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COCOS GRAM POSITIVOS Streptococcus e Enterococcus Gêneros de Importância Médica Humana Staphylococcus Teste da Catalase CATALASE NEGATIVO CATALASE POSITIVO GÊNERO Staphylococcus 45 espécies e 24 subespécies isoladas do organismo humano e de animais. Espécie com maior potencial de virulência: Staphylococcus aureus. Outras espécies associadas a processos infecciosos: Staphylococcus epidermidis e Staphylococcus saprophyticus Espécies que ocasionalmente estão associadas a processos infecciosos no organismo humano: Staphylococcus haemolyticus, Staphylococcus hominis, Staphylococcus warneri, Staphylococcus saccharolyticus, Staphylococcus cohnii, Staphylococcus simulans, Staphylococcus lugdunensis, Staphylococcus schleiferi Staphylococcus capitis CARACTERÍSTICAS 1) Célula bacteriana Catalase positivo Cocos Gram positivos, divisão perpendicular (em múltiplos planos), arranjo irregular, semelhante a cacho de uva, imóveis diâmetro de 0,8 a 1,0m. 2) Colônia bacteriana: Circular, lisa, com pigmento amarelo ouro ou branco leitoso ou cinza 3) Exigência nutricional: Não são exigentes nutricionalmente, crescem em alta concentração de NaCl (7,5% de NaCl). Participação na microbiota anfibiôntica, colonizando pele, superfície mucosa (nasal, intestinal, genito-urinária, etc) de seres humanos e de animais. IMPORTÂNCIA DO ESTUDO Staphylococcus aureus Participação em processos infecciosos. Participação em toxi-infecções. Resistência a antimicrobianos. a. LESÕES CUTÂNEAS ALTERAÇÕES DO ESTADO DE SAÚDE Impetigo Bolhoso (lesão purulenta) Foliculite Folículo Piloso Furunculose b) Síndrome da Pele Escaldada b. TOXI-INFECÇÃO a) Intoxicação Alimentar c) Síndrome do Choque Tóxico Pneumonia, Meningite, Osteomielite, Septicemia / Bacteremia, Endocardite, Artrite Bacteriana e Enterocolite Estafilocócica Aguda C. INFECÇÕES PROFUNDAS (NORMALMENTE SÃO INFECÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS COM A SAÚDE) 1) Cápsula Incomum Atividade antifagocitária (inibe a fagocitose e quimiotaxia). A) Superficiais FATORES DE VIRULÊNCIA 2) Coagulase ligada (fator clumping) Fator de agregação. Liga-se ao fibrinogênio levando à formação de fibrina 3) Proteína A Célula de S. aureus Proteína A Imunoglobulina Interage com a fração Fc de IgG1, IgG2, IgG4, IgM e IgA2. Também apresenta ação antifagocitária. 4) Alteraçãp da Penicillin Binding Protein – PBP ( ) / Penicilina ( ) LISE NÃO LISE PBP alterada não permite a ligação da Met/Pen/Oxa/ MRSA B) Extracelulares a) ENZIMAS 1) Coagulase livre Coagulase livre + FRC COAGULASE ATIVA (semelhante à Trombina) FIBRINOGÊNIO FIBRINA Liberada por 100% das amostras de S. aureus. Ação protetora do microrganismo. Impede a dispersão do microrganismo no hospedeiro. 2) Hialuronidase 3) Estafiloquinase – antagônica a coagulase 4) Lipases 5) Nucleases 6) - Lactamases Inativa o anel - lactâmico da penicilina. Codificada por gene plasmidial. a) TOXINAS 3) Esfoliatina aparecimento de um quadro clínico Altera a aderência das células na camada granulosa da epiderme. Leva à formação de anticorpos neutralizantes. 1) Hemolisinas 2) Leucocidinas Não são responsáveis diretas pelo aparecimento de sinais ou sintomas clínicos – auxiliam na virulência 4) Enterotoxina aparecimento de um quadro clínico Termoestável (100ºC/30min.) Resiste à hidrólise por enzimas gástricas e do jejuno. 5 tipos sorológicos distintos (A, B, C, D e E) São encontradas tanto em S. aureus quanto em SCN 5) Toxina da Síndrome do Choque Tóxico aparecimento de um quadro clínico IV) FATORES PRÉ-DISPONENTES AO APARECIMENTO DA INFECÇÃO Antibioticoterapia prolongada, Imunodepressão medicamentosa ou infecciosa, Alteração da integridade da superfície de mucosa e pele, Presença de corpos estranhos próteses, catéter, etc .., Lesões em válvula cardíaca, etc... V) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Infecções Cutâneas: Impetigo Bolhoso, Foliculite, Furunculose Infecções Profundas: Pneumonia, Meningite, Osteomielite, Septicemia / Bacteremia, Endocardite, Artrite Bacteriana e Enterocolite Estafilocócica Aguda V) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Intoxicação Alimentar – enterotoxina estafilocócica: Alimentos que podem veicular a enterotoxina: carne - presunto, carne de porco e bovina; saladas- batata, ovos, etc...; lacticínios - leite, queijo, manteiga; alimentos