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Tutoria SP1 Sinal de alerta

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UCI: introdução ao estudo da medicina 
Tutoria: 
SP1: Sinal de alerta 
Descreva os tipos de parasitoses e 
caracterize agente etiológico, ciclo, sinais 
e sintomas das principais parasitoses: 
 Helmintos X Protozoários: 
Os helmintos são do reino animalia, eucariontes, 
pluricelulares (microscópicos), heterótrofos, de vida 
livre ou parasitas. A classificação dos helmintos é 
separada em filos Platyhelminthes (vermes chatos) 
e Nematoda (vermes cilíndricos). Os platelmintos 
compreendem um grupo extremamente diverso em 
termos de morfologia, ciclo de vida, tamanho e 
habitat. Alguns são simbiontes (parasitos e 
comensais), outros são de vida livre, os 
platelmintos de importância médica agrupam-se nas 
subclasses Trematoda (infraclasse Digenea) e 
Cercomeromorphae (infraclasse Cestodaria). Os 
principais nematódeos que parasitam o homem 
agrupam-se na classe Rhabditea, que inclui as 
ordens Ascaridida (gênero Ascaris), Strongylida 
(gêneros Ancylostoma e Necator), Rhabditida 
(gênero Strongyloides), Oxyurida (Enterobius) e 
Spirurida (filárias); a segunda classe de importância 
médica chama-se Enoplea, e inclui a ordem 
Trichurida (gênero Trichuris). 
Quanto aos protozoários, fazem parte do reino 
proctista, são eucariontes, unicelulares 
(microscópicos), heterótrofos, de vida livre ou 
parasita, e fazem locomoção por rizópodes, ciliados, 
flagelados ou esporozoários. Definem-se em 
supergrupos, grupos e subgrupos de organismos 
relacionados filogenéticamente. Dos seis supergrupos 
de protistas, quatro têm organismos de interesse 
médico: Amoebozoa (amebas); Opisthokonta 
(metazoários e fungos); Chromoalveolata 
(derivadas de algas endossimbiontes); e Excavata 
(morfologia escavada). 
 Leishmaniose Tegumentar Americana: 
o Agente etiológico: Protozoário do 
gênero Leishmania. As 3 principais 
espécies são: Leishmania 
(Leishmania) amazonenses, 
Leishmania (Viannia) guyanensi, 
Leishmania (Viannia) braziliensis. 
o Sinais e sintomas: pode ser 
leishmaniose cutânea e leishmaniose 
mucosa (ou mucocutânea), que 
podem apresentar diferentes 
manifestações clínicas. Na forma 
cutânea: lesões indolores, com 
formato arredondado ou ovalado, 
apresentando base eritematosa, 
infiltrada e de consistência firme, 
bordas bem delimitadas e elevadas, 
fundo avermelhado e com 
granulações grosseiras. Na forma 
mucosa: pela presença de lesões 
destrutivas localizadas na mucosa, 
em geral nas vias aéreas superiores. 
o Complicações: Infecção secundária 
das úlceras: lesão em mucosa nasal, 
que pode levar à rinite purulenta e 
a complicações, como sinusite até 
broncopneumonia causada pela 
secreção aspirada da faringe. A 
complicação com broncopneumonia é 
a principal responsável por óbitos, 
nos casos de forma mucosa; lesão 
extensa no centro da face, que 
pode levar à trombose de seio 
cavernoso. Lesões na boca e faringe 
podem causar sialorreia (excesso de 
baba) e dificuldade na deglutição, 
levando à desnutrição. Em lesões 
avançadas da laringe, pode haver 
perda da voz e obstrução da 
passagem do ar, causada pelo edema 
ou pela cicatriz retrátil, obrigando a 
realização de traqueostomia de 
urgência. Lesões conjuntivais podem 
levar a distorções da fenda ocular e, 
raramente, à perda do olho. 
Meningite pode ser uma complicação 
da disseminação da infecção de uma 
úlcera da face para a base do 
crânio. 
