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ESTHER ANDRADE | TURMA 85 | Saúde, gestão e humanidade IV 
PROGRAMAS DE INTERVENÇÃO EM SAÚDE 
PÚBLICA E A CONCEITUAÇÃO DOS 
ESTUDOS 
ENSAIOS COMUNITÁRIOS 
São estudos em que a unidade de análise 
é uma população ou grupo de pessoas, 
geralmente de uma área definida 
(aglomerados de indivíduos são alocados 
às intervenções). 
Frequentemente realizados combinando-se 
bases de dados referentes a grandes 
populações. 
São mais baratos e mais rápidos que 
estudos envolvendo o indivíduo como 
unidade de análise. 
Avaliação do contexto social e ambiental 
na saúde de populações. 
Ex: nível de desorganização social x 
epidemia 
PRINCIPAIS OBJETIVOS DOS ENSAIOS 
COMUNITÁRIOS: 
 Gerar hipóteses etiológicas a 
respeito da ocorrência de uma doença. 
 Avaliar efetividade de intervenções 
na população (testar a aplicação de 
procedimentos para prevenir doença ou 
promover saúde em grupos 
populacionais) 
PROGRAMAS DE INTERVENÇÃO EM SAÚDE 
PÚBLICA: 
 Iniciativas que visam modificar uma 
determinada situação de saúde. 
 Características dos programas: 
preventivos ou curativos. 
 Diferentes tipos de intervenção: 
produto biológico, modificações 
ambientais e programas educativos. 
Exemplo: incidência de carcinoma de 
pulmão após a proibição do tabagismo 
em lugares públicos. Nesse tipo de 
estudo, comparam-se áreas geográficas 
em que não foi proibido com áreas 
onde houve a proibição. Este tipo de 
estudo utiliza indicadores de saúde e 
os compara com indicadores gerais. 
Incidência de carcinoma de pulmão x 
média de consumo de tabaco. 
EVENTOS EM POPULAÇÕES 
INDEPENDENTES 
A incidência em um indivíduo não depende 
da prevalência na população  Doenças 
não infecciosas, acidentes. 
DEPENDENTES 
A incidência em um indivíduo depende da 
prevalência na população  Doenças 
infecciosas 
Nos eventos dependentes existem dois 
tipos de efeitos (ex. vacinas): 
 Efeitos diretos: efeitos protetores 
sobre o indivíduo que recebe a 
vacina; 
 Efeitos indiretos: decorrentes da 
alteração no nível de transmissão do 
agente infeccioso na população em 
função de um programa (Herd 
Immunity); 
RAZÕES DE USO PARA O ESTUDO 
COMUNITÁRIO 
 A própria natureza da intervenção 
requer implementação em nível 
comunitário. 
 Conveniência operacional. 
 Aumento da adesão. 
 Estimar os efeitos indiretos da 
intervenção. 
VANTAGENS DO ESTUDO 
 Permite estimar efeitos diretos, 
indiretos e totais das intervenções 
 Avalia efetividade de intervenções no 
contexto real. 
 Desenho fatorial para avaliar 
interação entre as intervenções. 
 Baixo custo e execução rápida (fontes 
de dados secundárias disponíveis). 
Ex: Associação nível econômico e 
tuberculose no RJ – dados censo IBGE 
e SINAN. 
 Podem cobrir áreas grandes, 
facilitando informações de variações 
médias entre regiões. 
 Mensurar efeitos: 
Ex: implantação de novo programa de 
saúde ou nova legislação em saúde na 
 
ESTHER ANDRADE | TURMA 85 | Saúde, gestão e humanidade IV 
melhoria das condições de saúde de 
uma população. 
LIMITAÇÕES DO ESTUDO 
 Não é possível associar exposição e 
doença no nível individual. 
 Dificuldade de controlar os efeitos 
de potenciais fatores de 
confundimento. 
 Dados destes estudos representam 
níveis de exposição média em vez de 
valores individuais reais. 
 Dados provenientes de diferentes 
fontes, o que pode significar 
qualidade variável da informação. 
 A falta de disponibilidade de 
informações relevantes é um dos mais 
sérios problemas na análise 
ecológica. 
Em um estudo, cujo objetivo foi analisar 
a possibilidade de associação entre 
câncer de pele e bronzeamento 
artificial, foram incluídos 300 
indivíduos, sendo 150 com diagnóstico de 
câncer de pele e 150 sem a doença. Os 
participantes foram interrogados quanto 
à exposição prévia ao bronzeamento 
artificial. Os pesquisadores observaram 
que a chance de exposição ao 
bronzeamento artificial foi maior no 
grupo de pacientes com câncer de pele do 
que no grupo de pacientes sem a doença. 
Posteriormente, os pesquisadores 
repetiram o estudo, estratificando de 
acordo com a quantidade de sessões de 
bronzeamento artificial realizadas, 
sendo encontrada maior chance de 
associação quanto maior o número de 
sessões realizadas pelos pacientes. 
1. O tipo de delineamento epidemiológico 
utilizado no estudo foi: 
(A) seccional 
(B) ecológico 
(C) caso-controle 
(D) coorte 
2. A medida de associação utilizada 
neste estudo é: 
(A) razão de prevalências 
(B) razão de incidências 
(C) Risco relativo 
(D) Odds Ratio 
3. Pela descrição do estudo, podemos 
afirmar que o resultado da medida 
calculada foi: 
(A) Menor que 1 
(B) Maior que 1 
(C) Igual a 1 
(D) Igual a 0 
 
