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anti-helminticos

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SUMÁRIO
1. Introdução ..................................................................... 3
2. Principais Helmintíases ........................................... 5
3. Benzimidazólicos .....................................................12
4. Ivermectina .................................................................16
5. Praziquantel ...............................................................19
6. Outros anti-helmínticos .........................................20
Referências Bibliográficas ........................................26
3ANTI-HELMÍNTICOS
1. INTRODUÇÃO
Em todo o mundo cerca de 2 bilhões 
de pessoas são afetadas pelas hel-
mintíases (infecção causada por vá-
rias espécies de parasitas helmintos), 
sendo a prevalência mais alta em pa-
íses tropicais pobres. Devido à sua 
prevalência e ao significado econô-
mico, o tratamento farmacológico das 
helmintíases é de grande importância 
na prática clínica. 
Os helmintos podem ser divididos 
em dois grupos principais: nematel-
mintos (vermes cilíndricos) e platel-
mintos (vermes achatados). Os pla-
telmintos são ainda subdivididos em 
trematódeos (fascíolas) e cestóde-
os (tênias). Esses organismos variam 
quanto ao ciclo de vida, estrutura cor-
poral, fisiologia, localização no hospe-
deiro e suscetibilidade ao tratamento 
farmacológico. 
Figura 2. Platelminto. Fonte: https://planetabiologia.com/
doencas-causadas-por-platelmintos/
Figura 1. Nematelminto. Fonte: https://www.
todoestudo.com.br/biologia/nematelmintos
A maioria desses vermes vive no trato 
gastrointestinal do hospedeiro, no en-
tanto, existem aqueles que vivem em 
outros tecidos. Os principais repre-
sentantes dos vermes intestinais são 
as Tênias (saginata, solium, Hyme-
nolepis nana e Diphyllobothrium la-
tum) e os nematelmintos intestinais 
(Ascaris lumbricoides, Enterobius 
vermicularis, Strongiloides sterco-
ralis, Necator americanus, Trichuris 
trichiura e Ancylostoma duodenale). 
Já os principais vermes que vivem em 
outros tecidos são: Fascíolas (Schis-
tosoma haematobium, Schistosoma 
mansoni e Schistosoma japonicum) 
e nematelmintos dos tecidos (Tri-
chinella spiralis, Dracunculus me-
dinensis,Loa loa, Onchocerca vol-
vulus, Brugia malayi e Wuchereria 
bancrofti).
Os fármacos anti-helmínticos são 
usados para erradicar ou reduzir o nú-
mero de helmintos parasitas do trato 
4ANTI-HELMÍNTICOS
intestinal ou dos tecidos, agindo por 
diferentes mecanismos como parali-
sia do parasita, dano do verme ou 
alteração do seu metabolismo.
A terapia anti-helmíntica apresentou 
grande progresso ao longo do últi-
mo século, com o desenvolvimento 
de drogas cada vez mais próximas 
do anti-helmíntico ideal, conside-
rado aquele que reúne as seguintes 
características: (1) capacidade de al-
cançar o parasito onde quer que ele 
se encontre, (2) ação deletéria sobre 
o helminto, (3) boa tolerância pelo 
hospedeiro, (4) uso em dose única ou 
esquema de curta duração, (5) am-
plo espectro de ação, (6) preço redu-
zido, (7) possibilidade de tratamento 
em massa e (8) possibilidade de uso 
profilático. 
Os principais representantes dos an-
ti-helmínticos são os Benzimidazóli-
cos. Além deles, outros fármacos de 
uso frequente são ivermectina, prazi-
quantel, oxamniquina, dietilcrabama-
zina, piperazina, pamoato de pirantel 
e pamoato de pirvínio. 
MAPA MENTAL: INTRODUÇÃO
HELMINTOS
TREMATÓDEOS
Schistosoma haematobium
Schistosoma mansoni
Schistosoma japonicum
CESTÓDEOS
Taenia soluim
Taenia saginata
Hymenolepis nana
Diphyllobothrium latum
Ascaris lumbricoides
Enterobius vermicularis
Strongiloides stercoralis
Necator americanus
Trichuris trichiura
Ancylostoma duodenale
Trichinella spiralis
Dracunculus medinensis
Loa loa
Onchocerca volvulus
Brugia malayi
Wuchereria bancrofti
PLATELMINTOS
(achatados)
NEMATELMINTOS
(cilíndricos)
5ANTI-HELMÍNTICOS
2. PRINCIPAIS 
HELMINTÍASES
Ascaridíase
O Ascaris lumbricoides é o maior 
nematódeo intestinal que parasita o 
intestino humano e causa uma das 
infecções mais comuns do mundo. 
A transmissão da ascaridíase ocor-
re principalmente pela ingestão de 
água ou alimentos contaminados 
com ovos de Ascaris. A maioria dos 
pacientes é assintomática mas po-
dem surgir sintomas durante a fase 
inicial da infecção quando a larva mi-
gra pelos pulmões ou na fase tardia 
intestinal. As manifestações respira-
tórias são conhecidas como síndro-
me de Loeffler, que cursa com tosse 
seca, dispneia, febre, chiado no pei-
to, desconforto subesternal e escarro 
com sangue. Geralmente é autolimi-
tada com o desaparecimento dos sin-
tomas de 5 a 10 dias. Já os sintomas 
intestinais são principalmente des-
conforto abdominal, náuseas, vô-
mitos e diarreia. A Ascaridíase pode 
complicar com obstrução intestinal 
por uma quantidade muito elevada 
de vermes ou envolvimento hepa-
tobiliar e pancreático com a migra-
ção do verme para a árvore biliar ou 
ducto pancreático respectivamente. 