 Leishmaniose visceral: Doença crônica e 
sistêmica, que, quando não tratada, pode 
evoluir para óbito em mais de 90% dos 
casos. 
o Agente etiológico: Protozoários 
tripanosomatídeos do gênero 
Leishmania. Nas Américas, a 
Leishmania (Leishmania) chagasi é a 
espécie comumente envolvida na 
transmissão da leishmaniose visceral 
(LV). 
o Sinais e sintomas: É uma doença 
crônica, sistêmica, caracterizada 
por: Febre de longa duração; Perda 
de peso; Astenia (perda ou 
diminuição da força física.); 
Adinamia (grande fraqueza 
muscular, sobretudo durante 
processos infecciosos prolongados.) 
Hepatoesplenomegalia (fígado e baço 
aumentado); Anemia. Quando não 
tratada, pode evoluir para o óbito 
em mais de 90% dos casos. 
 
 
 Malária: 
o Agente etiológico: As espécies de 
Plasmodium que infectam os 
humanos são: P. falciparum, P. 
vivax, P. ovale, P. malariae, P. 
knowlesi (raramente) 
o Sinais e sintomas: A principal 
manifestação clínica da malária em 
sua fase inicial é a febre, associada 
ou não a calafrios, tremores, suores 
intensos, dor de cabeça e dores no 
corpo. A febre na malária 
corresponde ao momento em que as 
hemácias estão se rompendo. A 
pessoa que contraiu a doença pode 
ter também, dentre outros 
sintomas, vômitos, diarréia, dor 
abdominal, falta de apetite, 
tonteira e sensação de cansaço. A 
febre na Malária muitas vezes pode 
ser característica, observando-se a 
sequência calafrio-febre-sudorese. A 
febre se inicia quando as hemácias 
se rompem. No início da Malária, a 
febre é irregular (1-2 episódios por 
dia), pois ainda não houve 
sincronismo dos ciclos parasitários. 
Depois de uma semana, o 
sincronismo pode aparecer, e a 
febre ficar mais regular. Na Malária 
Vivax geralmente observam-se picos 
febris a cada 48 horas (febre 
terçã). Na Malária falcípara a febre 
costuma ser irregular (dois episódios 
por dia), mas a febre terçã pode 
ser observada em pacientes com 
poucos parasitas e pré-imunes. Na 
Malária Malariae os picos febris 
ocorrem a cada 72 horas (febre 
quartã). A transmissão natural da 
doença se dá pela picada de 
mosquitos do gênero Anopheles 
(mosquito-prego)infectados com o 
Plasmodium. A forma infectante 
são os esporozoítos (forma 
infectante do protozoário) são 
transmitidos aos humanos pela 
saliva do mosquito no momento das 
picadas seguintes. Estes mosquitos 
também são conhecidos por 
anofelinos, dentre outros nomes. 
Após a picada, os parasitos chegam 
rapidamente ao fígado onde se 
multiplicam de forma intensa e 
veloz. Em seguida, já na corrente 
sangüínea, invadem os glóbulos 
vermelhos e, em constante 
multiplicação, começam a destruí-
los. A partir desse momento, 
aparecem os primeiros sintomas da 
doença. 
 
 Giardíase: 
o Agente etiológico: Giardia lamblia. 
Infecção por protozoários que 
atinge, principalmente, a porção 
superior do intestino delgado. 
Protozoário flagelado que existe sob 
as formas de cisto e trofozoíto. O 
cisto é a forma infectante 
encontrada no ambiente. 
o Reservatório: O homem e alguns 
animais domésticos ou selvagens, 
como cães, gatos, castores. 
o Transmissão: Fecal-oral. Direta, pela 
contaminação das mãos e 
consequente ingestão de cistos 
existentes em dejetos de pessoa 
infectada; ou indireta, através de 
ingestão de água ou alimento 
contaminado. Incubação e 
transmissibilidade: A incubação - De 
1 a 4 semanas, com média de 7 a 
10 dias. O período de 
transmissibilidade - Enquanto 
persistir a infecção. 
o Complicações: Síndrome de má 
absorção. 