4. A pandemia de Covid-19 tem trazido 
alguns desafios aos pesquisadores de 
todo o mundo. Um destes desafios é 
conhecer os efeitos tardios da 
doença. “Casos clínicos atendidos por 
pesquisadores de diferentes países, 
chamam a atenção para a possibilidade 
de que, em parte dos casos, alguns 
sintomas da covid-19 podem persistir 
por longos períodos após o fim da 
fase aguda da doença. O risco de 
desenvolver o que eles chamam de 
síndrome póscovid-19 se estenderia às 
pessoas com manifestações graves e 
moderadas da doença...” 
(Fonte:https://www.uol.com.br/vivabem
/noticias/redacao/2020/09/05) 
O desenho de estudo mais indicado 
para se conhecer todas as 
manifestações da chamada “síndrome 
pós-covid19” é: 
(A) seccional 
(B) ecológico 
(C) caso-controle 
(D) coorte 
Em uma pesquisa hipotética, foi 
comparada a eficácia do xarope de mel e 
agrião com um novo xarope (Cofcof) na 
redução dos sintomas de tosse por 
resfriado. Foram selecionados 400 
indivíduos, obedecendo aos critérios de 
inclusão e exclusão, e randomizados de 
maneira que 200 indivíduos portadores do 
sintoma tomaram xarope de mel e agrião e 
200 tomaram o novo xarope. Tanto os 
pesquisadores quanto os pacientes foram 
cegados. Os resultados obtidos estão 
apresentados na tabela abaixo: 
 
5. 
A) Qual foi o estudo realizado? 
Ensaio clínico randomizado com duplo 
cego. 
B) Na análise do estudo, como deve ser 
medida a magnitude do efeito do novo 
xarope? (cite as medidas de 
associação e de impacto que deverão 
ser utilizadas) 
Risco Relativo (RR)  1,67 
Eficácia (RRR) = 1 – RR  0,67 
Redução Absoluta do Risco (RAR) = R2-
R1  0,10 
NNT (número necessário para 
transmitir) = 1/RAR  10 
 
 
 
 
 
 
 
ESTHER ANDRADE | TURMA 85 | Saúde, gestão e humanidade IV 
 
6. A randomização que foi realizada no 
estudo teve por objetivo: 
(A) Reduzir a possibilidade de viés 
de aferição 
(B) Reduzir a possibilidade de viés 
de memória 
(C) Aumentar a comparabilidade dos 
grupos estudados em relação aos 
fatores conhecidos 
(D) Aumentar a comparabilidade dos 
grupos estudados em relação aos 
fatores conhecidos e desconhecidos 
7. Tanto os pesquisadores quanto os 
pacientes foram cegados com o 
objetivo de: 
(A) Reduzir a possibilidade de viés 
de aferição 
(B) Reduzir a possibilidade de viés 
de memória 
(C) Aumentar a comparabilidade dos 
grupos estudados em relação aos 
fatores conhecidos 
(D) Aumentar a comparabilidade dos 
grupos estudados em relação aos 
fatores conhecidos e desconhecidos 
“Em um ensaio clínico desenvolvido para 
testar a eficácia de uma nova vacina 
contra gripe, participaram 460 adultos, 
dos quais 240 receberam a vacina anti-
gripal e 220 receberam uma vacina 
placebo. No período estudado, um total 
de 100 pessoas contraíram gripe, sendo 
20 no grupo vacinado e 80 no grupo 
placebo. ” (Adaptado de KIRKWOOD. P87 e 
p. 188-90). 
8. O Risco Relativo (RR) associado à 
vacina foi aproximadamente: 
(A) 0,12 
(B) 0,22 
(C) 4,0 
(D) 4,36 
9. Com este resultado, podemos inferir 
que: 
(A) a vacina testada ofereceu 
proteção contra a gripe na população 
estudada 
(B)a vacina testada aumentou o risco 
de gripe na população estudada 
(C) a vacina não alterou o risco de 
gripe na população estudada 
(D) a vacina teve eficácia de 40% 
apenas 
10. Sobre os ensaios de intervenção 
comunitária, podemos afirmar: 
(A) Não necessitam de aprovação por 
comitê de ética 
(B) É o método de escolha para 
avaliar eficácia, já com aspectos 
metodológicos bem desenvolvidos e 
estruturados 
(C) São utilizados para avaliar a 
Dose Máxima Tolerada (DMT) de novos 
fármacos 
(D) São úteis para avaliar 
efetividade de intervenções no 
contexto real, e aglomerados de 
indivíduos são alocados às 
intervenções.

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