Todos os pacientes precisam de tra-
tamento, mesmo os assintomáticos e 
os principais fármacos usados são os 
Benzimidazólicos. 
Figura 3. Obstrução por Ascaridíase. Fonte: https://www.emdefesadasaude.com.br/2019/12/02/
ascaris-lumbricoides-voce-nunca-viu-algo-igual/
6ANTI-HELMÍNTICOS
Ancilostomíase
É causada por duas espécies de ne-
matódeos: Ancylostoma duodenale 
e Necator americanus. O ciclo de vida 
dos Ancilostomídeos começa com a 
passagem dos ovos de um hospe-
deiro para as suas fezes. Esses ovos 
eclodem no solo, liberando larvas rab-
ditoides que amadurecem como lar-
vas filaridoides, capazes de penetrar 
na pele humana. As larvas realizam o 
ciclo de Loss (passagem pelos pul-
mões), podendo causar a síndrome 
de Loeffler nesse período. No intes-
tino delgado as larvas amadurecem 
a vermes adultos que retiram sangue 
da parede intestinal, podendo causar 
anemia. As manifestações clínicas da 
Ancilostomíase envolvem a penetra-
ção das larvas na pele, com erupção 
maculopapular pruriginosa local, a 
passagem das larvas pelas vias aé-
reas com a síndrome de Loeffler e a 
presença de vermes adultos no intes-
tino com sintomas gastrointestinais 
(náusea, diarreia, vômito, flatulência) e 
anemia. Os principais fármacos usa-
dos no tratamento são os Benzimi-
dazólicos e o Pamoato de pirantel. 
Figura 4. Ancilostomídeos. Fonte: https://blogdoenem.com.br/nematodea-ancilostomose-verme-amarelao/
7ANTI-HELMÍNTICOS
Enterobíase
Os seres humanos são os únicos 
hospedeiros do Enterobius vermi-
cualris. A infecção ocorre em todos 
os grupos socioeconômicos, sendo 
comum em ambientes fechados e lo-
tados. É mais frequente em crianças 
de 5 a 10 anos. A transmissão pode 
ocorrer pela ingestão de alimen-
tos ou água contaminados com os 
ovos do verme ou pelo manuseio de 
roupas de cama contaminadas. Os 
vermes adultos se estabelecem no 
trato gastrointestinal, principalmen-
te no ceco e no apêndice. As fêmeas 
grávidas migram pelo reto para a pele 
perianal para depositar ovos à noite, 
causando o sintoma mais comum da 
Enterobíase - prurido perianal. Os 
pacientes podem apresentar também 
dor abdominal, náusea e vômito. Os 
fármacos mais usados no tratamento 
são os benzimidazólicos e o pamo-
ato de pirantel e é importante rea-
lizar o tratamento de toda a família, 
além de orientar lavagem das roupas 
de cama e medidas de higiene como 
cortar as unhas e lavar as mãos com 
frequência. 
Figura 5. E vermiculares em região perianal. Fonte: 
http://focoenterobiase.blogspot.com/2014/
Tricuríase
A transmissão do Trichuris trichiu-
ra está associada à falta de higiene 
com ingestão de alimentos ou água 
contaminada com ovos do verme. 
A maioria das infecções é assinto-
mática, no entanto os indivíduos po-
dem apresentar sangue e muco nas 
fezes, colite e prolapso retal. Crian-
ças fortemente infectadas podem ter 
comprometimento do crescimento e 
cognição. O tratamento é feito princi-
palmente com os benzimidazólicos 
ou ivermectina. 
8ANTI-HELMÍNTICOS
Estrongiloidíase:
É causada pelo helminto Strongyloi-
des stercoralis. A infecção pode ser 
crônicae assintomática por décadas, 
ocorrendo manifestações clínicas 
muito tempo após a infecção inicial. 
Além disso, pacientes com infecção 
subclínica que se tornam imunossu-
primidos podem desenvolver uma 
infecção disseminada grave. A trans-
missão se dá pelo contato da pele 
com o solo contaminado com larvas 
filarioides (provenientes dos ovos 
presentes nas fezes humanas). As 
manifestações clínicas da Estrongiloi-
díase podem decorrer da penetração 
das larvas na pele com irritação lo-
cal e prurido, passagem dos vermes 
pelas vias aéreas, com a síndrome 
de Loeffler e estabelecimento dos 
vermes no intestino com diarreia, 
constipação, dor abdominal e ano-
rexia. As manifestações graves da 
Estrongiloidíase incluem hiperinfec-
ção e infecção disseminada e geral-
mente estão associados à imunos-
supressão. Pacientes com infecção 
não complicada são tratados princi-
palmente com Ivermectina enquanto 
os pacientes com doença grave ne-
cessitam de antibioticoterapia empí-
rica contra bactérias gram-negativas 
entéricas além da Ivermectina. 
