Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Propedêutica Vascular AH: Artéria hepática; TC: Tronco celíaco; AE: Artéria esplênica; AMS: Artéria mesentérica superior; ARE: Artéria renal esquerda; ARD: Artéria renal direita; AMI: Artéria mesentérica inferior; ACID: Artéria ilíaca comum direita; ACIE: Artéria ilíaca comum esquerda AII: Artéria Ilíaca Externa AIE: Artéria Ilíaca interna AII AIE AIE ●● Anamnese: - Características da dor: queimação e normalmente na panturrilha. - Paciente começa com claudicação intermitente e evolui para curtas distâncias, longas distâncias e dor em repouso (dormem com a perna pendente). - Insuficiência Arterial: —> Sangue tem dificuldade para chegar às extremidades do corpo devido uma doença arterial periférica (DAP) ou má circulação. - Doença Venosa: geralmente aparece no final do dia - Doença Linfática: 1. Inspeção: - Cianose periférica - Dermatite Ocre: comum em doença venosa - Palidez - Redução de fâneros, porta de entrada para onicomicoses - Cianose Não Fixa - Hiperemia reativa: corpo vasodilata para tentar combater isquemia, comum em doença venosa - Presença de secreção, odor - Necrose ● Palpação: - Pulso - Temperatura - Massa Pulsátil ->Artéria aorta - Consistência muscular e edema - Linfonodomegalias e dor a palpação dos linfonodos - Edema: > Duro (mixedema, maior resistência à depressão, significando deposição fibroelástica, fibrose, linfedema - sinal de Stemmer) ->Linfedema - edema crônico, que se dá devido à deficiência da drenagem no sistema linfático, e cursa com o acúmulo anormal de fluído rico em proteína no espaço intersticial. ->Sinal de Stemmer -> ao puxar uma prega da pele para cima, se mostrar difícil ou impossível, o sinal é positivo”, um indício de linfedema. > Mole (facilmente depressível, significando retenção hídrica em tecido subcutâneo, sinal de godet) ->sinal de godet - avaliado por meio da pressão digital sobre a pele, por pelo menos 5 segundos, a fim de se evidenciar edema, considerado positivo se a depressão formada não se desfizer imediatamente após a descompressão) > Início > Uni ou bilateral ●Ausculta: - Buscar sopros: revela estenoses (estreitamento da válvula) ou comunicação arteriovenosa (comunicações anômalas entre uma artéria e uma veia). ● Exame Clínico Arterial: - Evolução da doença - Claudicação intermitente - Neuropatia isquêmica - ocorre quando o fluxo sanguíneo é interrompido para a parte da frente (anterior) do nervo óptico. - Dor em repouso ● Exame Clínico Venoso: - Tromboflebite - inflamação de uma ou mais veias causada por um coágulo sanguíneo, que geralmente acontece nas pernas ou em outras partes inferiores do corpo. - Trombose Venosa Profunda (TVP) - doença potencialmente grave causada pela formação de coágulos (trombos) no interior das veias profunda. - Sinal de Homans - dor ou desconforto na panturrilha após dorsiflexão passiva do pé. - Sinal da Bandeira - menor mobilidade da panturrilha quando comparada com o outro membro - Sinal de Bancroft - dor à palpação da panturrilha contra estrutura óssea. - Varizes - veias com tortuosas, dilatadas e insuficientes que ocorrem devido ao mau funcionamento das válvulas, onde as veias podem perder a sua elasticidade e começar a apresentar dilatação, impedindo o fechamento das válvulas. - Queixa principal - Caráter da dor - Edema? - Hiperpigmentação - dermatite ocre: hipertensão venosa causada pela Insuficiência Venosa, devido ao mau funcionamento das veias o sangue fica represado na parte inferior da perna aumentando a pressão local, o que pode levar a um extravasamento de sangue e acúmulo de um pigmento chamado hemossiderina, originado pela lise de hemoglobinas que carregam ferro, o que leva a uma coloração amarronzada e enegrecida, que aparece principalmente na parte distal da perna. - Lipodermatoesclerose - complicação da insuficiência venosa crônic em que ocorre endurecimento e hiperpigmentação da pele envolvendo as panturrilhas. - Úlceras - ferida que surge mais frequentemente nas pernas, devido à insuficiência venosa, que leva ao acúmulo de sangue e rompimento das veias e consequentemente o surgimento de feridas que doem