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Imunologia Alana Linhares Distúrbios de Hipersenbilidade Todo encontro do organismo humano com um MO acaba o sensibilizando, desenvolvendo uma resposta imunológica na medida certa, capaz de destruir o agressor. Mas em algumas situações, você tem o sistema imunológico hipersensibilizado, ou seja, maior do que o necessário. Podendo ser direcionado a um agente que prejudicaria ou não. Autoimunidade: reações contra antígenos próprios - por uma questão de falha na auto-tolerância, as suas células defesas, passam a enxergar seus próprios antígenos, como ameaça. Então, se constrói uma reação contra um inimigo que sempre está lá. (Como exemplo a bainha de mielina na Esclerose múltipla, contra as cartilagens, ossos e tendões na Artrite reumatoide, contra as céls das ilhotas de Langherans na diabetes, dentre outros). Reações contra microrganismos - normalmente temos microorganismos comensais, mas em indivíduos hipersensíveis, há um ataque contra esses MO. Reações contra antígenos ambientais – por exemplo, o pólen de plantas, constituído por proteínas, que podem ser reconhecidas por indivíduos alérgicos e gerar uma resposta imunológica. 1 - Primeiramente há a exposição a um alérgeno, que vai acabar grudando na parede da mucosa do Trato Respiratório, então quando ele penetra, é identificado pela célula dendrítica ou então ele pode ser drenado por via linfática até os linfonodos, onde ele pode ser englobado pelas células B e apresentado, já que tanto céls dendtríticas quanto céls B podem ser céls apresentadoras de Ag. A célula dendrítica interage mais na mucosa do TR e a célula B interage mais no linfonodo. As células dendriticas podem também caminhar pro linfonodo e apresentar o alérgeno. As células que estão no linfonodo: são as células Th2 e foliculares (ambas produzem IL-4). O IL-4 é a citocina que estimula o linfócito B a produzir anticorpos IgE, esses IgE tem a capacidade de grudar na superfície do mastócito (no receptor FCyLI). Então, vem a 2ª exposição. 2 – Nessa reexposição, o mastócito identifica esse alérgeno através dos vários anticorpos específicos pra este alérgeno, e a partir dai o mastócito libera as suas substancias, algumas pre produzidas e outros que ele vai produzir, Essas subsstâncias são: aminas vasoativas como a histamina, mediadores lipídicos como leucotrienos e prostanglandias, além de citocinas. Característica que faz com que essa hipersensibilidade seja chamada de imediata: é que como essas substancias como a histamina, estão preformadas, eu a libero quando em contanto com o alérgeno, quase que instantaneamente. Então há uma resposta quase que imediata. Mas ela tem uma fase mais demorada: que é a inflamação produzida pelas citocinas (pois as citocinas estimulam as células, e elas demoram um tempo para poder chegar ao local de ação). Essas citocinas são oriundas de MASTÓCITOS (isso difere da hipersensibilidade tipo II). Imunologia Alana Linhares É injetado na região intradérmica da pele (próxima de vasos), um agente agressor (alérgeno) então os mastócitos que estão próximos aos vasos vão identificar esse alérgeno e vão comeãr a liberar mediadores como a histamina a histamina vasodilata e permeabilisa permitindo que o plasma saia de dentro do vaso pro tecido, deixando o tecido mais edemasiado formando lesão de pápula (calombo). A vermelhidão ao redor da pápula se dá devido a grande quantidade de hemácias dentro do vaso sanguíneo dilatado. Em A é a resposta imediata, e em B a mais demorada. Rinite alérgica (nas mucosas do TR superior) Alergias alimentares (TGI, podendo atingir todo o corpo) Urticária (pele). Dermatite atópica (pele). Asma. A – Há um brônquio desobstruído. B – É um brônquio de um paciente asmátco, cheio de muco. A células Th2 que produz IL-4 (pra estimular a produção de IgE), também produz IL-5 e IL-13, e essa última produz muco. O músculo liso, tá bem mais hipertrofiado, porque o mastócito não libera só histamina ou citocina, ele libera também mediadores lipídicos, como os leucotrienos, que tem a capacidade de contração dos tecidos (broncoconstrição). Mantendo o brônquio fechado. Abaixo do camada de músculo, há uma infiltração inflamatório, estimulada por citocinas liberadas pelos mastócitos. É percebido também o espessamento da membrana basal. Porquê entendendo a imunologia da asma, cientistas criaram fármacos para inibi-la. - Se mastócito ao ser reespoxto ao alérgeno, vai liberar substância pré-formadas. Pode-se desativar esse mastócito, através do CROMOLIN. - A inflamação pode ser tratada com corticosteóides. Imunologia Alana Linhares A – OPSONIZAÇÃO E FAGOCITOSE: O IgM ou IgG quando gruda no alvo, ele gruda na célula e opsoniza, então a célula vai reconhecer o anticorpo, através de um receptor Fc e vai fagocitar. B – INFLAMAÇÃO MEDIADA PELO RECEPTOR DO COMPLEMENTO E DE Fc: Mediante a ativação do Sistema complemento, pela via clássica, pode haver liberação de substancias inflamatórias (C3a, C4a e C5a), acionando a capacidade inflamatória dos leucócitos. Pode haver também susbstâncias onde os anticorpos grudam, e o neutrófilo que for passando vai ser recrutado. C – RESPOSTAS FISIOLÓGICAS ANORMAIS SEM LESAO CELULAR/TECIDUAL: Os anticorpos grudam em receptores, podendo