Teníase: 
Existem duas espécies principais de 
Taenia para as quais os seres huma-
nos são os únicos hospedeiros defi-
nitivos: Taenia saginata (da carne 
Figura 6. Prolapso retal por Trichuris trichiura. Fonte: http://www.ufrgs.br/parasito/Aulas%20Parasito/Medicina/helmi-
par12.pdf
9ANTI-HELMÍNTICOS
bovina) e Taenia solium (da carne 
suína). Na teníase os bois ou porcos 
ingerem vegetação contaminada com 
ovos ou proglótides da Taenia. Nes-
ses animais se desenvolvem cisticer-
cos nos músculos estriados e os seres 
humanos são contaminados através 
da ingestão de carne infectada crua 
ou mal cozida contendo os cisticer-
cos. Nos humanos a tênia se aloja no 
intestino delgado, onde pode viver 
por anos. A maioria dos portadores 
de tênias adultas é assintomática, po-
rém sintomas comuns são náuseas, 
anorexia e dor epigástrica. Ocasio-
nalmente os segmentos da tênia po-
dem entrar no apêndice, ducto biliar 
ou ducto pancreático, causando obs-
trução. O Praziquantel é o tratamen-
to de escolha para todas as infecções 
por tênia. 
Figura 7. Taenia. Fonte: http://ever-pretty.com.ru/cepen-svinoj-foto.html
Esquistossomose
Cinco espécies de Esquistossomos 
podem causar infecção em humanos. 
As três principais espécies são Schis-
tosoma mansoni, S. japonicum e S. 
haematobium. O mais comum no Bra-
sil é o S. mansoni. A infecção ocorre 
através da penetração de cercárias 
na pele humana. Os vermes adultos 
se alojam em vênulas mesentéricas e 
os ovos depositados por eles podem 
migrar para o lúmen do intestino, sen-
do eliminados nas fezes, fígado, cau-
sando hipertensão porta, pulmões 
causando hipertensão pulmonar e 
10ANTI-HELMÍNTICOS
cérebro ou medula espinhal cau-
sando a neuroesquistossomose. A 
maioria dos indivíduos não desenvol-
ve sintomas, no entanto pode estar 
presente uma manifestação aguda 
conhecida como febre de Katayama 
além de manifestações específicas 
decorrentes da migração dos ovos do 
Schistosoma para diferentes órgãos. 
O principal fármaco envolvido no tra-
tamento é o Praziquantel. 
Figura 8. Casal de Schistosoma mansoni. Fonte: https://www.coladaweb.com/doencas/esquistossomose
11ANTI-HELMÍNTICOS
MAPA MENTAL: PRINCIPAIS HELMINTÍASES
Helmintíases
Enterobíase
Enterobius vermicularis
Transmissão: ingestão de 
água ou alimentos contaminados 
com ovos, fômites
Clínica: Prurido perianal, náuseas, 
vômitos, dor abdominal
Tratamento: Benzimidazólicos, 
Pamoato de pirantel
Estrongiloidíase
Strongyloides stercoralis
Transmissão: Larvas 
filarioides penetram na pele
Clínica: Erupção cutânea, 
Sd Loeffler, desconforto 
abdominal, diarreia, constipação
Complicação: Infecção disseminada
Tratamento: Ivermectina
Ancilostomíase
Ancylostoma duodenale e 
Necator americanus
Transmissão: Larvas filarioides 
penetram na pele
Clínica: Erupção cutânea, Sd 
Loeffler, desconforto abdominal, 
náuseas, vômitos, diarreia
Tratamento: Benzimidazólicos, 
Pamoato de pirantel
Teníase
Taenia saginata e Taenia solium
Transmissão: Ingestão de carne 
infectada mal cozida
Clínica: Náuseas, anorexia, 
dor epigástrica
Tratamento: Praziquantel
Tricuríase
Trichuris trichiura
Transmissão: ingestão de água ou 
alimentos contaminados com ovos
Clínica: Disenteria, prolapso retal
Tratamento: Benzimidazólicos, 
Ivermectina
Esquistossomose
S mansoni, S japonicum, S 
haematobium
Transmissão: Cercárias 
penetram na pele
Clínica: febre de Katayama, 
migração de ovos para órgãos
Tratamento: Praziquantel
Ascaridíase
Ascaris lumbricoides
Transmissão: ingestão de água ou 
alimentos contaminados com ovos
Clínica: Sd Loeffler, desconforto 
abdominal, náuseas, vômitos
Complicações: obstrução intestinal, 
colestase, pancreatite
Tratamento: Benzimidazólicos
12ANTI-HELMÍNTICOS
3. BENZIMIDAZÓLICOS
Os benzimidazólicos são os princi-
pais anti-helmínticos de uso na práti-
ca clínica. Esse grupo inclui o meben-
dazol, tiabendazol e albendazol. 
Eles atuam por meio da inibição da 
polimerização da beta-tubulina hel-
míntica (constituinte do citoesqueleto 
dos vermes), com consequente redu-
ção do aporte da glicose necessário 
para geração de ATP. 
Figura 9. Estrutura dos benzimidazólicos. Fonte: Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman, 2015
Albendazol
Tem um amplo espectro de ação, sen-
do eficaz no tratamento da Ascaridía-
se, Enterobíase, Tricuríase, Neurocis-
ticercose e Ancilostomíase. Tem ação 
precária na Estrongiloidíase. 
• Farmacocinética: O Albendazol é 
absorvido de forma irregular pelo 
tubo gastrointestinal após admi-
nistração por via oral e sofre rápido 
metabolismo de primeira passa-
gem no fígado a Sulfóxido de Al-
bendazol e outros metabólitos. 