o Sintomatologia: Evacuações líquidas 
ou pastosas (em 93 a 96% dos 
pacientes), Número aumentado de 
evacuações, Mal-estar, cólicas 
abdominais, fraqueza e perda de 
peso. Sintomas menos frequentes 
foram: diminuição do apetite, 
náuseas, vo ̂mitos, flatule ̂ncia, 
distensão abdominal, ligeira febre, 
cefaleia e nervosismo. A diarreia, 
que é a manifestação mais 
constante, ora é aguda e 
autolimitada, ora intermitente, ou 
cro ̂nica e persistente. As fezes 
pastosas ou liquefeitas são 
malcheirosas, geralmente claras ou 
acinzentadas. Frequentemente elas 
conte ̂m muco, mas raras vezes 
sangue ou pus. Nos casos mais 
graves pode haver esteatorreia 
o Profilaxia: Específicas - Em creches 
ou orfanatos deverão ser 
construídas adequadas instalações 
sanitárias e enfatizada a necessidade 
de medidas de higiene pessoal. 
Educação sanitária, em particular 
desenvolvimento de hábitos de 
higiene - lavar as mãos, após uso 
do banheiro; Gerais - Filtração da 
água potável. Saneamento; 
Isolamento - Pessoas com giardíase 
devem ser afastadas do cuidado de 
crianças. Com pacientes internados, 
devem ser adotadas precauções 
entéricas atravésde medidas de 
desinfecção concorrente para fezes e 
material contaminado e controle de 
cura, que é feito com o exame 
parasitológico de fezes, negativo no 
7º, 14º e 21º dias após o término 
do tratamento. 
 
 Toxoplasmose: A doença do gato 
o Agente etiológico: Toxoplasma 
gondii, um protozoário coccídio 
intracelular, e pertencente à família 
Sarcocystidae, na classe Sporozoa. 
o Reservatório: Os hospedeiros 
definitivos de T. gondii são os gatos 
e outros felídeos. Os hospedeiros 
intermediários são os homens, 
outros mamíferos não felinos e as 
aves. 
o Toxoplasmose febril aguda: Na 
maioria das vezes a infecção inicial é 
assintomática. Porém, em muitos 
casos, a infecção pode generalizar-se 
e ser acompanhada de exantema. Às 
vezes, sintomas de acometimento 
pulmonar, miocárdico, hepático ou 
cerebral são evidentes. Linfadenite 
toxoplásmica - Geralmente, se 
caracteriza por linfadenopatia 
localizada, especialmente em 
mulheres e, em geral, envolvendo os 
nódulos linfáticos cervicais 
posteriores ou, mais raramente, 
linfadenopatia generalizada. Este 
quadro é capaz de persistir por uma 
semana ou um mês e pode 
assemelhar-se à mononucleose 
infecciosa acompanhada por 
linfócitos atípicos no sangue 
periférico. Toxoplasmose ocular - A 
coriorretinite é a lesão mais 
frequentemente associada à 
toxoplasmose, e, em 30 a 60% dos 
pacientes com esta enfermidade, 
pode-se atribuir a etiologia ao 
toxoplasma. Toxoplasmose neonatal 
- Resulta da infecção intra-uterina, 
variando de assintomática à letal, 
dependendo da idade fetal e de 
fatores não conhecidos. 
o Tratamento: O tratamento 
específico nem sempre é indicado 
nos casos em que o hospedeiro é 
imunocompetente, exceto em 
infecção inicial durante a gestação 
ou na vigência de comprometimento 
de outros órgãos como 
coriorretinite, miocardite. 
Recomenda-se o tratamento em 
gestantes, recém-nascidos e 
pacientes imunodeprimidos. 
Sulfadiazina 
o Profilaxia: Evitar o uso de produtos 
animais crus ou mal-cozidos 
(caprinos e bovinos); eliminar as 
fezes dos gatos infectados em lixo 
seguro; lavar as mãos após 
manipular carne crua ou terra 
contaminada; Evitar contatos de 
grávidas com gatos. Recomenda-se 
que o paciente seja avaliado quanto 
a possível associação com 
imunodeficiência. Com o surgimento 
da AIDS, tem aumentado o número 
de casos de toxoplasmose. Esses 
pacientes, após o tratamento 
específico e a cura clínica, devem 
receber tratamento profilático pelo 
resto da vida. 
o Transmissão: Os gatos adquirem o 
protozoário ao comerem carne crua 
contaminada como carne de ratos e 
aves. A transmissão ao homem 
ocorre pela ingestão de carnes mal-
cozidas (boi e porco) ou contato 
com fezes de animais contaminados. 
