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SUMÁRIO 1. Introdução ..................................................................... 3 2. Principais Helmintíases ........................................... 5 3. Benzimidazólicos .....................................................12 4. Ivermectina .................................................................16 5. Praziquantel ...............................................................19 6. Outros anti-helmínticos .........................................20 Referências Bibliográficas ........................................26 3ANTI-HELMÍNTICOS 1. INTRODUÇÃO Em todo o mundo cerca de 2 bilhões de pessoas são afetadas pelas hel- mintíases (infecção causada por vá- rias espécies de parasitas helmintos), sendo a prevalência mais alta em pa- íses tropicais pobres. Devido à sua prevalência e ao significado econô- mico, o tratamento farmacológico das helmintíases é de grande importância na prática clínica. Os helmintos podem ser divididos em dois grupos principais: nematel- mintos (vermes cilíndricos) e platel- mintos (vermes achatados). Os pla- telmintos são ainda subdivididos em trematódeos (fascíolas) e cestóde- os (tênias). Esses organismos variam quanto ao ciclo de vida, estrutura cor- poral, fisiologia, localização no hospe- deiro e suscetibilidade ao tratamento farmacológico. Figura 2. Platelminto. Fonte: https://planetabiologia.com/ doencas-causadas-por-platelmintos/ Figura 1. Nematelminto. Fonte: https://www. todoestudo.com.br/biologia/nematelmintos A maioria desses vermes vive no trato gastrointestinal do hospedeiro, no en- tanto, existem aqueles que vivem em outros tecidos. Os principais repre- sentantes dos vermes intestinais são as Tênias (saginata, solium, Hyme- nolepis nana e Diphyllobothrium la- tum) e os nematelmintos intestinais (Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis, Strongiloides sterco- ralis, Necator americanus, Trichuris trichiura e Ancylostoma duodenale). Já os principais vermes que vivem em outros tecidos são: Fascíolas (Schis- tosoma haematobium, Schistosoma mansoni e Schistosoma japonicum) e nematelmintos dos tecidos (Tri- chinella spiralis, Dracunculus me- dinensis,Loa loa, Onchocerca vol- vulus, Brugia malayi e Wuchereria bancrofti). Os fármacos anti-helmínticos são usados para erradicar ou reduzir o nú- mero de helmintos parasitas do trato 4ANTI-HELMÍNTICOS intestinal ou dos tecidos, agindo por diferentes mecanismos como parali- sia do parasita, dano do verme ou alteração do seu metabolismo. A terapia anti-helmíntica apresentou grande progresso ao longo do últi- mo século, com o desenvolvimento de drogas cada vez mais próximas do anti-helmíntico ideal, conside- rado aquele que reúne as seguintes características: (1) capacidade de al- cançar o parasito onde quer que ele se encontre, (2) ação deletéria sobre o helminto, (3) boa tolerância pelo hospedeiro, (4) uso em dose única ou esquema de curta duração, (5) am- plo espectro de ação, (6) preço redu- zido, (7) possibilidade de tratamento em massa e (8) possibilidade de uso profilático. Os principais representantes dos an- ti-helmínticos são os Benzimidazóli- cos. Além deles, outros fármacos de uso frequente são ivermectina, prazi- quantel, oxamniquina, dietilcrabama- zina, piperazina, pamoato de pirantel e pamoato de pirvínio. MAPA MENTAL: INTRODUÇÃO HELMINTOS TREMATÓDEOS Schistosoma haematobium Schistosoma mansoni Schistosoma japonicum CESTÓDEOS Taenia soluim Taenia saginata Hymenolepis nana Diphyllobothrium latum Ascaris lumbricoides Enterobius vermicularis Strongiloides stercoralis Necator americanus Trichuris trichiura Ancylostoma duodenale Trichinella spiralis Dracunculus medinensis Loa loa Onchocerca volvulus Brugia malayi Wuchereria bancrofti PLATELMINTOS (achatados) NEMATELMINTOS (cilíndricos) 5ANTI-HELMÍNTICOS 2. PRINCIPAIS HELMINTÍASES Ascaridíase O Ascaris lumbricoides é o maior nematódeo intestinal que parasita o intestino humano e causa uma das infecções mais comuns do mundo. A transmissão da ascaridíase ocor- re principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos de Ascaris. A maioria dos pacientes é assintomática mas po- dem surgir sintomas durante a fase inicial da infecção quando a larva mi- gra pelos pulmões ou na fase tardia intestinal. As manifestações respira- tórias são conhecidas como síndro- me de Loeffler, que cursa com tosse seca, dispneia, febre, chiado no pei- to, desconforto