Atinge concentração plasmática 
máxima após cerca de 3 horas da 
sua administração e sua meia-vi-
da é de 8 a 12 horas. A excreção 
ocorre principalmente pelas fezes. 
13ANTI-HELMÍNTICOS
CONCEITO! Alguns fármacos são eli-
minados com tanta eficácia pelo fígado 
ou parede intestinal que a quantidade 
que chega à circulação sistêmica é con-
sideravelmente menor que a absorvida. 
Esse é chamado de metabolismo pré-
-sistêmico ou de primeira passagem, 
que reduz a biodisponibilidade do fár-
maco, mesmo quando ele é absorvido 
no intestino. 
Por conta desse mecanismo, geralmen-
te é necessária uma dose maior do fár-
maco quando administrado oralmente 
do que por via parenteral. Além disso, a 
biodisponibilidade oral é aumentada nos 
pacientes portadores de doença hepáti-
ca crônica e quando a droga é adminis-
trada simultaneamente com outra que 
possa competir no metabolismo de pri-
meira passagem. É importante lembrar 
desse conceito antes de prescrever a 
medicação do paciente! 
• Farmacodinâmica: O Albenda-
zol atua inibindo a formação da 
beta-tubulina, reduzindo a cap-
tação de glicose pelo verme e 
geração de ATP, que é essencial 
para a sua sobrevivência e repro-
dução. Os parasitas intestinais 
são imobilizados ou morrem len-
tamente e podem ser removidos 
pelo trato gastrointestinal. O fár-
maco apresenta também efeitos 
larvicidas na Doença Hidática, na 
Cisticercose e na Ancilostomíase e 
efeito ovicida na Ascaridíase, An-
cilostomíase e Tricuríase. 
• Uso clínico: A via de administra-
ção é pela via oral e a posologia 
depende do que se deseja tratar. 
Encontra-se disponível sob a for-
ma de comprimidos de 200mg 
e suspensão de 40ml, contendo 
400mg. 
PARASITOSE TRATAMENTO COM ALBENDAZOL
Ancilsotomíase, Enterobíase, Ascaridíase
400mg, dose única (na Enterobíase repetir após 
2 semanas)
Giardíase 400mg, uma vez ao dia por 5 dias
Toxocaríase 400mg, 2 vezes ao dia por 5 dias
Tricuríase 400mg, uma vez ao dia por 3 dias
Neurocisticercose
15/mg/kg/dia, durante 10 a 14 dias
(+ corticosteroides)
• Toxicidade: Possui poucos efeitos 
colaterais. Nos tratamentos pro-
longados pode-se observar eleva-
ção das transaminases e icterícia 
por colestase, além de queda de 
cabelo, leucopenia, plaquetopenia. 
• Contraindicações: Pode ser tera-
togênico eembriotóxico, por isso 
14ANTI-HELMÍNTICOS
a 6 horas e é excretado em 24 a 
48 horas principalmente na urina. 
Uma parte dos derivados é excre-
tada na bile. 
• Farmacodinâmica: O mecanismo 
de ação é semelhante ao do Al-
bendazol, inibindo a captação de 
glicose pelo verme. 
• Uso clínico: A via de administração 
é oral e o tratamento também varia 
conforme a helmintíase a ser trata-
da. Encontra-se disponível sob a 
forma de comprimidos de 100mg 
e xarope contendo 100mg/5ml. 
não deve ser usado em gestan-
tes. A segurança do uso em crian-
ças menores de 2 anos não foi 
comprovada, por isso só está indi-
cado acima desta idade. 
Mebendazol:
Assim como o Albendazol é usado 
para diversas parasitoses, entre elas 
Ascaridíase, Ancilostomíase, Entero-
bíase, Toxocaríase e Tricuríase. 
• Farmacocinética: É pouco ab-
sorvido pelo tubo gastrointestinal 
(<10%). Possui meia-vida de 2 
PARASITOSE TRATAMENTO COM MEBENDAZOL
Ancilsotomíase, Ascaridíase, Tricuríase
100mg, duas vezes ao dia por 3 dias ou 500mg 
em dose única
Enterobíase 100mg, dose única. Repetir em 2 semanas
Toxocaríase 100 a 200mg, 2 vezes ao dia por 5 dias
• Toxicidade: É uma droga com ex-
celente tolerabilidade. Pode ter 
efeitos transitórios como dor e 
distensão abdominal, diarreia, 
hiporexia, flatulência, náuseas e 
vômitos. 
• Contraindicações: É contraindi-
cado em casos de hipersensibili-
dade ao mebendazol ou qualquer 
componente da formulação e na 
gestação. Não deve ser usado em 
crianças com menos de 1 ano de 
idade. 
Tiabendazol
É um derivado benzimidazólico mais 
antigo, com mais efeitos colaterais. É 
uma droga alternativa no tratamento 
da Estrongiloidíase e Larva Migrans 
Cutânea. Não deve ser prescrito para 
o tratamento de Enterobíase, Ascari-
díase, Tricuríase ou Ancilostomíase, a 
não ser que não se disponha de fár-
macos mais seguros. 
• Farmacocinética: É rapidamen-
te absorvido após a ingestão. O 
pico de concentração plasmática 
15ANTI-HELMÍNTICOS
ocorre entre 1 e 2 horas e a meia-
-vida é de 1,2 hora. Sofre meta-
bolização hepática e é excretado 
na urina. 
