduo de pólvora. Lança-se como hipótese: o tiro foi de arma de grosso calibre, a curta distância, de baixo para cima, com uma inclinação para direita, no assoalho da boca. CABEÇA É a região do nosso corpo em primeiro plano, está localizada acima da vértebra atlas; Também chamada de região cefálica, nela situa-se boa parte do SNC; O pescoço inicia-se na protuberância oc- cipital externa; O SNC encontra-se em uma região denomi- nada neuroeixo, que corresponde a uma parte do esqueleto axial onde está localiza- do o encéfalo e a medula espinhal. O encéfalo é a parte do SNC que está lo- calizada na cavidade craniana; Nessa cavidade existem fossas, cérebro, cerebelo, tronco e forames; Forma: ovoide; Peso: entre 4-4,5kg (o encéfalo pesa em média 1-1,5kg); Capacidade: entre 1500-1600 ml; O queixo é chamado de mento e o alto da cabeça é chamado de vértex; “A cabeça é formada por 22 ossos e constituída por 28 (incluindo martelo, estribo e bigorna)”. Plano orbitomeático: OSSOS DO NEUROCRÂNIO Da parte posterior da orelha até a arcada superciliar é o nosso neurocrânio ou supero posterior, onde encontramos 8 ossos. Osso frontal Ossos parietais (par) Ossos temporais (par) Dividido em 3 áreas: escamosa, petrosa e timpânica; A mais delicada é a escamosa; Osso occipital Osso esfenoidal Osso etmoidal 2 1° AF | Anatomia | OMF III: Organização Morfológica e Funcional Maria Diva Costa Alves | @medivou OSSOS DO VISCEROCRÂNIO Também chamado de antero superior, onde encontramos 14 ossos. Ossos zigomáticos (par) Ossos lacrimais (par) Ossos nasais (par) Osso vômer Ossos maxilares (par) Osso mandibular Ossos palatinos (par) Ossos das conchas nasais “Se houver penetração do osso palatino a pessoa pode ficar cega”. “Os ossículos da audição se encontram dentro do osso temporal e contando com eles totalizaria 28 ossos, mas eles não são considerados da formação da cabeça”. CALOTA CRANIANA Também chamada de calvário ou abobada craniana. É formada pela tábua interna e externa, entre elas há a díploe; Díploe: tecido esponjoso, rico em medula vermelha; - Após os 60 a medula vermelha atrofia e vira uma medula amarela (gelatinosa). - Sofre modificações em alguns ossos para constituir cavidades. “Traumatismo ou fratura craniana, a redução da fratura ou regeneração jamais ocorrerá de dentro para fora, por meio de um princípio ela se dá de fora para dentro, uma vez que não poderá formar calo ósseo no interior da cavidade craniana, devido ao encéfalo, um órgão muito frágil e gelatinoso”. OSSOS PARANASAIS: aqueles que apresen- tam cavidades revestidas por epitélio secre- tor (ossos pneumáticos). Osso frontal Ossos maxilares (único osso da face) Osso etmoidal Osso esfenoidal „“Há mais um osso pneumático, o temporal, mas ele não faz parte da cavidade nasal”. “O objetivo principal do seio é compor o seu próprio epitélio que secreta um líquido revestidor da mucosa da cavidade nasal”. Lagos venosos: comunicação do couro cabeludo com o sistema nervoso (por vei- as emissárias). 3 1° AF | Anatomia | OMF III: Organização Morfológica e Funcional Maria Diva Costa Alves | @medivou “Por conta das veias emissárias é muito perigoso um processo inflamatório no couro cabeludo, podendo acarretar em abcesso no SNC, meningite, etc”. Articulação fibrosa: suturas; Articulação cartilagínea: sincondrose; PROCESSO DE OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA Boa parte da calota e parte da base; Através das membranas que sofrem pro- cessos ao longo do tempo de calcifica- ção, sais de cálcio entram na membrana ossificando-a; ENDOCONDRAL Maior parte dos ossos da base e principal- mente do pescoço para baixo; Onde as cartilagens não se transformam em osso, mas corresponde ao meio/mol- de onde o osso sofrerá o desenvolvimen- to, porque os sais de cálcio irão residir sobre e ir substituindo aos poucos; FONTALENAS Existem devido ao processo de ossificação intramembranoso; Também chamadas de moleira, represen- ta a membrana que ainda não sofreu cal- cificação; É importante para facilitar o parto e o de- senvolvimento do crânio em relação ao desenvolvimento do SN; Relacionadas