acontecer a estimulação do receptor (na doença de gravis), ou inibição do receptor (miastenia gravis). Na doença de gravis: no indivíduo saudável, o receptor de TSH vai ser acoplado pelo TSH, que vai estimular a célula da tireóide a produzir T3 e T4, mas no indivíduo com hipersensibilidade tipo II, quem gruda no receptor é o próprio anticorpo, sendo que era pra grudar no MO. Estimulando o receptor por muito tempo, resultando em grande produção de hormônio T3 e T4. Na miastenia: o Ac está grudando no receptor de acetilcolina, mas a acetilcolina que deveria estar se ligando, mas a hipersensibilidade envia anticorpos para se grudar nesse receptor. Isso tudo causa fraqueza muscular. - O que a diferencia da tipo II, é a formação de imunocomplexo (vários Ac IgM e IgG junto do alvo, que é o antígeno) Imunologia Alana Linhares - Os imunocomplexos estão depositados nos vasos sanguíneos, os leucócitos que passam, se ligam a porção Fc do anticorpo, recrutando-o, gerando uma reação de inflamação no vaso sanguíneo vasculite. O paciente que desenvolve a doença tem genes de suscetibilidade. Em algum momento, no desenvolvimento desse paciente, ele deveria ter destruído células (B e T que vão destruir fragmentos de DNA) e não destruiu. Células que vão destruir seu corpo, como fragmentos de DNA. O linfócito B, reconhece fragmentos de núcleo e produz contra eles, anticorpos, que vão ser endocitados pra dentro do linfócito B e da célula dendrítica. Com isso o linfócito B vai estimular a produção de mais anticorpos, já a célula dendrítica vai fazer a produção de IFN-1 (que estimulará a produção de mais anticorpos pelo linfócito B). Uma célula interage com a outra, produzindo altos níveis de anticorpos IgG, que vão contribuir para que se tenha a formação dos imunocomplexos.- Ela é a única que se diferencia das outras 3, pois todas as outras dependem de anticorpos. Já ela precisa de células T. Sendo então mediada por células TCD4 e TCD8. A - Nas reações inflamatórias mediadas por citocinas, as células T CD4+ (e, às vezes, as células CD8+) respondem aos antígenos dos tecidos secretando citocinas que estimulam a inflamação e ativam os fagócitos, produzindo lesão tecidual. APC, célula apresentadora de antígeno. B - Em algumas doenças, as CTLs CD8+ matam diretamente as células dos tecidos. (alvo)) (presentes no soro doado) (recrutamento e ativação de leucócitos) Imunologia Alana Linhares Muitas doenças autoimunes específicas de órgãos são causadas pela interação de células T autorreativas com autoantígenos, o que leva à liberação de citocinas e inflamação. Diversas células são encontradas na sinóvia inflamada, incluindo Th1, Th17, linfócito B atiçados, macrófagos. Inúmeras citonicas, incluindo IL-1, TNF, IFN-y, IL-6, IL-17, IL-8, foram detectadas no líquido sinovial. A atividade aumentada dos osteoclastos (desmineraliza) nas articulações contribui pra a destruição óssea. Complicações sistêmicas da AR incluem vasculite e lesão pulmonar (promovida pelos Ac). Os pacientes frequentemente apresentam anticorpos circulantes IgM e IgG e sua presença é utilizada em teste diagnóstico para a AR. A presença desses fatores reumatoides podem participar na formação de imunocomplexos prejudiciais, mas seu papel patogênico ainda não foi estabelecido. Outro tipo de anticorpo detectado em pelo menos 70% dos pacientes é específico para CCP (Proteínas citrulinadas cíclicas). Esses anticorpos anti-CCP constituem um marcador diagnóstico para a doença e podem estar envolvidos na lesão. Grupos de pessoas tem o HLA, que promove uma falha na tolerância, ocorrendo uma ativação desregulada de linfócitos. - Além disso há fatores ambientais como o tabagismo, que modificam a enzima, fazendo a citrulinação de proteínas próprias. Então as proteínas que eram saudáveis, passam a ser detectadas pelas células T e B Células Th1 e Th17 vão acabar destruindo por um processo inflamatório, a articulação. Reações de células T específicas para microrganismos e outros antígenos estranhos também podem levar a inflamação e lesão dos tecidos. Ex: Mycobacterium tuberculosis. Uma variedade de doenças cutâneas que resultam da exposição tópica a produtos químicos e antígenos ambientais, chamada sensibilidade de contato (como a inflamação pelo uso de bijouteria ou um perfume). Ex: neoantígenos formados pela ligação de níquel, tiourama e veneno de carvalho a proteínas próprias. Imunologia Alana Linhares A Hipersensibilidade do Tipo IV, também é chamada de tardia, porque ela demora 24h para acontecer. Exemplo: houve uma infecção por mycobacterium tuberculosis, estimulando uma resposta granuloma (formado por Th1, Th17... células do tipo TCD4), essas células ficam gravadas na memoria imunológica. Então se eu quero saber se o paciente teve tal infecção, eu pego um fragmento da bactéria, inoculo no antebraço do paciente e espero as células irem até a região, mas elas só vão chegar depois de uma média de 24h. LIVRO: A infecção ou imunização (vacinação) sensibiliza um indivíduo, e o desafio subsequente com um antígeno do agente infeccioso elicita uma reação de DTH. A reação é manifestada pelo endurecimento com eritema e inchaço no local do desafio, com pico em aproximadamente 48 horas.
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