subesternal e escarro com sangue. Geralmente é autolimi- tada com o desaparecimento dos sin- tomas de 5 a 10 dias. Já os sintomas intestinais são principalmente des- conforto abdominal, náuseas, vô- mitos e diarreia. A Ascaridíase pode complicar com obstrução intestinal por uma quantidade muito elevada de vermes ou envolvimento hepa- tobiliar e pancreático com a migra- ção do verme para a árvore biliar ou ducto pancreático respectivamente. Todos os pacientes precisam de tra- tamento, mesmo os assintomáticos e os principais fármacos usados são os Benzimidazólicos. Figura 3. Obstrução por Ascaridíase. Fonte: https://www.emdefesadasaude.com.br/2019/12/02/ ascaris-lumbricoides-voce-nunca-viu-algo-igual/ 6ANTI-HELMÍNTICOS Ancilostomíase É causada por duas espécies de ne- matódeos: Ancylostoma duodenale e Necator americanus. O ciclo de vida dos Ancilostomídeos começa com a passagem dos ovos de um hospe- deiro para as suas fezes. Esses ovos eclodem no solo, liberando larvas rab- ditoides que amadurecem como lar- vas filaridoides, capazes de penetrar na pele humana. As larvas realizam o ciclo de Loss (passagem pelos pul- mões), podendo causar a síndrome de Loeffler nesse período. No intes- tino delgado as larvas amadurecem a vermes adultos que retiram sangue da parede intestinal, podendo causar anemia. As manifestações clínicas da Ancilostomíase envolvem a penetra- ção das larvas na pele, com erupção maculopapular pruriginosa local, a passagem das larvas pelas vias aé- reas com a síndrome de Loeffler e a presença de vermes adultos no intes- tino com sintomas gastrointestinais (náusea, diarreia, vômito, flatulência) e anemia. Os principais fármacos usa- dos no tratamento são os Benzimi- dazólicos e o Pamoato de pirantel. Figura 4. Ancilostomídeos. Fonte: https://blogdoenem.com.br/nematodea-ancilostomose-verme-amarelao/ 7ANTI-HELMÍNTICOS Enterobíase Os seres humanos são os únicos hospedeiros do Enterobius vermi- cualris. A infecção ocorre em todos os grupos socioeconômicos, sendo comum em ambientes fechados e lo- tados. É mais frequente em crianças de 5 a 10 anos. A transmissão pode ocorrer pela ingestão de alimen- tos ou água contaminados com os ovos do verme ou pelo manuseio de roupas de cama contaminadas. Os vermes adultos se estabelecem no trato gastrointestinal, principalmen- te no ceco e no apêndice. As fêmeas grávidas migram pelo reto para a pele perianal para depositar ovos à noite, causando o sintoma mais comum da Enterobíase - prurido perianal. Os pacientes podem apresentar também dor abdominal, náusea e vômito. Os fármacos mais usados no tratamento são os benzimidazólicos e o pamo- ato de pirantel e é importante rea- lizar o tratamento de toda a família, além de orientar lavagem das roupas de cama e medidas de higiene como cortar as unhas e lavar as mãos com frequência. Figura 5. E vermiculares em região perianal. Fonte: http://focoenterobiase.blogspot.com/2014/ Tricuríase A transmissão do Trichuris trichiu- ra está associada à falta de higiene com ingestão de alimentos ou água contaminada com ovos do verme. A maioria das infecções é assinto- mática, no entanto os indivíduos po- dem apresentar sangue e muco nas fezes, colite e prolapso retal. Crian- ças fortemente infectadas podem ter comprometimento do crescimento e cognição. O tratamento é feito princi- palmente com os benzimidazólicos ou ivermectina. 8ANTI-HELMÍNTICOS Estrongiloidíase: É causada pelo helminto Strongyloi- des stercoralis. A infecção pode ser crônicae assintomática por décadas, ocorrendo manifestações clínicas muito tempo após a infecção inicial. Além disso, pacientes com infecção subclínica que se tornam imunossu- primidos podem desenvolver uma infecção disseminada grave. A trans- missão se dá pelo contato da pele com o solo contaminado com larvas filarioides (provenientes dos ovos presentes nas fezes humanas). As manifestações clínicas da Estrongiloi- díase podem decorrer da penetração das larvas na pele com irritação lo- cal e prurido, passagem dos vermes pelas vias aéreas, com a síndrome de Loeffler e estabelecimento dos vermes no intestino com diarreia, constipação, dor abdominal e ano- rexia. As manifestações graves da Estrongiloidíase incluem hiperinfec- ção e infecção disseminada e geral- mente estão associados à imunos- supressão. Pacientes com infecção não complicada são tratados princi- palmente com Ivermectina enquanto os pacientes com doença grave ne- cessitam de antibioticoterapia empí- rica