Pode ocorrer também pela 
transfusão de sangue e transplante 
de órgãos de pacientes 
contaminados. Durante a gestação a 
mulher deve realizar exames para 
detectar a doença, e se for o caso, 
tratá-la. O homem adquire a 
infecção por três vias: A ingestão 
de oocistos provenientes do solo, 
areia, latas de lixo contaminados 
com fezes de gatos infectados; 
Ingestão de carne crua e mal-cozida 
infectada com cistos, especialmente 
carne de porco e carneiro; Infecção 
transplacentária, ocorrendo em 40% 
dos fetos de mães que adquiriram a 
infecção durante a gravidez; 
 
 Esquistossomose 
o Agente etiológico: Schistosoma 
mansoni, um helminto pertencente 
à classe dos Trematoda, família 
Schistosomatidae e gênero 
Schistosoma. São vermes 
digenéticos, delgados, de coloração 
branca e sexos separados 
(característica dessa família); a 
fêmea adulta, mais alongada, 
encontra-se alojada em uma fenda 
do corpo do macho, denominada 
canal ginecóforo. 
o Sintomas: A maioria dos portadores 
são assintomáticos. No entanto, na 
fase aguda, o paciente infectado por 
esquistossomo pode apresentar 
diversos sintomas, como: febre; dor 
de cabeça; calafrios; suores; 
fraqueza; falta de apetite; dor 
muscular; tosse; diarreia. Na forma 
crônica da doença, a diarreia se 
torna mais constante, alternando-se 
com prisão de ventre, e pode 
aparecer sangue nas fezes. Além 
disso, o paciente pode apresentar 
outros sinais, como: tonturas; 
sensação de plenitude gástrica; 
prurido (coceira) anal; palpitações; 
impotência; emagrecimento; 
endurecimento e aumento do 
fígado. Nos casos mais graves, o 
estado geral do paciente piora 
bastante, com emagrecimento, 
fraqueza acentuada e aumento do 
volume do abdômen, conhecido 
popularmente como barriga d’água. 
Se não tratada adequadamente, a 
esquistossomose pode evoluir e 
provocar algumas complicações, 
como, por exemplo: aumento do 
fígado; aumento do baço; 
hemorragia digestiva; hipertensão 
pulmonar; morte. 
o Os esquistossômulos chegam aos 
vasos sanguíneos e alcançam o 
fígado, onde evoluem para as 
formas adultas. Nos vasos portais 
mesentéricos, ocorre a sobreposição 
da fêmea no canal ginecóforo do 
macho e, consequentemente, a 
cópula, seguida de oviposição. No 
ambiente aquático, acontece a 
eclosão dos ovos e liberação do 
miracídio, que é a forma ativa 
infectante do hospedeiro 
intermediário(caramujo). Algumas 
horas após a penetração dos 
miracídios no caramujo, inicia-se um 
complexo processo de alterações 
morfológicas que darão origem às 
cercárias. 
o Prevenção: prevenção da 
esquistossomose consiste em evitar 
o contato com águas onde existam 
os caramujos hospedeiros 
intermediários infectados, 
implementação de medidas de 
saneamento básico, educação em 
saúde. 
o Tratamento: O tratamento da 
esquistossomose, para os casos 
simples, é em dose única e 
supervisionado feito por meio do 
medicamento Praziquantel, 
receitado pelo médico e distribuído 
gratuitamente pelo Ministério da 
Saúde. Os casos graves geralmente 
requerem internação hospitalar e 
até mesmo tratamento cirúrgico, 
conforme cada situação. 
o Hospedeiro intermediário:Os 
caramujos gastrópodes aquáticos, 
pertencentes à família Planorbidae e 
gênero Biomphalaria, são os 
organismos que possibilitam a 
reprodução assexuada do helminto. 
o Hospedeiro definitivo: O homem é o 
principal hospedeiro definitivo e nele 
o parasita apresenta a forma 
adulta. 