assados; aves; ostras. Sintomatologia surge logo após a ingestão do alimento contaminado (de 1 a 2h). Síndrome da Pele Escaldada ou Doença de Ritter – esfoliatina ocorre em crianças com idade de até 3 anos. TOXI-INFECÇÕES Síndrome do Choque Tóxico – toxina da síndrome do choque tóxico VII) ESTAFILOCOCOS COAGULASE NEGATIVO (SCN) Principais espécies de SCN envolvidas em infecções humanas Staphylococcus epidermidis Staphylococcus saprophyticus e B) Infecções por Staphylococcus saprophyticus Produção de urease, aderência a mucosa de uretra. INFECÇÃO URINÁRIA EM MULHERES JOVENS. A) Infecções por Staphylococcus epidermidis São favorecidas devido a implantação de próteses (cardíacas, cérebro-espinhal, articular), presença de cateteres intravenosos e imunodepressão em pacientes Sinais Clínicos: pouco expressivos Quadro Clínico: BACTEREMIA VIII) DIAGNÓSTICO LABORATORIAL A)BACTERIOSCOPIA: com valor apenas quando o material clínico é obtido de sítio estéril e na enterocolite estafilocócica aguda B) CULTIVO: • meio rico – ágar sangue • meio seletivo diferencial (ágar manitol salgado – 7,5% de NaCl) b) Coagulase Livre (em tubo) POSITIVO AUTOAGLUTINÁVEL NEGATIVO Sol. Salina Plasma 1) Teste da Coagulase C) IDENTIFICAÇÃO a) Coagulase Ligada (em lâmina) 2) PARA AS AMOSTRAS ESTAFILOCOCOS COAGULASE NEGATIVO. TESTAR A SUSCEPTIBILIDADE À NOVOBIOCINA RESISTÊNCIA: S. saprophyticus. SENSÍVEL: S. epidermidis. Características bioquímicas das espécies de Staphylococcus mais frequentemente envolvidas em infecções hospitalares Espécies F C P Y R O R N F O S U R E M A N M A T T R E N O V S. aureus + - - + + + + + - S. lugdunensis + + + - V + - + - S. schleiferi + + - + - + - V - S. haemolyticus - + - - - - V + - S. epidermidis - - (V) + + (+) - - - S. saprophyticus - - - - + - V + + S. capitis - - - - - + + - - S. cohnnii - - - - - (V) V + + S. hominis - - - - + - - V - S. warneri - - - - + - V + - S. xylosus - V - V + + V + + S. sciuri - - - W+ - (V) + + + S. simulans - - + - W + V + V X) TRATAMENTO Teste de Sensibilidade a Antibióticos (TSA) S. coag. neg 15,1 S. aureus 11,4 Acinetobacter spp 8,1 P. aeruginosa 9,9 S. aureus 7,7 Enterococos spp. 8,1 Enterococos spp. 7,4 Enterobacter spp. 7,3 K. pneumoniae 5,5 E. coli 7,0 E. coli 5,3 C. albicans 6,6 E. cloacae 3,1 K. pneumoniae 4,7 PRINCIPAIS PATÓGENOS ASSOCIADOS A INFECÇÕES EM CTI Rio de Janeiro, 10 hospitais (Infecto) (n=2417) % NNISS, EUA (n=235.785) % Caso Clínico 2a Uma creche da cidade do Rio de Janeiro tem por norma solicitar exame de orofaringe das crianças para que sejam admitidas. O material clínico é colhido e enviado ao laboratório de bacteriologia. Em 4 crianças encontra-se a presença de S. aureus. Pergunta-se: A)Deve-se prescrever antibiótico para essas crianças? Porque? - NÃO, POIS O S. aureus NÃO É AGENTE ETIOLÓGICO DE Infecção de Vias Aéreas Superiores E ALÉM DISSO, PARTICIPA DA MICROBIOTA NORMAL DA SUPERFÍCIE MUCOSA DESTA ÁREA. B) Qual oteste utilizado no laboratório para identificar a espécie Staphylococcus aureus? - TESTE DA COAGULASE – ligada e livre, sendo o da coagulase livre o mais confiável o que confirma a espécie (o teste da catalase e a coloração de Gram auxiliam na caracterização do gênero). Caso Clínico 2b Um paciente com idade de 63 anos submete-se a uma cirurgia e 5 dias após apresenta sintomatologia de sepse e um processo infeccioso no local da incisão cirúrgica, tendo sido isolado S. aureus em hemocultura e da ferida cirúrgica. Pergunta-se: A) Quais as condições que favoreceram o aparecimento deste processo infeccioso? - antibioticoterapia prolongada, pacientes imunocomprometidos (por medicamento ou doença infecciosa), alteração da integridade da superfície de mucosa e pele, presença de corpos estranhos (próteses), lesões em válvula cardíaca, etc... B) Qual a característica desse microrganismo que o torna um importante agente de infecções hospitalares? RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS C) Deve-se solicitar o teste de sensibilidade a antimicrobianos - TSA (antibiograma) da amostra envolvida neste processo, ou devido a gravidade do caso a antibioticoterapia por já ter sido iniciada o TSA não é mais solicitado? SIM, CLARO! O TSA SERÁ DE GRANDE UTILIDADE PARA QUE O MÉDICO REAVALIE O TRATAMENTO EMPREGADO, MANTENDO O ANTIBIÓTICO OU MUDANDO PARA UM QUE A AMOSTRA SEJA SENSÍVEL.
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