contra bactérias gram-negativas entéricas além da Ivermectina. Teníase: Existem duas espécies principais de Taenia para as quais os seres huma- nos são os únicos hospedeiros defi- nitivos: Taenia saginata (da carne Figura 6. Prolapso retal por Trichuris trichiura. Fonte: http://www.ufrgs.br/parasito/Aulas%20Parasito/Medicina/helmi- par12.pdf 9ANTI-HELMÍNTICOS bovina) e Taenia solium (da carne suína). Na teníase os bois ou porcos ingerem vegetação contaminada com ovos ou proglótides da Taenia. Nes- ses animais se desenvolvem cisticer- cos nos músculos estriados e os seres humanos são contaminados através da ingestão de carne infectada crua ou mal cozida contendo os cisticer- cos. Nos humanos a tênia se aloja no intestino delgado, onde pode viver por anos. A maioria dos portadores de tênias adultas é assintomática, po- rém sintomas comuns são náuseas, anorexia e dor epigástrica. Ocasio- nalmente os segmentos da tênia po- dem entrar no apêndice, ducto biliar ou ducto pancreático, causando obs- trução. O Praziquantel é o tratamen- to de escolha para todas as infecções por tênia. Figura 7. Taenia. Fonte: http://ever-pretty.com.ru/cepen-svinoj-foto.html Esquistossomose Cinco espécies de Esquistossomos podem causar infecção em humanos. As três principais espécies são Schis- tosoma mansoni, S. japonicum e S. haematobium. O mais comum no Bra- sil é o S. mansoni. A infecção ocorre através da penetração de cercárias na pele humana. Os vermes adultos se alojam em vênulas mesentéricas e os ovos depositados por eles podem migrar para o lúmen do intestino, sen- do eliminados nas fezes, fígado, cau- sando hipertensão porta, pulmões causando hipertensão pulmonar e 10ANTI-HELMÍNTICOS cérebro ou medula espinhal cau- sando a neuroesquistossomose. A maioria dos indivíduos não desenvol- ve sintomas, no entanto pode estar presente uma manifestação aguda conhecida como febre de Katayama além de manifestações específicas decorrentes da migração dos ovos do Schistosoma para diferentes órgãos. O principal fármaco envolvido no tra- tamento é o Praziquantel. Figura 8. Casal de Schistosoma mansoni. Fonte: https://www.coladaweb.com/doencas/esquistossomose 11ANTI-HELMÍNTICOS MAPA MENTAL: PRINCIPAIS HELMINTÍASES Helmintíases Enterobíase Enterobius vermicularis Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos, fômites Clínica: Prurido perianal, náuseas, vômitos, dor abdominal Tratamento: Benzimidazólicos, Pamoato de pirantel Estrongiloidíase Strongyloides stercoralis Transmissão: Larvas filarioides penetram na pele Clínica: Erupção cutânea, Sd Loeffler, desconforto abdominal, diarreia, constipação Complicação: Infecção disseminada Tratamento: Ivermectina Ancilostomíase Ancylostoma duodenale e Necator americanus Transmissão: Larvas filarioides penetram na pele Clínica: Erupção cutânea, Sd Loeffler, desconforto abdominal, náuseas, vômitos, diarreia Tratamento: Benzimidazólicos, Pamoato de pirantel Teníase Taenia saginata e Taenia solium Transmissão: Ingestão de carne infectada mal cozida Clínica: Náuseas, anorexia, dor epigástrica Tratamento: Praziquantel Tricuríase Trichuris trichiura Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos Clínica: Disenteria, prolapso retal Tratamento: Benzimidazólicos, Ivermectina Esquistossomose S mansoni, S japonicum, S haematobium Transmissão: Cercárias penetram na pele Clínica: febre de Katayama, migração de ovos para órgãos Tratamento: Praziquantel Ascaridíase Ascaris lumbricoides Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos Clínica: Sd Loeffler, desconforto abdominal, náuseas, vômitos Complicações: obstrução intestinal, colestase, pancreatite Tratamento: Benzimidazólicos 12ANTI-HELMÍNTICOS 3. BENZIMIDAZÓLICOS Os benzimidazólicos são os princi- pais anti-helmínticos de uso na práti- ca clínica. Esse grupo inclui o meben- dazol, tiabendazol e albendazol. Eles atuam por meio da inibição da polimerização da beta-tubulina hel- míntica (constituinte do citoesqueleto dos vermes), com consequente redu- ção do aporte da glicose necessário para geração de ATP. Figura 9. Estrutura dos benzimidazólicos. Fonte: Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman, 2015 Albendazol Tem um amplo espectro de ação, sen- do eficaz no tratamento da Ascaridía- se, Enterobíase, Tricuríase, Neurocis- ticercose e Ancilostomíase. Tem ação precária na Estrongiloidíase. • Farmacocinética: O Albendazol é absorvido de forma irregular pelo tubo gastrointestinal após admi- nistração por via oral e sofre rápido metabolismo de primeira passa- gem no fígado a Sulfóxido de Al- bendazol e outros metabólitos. Atinge concentração plasmática máxima após cerca de 3 horas da sua administração e sua meia-vi- da é de 8 a 12 horas. A excreção ocorre principalmente pelas fezes. 