e não cicatrizam. - Linfedema Crônico - Progressivo, indolor - Edema sem cacifo, sem afundamento na pele quando a pressionamos com o dedo (sinal de gode negativo) - Sinal de Stemmer - Espessamento da pele, aspecto “casca de laranja”, coloração vermelho róseo, discreto aumento de temperatura; ● Exames Diagnósticos: - Ultrassom Doppler - Cálculo de Índice Tornozelo Braço (ITB) Alterações Venosas ● Sistema Venoso Perfurante: - Conectam sistema venoso profundo ao superficial - Impede refluxo do sistema profundo para o superficial ● Histologia e Função Venosa: - Sistema Venoso: maior parte da volemia - Músculos da panturrilha: ↑ Retorno venoso = bomba - Válvulas: Impedem o refluxo de sangue ●Insuficiência Venosa ○ Fatores de Risco: - Idade avançada - Sexo feminino - Multiparidade - Hereditariedade - Trauma de extremidade - Obesidade ○ Sintomas: - Sensação de peso - Piora no período da tarde - Desconforto - Fadiga de membros - Edema - Queimação cutânea - Prurido - Deposição de hemossiderina ○ Exame Físico: * Avaliar Circulação Arterial - Palpar pulsos - Paciente em pé e deitado - Varizes de coxa - Veia safena??? - Varizes em panturrilha - Veia safena??? * Varizes de escroto: - Insuficiência de veia gonadal - Dilatação anormal das veias que drenam o sangue testicular devido à incompetência das válvulas venosas, associada ao refluxo venoso (insuficiência de veia gonadal). * Síndrome de quebra nozes: - Compressão da veia renal esquerda entre aorta de mesentérica superior, gerando um grupo de manifestações clínicas como macro e micro-hematúria, proteinúria e dor no flanco - Uma consequência possível é esse aumento da pressão levar ao refluxo de sangue para a veia do ovário esquerdo na mulher ou do testículo esquerdo no homem. * Varizes perineais ou vulvares: - Insuficiência ovariana ou pélvica devido vasoconstrição da veia ilíaca esquerda ou artéria renal. - Obstrução de veia ilíaca. ● Insuficiência Venosa Avançada: -Hiperpigmentação *Lipodermatoesclerose: - Endurecimento e hiperpigmentação da pele envolvendo as panturrilhas e ocorre como complicação da insuficiência venosa crônica. - Hipertensão venosa e inflamação crônica - Edema duro em perna distal - “Perna em garrafa de champanhe” - Pele fibrosa, hipertrófica *Úlceras de estase: - Dor: ??- se doer pode haver infecção - Maléolo lateral ou medial?? - Médio pé ou distal?? ●Exame Diagnóstico: - Doppler: - 1a escolha: Confirma refluxo nas veias superficiais e profundas, aumento ou diminuição da vascularização, velocidade e direção do sangue nos vasos sanguíneos. ● Sistema de Classificação da Safena - CEAP: - C: Clínica - o que é visível das veias. - E: Etiologia - se o problema é herdado ou não. - A: Anatomia - quais veias estão envolvidas. - P: Fisiopatologia - qual a direção o sangue está fluindo, se existe refluxo ou se o fluxo está bloqueado. ◦ C0 - paciente que tem a menor gravidade, não tem nenhum sinal visível de doença ao examinar a perna mas pode ter sintomas venosos. ◦ C1 - paciente possui teleangiectasias e veias reticulares ◦ C2 - paciente indica que veias varicosas maiores já estão presentes. ◦ C3 indica a presença de edema, ou seja, inchaço na perna. ◦ C4 - paciente posso alteração de pele e subcutâneo como a pigmentação (dermatite ocre), pele mais escura, o eczema, que seria a pele vermelha, coceira. A lipodermatoesclerose, que seria a pele e subcutâneo endurecido, e atrofia alba, que são pequenas áreas esbranquiçadas na pele. https://vascular.pro/artigo-vascular/teleangiectasias-vasinhos https://vascular.pro/artigo-vascular/veias-varicosas-varizes https://vascular.pro/artigo-vascular/veias-varicosas-varizeshttps://vascular.pro/inchaco-nas-pernas-edema/ https://vascular.pro/dermatite-ocre-manchas-nas-pernas/ ◦ C5 - paciente já teve úlcera e essa úlcera cicatrizou. ◦ C6 - classe mais grave, existe uma úlcera aberta e ativa na perna. ● Tratamento Não Cirúrgico: - Meias de Compressão (estimular circulação e fortalecer panturrilha). - Pacientes com ITB < 0,7 - Elevação dos MMII - Deambulação - Exercício físico - Medicações: Aumenta o tônus venoso e reduz a permeabilidade capilar; mecanismo exato de