aos 4 ângulos dos ossos parietais: Anterosuperior Posterosuperior Anterolateral Posterolateral “Um edema cerebral em adulto é perceptível ao médico, pois causa falência neural, uma vez que o SN não tem como expandir numa área que já está fechada por sinostose. Para aliviar essa pressão, geralmente, é preciso fazer uma craniotomia, na qual se retira a calota craniana e deixa o cérebro „livre‟ e põe a calota retirada numa parte do corpo, normalmente o abdómen”. “As laterais por serem pequenas fecham em torno de 6 meses, as demais em torno de 18 meses”. CRANIOESTENOSE Qualquer fusão precoce das fontanelas e das suturas prejudica o desenvolvimento tan- to da cabeça óssea quanto do sistema ner- voso, causando uma deformidade na face, problema conhecido como sinostose, surgin- do a craniosinostose ou cranioestenose. Consiste numa anomalia com necessida- de de reparação o quanto antes; 4 1° AF | Anatomia | OMF III: Organização Morfológica e Funcional Maria Diva Costa Alves | @medivou ESCAFOCEFALIA Também chamada de olicocefalia ou cli- nocefalia; Fusão prematura da sutura interparietal + sagital; TRIGONOCEFALIA Fusão precoce da sutura metópica; A fronte é estreita, marcada por uma cris- ta mediana (proa de um barco); PLAGIOCEFALIA Fusão precoce da sutura coronal unilate- ral; Há uma sinostose parcial; Assimetria do crânio e da face; Ascensão da órbita ipsilateral; BRAQUIOCEFALIA Fusão bilateral da sutura coronal; Recuo frontal bilateral; O crânio é retraído anteroposterior, levan- do a uma fronte curta com dorso nasal baixo e região occipital aplainada, e alar- gamento transversal; 5 1° AF | Anatomia | OMF III: Organização Morfológica e Funcional Maria Diva Costa Alves | @medivou ESCALPO Corresponde ao princípio de camadas/ex- tratimeria do couro cabeludo. “Entre os dois lados superciliares existe um ponto chamado de lamela, a qual é mais saliente nos homens. Já o lobo frontal é mais desenvolvido nas mulheres, o que ocasiona o osso frontal ser maior. Esse lobo tem muita relação com o comportamento relacionado às emoções e tomada de decisões”. Pele: fina, exceto occipital, tem glândulas e folículos pilosos. Possui suprimento arterial e boa drena- gem venosa e linfática; Ferimentos podem causar a perda de grandes volumes de sangue; Tecido conectivo subcutâneo: fibrosa, adiposa com vasos e nervos cutâneos. Fáscia superficial, rica em gordura; Aponeurose ou gálea aponeurótica: lâmi- na aponeurótica resistente que cobre o crânio entre os músculos occipital e frontal (epicrânio). Liga o músculo frontal ao occipital; Tecido conectivo frouxo: semelhante a uma esponja devido aos seus espaços potenciais. Muito importante na clínica; Permite movimento do escalpo; Tem veias emissárias que unem: as do couro cabeludo, diplóicas e seios veno- sos intracranianos; São avalvuladas; É nessa região que normalmente ocorre processosinflamatórios como: osteo- mielite, trombose do seio com edema cerebral e meningite; Pericrânio: alguns chamam de aponeu- rose interna. Lâmina compacta de tecido conectivo aderido ao crânio, comportando-se como periósteo; Formado por 5 camadas, sendo as 3 primeira unidas, deslocando-se como unidade. Isso ocorre por conta dos ligamentos fibro- sos longitudinais; BASES DO CRÂNIO Anterior Média Posterior FOSSA CRANIANA ANTERIOR Osso etmoide; Lâmina crivosa: nervos ol- fatórios que permite olfato; Canal óptico: nervo óptico e artéria oftálmica que permite a visão; FOSSA CRANIANA MÉDIA Fissura supra orbital: nervo oculomotor, troclear, abducente, nervo oftálmico do trigêmeo e veia oftálmica superior. Forame redondo: N. maxilar trigêmeo. Forame oval: N. mandibular do trigêmeo. Forame espinhoso: A. meníngea média. Forame lacerado: A. carótida interna. 