13ANTI-HELMÍNTICOS CONCEITO! Alguns fármacos são eli- minados com tanta eficácia pelo fígado ou parede intestinal que a quantidade que chega à circulação sistêmica é con- sideravelmente menor que a absorvida. Esse é chamado de metabolismo pré- -sistêmico ou de primeira passagem, que reduz a biodisponibilidade do fár- maco, mesmo quando ele é absorvido no intestino. Por conta desse mecanismo, geralmen- te é necessária uma dose maior do fár- maco quando administrado oralmente do que por via parenteral. Além disso, a biodisponibilidade oral é aumentada nos pacientes portadores de doença hepáti- ca crônica e quando a droga é adminis- trada simultaneamente com outra que possa competir no metabolismo de pri- meira passagem. É importante lembrar desse conceito antes de prescrever a medicação do paciente! • Farmacodinâmica: O Albenda- zol atua inibindo a formação da beta-tubulina, reduzindo a cap- tação de glicose pelo verme e geração de ATP, que é essencial para a sua sobrevivência e repro- dução. Os parasitas intestinais são imobilizados ou morrem len- tamente e podem ser removidos pelo trato gastrointestinal. O fár- maco apresenta também efeitos larvicidas na Doença Hidática, na Cisticercose e na Ancilostomíase e efeito ovicida na Ascaridíase, An- cilostomíase e Tricuríase. • Uso clínico: A via de administra- ção é pela via oral e a posologia depende do que se deseja tratar. Encontra-se disponível sob a for- ma de comprimidos de 200mg e suspensão de 40ml, contendo 400mg. PARASITOSE TRATAMENTO COM ALBENDAZOL Ancilsotomíase, Enterobíase, Ascaridíase 400mg, dose única (na Enterobíase repetir após 2 semanas) Giardíase 400mg, uma vez ao dia por 5 dias Toxocaríase 400mg, 2 vezes ao dia por 5 dias Tricuríase 400mg, uma vez ao dia por 3 dias Neurocisticercose 15/mg/kg/dia, durante 10 a 14 dias (+ corticosteroides) • Toxicidade: Possui poucos efeitos colaterais. Nos tratamentos pro- longados pode-se observar eleva- ção das transaminases e icterícia por colestase, além de queda de cabelo, leucopenia, plaquetopenia. • Contraindicações: Pode ser tera- togênico eembriotóxico, por isso 14ANTI-HELMÍNTICOS a 6 horas e é excretado em 24 a 48 horas principalmente na urina. Uma parte dos derivados é excre- tada na bile. • Farmacodinâmica: O mecanismo de ação é semelhante ao do Al- bendazol, inibindo a captação de glicose pelo verme. • Uso clínico: A via de administração é oral e o tratamento também varia conforme a helmintíase a ser trata- da. Encontra-se disponível sob a forma de comprimidos de 100mg e xarope contendo 100mg/5ml. não deve ser usado em gestan- tes. A segurança do uso em crian- ças menores de 2 anos não foi comprovada, por isso só está indi- cado acima desta idade. Mebendazol: Assim como o Albendazol é usado para diversas parasitoses, entre elas Ascaridíase, Ancilostomíase, Entero- bíase, Toxocaríase e Tricuríase. • Farmacocinética: É pouco ab- sorvido pelo tubo gastrointestinal (<10%). Possui meia-vida de 2 PARASITOSE TRATAMENTO COM MEBENDAZOL Ancilsotomíase, Ascaridíase, Tricuríase 100mg, duas vezes ao dia por 3 dias ou 500mg em dose única Enterobíase 100mg, dose única. Repetir em 2 semanas Toxocaríase 100 a 200mg, 2 vezes ao dia por 5 dias • Toxicidade: É uma droga com ex- celente tolerabilidade. Pode ter efeitos transitórios como dor e distensão abdominal, diarreia, hiporexia, flatulência, náuseas e vômitos. • Contraindicações: É contraindi- cado em casos de hipersensibili- dade ao mebendazol ou qualquer componente da formulação e na gestação. Não deve ser usado em crianças com menos de 1 ano de idade. Tiabendazol É um derivado benzimidazólico mais antigo, com mais efeitos colaterais. É uma droga alternativa no tratamento da Estrongiloidíase e Larva Migrans Cutânea. Não deve ser prescrito para o tratamento de Enterobíase, Ascari- díase, Tricuríase ou Ancilostomíase, a não ser que não se disponha de fár- macos mais seguros. • Farmacocinética: É rapidamen- te absorvido após a ingestão. O pico de concentração plasmática 15ANTI-HELMÍNTICOS ocorre entre 1 e 2 horas e a meia- -vida é de 1,2 hora. Sofre meta- bolização hepática e é excretado na urina. • Farmacodinâmica: Segundo o li- vro Farmacologia, do