 
 Ascaridíase: 
o Agente etiológico: Ascaris 
lumbricoides 
o Sinais e sintomas: A maioria das 
infecções humanas envolve menos de 
dez vermes adultos e é 
assintomática, diagnosticada em 
exames parasitológicos de fezes de 
rotina ou pela eliminação 
espontânea de vermes nas fezes. O 
sintoma mais comum é dor 
abdominal vaga, alterações da 
secreção e da motilidade intestinal, 
resultando em diarreia, redução da 
absorção de alguns nutrientes, 
intolerância à lactose e perda de 
apetite. As infecções crônicas em 
crianças, ainda que geralmente 
assintomáticas, produzem 
frequentemente retardo de 
crescimento físico, especialmente em 
comunidades em que o acesso a 
alimentos é relativamente restrito 
As infecções maciças, especialmente 
em crianças, podem causar distensão 
e dor abdominal, levando 
eventualmente ao bloqueio mecânico 
do intestino delgado por uma 
grande quantidade de vermes. 
Nesses casos, podem ocorrer vólvulo 
(torção) ou intussuscepção 
intestinal e obstrução parcial ou 
completa do intestino delgado, 
levando à isquemia e à necrose da 
parede intestinal, requerendo 
tratamento cirúrgico. A migração 
anômala de vermes adultos pelos 
ductos biliares e pancreáticos ou 
pelo fígado é outra complicação 
grave de infecções maciças, 
especialmente quando há febre, que 
parece estimular o movimento 
desses helmintos. As manifestações 
clínicas da ascaríase hepatobiliar e 
pancreática são a cólica biliar, a 
colecistite aguda, a colangite, ou 
pancreatite e o abscesso hepático. 
Vermes adultos podem também 
alojar-se no apêndice, produzindo 
um quadro clínico indistinguível da 
apendicite aguda. Embora a fase de 
migração pulmonar das larvas seja 
assintomática na maioria dos 
pacientes, alguns apresentam uma 
pneumonite clinicamente 
caracterizada pela tosse não 
produtiva, febre e dispneia, 
eventualmente comreação de 
hipersensibilidade levando à 
obstrução brônquica e sibilância 
conhecida como síndrome de 
Loeffler. Na ascaríase, ocorre cerca 
de 10 a 14 dias após a infecção. 
o Profilaxia: As medidas de educação 
em saúde são essenciais para 
assegurar a aderência de populações 
a intervenções e alterar 
comportamentos, especialmente 
aqueles relativos à higiene pessoal, 
que coloquem indivíduos e 
comunidades sob risco de infecção. É 
crucial, por outro lado, que as 
campanhas de educação em saúde 
não estigmatizem os indivíduos 
expostos a maior risco, que 
supostamente não adotam hábitos 
de higiene adequados à manutenção 
de sua saúde. Os principais alvos 
dos geo-helmintos, em termos de 
prevalência e morbidade, 
especialmente as crianças pré-
escolares e escolares, não estão 
nessa posição por vontade própria; 
são vítimas de um processo de 
exclusão social que lhes nega acesso 
à água tratada, ao saneamento 
básico e à educação, itens básicos de 
qualquer política pública na área de 
saúde. Portanto, a promoção da 
higiene pessoal, um dos objetivos de 
campanhas de saúde pública contra 
os geo-helmintos, deve vir 
acompanhada de medidas de 
promoção da cidadania e da saúde 
em geral. 
o Tratamento: A lista da OMS de 
medicamentos essenciais para o 
tratamento das infecções por 
nematódeos intestinais compreende 
dois derivados benzoimidazólicos, o 
albendazol e o mebendazol, além do 
levamisol, o pamoato de pirantel e 
a ivermectina. Uma metanálise 
recente estima a eficácia do 
esquema terapêutico mais popular, 
uma dose única de 400 mg de 
albendazol, em 96% para Ascaris. 
Albendazol, mebendazol, levamisol e 
pamoato de pirantel têm taxas de 
cura semelhantes, acima de 95%, 
na ascaríase. O esquema de 3 dias 
de mebendazol proporciona uma 
taxa de cura elevada na ascaríase, a 
dose única de 500 mg de 
mebendazol é capaz de eliminar 
96% das infecções por Ascaris. 