• Farmacodinâmica: Segundo o li-
vro Farmacologia, do autor Penil-
don Silva, o mecanismo de ação do 
tiabendazol não é totalmente co-
nhecido, embora se saiba que ele 
não atua sobre as formas larvárias 
dos helmintos. 
• Uso clínico: Existem as apresen-
tações oral e tópica para a dro-
ga. A via de administração oral 
encontra-se disponível sob a for-
ma de comprimidos de 500mg e 
suspensão contendo 150mg/5ml. 
Tem como dose-padrão 25mg/
kg. Para o tratamento da Estrongi-
loidíase e Larva Migrans Cutânea 
a dose-padrão é usada 2 vezes ao 
dia, durante 2 dias. A apresenta-
ção tópica é de tiabendazol a 15% 
para tratamento da Larva Migrans 
Cutânea, que deve ser aplicado de 
2 a 3 vezes ao dia sobre a região 
acometida por 5 dias. 
• Toxicidade: Os efeitos colaterais 
são geralmente transitórios e os 
mais comuns são sonolência, náu-
seas, vômitos, sialorreia e dores 
abdominais. 
• Contraindicações: O fármaco 
deve ser usado com cautela em 
pacientes com desnutrição, ane-
mia grave, insuficiência hepáti-
ca ou renal. Não é recomendado 
o seu uso durante a gravidez e a 
experiência do uso em crianças 
com menos de 15Kg é limitada. 
Alguns estudos contraindicam o 
uso de tiabendazol em infecções 
por Ascaris lumbricoides pois 
os vermes podem tornar-se 
hipermóveis e migrar. 
16ANTI-HELMÍNTICOS
4. IVERMECTINA
A Ivermectina foi introduzida inicial-
mente em 1981 para uso veterinário 
e hoje é um importante fármaco usa-
do no tratamento das helmintíases 
em humanos. É a droga de escolha 
no tratamento da Estrongiloidíase e 
Oncocercose. É uma droga alternati-
va no tratamento da Larva Migrans 
Cutânea, Ascaridíase, além de Es-
cabiose e Pediculose. 
MAPA MENTAL: BENZIMIDAZÓLICOS
Albendazol
BENZIMIDAZÓLICOS
Inibem a polimerização da 
beta-tubulina helmíntica
↓ glicose ↓ ATP
Mebendazol Tiaebendazol
USO:
Ancilostomíase, Enterobíase 
e Ascaridíase: 400mg, 
dose única
Toxocaríase- 400mg, 
2x/dia, 5 dias
Tricuríase- 400mg, 
1x/dia, 3 dias
Neurocisticercose - 15mg/kg/
dia, 10 a 14 dias 
Contraindicações: 
Gestantes, < 2 anos
USO: 
Ancilostomíase, Ascaridíase 
e Tricuríase: 100mg, 
2x/dia, 3 dias
Enterobíase - 100mg, 
dose única
Toxocaríase - 100-200mg, 
2x/dia, 5 dias
Contraindicações: 
Gestantes, <1 ano
*Mais efeitos adversos
USO:
Estrongiloidíase, Larva 
Migrans e Cutânea: 
25mg/kg, 2x/dia, 2 dias
Contraindicação: Gestantes
17ANTI-HELMÍNTICOS
• Farmacocinética: Os níveis plas-
máticos máximos são atingidos 
após 4 horas da administração 
oral. A sua meia-vida é de cerca 
de 16 horas e a excreção da droga 
ocorre pelas fezes. 
• Farmacodinâmica: O mecanismo 
de ação da Ivermectina consiste na 
imobilização dos vermes por uma 
paralisia tônica da musculatura 
através da ativação de canais de 
cloro sensíveis ao glutamato. 
• Uso clínico: A posologia da Iver-
mectina varia conforme a parasito-
se a ser tratada:
Figura 10. Estrutura da Ivermectina. Fonte: Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman, 2015
PARASITOSE TRATAMENTO COM IVERMECTINA
Oncocercose
150mcg/Kg em dose única. Pode ser necessário retratamento a cada 
3 a 12 meses
Estrongiloidíase 200mcg/Kg/dia por 1 a 2 dias
Ascaridíase e Larva Migrans Cutânea 200mcg/Kg em dose única
Tricuríase 200mcg/Kg/dia por 3 dias
Filariose Bancroftiana 200 a 400mcg/Kg em dose única (+ albendazol)
Toxicidade: Os efeitos adversos ge-
ralmente resultam da morte das 
microfilárias e estão diretamente 
relacionados à carga parasitária e 
tempo de evolução da doença. Os 
mais comuns são: fadiga náusea, 
18ANTI-HELMÍNTICOS
vômitos, dor abdominal e erupção 
cutânea. 
SE LIGA! No tratamento da Oncocer-
cose os efeitos adversos consistem na 
reação de Mazzotti que começa no pri-
meiro dia após a administração da dose 
única oral e atinge o seu máximo no 
segundo dia. A reação é causada pela 
morte das microfilárias e não pela to-
xicidade do fármaco. A clínica é de febre, 
cefaleia, tontura, sonolência, fraqueza, 
erupção cutânea urticariforme, prurido, 
diarreia, artralgia e mialgia, hipotensão, 
taquicardia, linfadenite e edema perifé-
rico. Pode ser controlada com aspirina e 
anti-histamínicos. 