6 1° AF | Anatomia | OMF III: Organização Morfológica e Funcional Maria Diva Costa Alves | @medivou “O pericrânio (última camada do couro cabeludo) se comporta como periósteo, pode acontecer uma calcificação de fora para dentro, pois a camada que reveste internamente é a dura mater e não funciona como periósteo”. FOSSA CRANIANA POSTERIOR Canal carotídeo: A. carótida interna, ple- xo simpático. Meato acústico interno: N. facial e vesti- bulococlear. Forame jugular: jugular interna, N. glos- sofaríngeo, vago e N. acessórios. Canal hipoglosso: N. hipoglosso. Forame magno: medula espinhal e menin- ges, A. espinhais e veias, A. vertebrais. PONTOS CRANIOMÉTRICO (BÁSICOS) Técnica universal que determina aferição sistematizada da cabeça óssea, o que per- mite a avaliação comparativa entre estudos realizados por diferentes pesquisadores. São pontos, linhas ou ângulos que servem como referência e para se fazer medidas através de comparações entre eles; Maior dos pontos situa-se no plano medi- ano (ímpares), outros estão em planos la- terais (pares); PLANOS CRANIOMÉTRICOS MEDIANOS ALVEOLON: ponto de en- contro da linha média do palato com a per- pendicular que tangen- cia a borda posterior da arcada alveolar. BASIO: na borda an- terior do forame mag- no. BREGMA: ponto de en- contro da sutura sagital com a sutura coronal. 7 1° AF | Anatomia | OMF III: Organização Morfológica e Funcional Maria Diva Costa Alves | @medivou GLABELA: ponto locali- zado logo acima da su- tura frontonasal, entre os arcos superciliares. É o ponto mais saliente do frontal. GNATHION: ponto que é localizado na mar- gem anterior da man- díbula que mais se pro- jeta para baixo no pla- no mediano. HORMION: é o ponto localizado na esquin- dilese, no plano medi- ano, entre as duas asas do vômer. INFRADENTAL: ponto localizado na margem alveolar anterior entre os incisivos centrar in- feriores. Corresponde à sínfise mentoniana superiormente. INION: ponto locali- zado na união das linhas occipitais superi- ores com o plano sagi- tal. É o ponto mais pro- eminente da protube- rância occipital exter- na. LAMBDA: ponto de encontro da sutura sagital com a sutura lambdoide. LINGUAL: ponto na extremidade superior e posterior da sínfise mentoniana (lembre que a frente é o infra- dental). NASION: ponto de en- contro da sutura inter- nasal e a sutura fron- tonasal. Corresponde à raiz do nariz. NASOPINALE: ponto mais baixo da mar- gem inferior da aber- tura piriforme, na espi- nha nasal anterior. É denominado por al- guns autores de sub- nasal ou nasal. OBÉLIO: na sutura as- gital em nível dos 2 fo- rames parietais, ou de 1 (se faltarem ambos os forames, o ponto corresponde à porção menos denteada da sutura). 8 1° AF | Anatomia | OMF III: Organização Morfológica e Funcional Maria Diva Costa Alves | @medivou OPISTHIO: ponto médio da margem posterior do forame magno. PONTOS LATERAIS ASTERIO: onde se en- contram o occipital, o parietal e a porção mastoidea do temporal. CONDÍLEO: na parte mais alta do côndilo da mandíbula. DAKRYON: ponto loca- lizado no ângulo for- mado pela sutura fron- tolacrimal e a sutura lacrimomaxilar. EKTOKONCHION: ponto lo- calizado na margem la- teral da órbita. EURION: diâmetro trans- verso máximo do crânio, sobre a protuberância parietal. FRONTO-TEMPORAL: sobre a crista lateral do frontal, no extremo do diâmetro frontal mínimo. GONIO: lado externo do ângulo da mandí- bula. GLENÓIDE: centro da fos- sa temporal. MALAR: ponto mais saliente da face la- teral do osso zigo- mático. ORBITAL: ponto mais baixo na margem da órbita. É um dos pontos utilizados pa-ra a orientação do crânio no plano de Frankfurt. PORION: ponto na margem superior e externa do meato acústico externo. 9 1° AF | Anatomia | OMF III: Organização Morfológica e Funcional Maria Diva Costa Alves | @medivou PTÉRIO: é um ponto, onde se encontram 4 ossos: frontal, o pari- etal, o temporal e o esfenoide. SPHENION: ponto de encontro da sutura coronal com a sutura esfenoparietal. STEPHANION: ponto de encontro da sutura co- ronária com a linha temporal superior. STENION: ponto mais posterior da sutura escamosa esfenoparietal. CLASSIFICAÇÃO DOS CRÂNIOS Da glabela ao opístio: a distância é em média 20 cm. A parte mais larga deste trajeto é denominada de eurion e tem cerca de 16 cm. Braquicéfalo: “cabeça menor”. Mesocéfalo: forma mais encontrada. Dolicocéfalo: cabeça mais alongada. DIFERENÇAS ENTRE OS GENEROS
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