 
 Teníase: 
o Agentes etiológicos: As espécies T. 
solium e T. saginata são os 
principais agentes etiológicos das 
teníases, doenças causadas pelo 
estágio adulto (tênia) de parasitos 
cestoides do gênero Taenia. Os 
ciclos vitais de ambas as espécies 
te ̂m o ser humano como hospedeiro 
definitivo, ao abrigar os vermes 
adultos. Os hospedeiros 
intermediários habituais de T. 
solium e T. saginata, que abrigam 
as suas formas larvárias, são, 
respectivamente, os suínos e os 
bovinos. 
o Sinais e sintomas: A infecção pelos 
vermes adultos provoca pouca lesão 
na mucosa do jejuno; as raras 
biopsias realizadas evidenciaram uma 
reação inflamatória mínima. A 
maioria dos indivíduos infectados é 
assintomática ou apresenta queixas 
pouco significativas e inespecíficas, 
como dor abdominal (mais intensa 
nas primeiras horas do dia), 
náuseas, fraqueza, perda ou 
aumento de apetite etc., 
apendicite, constipação pela 
obstrução mecânica 
o Tratamento: albendazol 
 
 Cisticercose: 
o Agente etiológico: Taenia solium 
o Sinais e sintomas: A 
neurocisticercose é a apresentação 
clínica mais comum e relevante da 
cisticercose humana. Os cisticercos 
podem localizar-se no córtex 
cerebral, nas meninges ou nos 
ventrículos. Com a morte das 
larvas, ocorre reação inflamatória 
intensa, que origina os sinais e 
sintomas de sua presenc ̧a. A reação 
do hospedeiro destrói o parasito, 
deixando, em seu lugar, um nódulo 
calcificado. Os sintomas dependem 
essencialmente da localização dos 
cisticercos. A manifestação clínica 
mais comum é a convulsão, mas 
podem ocorrer outras lesões focais, 
como déficits motores e distúrbios 
visuais. Cefaleia e náuseas 
decorrentes de hipertensão 
intracraniana são observadas quando 
os cistos afetam a drenagem 
liquórica. Outra forma clínica 
potencialmente grave é a 
cisticercose ocular, com sintomas 
que variam desde a redução discreta 
da acuidade visual até a cegueira 
unilateral. 
o Contaminação: ocorre pela ingestão 
de carne contaminada com 
ovo/proglótide 
o Tratamento: Albendazol 
o Profilaxia: cozinhar bem a carne 
suína, saneamento básico 
 Ancilostomíase: 
o Agente etiológico: Nematóides da 
família Ancylostomidae: A. 
duodenale e Necator Americanus. 
Infecção intestinal causada por 
nematódeos, que pode apresentar-
se assintomática, em caso de 
infecções leves. Em crianças com 
parasitismo intenso, pode ocorrer 
hipoproteinemia e atraso no 
desenvolvimento físico e mental. 
Com frequência, dependendo da 
intensidade da infecção, acarreta 
anemia ferropriva. 
o Sinais e sintomas: A infecção por 
ancilostomídeo é frequentemente 
assintomática. Contudo, exantema 
papulovesicular pruriginosa (coceira 
de chão) pode se desenvolver no 
local da penetração da larva. A 
migração de muitos larvas através 
dos pulmões ocasionalmente provoca 
a síndrome de Löffler, com tosse, 
eosinofilia, sibilos e, às vezes, 
hemoptise. Durante a fase aguda, 
vermes adultos no intestino podem 
causar dor epigástrica, anorexia, 
flatulência, diarreia e perda 
ponderal. Lesões Cutâneas: 
Hipersensibilidade com irritação 
local, prurido, edema. Ocorre na 
parte superior dos pés, nas pernas, 
nádegas e regiões interdigitais. 
o Modo de transmissão: Os ovos que 
estão nas fezes são depositados no 
solo onde se tornam embrionados. 
Em condições favoráveis de umidade 
e temperatura, as larvas se 
desenvolvem até chegar ao 3º 
estágio, tornando-se infectantes em 
um prazo de 7 a 10 dias. 
o Tratamento: Deve ser repetido com 
intervalo de 6 meses, durante dois 
anos, com a utilização de anti-
helmínticos (albendazol) e 
antianêmicos, a fim de impedir que 
o ser humano continue disseminando 
os ovos. 
o Prevenção/Medidas de Contenção: 
Abolição da adubação feita com 
material fecal humano; Construção 
de moradias sanitárias; educação em 
massa da população; Proteção dos 
pés pelo uso de sapatos 
fechados; Boa alimentação (sais 
minerais, proteínas, vitaminas e 
hidratos de carbono). 