autor Penil- don Silva, o mecanismo de ação do tiabendazol não é totalmente co- nhecido, embora se saiba que ele não atua sobre as formas larvárias dos helmintos. • Uso clínico: Existem as apresen- tações oral e tópica para a dro- ga. A via de administração oral encontra-se disponível sob a for- ma de comprimidos de 500mg e suspensão contendo 150mg/5ml. Tem como dose-padrão 25mg/ kg. Para o tratamento da Estrongi- loidíase e Larva Migrans Cutânea a dose-padrão é usada 2 vezes ao dia, durante 2 dias. A apresenta- ção tópica é de tiabendazol a 15% para tratamento da Larva Migrans Cutânea, que deve ser aplicado de 2 a 3 vezes ao dia sobre a região acometida por 5 dias. • Toxicidade: Os efeitos colaterais são geralmente transitórios e os mais comuns são sonolência, náu- seas, vômitos, sialorreia e dores abdominais. • Contraindicações: O fármaco deve ser usado com cautela em pacientes com desnutrição, ane- mia grave, insuficiência hepáti- ca ou renal. Não é recomendado o seu uso durante a gravidez e a experiência do uso em crianças com menos de 15Kg é limitada. Alguns estudos contraindicam o uso de tiabendazol em infecções por Ascaris lumbricoides pois os vermes podem tornar-se hipermóveis e migrar. 16ANTI-HELMÍNTICOS 4. IVERMECTINA A Ivermectina foi introduzida inicial- mente em 1981 para uso veterinário e hoje é um importante fármaco usa- do no tratamento das helmintíases em humanos. É a droga de escolha no tratamento da Estrongiloidíase e Oncocercose. É uma droga alternati- va no tratamento da Larva Migrans Cutânea, Ascaridíase, além de Es- cabiose e Pediculose. MAPA MENTAL: BENZIMIDAZÓLICOS Albendazol BENZIMIDAZÓLICOS Inibem a polimerização da beta-tubulina helmíntica ↓ glicose ↓ ATP Mebendazol Tiaebendazol USO: Ancilostomíase, Enterobíase e Ascaridíase: 400mg, dose única Toxocaríase- 400mg, 2x/dia, 5 dias Tricuríase- 400mg, 1x/dia, 3 dias Neurocisticercose - 15mg/kg/ dia, 10 a 14 dias Contraindicações: Gestantes, < 2 anos USO: Ancilostomíase, Ascaridíase e Tricuríase: 100mg, 2x/dia, 3 dias Enterobíase - 100mg, dose única Toxocaríase - 100-200mg, 2x/dia, 5 dias Contraindicações: Gestantes, <1 ano *Mais efeitos adversos USO: Estrongiloidíase, Larva Migrans e Cutânea: 25mg/kg, 2x/dia, 2 dias Contraindicação: Gestantes 17ANTI-HELMÍNTICOS • Farmacocinética: Os níveis plas- máticos máximos são atingidos após 4 horas da administração oral. A sua meia-vida é de cerca de 16 horas e a excreção da droga ocorre pelas fezes. • Farmacodinâmica: O mecanismo de ação da Ivermectina consiste na imobilização dos vermes por uma paralisia tônica da musculatura através da ativação de canais de cloro sensíveis ao glutamato. • Uso clínico: A posologia da Iver- mectina varia conforme a parasito- se a ser tratada: Figura 10. Estrutura da Ivermectina. Fonte: Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman, 2015 PARASITOSE TRATAMENTO COM IVERMECTINA Oncocercose 150mcg/Kg em dose única. Pode ser necessário retratamento a cada 3 a 12 meses Estrongiloidíase 200mcg/Kg/dia por 1 a 2 dias Ascaridíase e Larva Migrans Cutânea 200mcg/Kg em dose única Tricuríase 200mcg/Kg/dia por 3 dias Filariose Bancroftiana 200 a 400mcg/Kg em dose única (+ albendazol) Toxicidade: Os efeitos adversos ge- ralmente resultam da morte das microfilárias e estão diretamente relacionados à carga parasitária e tempo de evolução da doença. Os mais comuns são: fadiga náusea, 18ANTI-HELMÍNTICOS vômitos, dor abdominal e erupção cutânea. SE LIGA! No tratamento da Oncocer- cose os efeitos adversos consistem na reação de Mazzotti que começa no pri- meiro dia após a administração da dose única oral e atinge o seu máximo no segundo dia. A reação é causada pela morte das microfilárias e não pela to- xicidade do fármaco. A clínica é de febre, cefaleia, tontura, sonolência, fraqueza, erupção cutânea urticariforme, prurido, diarreia, artralgia e mialgia, hipotensão, taquicardia, linfadenite e edema perifé- rico. Pode ser controlada com aspirina e anti-histamínicos. • Contraindicações: Não deve ser usada em paciente com hipersen- sibilidade à Ivermectina ou a qual- quer componente da formulação, crianças com menos de 5 anos e gestantes. Como a Ivermectina aumenta a atividade do GABA é melhor evitar o uso concomitan- te de outros fármacos com efei- tos semelhantes (como barbitú- ricos, benzodiazepínicos e ácido valproico). MAPA MENTAL: IVERMECTINA Farmacodinâmica Paralisia tônica da musculatura do verme IVERMECTINA Uso clínico