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Depósito do Morro do Ouro - MG

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SERVIÇO PUBLICO FEDERAL 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ 
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS 
FACULDADE DE GEOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEPÓSITO DO MORRO DO OURO - MG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marabá – PA 
2021 
 
AMANDA TOMAZ SILVA ALMEIDA – 201540603020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEPÓSITO DO MORRO DO OURO - MG 
 
 
 
 
 
Trabalho da disciplina de Prática Integrada de 
Campo em Depósitos Minerais, apresentado ao 
Professor Dr. Gustavo Souza Craveiro da Faculdade 
de Geologia da UNIFESSPA. 
 
 
 
 
 
 
Marabá – PA 
2021 
SUMÁRIO 
1 – INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 5 
1.1 – Faixa Dobrada Brasiliana ................................................................................................. 5 
2– GEOLOGIA DO MORRO DO OURO ................................................................................ 5 
3– PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE MINÉRIO .......................................................... 6 
1.1 – Arsenopirita FeAsS .................................................................................................... 7 
1.2 – Esfalerita - ZnS ............................................................................................................ 7 
1.3 – Galena – PbS ............................................................................................................... 9 
1.4 – Pirrotita – Fe (1-x)S (x= 0 - 0.2) ................................................................................. 10 
1.5 – Pirita – FeS2 .............................................................................................................. 11 
1.6 – Ouro Nativo - Au ............................................................................................................. 12 
1.7 – Mineralogia do minério .................................................................................................. 14 
4 – CONCLUSÃO ................................................................................................................ 14 
5 – REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
TABELA 1 - Características diagnosticas da Arsenopirita. ............................................. 7 
TABELA 2 - Características diagnosticas da Esfalerita. .................................................. 8 
TABELA 3 - Características diagnosticas da Esfalerita em luz transmitida. ................... 8 
TABELA 4 - Características diagnosticas da Esfalerita em luz refletida......................... 8 
TABELA 5 - Características diagnosticas da Galena. ................................................... 10 
TABELA 6 - Características diagnosticas da Galena em luz refletida........................... 10 
TABELA 7 - Características diagnosticas da Pirrotita. .................................................. 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
file:///D:/Amanda%20GERAL/Geologia/9ª%20e%2010º%20Semestre/Nova%20pasta/Deposito_Au_Amanda.docx%23_Toc70592447
file:///D:/Amanda%20GERAL/Geologia/9ª%20e%2010º%20Semestre/Nova%20pasta/Deposito_Au_Amanda.docx%23_Toc70592448
file:///D:/Amanda%20GERAL/Geologia/9ª%20e%2010º%20Semestre/Nova%20pasta/Deposito_Au_Amanda.docx%23_Toc70592449
file:///D:/Amanda%20GERAL/Geologia/9ª%20e%2010º%20Semestre/Nova%20pasta/Deposito_Au_Amanda.docx%23_Toc70592450
file:///D:/Amanda%20GERAL/Geologia/9ª%20e%2010º%20Semestre/Nova%20pasta/Deposito_Au_Amanda.docx%23_Toc70592451
file:///D:/Amanda%20GERAL/Geologia/9ª%20e%2010º%20Semestre/Nova%20pasta/Deposito_Au_Amanda.docx%23_Toc70592452
file:///D:/Amanda%20GERAL/Geologia/9ª%20e%2010º%20Semestre/Nova%20pasta/Deposito_Au_Amanda.docx%23_Toc70592453
 