ação é desconhecido. *Úlceras: - Curativo -Bota de unna * Teleanctasia: -Laser https://vascular.pro/doenca-vascular/ulceras-venosas-ulcera-estase-ulcera-varicosa https://vascular.pro/doenca-vascular/ulceras-venosas-ulcera-de-estase-ulcera-varicosa/ https://vascular.pro/doenca-vascular/ulceras-venosas-ulcera-estase-ulcera-varicosa ● Tratamento Cirúrgico: * Safenectomia (Stripping): * Termoablação: - Radiofrequência e Laser (abre a virilha, liga a tributária, punciona a veia. *Retirada Escalonada de Varizes: ➤TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP): -Formação de coágulo sanguíneo numa veia profunda, geralmente nas pernas que se acumulam, devido problemas de coagulação sanguínea. ● Sintomas: - Dor - Edema - Rubor - Calor ● Complicações: - Embolia pulmonar - Insuficiência venosa - Síndrome pós trombótica: insuficiência venosa crônica sintomática após TVP, ●Fatores de Risco: > Idade: - Após os 40 anos - ↓ resistência da parede venosa -> dilatação da veia -> ↓ velocidade de fluxo -> TVP - ↓ atividade fibrinolítica em > 65anos, processo de dissolução progressiva da fibrina e assim do coágulo. https://pt.wikipedia.org/wiki/Trombo https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Veia_profunda&action=edit&redlink=1 > Imobilização: - 15% TVP em acamados até 1 semana - 80% de TVP após 1 semana - AVC: 63% no membro paralisado; 7% membro oposto; > Viagem: - Risco de 10% para TVP, sem meias de compressão - ↑ incidência de TEV em pacientes com fatores de risco para TVP que percorreram longas distâncias - ↓ mobilidade durante o voo > Tromboembolismo Venoso Prévio: - ↑ 3 a 4 x o risco de TVP em pacientes submetidos à cirurgia - Predisposição ao tromboembolismo: - Trombofilia ou neoplasia maligna - Obstrução venosa; alteração da parede venosa no local da TVP prévia. > Varizes: - TVP 2 x mais frequentemente. > Duração, Porte Cirúrgico e Anestesia: - Significância em idosos - Maior risco em anestesia geral que peri ou raqui. > Câncer: - 50% paciente com CA e 90% meta apresentam anormalidades na coagulação; - Alguns tumores produzem ou induzem a formação de fatores pró- coagulantes. - Diagnóstico de câncer nos 5 a 10 anos seguintes à trombose > Gravidade da Doença: - Pacientes graves internados em UTI: - 3 x mais TVP (29%) do que em pacientes clínicos controlados, internados em enfermarias (10%). > Gravidez e Puerpério: - Estase sanguínea por compressão uterina e alterações na hemostasia - Trombofilia hereditária ou adquirida têm risco de TVP muito aumentado durante a gravidez - dade, pré-eclâmpsia, repouso prolongado, varizes, tromboflebite superficial e tabagismo; > Anticoncepcional: - ↑ dos níveis sanguíneos de fatores de coagulação como o II, VII, IX, X - Alterações na viscosidade sanguínea e de parede vascular com o uso de estrógeno; > Reposição Hormonal: - Aumento de TVP e TEP ● Patologia da TVP: - Tríade de Virchow 1. Lesão Endotelial: - Exposição do subendotélio - Plaquetas e glóbulos brancos se acumulam -> ativação dos mecanismo de coagulação - Agressão direta da parede venosa, após fraturas, cirurgias ortopédicas e pélvicas, urológicas e ginecológicas - Agressão endotelial por traumatismo local, ocasionado por manobras cirúrgicas. 2. Estase: - ↓ velocidade de fluxo e volume de fluxo - ↓ débito cardíaco durante o repouso - Relaxamento muscular durante o repouso, durante anestesia e em paralisias - Não acionamento da bomba venosa periférica, que auxiliam na impulsão do sangue para o coração. 3. Estados de Hipercoagulabilidade: > Alterações genéticas: - ↑ fatores de coagulação como fator VIII e XI - Mutações em fatores de coagulação: fator V Leiden (FVR506Q), que ↑ a resistência do fator Va à ação da proteína C, e a mutação do gene da protrombina G20210A; - ↓ inibidores da coagulação, como antitrombina, proteína C, proteína S; >Estados fisiológicos: - Gravidez, câncer, uso de esteroides - Alterações hepáticas, ou por uso de medicamentos como estrógenos, ant iv i taminas K (no início do tratamento anticoagulante) e quimioterápicos; ● Avaliação Clínica: > Infecções extensas de subcutâneo em fases iniciais >Ruptura muscular > Ruptura de cisto de