• Contraindicações: Não deve ser 
usada em paciente com hipersen-
sibilidade à Ivermectina ou a qual-
quer componente da formulação, 
crianças com menos de 5 anos 
e gestantes. Como a Ivermectina 
aumenta a atividade do GABA é 
melhor evitar o uso concomitan-
te de outros fármacos com efei-
tos semelhantes (como barbitú-
ricos, benzodiazepínicos e ácido 
valproico). 
MAPA MENTAL: IVERMECTINA
Farmacodinâmica
Paralisia tônica da 
musculatura do verme
IVERMECTINA
Uso clínico
Oncocercose, 
Estrongiloidíase, Ascaridíase, 
Larva Migrans Cutânea, 
Pediculose, Escabiose, 
Tricuríase, Filariose
Farmacocinética
Pico plasmático: 4h
½ vida: 16h
Excreção: fezes
Toxicidade
Reação de Mazzotti na 
Oncocercose (morte de 
microfilárias)
Contraindicações
Hipersensibilidade, 
< 5 anos, gestação
200mcg/kg/dia, 
1 a 2 dias
19ANTI-HELMÍNTICOS
5. PRAZIQUANTEL
O praziquantel é eficaz contra a 
maioria dos cestódeos e trematóde-
os que infectam os seres humanos, 
mas os nematódeos no geral não 
são sensíveis. Atualmente ele é usa-
do principalmente no tratamento da 
Esquistossomose. 
• Farmacocinética: É rapidamente 
absorvido pelo trato gastrointes-
tinal após o uso oral e também 
rapidamente excretado, principal-
mente pela urina e pela bile. A 
concentração máxima plasmáti-
ca é alcançada em 1 a 3 horas 
e sua meia-vida é de cerca de 2 
horas. 
• Farmacodinâmica: O fármaco au-
menta a permeabilidade da mem-
brana celular ao cálcio, resultando 
em elevada contração, paralisia e 
morte dos vermes. 
• Uso clínico: O praziquantel é a 
droga de escolha para todas as 
formas de Esquistossomose, as-
sim como outros trematódeos e 
cestódeos. A dose varia de acordo 
com a parasitose a ser tratada. 
Figura 11. Estrutura do Praziquantel. Fonte: Manualde farmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman, 
2015
PARASITOSE TRATAMENTO COM PRAZIQUANTEL
Neurocisticercose
50mg/Kg/dia, divididos em 3 doses, por 10 a 14 dias
(+albendazol)
Esquistossomose 40mg/Kg/dia em dose única ou divididos em 2 doses
Teníase 5 a 10mg/Kg em dose única
Toxicidade: Os efeitos colaterais 
são leves e transitórios e os mais 
frequentes são dor abdominal, ano-
rexia, náuseas, tontura e cefaleia. 
Podem surgir febre baixa, prurido, 
erupção cutânea e eosinofilia devido 
à liberação de proteínas estranhas 
dos vermes mortos. No tratamento 
da neurocisticercose pode ocorrer 
nova reação neurológica ou exacer-
bação da clínica já existente devido 
à inflamação em torno dos parasitas 
mortos no parênquima cerebral. 
20ANTI-HELMÍNTICOS
Contraindicações: A cisticercose 
ocular é uma contraindicação ao uso 
da Praziquantel pois a destruição dos 
parasitas no olho pode causar lesão 
irreparável. O uso deve ser evitado 
na gestação. Pouco depois de usar o 
praziquantel devem ser evitadas ati-
vidades como dirigir, operar máqui-
nas e outras tarefas que exijam aten-
ção mental. 
MAPA MENTAL: PRAZIQUANTEL
Farmacodinâmica
Paralisia e morte 
do verme
PRAZIQUANTEL
Uso clínico
Neurocisticercose, 
Esquistossomose, 
Teníase
Farmacocinética
Pico plasmático: 1-3h
½ vida: 2h
Excreção: 
urina e bile
Toxicidade
Dor abdominal, náuseas, 
vômitos, cefaleia...
Neurocisticercose: 
reação neurológica
Contraindicações
Cisticercose ocular,
gestação
40mg/kg/dia, 
dose única
6. OUTROS 
ANTI-HELMÍNTICOS
Oxamniquina
É indicada para o tratamento da Es-
quistossomose mansônica. Não é 
eficaz contra O Schistosoma haema-
tobium ou Schistosoma japonicum. 
• Farmacocinética: é facilmente ab-
sorvida por via oral. Sua meia-vi-
da é de cerca de 2,5 horas e ex-
creção ocorre principalmente pela 
urina. 
• Farmacodinâmica: O mecanismo 
de ação exato não é conhecido. 
21ANTI-HELMÍNTICOS
Sabe-se que a droga provoca con-
tração e paralisia dos vermes, fa-
zendo com que eles se despren-
dam das vênulas terminais e sejam 
deslocados para o fígado, onde 
morrem. 
• Uso clínico: A Oxamniquina é se-
gura e eficaz em todos os estágios 
da doença causada pelo S. man-
soni, incluindo a hepatoespleno-
megalia avançada. Na fase aguda 
(Katayama) o tratamento leva ao 
desaparecimento dos sintomas 
agudos e eliminação da infecção. 
Os esquemas posológicos variam 
em diferentes regiões do mundo. 
No hemisfério ocidental, para adul-
tos, são 12 a 15mg/Kg, via oral, 
dose única. As taxas de cura são 
de 70 a 95%. 
HORA DA REVISÃO!