 
1 – INTRODUÇÃO 
1.1 – Faixa Dobrada Brasiliana 
A Faixa neoproterozóica de dobramentos e empurrões Brasília é uma estrutura 
geológica do Brasil Central e possui grande parte, oriunda da orogênese Brasiliana, que 
estabeleceu uma rede de faixas de dobramentos separadas por Crátons. As faixas 
representam as bacias sedimentares mesoproterozóicas e neoproterozóicas que passaram 
por processos tectônicos de inversão, enquanto que os Crátons são áreas estáveis, não 
afetadas pelos processos orogenéticos brasilianos (Uhlein, 2002). 
 A Faixa Brasília está inserida em um cinturão de dobramentos de idade 
neoproterozóica que ocorre na borda ocidental do Cráton do São Francisco, disposto 
cobrindo partes dos Estados de Tocantins, Goiás e Minas Gerais. Possui 
aproximadamente 1200 Km de comprimento por 300 Km de largura (Uhlein, 2002). 
As Faixas Dobradas Brasilianas possuem numerosos depósitos minerais, os 
principais depósitos minerais neoproterozóicos são associados ao Arco Magmático de 
Goiás sendo eles: cobre, ouro e esmeraldas, às sequências sedimentares dos grupos 
Vazante e Bambuí possuem: fosfato, chumbo e zinco, às zonas de cisalhamento regionais 
ouro e aos Complexos MáficoUltramáficos temos cobre, níquel, cobalto (Uhlein, 2002). 
O depósito estudado é o do Morro do Ouro, localizado a norte da cidade de Paracatu 
(Noroeste de Minas Gerais), está encaixado nos filitos carbonosos da base da Formação 
Paracatu (Membro Morro do Ouro). 
2– GEOLOGIA DO MORRO DO OURO 
 Na Faixa Brasília, temos diversos depósitos de ouro que são associados ao 
desenvolvimento de zonas de cisalhamento de alto ângulo: Buracão, Santa Rita, Rio do 
Carmo, Buraco do Ouro; e de baixo ângulo: Araxá, Luziânia, Morro do Ouro (Dardenne, 
2001). 
 Segundo Möller et al,. (2001), o depósito do Morro do Ouro se encontra alojado 
nos filitos carbonosos, quartizitos, filitos ou xistos, membro do Morro do Ouro da 
Formação Paracatu que pertence ao Grupo Canastra que está cavalgando o Grupo Vazante 
na zona externa da Faixa Brasília. O Grupo Vazante segundo, Dardenne, (1981, 2000), 
possui sedimentos argilocarbonáticos suavemente dobrados a sub-horizontais e extensas 
coberturas fanerozóicas. Sendo definido como um domínio autóctone, onde o 
embasamento não está envolvido na deformação. 
A mineralização é associada a uma estrutura monoclinal desenvolvida na parte 
interna do Morro do Ouro e relacionada a uma falha de empurrão de caráter regional 
orientada N10W/15SW. Durante a deformação, o cavalgamento proporcionou o 
desenvolvimento de zonas de cisalhamento caracterizadas por foliação monolítica, 
foliações S/C, boudinage de veios de quartzo, lineações de estiramento e lineações 
minerais (Dardenne, 2001). 
 A lineação de estiramento principal é observada com forma constante e 
orientada S70W/15 (Freitas-Silva, 1996). O ouro é disseminado nas segregações de 
quartzo metamórfico na forma de boudins, milimétricas variando a centimétricas, 
contendo também, arsenopirita, pirita, esfalerita, galena, siderita e sericita. A alteração 
hidrotermal é restrita à proximidade dos boudins, os principais processos sendo 
piritização, sideritização e sericitização (Dardenne, 2001). 
 O ouro ocorre geralmente sob a forma livre no quartzo, com porções pequenas 
associadas diretamente a sulfetos. As partículas de ouro são encontradas preferentemente 
nas bordas dos boudins de forma concentrada e nas proximidades dos sulfetos (esfalerita 
e galena) e carbonatos (siderita) (Dardenne, 2001). 
O teor médio dos boudins tem porcentagem de cerca de 20 a 25% do minério em 
seu volume, é da ordem de 2,5 ppm Au. No minério o teor de ouro, como um todo, é 
muito baixo e fica em torno de 0,45 g/t Au. O principal controle da mineralização é 
estrutural caracterizada por ser associada a uma zona de transtensão para a qual os fluidos 
mineralizantes foram canalizados durante o cisalhamento (Freitas-Silva, 1996; Freitas-
Silva et al. 1991), com uma produção anual de ouro de 8,0 t e as reservas superiores a 250 
t Au. Os minerais do metamorfismoe do minério indicam condições de temperatura e 
pressão variáveis, de 2 a 3 Kbar e 350 a 370°C (Dardenne, 2001). 
3– PROPRIEDADES DOS MINERAIS DE MINÉRIO 
As propriedades dos minerais de minério da Faixa de Dobramento Brasiliana 
serão descritas de forma geral seguindo o guia de descrição de Heinrich Theodor Frank, 
