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Prótese Total - Exame clínico

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1 Mariana Magalhães – Odonto UFMG – 2021/2 
PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL 
 
 
EXAME CLÍNICO EM PRÓTESE TOTAL 
 
Exame: Base do diagnóstico; base do prognóstico que 
poderemos oferecer ao paciente 
- Indicação do tratamento 
- Conhecimento profissional – paciente 
- Diagnóstico não é feito na primeira consulta 
 
Dados do paciente: 
 
- Idade: 
 Próteses mal confeccionadas aumentam a idade 
aparente do paciente 
 Idade aparente é mais importante que a 
cronológica do paciente 
 Procurar a razão de envelhecimento precoce 
 Um bom sentimento provoca uma melhor 
adaptação. Uma prótese bem feita, que 
rejuvenesce o paciente é mais aceita por ele, e 
ele terá uma adaptação mais tranquila. 
 
- Sexo : 
 Saber se o paciente está fazendo reposição 
hormonal 
 Fazer uma prótese estética independente do sexo 
do paciente. 
 
- Profissão: 
 Uso da voz. Ex: paciente q toca algum 
instrumento de sopro ou que trabalha com a voz. 
É necessário um tempo para acomodação 
muscular, da língua e das bochechas após a 
realização das próteses. Até que esta adaptação 
ocorra, é possível que haja alguma dificuldade ao 
tocar os instrumentos e na fonética também. 
 Retenção. Avaliar se haverá uma maior 
necessidade de retenção da prótese. Ex: músicos, 
cantores. 
 Estética: pacientes que trabalham com a imagem 
demandam uma maior necessidade estética 
 
- História Médica: 
 Diabetes: 
Prevalência grande em pacientes mais idosos 
Diminuição de saliva: Boca seca é sinal de 
prótese frouxa. Pedir o paciente para ingerir mais 
água. 
Cicatrização mais demorada 
Controle de taxa de glicose 
 Hipertensão: 
Falta de ar, angina, dor de cabeça, tontura, 
epistaxe (sangramento no nariz). 
Efeitos colatrais: Pré-medicação, antihiper-
tensivos, diuréticos, psicotrópicos. 
Avaliar quais medicamentos o paciente faz uso. 
 Osteoporose: Principalmente pacientes do sexo 
feminino com mais idade. 
Diminuição da massa esquelética, mordida 
cruzada, fratura óssea (casos extremos). 
 Anemia: 
Boca seca, Mucosa pálida, Língua avermelhada, 
Sangramento gengival 
 
CUIDADOS COM A CONFECÇÃO DA PRÓTESE: 
 
- Avaliar extensão da base. A prótese não pode 
apresentar sobre-extensão, não pode ultrapassar a área 
chapeável. 
- Deve apresentar bordas arredondadas. Nunca pontas 
ou bordas afiladas. 
- A oclusão deve estar sempre equilibrada, ajustada. 
- Controle constante da oclusão. O ideal seria que os 
pacientes fizessem consultas periódicas de 6 em 6 meses, 
ou, no máximo de ano em ano. 
 
- Aspecto físico: 
 Gordo 
 Magro 
 Forte 
 
- Estado psíquico: 
 Receptivos: tudo que é proposto, o paciente 
aceita numa boa. 
 Cépticos: Desconfiados. Geralmente já fizeram 
várias próteses que não deram certo. 
 Histéricos: Acha que vai sentir dor em todos os 
procedimentos, por ter tido experiências 
negativas com outros dentistas. 
 Indiferentes: Estão fazendo as próteses para 
agradar as outras pessoas. Para ele é indiferente 
realizar ou não o tratamento. 
 
- Distúrbios da ATM: São raros de aparecer em usuários 
de prótese total 
 Ruídos condilares 
 Excursões mandibulares dolorosa 
 Abertura reduzida de boca. Dificulta na hora da 
moldagem. 
 Hipertrofia muscular (raro) 
 
EXAME CLÍNICO: 
- Exame extra-oral: 
 Forma do rosto 
Lábios 
Domínio muscular 
Cor do cabelo; pele 
- Exame intra-oral 
- Exame radiográfico 
- Exame dos modelos de estudo (raramente é usado) 
 
Forma do rosto: 
- Triangular 
- Quadrado 
- Ovóide 
 
- Perfil de polichinelo: Colapso facial; proeminência do 
mento; abaixamento do nariz; perda do suporte facial; voz 
sibilante. 
Associação com perturbações gerais e psíquicas. 
 