A manifestação aguda da Esquistosso-
mose é a febre de Katayama. Ocorre 
devido a uma reação de hipersensibili-
dade sistêmica a antígenos do esquis-
tossomo e complexos imunes circulan-
tes de 3 a 8 semanas após a infecção. 
A síndrome ocorre com mais frequência 
em hospedeiros não imunes, como via-
jantes e manifesta-se com febre, urti-
cária, angioedema, calafrios, mialgia, 
artralgia, tosse seca, diarreia, dor ab-
dominal e cefaleia. Os sintomas desa-
parecem espontaneamente em alguns 
dias. 
• Toxicidade: Os sintomas mais co-
mumente referidos pelos pacientes 
são tontura, sonolência, náuse-
as e vômitos. Pode ocorrer febre 
baixa, pigmentação alaranjada da 
urina e redução transitória da con-
tagem dos leucócitos. Pode haver 
elevação de enzimas hepáticas, 
eosinofilia, infiltrados pulmonares 
transitórios, urticária e febre em 
decorrência da morte dos parasi-
tas e liberação e antígenos. 
• Contraindicações: Não existem 
contraindicações absolutas. O uso 
deve ser evitado em gestantes 
e crianças menores de 2 anos. 
Também deve ser usada com cau-
tela em pacientes que trabalham 
com atividades que exigem aten-
ção mental devido à possível so-
nolência provocada pela droga. 
Dietilcarbamazina
É um derivado da piperazina usado 
no tratamento da Filariose, Loíase. 
• Farmacocinética: É absorvida no 
trato gastrointestinal. Os níveis 
plasmáticos máximos são alcan-
çados dentro de 1 a 2 horas. A 
meia-vida plasmática é de 2 a 3 
horas. É excretada principalmente 
na urina. 
• Farmacodinâmica: A Dietilcar-
bamazina imobiliza as microfilá-
rias e altera sua estrutura super-
ficial, tornando-as mais sensíveis 
à destruição pelo organismo do 
hospedeiro. 
22ANTI-HELMÍNTICOS
• Uso clínico: A droga é indicada no 
tratamento da infecção por Wu-
chereria bancrofti (filariose) e Loa 
loa (loíase), causando a destrui-
ção das microfilárias. Os parasitas 
adultos morrem mais lentamente, 
sendo necessários, por vezes, vá-
rios cursos do tratamento. O trata-
mento da loíase é com 8 a 10mg/
Kg/dia divididos em 3 doses diá-
rias, por 21 dias. Para o tratamen-
to da filariose é indicado o uso 
de 6mg/Kg/dia em dose única ou 
divididos em 3 doses diárias, du-
rante 21 dias. 
HORA DA REVISÃO
A Filariose pose ser causada por três 
nematelmintos: Wuchereria bancrofti, 
Brugia malayi e Brugia timori. As filá-
rias são introduzidas na pele humana 
através da picada de um mosquito vetor. 
Os vermes adultos habitam o tecido lin-
fático e subcutâneo dos hospedeiros e 
os infectados podem ser assintomáticos 
ou desenvolver graus variados de sinto-
mas, chegando até um linfedema grave 
(elefantíase). 
Figura 12. Elefantíase. Fonte: https://brasiles-
cola.uol.com.br/doencas/filariose.htm
• Toxicidade: As reações relaciona-
das ao uso do fármaco são leves e 
transitórias, sendo as mais relata-
das: cefaleia, mal-estar, anorexia, 
fraqueza, náuseas e vômitos. 
Ocorrem também eventos adver-
sos em consequência da morte 
dos parasitas como febre, erupção 
cutânea, edema, dores musculares 
e articulares e eosinofilia. Essas 
reações de hipersensibilidade 
são particularmente frequentes e 
intensas nos pacientes com Onco-
cercose e duram em média 5 dias. 
• Contraindicações: O CDC (Cen-
ters for Disease Control and Pre-
vention) traz como contraindica-
ção ao uso as dietlicarbamazina a 
presença de Oncercose pela pos-
sibilidade de reações inflamatórias 
importantes, resultando inclusive 
em dano visual permanente. Ou-
tras referências da Farmacologia, 
como Penildon e Katzung, não tra-
zem contraindicações absolutas 
ao uso da droga. Deve haver uma 
cautela no uso em pacientes com 
cardiopatias e insuficiência renal. 
O uso durante a gravidez não é 
recomendado. 
Piperazina
É um fármaco alternativo no trata-
mento da ascaridíase, com taxas de 
cura superiores a 90%. Não é eficaz 
no tratamento da Ancilostomíase, Tri-
curíase ou Estrongiloidíase. 
23ANTI-HELMÍNTICOS
• Farmacocinética: É facilmente ab-
sorvida pelo trato grastrointestinal 
após seu uso via oral. Os níveis 
plasmáticos máximos são alcan-
çados em 2 a 4 horas e a excreção 
ocorre pela urina em 2 a 6 horas. 
• Farmacodinâmica: A Piperazina 
tem ação anticolinérgica na jun-
ção mioneural, provocando parali-
sia do verme que é então expulso 
pelo peristaltismo intestinal. 
• Uso clínico: Na Ascaridíase a dose 
da Piperazina é de 75mg/Kg/dia, 
por via oral, durante 2 dias. Nas 
infecções maciças deve ser manti-
da por 3 a 4 dias ou repetida após 
uma semana. É usada também 
no tratamento não cirúrgico da 
obstrução intestinal pelo Ascaris 
lumbricoides. 