Oncocercose, Estrongiloidíase, Ascaridíase, Larva Migrans Cutânea, Pediculose, Escabiose, Tricuríase, Filariose Farmacocinética Pico plasmático: 4h ½ vida: 16h Excreção: fezes Toxicidade Reação de Mazzotti na Oncocercose (morte de microfilárias) Contraindicações Hipersensibilidade, < 5 anos, gestação 200mcg/kg/dia, 1 a 2 dias 19ANTI-HELMÍNTICOS 5. PRAZIQUANTEL O praziquantel é eficaz contra a maioria dos cestódeos e trematóde- os que infectam os seres humanos, mas os nematódeos no geral não são sensíveis. Atualmente ele é usa- do principalmente no tratamento da Esquistossomose. • Farmacocinética: É rapidamente absorvido pelo trato gastrointes- tinal após o uso oral e também rapidamente excretado, principal- mente pela urina e pela bile. A concentração máxima plasmáti- ca é alcançada em 1 a 3 horas e sua meia-vida é de cerca de 2 horas. • Farmacodinâmica: O fármaco au- menta a permeabilidade da mem- brana celular ao cálcio, resultando em elevada contração, paralisia e morte dos vermes. • Uso clínico: O praziquantel é a droga de escolha para todas as formas de Esquistossomose, as- sim como outros trematódeos e cestódeos. A dose varia de acordo com a parasitose a ser tratada. Figura 11. Estrutura do Praziquantel. Fonte: Manualde farmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman, 2015 PARASITOSE TRATAMENTO COM PRAZIQUANTEL Neurocisticercose 50mg/Kg/dia, divididos em 3 doses, por 10 a 14 dias (+albendazol) Esquistossomose 40mg/Kg/dia em dose única ou divididos em 2 doses Teníase 5 a 10mg/Kg em dose única Toxicidade: Os efeitos colaterais são leves e transitórios e os mais frequentes são dor abdominal, ano- rexia, náuseas, tontura e cefaleia. Podem surgir febre baixa, prurido, erupção cutânea e eosinofilia devido à liberação de proteínas estranhas dos vermes mortos. No tratamento da neurocisticercose pode ocorrer nova reação neurológica ou exacer- bação da clínica já existente devido à inflamação em torno dos parasitas mortos no parênquima cerebral. 20ANTI-HELMÍNTICOS Contraindicações: A cisticercose ocular é uma contraindicação ao uso da Praziquantel pois a destruição dos parasitas no olho pode causar lesão irreparável. O uso deve ser evitado na gestação. Pouco depois de usar o praziquantel devem ser evitadas ati- vidades como dirigir, operar máqui- nas e outras tarefas que exijam aten- ção mental. MAPA MENTAL: PRAZIQUANTEL Farmacodinâmica Paralisia e morte do verme PRAZIQUANTEL Uso clínico Neurocisticercose, Esquistossomose, Teníase Farmacocinética Pico plasmático: 1-3h ½ vida: 2h Excreção: urina e bile Toxicidade Dor abdominal, náuseas, vômitos, cefaleia... Neurocisticercose: reação neurológica Contraindicações Cisticercose ocular, gestação 40mg/kg/dia, dose única 6. OUTROS ANTI-HELMÍNTICOS Oxamniquina É indicada para o tratamento da Es- quistossomose mansônica. Não é eficaz contra O Schistosoma haema- tobium ou Schistosoma japonicum. • Farmacocinética: é facilmente ab- sorvida por via oral. Sua meia-vi- da é de cerca de 2,5 horas e ex- creção ocorre principalmente pela urina. • Farmacodinâmica: O mecanismo de ação exato não é conhecido. 21ANTI-HELMÍNTICOS Sabe-se que a droga provoca con- tração e paralisia dos vermes, fa- zendo com que eles se despren- dam das vênulas terminais e sejam deslocados para o fígado, onde morrem. • Uso clínico: A Oxamniquina é se- gura e eficaz em todos os estágios da doença causada pelo S. man- soni, incluindo a hepatoespleno- megalia avançada. Na fase aguda (Katayama) o tratamento leva ao desaparecimento dos sintomas agudos e eliminação da infecção. Os esquemas posológicos variam em diferentes regiões do mundo. No hemisfério ocidental, para adul- tos, são 12 a 15mg/Kg, via oral, dose única. As taxas de cura são de 70 a 95%. HORA DA REVISÃO! A manifestação aguda da Esquistosso- mose é a febre de Katayama. Ocorre devido a uma reação de hipersensibili- dade sistêmica a antígenos do esquis- tossomo e complexos imunes circulan- tes de 3 a 8 semanas após a infecção. A síndrome ocorre com mais frequência em hospedeiros não imunes, como via- jantes e manifesta-se com febre, urti- cária, angioedema, calafrios, mialgia, artralgia, tosse seca, diarreia, dor ab- dominal e cefaleia. Os sintomas desa- parecem espontaneamente em alguns dias. • Toxicidade: Os sintomas mais co- mumente referidos pelos pacientes são tontura, sonolência, náuse- as e vômitos. Pode ocorrer febre baixa, pigmentação alaranjada da urina e redução transitória da con- tagem dos