Baker > Alterações osteoarticulares de joelho e tornozelo > Distensão da veia, inflamação, edema muscular > Dor mesmo ao repouso > Dor ao se movimentar > Dor na panturrilha > Distensão da veia, inflamação, edema muscular > Dor mesmo ao repouso > Dor ao se movimentar > Edema em panturrilha > Trajetos venosos superficiais visíveis (colaterais) > Cianose, intensa nos casos mais graves > Palidez, alguns casos de trombose íliofemoral devido espasmo > Edema subcutâneo, godê ou cacifo, ↑ da circunferência da perna, medido 10 cm abaixo da tuberosidade tibial, maior que 3 cm com relação ao contralateral > Edema muscular, ↑da consistência da musculatura à palpação suave e pela menor mobilidade da panturrilha quando balançada > Dor à palpação muscular, dor com a compressão da musculatura contra o plano ósseo > Dor à palpação dos trajetos venosos, mais tardia e dependente do processo inflamatório venoso e perivenoso >Sinal de Homans: -Dorsiflexão passiva do pé, com a perna estendida; Positivo em 61,7% dos casos > Flegmasia alba dolens: - Trombose do segmento venoso femoroilíaco - Dor e edema intensos em todo o membro e, eventualmente, palidez, pela presença de vasoespasmo, com ↓ às vezes dos pulsos distais; > Flegmasia cerúlea dolens: - Obstrução total ou quase total das veias da extremidade com trombose do segmento femoroilíaco, das veias que normalmente atuam como colaterais e frequentemente das veias poplíteas e da perna. - 50% parece ser evolução da flegmasia alba - Edema intenso, membro cianótico frio e tenso, dor é excruciante - 83% pulsos distais ausentes, - 55% gangrena - Óbito: 32% dos pacientes. ● Diagnóstico: - Baixa pontuação de Wells e sem fator de risco - Descarta diagnóstico de TVP - Dímero negativo Wells baixo ou baixa probabilidade - Exclui diagnóstico de TVP - Alto risco de TVP - Anticoagulação enquanto não se realiza doppler * Dímero D: - Produto da proteólise da fibrina pela plasmina; - Grau de elevação depende da extensão e tamanho do trombo; - Sensibilidade: 60-96% / Baixa especificidade; * USG Doppler: - Método mais utilizado - Distingue processos patológicos - Adenopatia inguina - Cisto de Baker - Abscesso / Hematoma - ↑ ecogenicidade intraluminal - ↑ diâmetro venoso - Não colabamento da veia a compressão - S: 97%; E: 94% - Ausência de fluxo espontâneo * TC e RNM: - Coxa e pelve - S: 94-98% / E: 100 % - Pouco utilizado na prática - Auxilia no diagnóstico de trombose de cava; ● Evolução e Complicação: -Dependem da extensão e localização do trombo * TVP distal: -Menor r isco de tromboembolia pulmonar -Síndrome pós trombótica menos frequente e menos grave * TVP proximal: - 5-30% - Recorrência se não tratada: 29% - 46% tromboembolia pulmonar - Recorrência: 49% - Síndrome pós trombótica mais grave * Síndrome Pós-trombótica: - Ocorre 1 a 2 anos após o evento - Dor nas pernas - Sensibilidade - Fadiga nas pernas - Edemas nas pernas - Pigmentação - Úlcera - Consequência da hipertensão venosa: refluxo valvar, obstrução venosa persistente e distribuição anatômica dessa anomalia. ● Tratamento: - Quanto mais precoce o início do tratamento, menor o risco de complicações* Anticoagulação: - Aliviar sintomas agudos - Bloquear a extensão do trombo - Evitar recidiva - ↓ risco de TEP - Previne ou ↓ risco de SPT *Primeiros 3 meses: - Tratamento do evento agudo - Suspensão precoce: recidiva *Após 3 meses: - Profilaxia de recorrência tardia; *FASE INICIAL: >Fibrinolíticos: -Fármacos utilizada para dissolver os trombos sanguíneos. >Trombectomia Venosa: -Resolução imediata da obstrução venosa com normalização da drenagem sanguínea -Alívio mais rápido da dor -Prevenção do TEP -Peservação das válvulas venosas: ↓ risco de SPT -Flegmasia cerúlea dolens, quadro mais grave da SPT, com isquemia arterial e necrose >Trombectomia Fármaco-Mecânica: >Medidas Associadas: -Meias elásticas, compressão 30-40mmHg -Menor risco de SPT >Filtro de Veia Cava: -Dispositivo colocado na veia cava que tem como objetivo evitar a progressão dos coágulos sanguíneos dos membros inferiores para o pulmão, funciona como uma prevenção, não como tratamento de embolia pulmonar. ● Profilaxia:
Compartilhar