• Toxicidade: Os efeitos adversos 
costumam ser leves, incluindo 
náusea, vômitos, diarreia, dor 
abdominal, tontura e cefaleia. 
Os pacientes com epilepsia po-
dem sofrer exacerbação das crises 
convulsivas. 
• Contraindicações: O uso da Pi-
perazina é contraindicado em pa-
cientes com hipersensibilidade à 
droga, além de doenças hepáti-
cas, renais e neurológicas e no 
1º trimestre da gestação. Deve 
haver cautela no uso em pacientes 
com diagnóstico de epilepsia e do-
enças neurológicas crônicas. 
Pamoato de pirantel
É um anti-helmíntico de amplo es-
pectro, eficaz no tratamento da En-
terobíase, Ascaridíase e Ancilosto-
míase. Não é eficaz na Tricuríase ou 
Estrongiloidíase. 
• Farmacocinética: É uma droga 
pouco absorvida no trato gastroin-
testinal. Os níveis plasmáticos 
máximos são alcançados em 1 
a 3 horas e a sua excreção ocorre 
principalmente pelasfezes. 
• Farmacodinâmica: Provoca a pa-
ralisia dos vermes pelo estímulo 
a receptores nicotínicos e inibição 
da colinesterase. Após a paralisia 
os vermes são expulsos pelo trato 
intestinal do hospedeiro. 
• Uso clínico: é usado na dose de 
11mg/Kg em dose única para tra-
tamento da Ascaridíase e Entero-
bíase e por 3 dias para o tratamen-
to da Ancilostomíase. 
• Toxicidade: Os efeitos adversos 
são raros, leves e transitórios. In-
cluem náuseas, vômitos, diarreia, 
cólicas abdominais, sonolência, 
cefaleia e erupção cutânea. 
• Contraindicações: Está contrain-
dicado em pacientes com hiper-
sensibilidade ao Pirantel ou qual-
quer componente da formulação. 
Deve ser prescrito com cuidado a 
pacientes com disfunção hepática 
pois podem causar elevação das 
transaminases. Deve-se evitar o 
24ANTI-HELMÍNTICOS
uso em crianças com menos de 2 
anos e gestantes. 
Pamoato de pirvínio
É usado como droga alternativa no 
tratamento da Enterobíase. 
• Farmacocinética: Não é absorvido 
pelo trato gastrointestinal, sendo 
totalmente excretado nas fezes, 
que se coram fortemente, poden-
do manchar roupas. 
• Farmacodinâmica: O fármaco 
interfere na absorção de glico-
se exógena pelo intestino do E 
vermicularis. 
• Uso clínico: É usado por via oral no 
tratamento da Enterobíase, 10mg/
Kg, dose única. Quando possível 
deve ser repetido em 2 semanas. 
• Toxicidade: O Pamoato de Privínio 
é um medicamento bem tolerado e 
os efeitos colaterais (náuseas, vô-
mitos, cólicas) ocorrem em uma 
pequena proporção dos pacientes 
tratados. 
• Contraindicações: Casos de hi-
persensibilidade ao Pamoato de 
Pirvínio ou qualquer componente 
da fórmula. Pode ser usado duran-
te a gestação e lactação sob orien-
tação e acompanhamento médico. 
MAPA MENTAL: OUTROS ANTI-HELMÍNTICOS
OXAMNIQUINA
Tratamento da 
Esquistossomose mansônica
(12 a 15mg/kg/dia, 
dose única)
DIETIL-CARBAMAZINA
Tratamento da 
Filariose e Loíase
(6 a 10mg/kg/dia, divididos 
em 3 doses/dia, 21 dias)
PAMOATO DE PIRVÍNIO
Tratamento da Enterobíase
(10mg/kg, dose única)
PAMOATO DE PIRANTEL
Tratamento da Enterobíase, 
Ascaridíase e Ancilostomíase 
(11mg/kg/dia, 1 a 3 dias)
PIPERAZINA
Tratamento alternativo 
da Ascaridíase
(75mg/kg/dia, 2 dias)
25ANTI-HELMÍNTICOS
MAPA MENTAL: GERAL
Causa paralisia 
dos vermes
Oncocercose, Estringiloidíase, 
Ascaridíase, Larva Migrans 
Cutânea, Tricuríase, Filariose
Causa paralisia e 
morte dos vermes
Neurocisticercose, 
Esquistossomose, 
Teníase
IVERMECTINA PRAZIQUANTEL
PIPERAZINA PAMOATO DE PIRANTEL
OXAMNIQUINA
DIETILCARBAMAZINA
BENZIMIDAZÓLICOS
PAMOATO DE 
PIRVÍNIO
Causa paralisia 
dos vermes
Esquistossomose 
mansônica
Altera a estrutura 
superficial das filárias
Filariose, Loíase
Causa paralisia 
dos vermes
Ascaridíase,
Ancilostomíase, 
Enterobíase
Causa paralisia 
do verme
Ascaridíase
Impedem a 
captação de glicose
Enterobíase
Impedem a 
captação de glicose
Albendazol
Mebendazol
Tiabendazol
Amplo espectro
Estrongiloidíase, 
Larva Migrans 
Cutânea
26ANTI-HELMÍNTICOS
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS 
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RANG, HP. et al. Rang & Dale Farmacologia. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
27ANTI-HELMÍNTICOS

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