leucócitos. Pode haver elevação de enzimas hepáticas, eosinofilia, infiltrados pulmonares transitórios, urticária e febre em decorrência da morte dos parasi- tas e liberação e antígenos. • Contraindicações: Não existem contraindicações absolutas. O uso deve ser evitado em gestantes e crianças menores de 2 anos. Também deve ser usada com cau- tela em pacientes que trabalham com atividades que exigem aten- ção mental devido à possível so- nolência provocada pela droga. Dietilcarbamazina É um derivado da piperazina usado no tratamento da Filariose, Loíase. • Farmacocinética: É absorvida no trato gastrointestinal. Os níveis plasmáticos máximos são alcan- çados dentro de 1 a 2 horas. A meia-vida plasmática é de 2 a 3 horas. É excretada principalmente na urina. • Farmacodinâmica: A Dietilcar- bamazina imobiliza as microfilá- rias e altera sua estrutura super- ficial, tornando-as mais sensíveis à destruição pelo organismo do hospedeiro. 22ANTI-HELMÍNTICOS • Uso clínico: A droga é indicada no tratamento da infecção por Wu- chereria bancrofti (filariose) e Loa loa (loíase), causando a destrui- ção das microfilárias. Os parasitas adultos morrem mais lentamente, sendo necessários, por vezes, vá- rios cursos do tratamento. O trata- mento da loíase é com 8 a 10mg/ Kg/dia divididos em 3 doses diá- rias, por 21 dias. Para o tratamen- to da filariose é indicado o uso de 6mg/Kg/dia em dose única ou divididos em 3 doses diárias, du- rante 21 dias. HORA DA REVISÃO A Filariose pose ser causada por três nematelmintos: Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori. As filá- rias são introduzidas na pele humana através da picada de um mosquito vetor. Os vermes adultos habitam o tecido lin- fático e subcutâneo dos hospedeiros e os infectados podem ser assintomáticos ou desenvolver graus variados de sinto- mas, chegando até um linfedema grave (elefantíase). Figura 12. Elefantíase. Fonte: https://brasiles- cola.uol.com.br/doencas/filariose.htm • Toxicidade: As reações relaciona- das ao uso do fármaco são leves e transitórias, sendo as mais relata- das: cefaleia, mal-estar, anorexia, fraqueza, náuseas e vômitos. Ocorrem também eventos adver- sos em consequência da morte dos parasitas como febre, erupção cutânea, edema, dores musculares e articulares e eosinofilia. Essas reações de hipersensibilidade são particularmente frequentes e intensas nos pacientes com Onco- cercose e duram em média 5 dias. • Contraindicações: O CDC (Cen- ters for Disease Control and Pre- vention) traz como contraindica- ção ao uso as dietlicarbamazina a presença de Oncercose pela pos- sibilidade de reações inflamatórias importantes, resultando inclusive em dano visual permanente. Ou- tras referências da Farmacologia, como Penildon e Katzung, não tra- zem contraindicações absolutas ao uso da droga. Deve haver uma cautela no uso em pacientes com cardiopatias e insuficiência renal. O uso durante a gravidez não é recomendado. Piperazina É um fármaco alternativo no trata- mento da ascaridíase, com taxas de cura superiores a 90%. Não é eficaz no tratamento da Ancilostomíase, Tri- curíase ou Estrongiloidíase. 23ANTI-HELMÍNTICOS • Farmacocinética: É facilmente ab- sorvida pelo trato grastrointestinal após seu uso via oral. Os níveis plasmáticos máximos são alcan- çados em 2 a 4 horas e a excreção ocorre pela urina em 2 a 6 horas. • Farmacodinâmica: A Piperazina tem ação anticolinérgica na jun- ção mioneural, provocando parali- sia do verme que é então expulso pelo peristaltismo intestinal. • Uso clínico: Na Ascaridíase a dose da Piperazina é de 75mg/Kg/dia, por via oral, durante 2 dias. Nas infecções maciças deve ser manti- da por 3 a 4 dias ou repetida após uma semana. É usada também no tratamento não cirúrgico da obstrução intestinal pelo Ascaris lumbricoides. • Toxicidade: Os efeitos adversos costumam ser leves, incluindo náusea, vômitos, diarreia, dor abdominal, tontura e cefaleia. Os pacientes com epilepsia po- dem sofrer exacerbação das crises convulsivas. • Contraindicações: O uso da Pi- perazina é contraindicado em pa- cientes com hipersensibilidade à droga, além de doenças hepáti- cas, renais e neurológicas e no 1º trimestre da gestação. Deve haver cautela no uso em pacientes com diagnóstico de epilepsia e do- enças neurológicas crônicas. Pamoato de pirantel É um anti-helmíntico de amplo es- pectro, eficaz no tratamento da En- terobíase, Ascaridíase e Ancilosto- míase. Não é eficaz na Tricuríase ou Estrongiloidíase. • Farmacocinética: É uma droga pouco absorvida no trato gastroin- testinal. Os níveis plasmáticos máximos são alcançados em 1 a 3 horas e a sua excreção ocorre principalmente pelasfezes. • Farmacodinâmica: Provoca a pa- ralisia dos vermes pelo estímulo a receptores nicotínicos e inibição da colinesterase. Após a paralisia os vermes são expulsos pelo trato intestinal do hospedeiro. • Uso clínico: é usado na dose de 11mg/Kg em dose única para tra- tamento da Ascaridíase e Entero- bíase e por 3 dias para o tratamen- to da Ancilostomíase. • Toxicidade: Os efeitos adversos são raros, leves e transitórios. In- cluem náuseas, vômitos, diarreia, cólicas abdominais, sonolência, cefaleia e erupção cutânea. • Contraindicações: Está contrain- dicado em pacientes com hiper- sensibilidade ao Pirantel ou qual- quer componente da formulação. Deve ser prescrito com cuidado a pacientes com disfunção hepática pois podem causar elevação das transaminases. Deve-se evitar o 24ANTI-HELMÍNTICOS uso em crianças com menos de 2 anos e gestantes. Pamoato de pirvínio É usado como droga alternativa no tratamento da Enterobíase. • Farmacocinética: Não é absorvido pelo trato gastrointestinal, sendo totalmente excretado nas fezes, que se coram fortemente, poden- do manchar roupas. • Farmacodinâmica: O fármaco interfere na absorção de glico- se exógena pelo intestino do E vermicularis. • Uso clínico: É usado por via oral no tratamento da Enterobíase, 10mg/ Kg, dose única. Quando possível deve ser repetido em 2 semanas. • Toxicidade: O Pamoato de Privínio é um medicamento bem tolerado e os efeitos colaterais (náuseas, vô- mitos, cólicas) ocorrem em uma pequena proporção dos pacientes tratados. • Contraindicações: Casos de hi- persensibilidade ao Pamoato de Pirvínio ou qualquer componente da fórmula. Pode ser usado duran- te a gestação e lactação sob orien- tação e acompanhamento médico. MAPA MENTAL: OUTROS ANTI-HELMÍNTICOS OXAMNIQUINA Tratamento da Esquistossomose mansônica (12 a 15mg/kg/dia, dose única) DIETIL-CARBAMAZINA Tratamento da Filariose e Loíase (6 a 10mg/kg/dia, divididos em 3 doses/dia, 21 dias) PAMOATO DE PIRVÍNIO Tratamento da Enterobíase (10mg/kg, dose única) PAMOATO DE PIRANTEL Tratamento da Enterobíase, Ascaridíase e Ancilostomíase (11mg/kg/dia, 1 a 3 dias) PIPERAZINA Tratamento alternativo da Ascaridíase (75mg/kg/dia, 2 dias) 25ANTI-HELMÍNTICOS MAPA MENTAL: GERAL Causa paralisia dos vermes Oncocercose, Estringiloidíase, Ascaridíase, Larva Migrans Cutânea, Tricuríase, Filariose Causa paralisia e morte dos vermes Neurocisticercose, Esquistossomose, Teníase IVERMECTINA PRAZIQUANTEL PIPERAZINA PAMOATO DE PIRANTEL OXAMNIQUINA DIETILCARBAMAZINA BENZIMIDAZÓLICOS PAMOATO DE PIRVÍNIO Causa paralisia dos vermes Esquistossomose mansônica Altera a estrutura superficial das filárias Filariose, Loíase Causa paralisia dos vermes Ascaridíase, Ancilostomíase, Enterobíase Causa paralisia do verme Ascaridíase Impedem a captação de glicose Enterobíase Impedem a captação de glicose Albendazol Mebendazol Tiabendazol Amplo espectro Estrongiloidíase, Larva Migrans Cutânea 26ANTI-HELMÍNTICOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PETER, FW. Anthelminthic therapies. UpToDate Inc. http://www.uptodate.com (Acesso em 17 de abril de 2020). CLERINX, J; SOENTJENS, P. Schistosomiasis: Epidemiology and clinical manifestations. UpToDate Inc. http://www.uptodate.com (Acesso em 17 de abril de 2020). LEDER, K; WELLER, PF. Ascariasis. UpToDate Inc. http://www.uptodate.com (Acesso em 23 de abril de 2020). WELLER, PF; LEDER, K. Hookworm infection. UpToDate Inc. http://www.uptodate.com (Acesso em 23 de abril de 2020). LEDER, K; WELLER, PF. Enterobiasis (pinworm) and trichuriasis (whipworm). UpToDate Inc. http://www.uptodate.com (Acesso em 23 de abril de 2020). LEDER, K; WELLER, PF. Stronguloidiasis. UpToDate Inc. http://www.uptodate.com (Aces- so em 23 de abril de 2020). LEDER, K; WELLER, PF. Tapeworm infections. UpToDate Inc. http://www.uptodate.com (Acesso em 23 de abril de 2020). BRUNTON, LL. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12 ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2012. KATZUNG, BG. Farmacologia: básica e clínica. 10 ed. Porto Alegre: AMGH, 2010. SILVA, P. Farmacologia. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. RANG, HP. et al. Rang & Dale Farmacologia. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 27ANTI-HELMÍNTICOS
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