 
 Oxiurose: 
o Agente etiológico: Enterobius 
vermicularis. 
o Sintomas: Irritação, insônia, prurido 
anal, náuseas, vomito, fezes com 
sangue. Nas mulheres, o parasita 
pode migrar para a região vulvar e 
provocar corrimento e até mesmo 
excitação sexual. Pode acontecer 
localização ectópica do parasita, 
provocando apendicite, salpingite 
etc. 
o Formas de contaminação: Tem alto 
poder de infecção, pois seus ovos 
necessitam de apenas 6 horas para 
se tornarem infectantes. Após 
serem ingeridos, os ovos sofrem a 
ação do suco gástrico e do duodeno, 
liberando as larvas, que se dirigem 
ao ceco, onde irão se fixar para 
evoluir para o estágio adulto. Nesse 
local os machos e as fêmeas 
copulam e os ovos ficam com as 
fêmeas. Após a cópula o macho 
morre e é eliminado junto às fezes, 
já a fêmea migra para o cólon distal 
e reto. Durante a noite, a fêmea 
migra para a região perianal e 
deposita os ovos ali, logo depois 
retorna para o interior. 
o Prevenção: As ações para prevenir a 
oxiurose estão relacionadas à 
higiene, destacando as seguintes 
precauções: Ter hábitos de higiene; 
Manter as unhas das crianças 
cortadas; Lavar as mãos antes de 
preparar alimentos e após usar o 
vaso sanitário; No caso de pessoas 
infectadas, ferver suas roupas. 
o Tratamento: Utilização do Pamoato 
de pirantel. Recomendam a 
repetição do tratamento. Como 
terapia alternativa à participação 
dos benzimidazólicos de uso em 
humanos, mebendazol e albendazol 
em dose única e repetição em 2 
semanas. 
 
Políticas públicas para prevenção das 
doenças infecciosas: 
As principais recomendações para programas e 
políticas públicas são: Melhorar condições da água, 
saneamento e higiene (WASH); Realizar 
intervenções/estratégias intersetoriais/integradas; 
Envolver a comunidade nas estratégias; Utilizar 
estratégias de comunicação sobre doenças; 
Aplicar/melhorar programas de educação em saúde; 
Construir/melhorar sistema de 
vigilância/monitoramento de dados; Melhorar 
gestão ambiental; Disponibilizar 
vacinas/medicamentos; Expandir programas de 
vacinação animal; Mudança de comportamento 
humano quanto àexposição de vetores; 
Construir/aprimorar mapas de suscetibilidade/risco 
às doenças; Monitorar dados de países vizinhos; 
Melhoria das habitações/moradias; Treinar/educar 
continuamente equipes de saúde; Incluir abordagens 
baseadas em evidências; Uso de sistema de 
monitoramento (georreferenciamento e análise 
climática) ; Educação em saúde ambiental 
 
 
Protozoários 
Patologia Agente Forma 
infectante 
Via de 
infecção 
Hospedeiro 
intermediário 
Vetor Sinais e sintomas Tratameto Profilaxia 
Leishmaniose 
cutânea 
Leishmania 
(amazonenses, 
guyanenses e 
braziliensis) 
Promastigota Pele, picada 
de fêmea 
flebotomíneos 
Mamiferos 
(cachorro, 
silvestre) 
Flebotomíneos Lesões arredondadas ou 
ovaladas com base 
eritematosa e bordas 
bem definidas, fundo 
avermelhado com 
granulações grosseiras 
Anfitericina B, 
Antimonial 
pentavalente 
Controle do vetor, uso de 
inseticidas, uso de tela em 
janelas ou mosquiteiro, uso 
de repelente 
Leishmaniose 
visceral 
Leishmania 
(chagasis) 
Febre de longa duração, 
perda de peso, astenia, 
adinamia, 
hepatoesplenomegalia, 
anemia 
Malária Plasmodium 
(falciparum, 
vivax, 
malariae e 
ovale, 
knowlesi) 
Esporozoíto Picada do 