(2020), para um melhor entendimento, após será feito um apanhado da descrição dos 
minerais da mina do Morro do Ouro, que se dá por quartzo, arsenopirita, pirita, pirrotita, 
a galena e aesfalerita (Rugolo Filho 2004). Sendo estes os principais minerais de minério 
associados aos depósitos de ouro. 
1.1 – Arsenopirita FeAsS 
A Arsenopirita é o mineral com maior abundancia e difundido de arsênio, tendo 
sua origem como hidrotermal, sendo um dos primeiros minerais a se formar de forma 
típica. Encontrado na forma de veios de alta temperatura e em depósitos de sulfetos 
formados por metamorfismo de contato, sua forma menos comum é a origem hidrotermal 
de baixa temperatura caracterizada por: veios hidrotermais de Au, Ag, Pb e Sn. Também 
pode ser encontrado em gnaisses, xistos, e outras rochas metamórficas. Sua ocorrência 
pode ser associada à pirrotita, pirita, calcopirita, galena, ouro, sheelita, cassiterita, quartzo 
e muitos outros minerais. 
TABELA 1 - Características diagnosticas da Arsenopirita. 
Classe: Sulfetos Clivagem: Duas direções de clivagem, uma direção 
distinta {101} e uma descontínua em {010}. 
Formula: FeAsS Fratura: Irregular 
Sistema: Moclínico Tenacidade: Quebradiço 
Hábito: Forma massas granulares e informes. Também compacto, granular, colunar. 
Os cristais são prismáticos ou tabulares, estriados || [001], menos comumente || [010]. 
Possui geminação comum em {100} e {001}; geminação de contato ou de penetração 
em {101}, em {012} gerando geminação com forma de estrela, cruciforme ou 
trigêmea (três cristais entrecruzados). 
Cor: Cinza aço, branco prata Brilho: Metálico 
Traço: Preto Diafaneidade: Opaco 
Fonte: Heinrich Theodor Frank, (2020). 
1.2 – Esfalerita - ZnS 
A esfalerita com formação composta somente por Zn e S é considerada 
bastante rara pois uma parte do Zn geralmente é substituído por Fe, Mn, Hg, e Cd e 
mais raramente por In, Ga, Ti e Ba. Pode se identificar 12 variedades da esfalerita, 
sendo as principais: Marmatita, Mátraita, Schalenblende, Ruby Jack, Cleiophano. A 
esfalerita normalmente é maciça, com cristais raros de tetraédricos e dodecaédricos 
além de octaedros. 
A presença de maclas é comum sendo na forma de contato simples ou 
lamelares complexas. É um mineral acessório ocasional em rochas ígneas félsicas e 
ocorre em todas as situações em que a formação e a preservação de minérios 
sulfetados é possível como em veios sulfetados hipotermais e mesotermais, em 
formações metassomáticas e impregnações de diversos tipos. Sua associação mineral 
se dá com muitos minerais como: silicatos, carbonatos, sulfetos, sulfatos, óxidos, 
halóides (fluorita) e outros. 
TABELA 2 - Características diagnosticas da Esfalerita. 
Sistema Cristalino: Cúbico 
hexatetraédrico 
Cor: Cinza-preto, amarelo, vermelho, castanho, 
marrom, preto. Verde (Co) a quase incolor 
Fratura: Conchoidal a 
irregular. 
Clivagem: Possui seis direções de clivagem 
(clivagem dodecaédrica). {011} perfeita 
Tenacidade: Quebradiça. Hábitos: Maciço, massas cliváveis, granular, 
fibroso, bandado, botrioidal, idiomórfica 
Brilho: Adamantino. Traço: Branco, cinzento, castanho, amarelo. 
Diafaneidade: Transparente Forma dos grãos: é muito variável 
Fonte: Heinrich Theodor Frank, (2020). 
TABELA 3 - Características diagnosticas da Esfalerita em luz transmitida. 
Índices de refração: n: 2,369 – 2,500 
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Cor / pleocroísmo: a cor varia entre incolor até marrom escuro, passando 
por várias tonalidades de amarelo com marrom. Sem pleocroísmo. 
Relevo: moderado 
Clivagem: {011} perfeita. Em agregados de granulação pequena não é 
visível a clivagem. 
Hábitos: Granular ou em bandas. Cristais muitos raros. Às vezes pode ser 
fibroso. 
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Birrefringência e cores de interferência: isótropa. Pode mostrar 
anisotropia devido as suas tensões internas ou devido a domínios 
submicroscópicos. 
Extinção: isótropa. Zonação: isótropa. 
Sinal de Elongação: isótropa. Maclas: isótropa. 
Alterações: a óxidos e hidróxidos (goethita, limonita, etc.), carbonatos (siderita, 
smithsonita, hydrozincita) e sulfatos (goslarita), entre outros minerais. 
Pode ser confundida com: granada e olivina. 
Fonte: Heinrich Theodor Frank, (2020). 