- Enrugamento: rachaduras, fissuras nos ângulos, 
ulcerações. Deficiência de Vitamina B, infecção por 
Cândida albicans, alteração de DV, neoplasias. 
 
Exame dos lábios: 
 
- Suporte da prótese 
- Espessura 
- Comprimento: longos, médios, curtos. Para definir 
tamanho dos dentes 
- Enrugamentos 
 
2 Mariana Magalhães – Odonto UFMG – 2021/2 
Domínio muscular: 
- Escasso domínio 
- Paralisia ou semi-paralisia. 
- Falta de sensibilidade. Pacientes que tiveram AVC 
acabam tendo uma falta de sensibilidade nos lábios, e 
isso dificulta no momento de realizar o acerto de plano da 
prótese. 
 
Língua: 
- É muito importante no êxito ou fracasso da prótese 
- Volume e mobilidade. Ex: pacientes com macroglossia, 
não há espaço para colocar a PT. 
- Língua colocada para fora para observação das tonsilas 
palatinas com gaze. 
- Observar as glândulas sublinguais. 
 
Contorno do rebordo: 
- Ideal: alto, crista plana e lados paralelos, propiciando 
suporte e estabilidade. 
- Alto, normal e baixo. 
- Alívios sempre que formos moldar um rebordo baixo – 
pois são incapazes de suportar forças oclusais. 
 
Forma do arco: 
- Quadrado 
- Ovóide 
- Triangular 
 
Quando os dois não tem a mesma forma, podemos ter 
problemas de suporte e arranjo dos dentes no momento 
da montagem da prótese. 
 
Relação dos rebordos: 
- Avaliar se há espaço entre os rebordos para confecção 
das próteses 
- Guiar o paciente em cêntrica e DV apropriados 
- Observação do espaço 
- Rebordos não paralelos provocarão movimento das 
bases protéticas, principalmente da inferior. 
 
Obs: PT inferior não tem retenção, tem no máximo 
estabilidade!! 
 
 
Tecidos supérfulos e hiperplásicos: 
 
- Observar necessidade de remoção cirúrgica 
- Dentaduras mal adaptadas provocam lesões; o ideal é 
que haja um tempo descanso durante o uso das próteses; 
higiene (tanto das próteses quanto do rebordo); 
massagens para auxiliar na renovação celular 
- Necessidade de reembasamentos das próteses antigas 
antes da confecção das novas. 
- Ajustes da oclusão das próteses antigas 
 
Mucosa: 
- Varia do róseo ao vermelho vivo 
- Dentaduras mal adaptadas podem causar infecções. 
Avaliar se o paciente apresenta doenças sistêmicas 
(diabetes, hábito de fumar..) 
- Determinar causa – remover fator irritante – moldagem 
- Lesões com alterações de cor (principalmente em 
pacientes tabagistas) 
- Retenções ósseas 
- Tórus palatino e mandibular 
- Freios e inserções musculares que podem comprometer 
a retenção e estabilidade da prótese 
- Lesões de assoalho da boca 
 
Câmaras de sucção: 
- Provocadas pela prótese, causam deformidades na 
mucosa do palato do paciente 
- É raro, mas ainda encontramos pacientes com este tipo 
de prótese 
 
Saliva: 
- Saliva mucosa: espessa e viscosa. É bem pior do que a 
serosa, pois a fina e diluída faz com que a base da 
prótese fique em maior íntimo contato com a mucosa do 
paciente, e provoca uma retenção maior. 
- Serosa: fina e diluída 
- Quantidade e consistência – influência na estabilidade e 
na retenção da prótese 
- Saliva serosa é melhor que mucosa 
- Aumento do fluxo salivar com novas próteses 
(temporário – 48/72h) 
- Observar se as próteses não estão comprometendo os 
orifícios das glândulas salivares 
 
“Paciente com boca seca é sinal de prótese frouxa” 
 
Abertura bucal: 
- Pequena: dificulta no momento das moldagens 
 
Exame radiográfico: 
- Adicionalmente ao exame dos modelos de estudo 
- Radiografia panorâmica 
- Complemento do exame clínico 
- Observações de lesões ósseas, raízes residuais, dentes 
inclusos, corpos estranhos, áreas de refração óssea.

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