mosquito 
anófeles 
infectado 
Ser humano Anopheles 
(mosquito 
prego) 
Febre, calafrios, 
tremores, suores 
intensos, dor de cabeça, 
dores no corpo, 
vômitos, diarréia, dor 
abdominal, falta de 
apetite, tonteira e 
sensação de cansaço 
Anti-maláricos 
(cloroquina, 
primaquina, 
Mefloquina 
Giardia Giardia 
(Lamblia, 
intestinalis e 
duodenalis) 
cistos Ingestão de 
água ou 
alimentos 
infectados 
por cistos 
(fecal-oral) 
Não tem Não tem Normalmente 
assintomática, diarréia, 
aquosa e fética, cólicas, 
distensões abdominais, 
flatulências e eructação, 
náuseas, desconforto 
epigástrico, fadiga e 
anorexia, intolerância a 
lactose adquirida (14 
dias após a infecção) 
Secnidazol, 
Tinidazol, 
Metronidazol 
Saneamento básico, 
higienização de alimentos, 
filtração de água potável 
Toxoplasmos
e 
Toxoplasma 
(Gondii) 
oocistos Ingestão dos 
oocistos 
presentes nos 
alimentos 
(mal 
cozidos), 
água e locais 
contaminados 
pelo gato, 
transplacentá
rio (vertical) 
Roedores, 
aves, cão, 
ser humano 
Não tem Retinopatia, neuropatia, 
sintomas de gripe, dores 
musculares, alterações 
nos linfonodos, febre 
alta, confusão mental, 
convulsões, má formação 
do sistema nervoso, 
corioretinite, 
encefalomielite (bebê) 
Sulfadiazina, 
Pirimedamina 
Higiene das mãos, 
educação, preparo adequado 
dos alimentos, cuidar dos 
gatinhos 
 
 
Helmintos 
Patologia Agente Forma 
infectante 
Via de infecção Hospedeiro 
intermediário 
Sinais e sintomas Tratameto Profilaxia 
Esquistossomose Schistosoma 
mansoni 
Cercária Penetração de 
cercarias na 
pele 
Caramujo 
Biomphalaria. 
ascite (barriga d'água), febre, 
dor muscular, diarreia, 
emagrecimento, 
hepatomegalia, irritações na 
pele 
Praziquantel e tratamento de água e 
controle do caramujo 
Ascaridíase Ascaris 
Lumbricoides 
Ovo embrionado Ingestão de 
água e 
alimentos 
infectados 
Não tem Norm. assintomática, diarreia, 
dor abd, perda de apetite, 
anemia, pancreatite 
crianças: em desnutrição 
deficiência de crescimento, 
pneumonite (ciclo de Loss), 
dispneia, obstrução mecânica 
Síndrome de Loeffler 
Albendazol, 
Pamoato de 
pirantel, 
mebendazol 
saneamento básico, 
educação e higiene de 
alimentos 
Teníase Taenia (solium 
e saginata) 
cisticerco Ingestão de 
carne mal-
cozida 
contaminada 
com cisticercos 
Porco, vaca e 
boi 
dor abd, náuseas, alterações 
no apetite, apendicite, 
fraqueza, perda de peso, 
constipação pela obstrução 
mecânica 
Albendazol Cozinhar bem os 
alimentos, saneamento 
básico 
Cisticercose Taenia solium Ovo ou 
proglote 
Ingestão de 
carne 
contaminada 
Homem cefaleia, convulsões, cegueira, 
fraqueza muscular ou 
paralisia, náuseas 
Albendazol cozinhar bem a carne 
suína, saneamento básico 
Ancilostomíase 
(diferente de 
larva migrans) 
Ancylostoma 
duodenale e 
Necator 
americanus 
Larva Penetração na 
pele 
Não tem lesões cutâneas, prurido, 
dermatite cercariana, lesão 
pulmonar (ciclo de Loss e 
síndrome de Loeffler) 
Albendazol saneamento básico, 
educação, evitar 
contaminação do solo 
Oxiurose Enterobius 
vermiculares 
ovos Ingestão de 
ovos com 
embriões 
Não tem prurido anal, irritação, 
insonia, melena, náusea 
Albendazol, 
Pamoato de 
pirantel, 
mebendazol 
saneamento básico, 
cozinhar bem os 
alimentos, cortar as 
unhas, higiene

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