TABELA 4 - Características diagnosticas da Esfalerita em luz refletida. 
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Cor de reflexão / pleocroísmo: Cinza médio claro com um leve tom de 
marrom. Facilmente confundida com titanita. Sem pleocroísmo. 
Refletividade: Muito baixa (16,4%), a mais baixa dos sulfetos. 
Birreflectância: Não. 
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Isotropia / Anisotropia: Isótropa com nicóis cruzados. Reflexões internas 
podem atrapalhar esta observação. 
Pode apresentar anisotropia anômala entre cinza claro e cinza mais escuro 
devido a tensões sofridas ou a altos teores de Fe. 
Reflexões internas: Possui bastantes reflexões internas, cuja cor depende 
da composição química, podem varias de: incolores a brancas, amarelas, cor-
de-mel, vermelhas, marrom-escuras até pretas. 
Alterações: a óxidos e hidróxidos (goethita, limonita, etc.), carbonatos (siderita, 
smithsonita, hydrozincita) e sulfatos (goslarita), entre outros. 
Pode ser confundida com: Magnetita, Cassiterita, Titanita, Alabandita, 
Greenockita, Wolframita, Perovskita, Wurtzita. 
Fonte: Heinrich Theodor Frank, (2020). 
1.3 – Galena – PbS 
A galena é um sulfeto comum, sendo o principal minério de Pb. Podendo 
conter variáveis teores, muito baixos de Ag, Cu, Fe, Ti, Mn, Zn, Cd, Sb, As e Bi, esses 
demais elementos são provenientes de intrusões de outros minerais. Seus cristais são 
comuns, formam cubos, podem formar octaedros ou até formas combinadas e 
complexas. Sua clivagem cúbica típica pode ser alterada quando outros elementos 
estão presentes, como: Bi a clivagem é octaédrica, com Ag a clivagem torna-se 
escamosa. Cristais recém-clivados exibem faces com um brilho metálico forte que 
fica fosca com o tempo. Há maclas de contato e de interpenetração por {111}, 
lamelares por {114}. 
A formação da galena se dá em uma série de ambientes, podendo ser em 
veios hidrotermais com sulfetos formados em um amplo intervalo de temperaturas, 
também ocorre em depósitos de metamorfismo de contato com escarnitos, em rochas 
sedimentares substitui carbonatos ou como cimento em rochas clásticas. 
A associação mineral da galena se inicia nos minerais clássicos de ganga, 
como quartzo, carbonatos; calcita, dolomita, siderita, fluorita, barita e outros. Outra 
associação bastante comum é veios hidrotermais interagindo com pirita, marcassita, 
esfalerita, calcopirita, arsenopirita, magnetita e sulfetos mais comuns como 
tetraedrita-tenanntita e bournonita. Nas mineralizações de prata a galena é muito 
comum, podendo está associada a uma grande variedade de minerais de prata. 
TABELA 5 - Características diagnosticas da Galena. 
Sistema Cristalino: 
Cúbico hexaoctaédrico. 
Cor: Cinza-chumbo a branco, de claro a escuro, com 
um tom de azul. Embaça ao ar. 
Fratura: Conchoidal a 
plana. 
Clivagem: {001} perfeita 
Tenacidade: Quebradiça. Hábitos: Cristais, maciça, granular grosso a fino, 
tabular, esqueletal, fibrosa, plumosa. 
Brilho: Metálico a baço. Traço: Cinza-escuro/preto. 
Diafaneidade: Opaco 
Fonte: Heinrich Theodor Frank, (2020). 
TABELA 6 - Características diagnosticas da Galena em luz refletida. 
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Cor de reflexão: Branca a branco-acinzentado. Não pleocróico 
Refletividade: 41,56% 
Birreflectância: Não. 
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Isotropia / Anisotropia: Isótropa. Cristais não-estequiométricos ou quesofreram deformação são levemente anisótropos entre cinza médio e cinza-
preto. 
Reflexões internas: Possui bastantes reflexões internas, cuja cor depende 
da composição química, podem varias de: incolores a brancas, amarelas, cor-
de-mel, vermelhas, marrom-escuras até pretas. 
Pode ser confundida com: se a galena ocorre em grãos grandes, mostrando suas 
figuras de arranque triangulares, pode ser confundida com outros minerais, 
geralmente raros, se a seção polida é de boa qualidade. 
Maclas: ocorrem segundo várias leis em cristais isolados, mas não ocorrem em 
galenas maciças 
Fonte: Heinrich Theodor Frank, (2020). 
1.4 – Pirrotita – Fe (1-x)S (x= 0 - 0.2) 
A pirrotita é um sulfeto bastante comum, frequente é encontrado como acessório 
em muitos tipos de rochas ígneas e minérios, ocorrendo principalmente em depósitos 
magmáticos, também ocorre em veios hidrotermais de alta temperatura onde temos Au, 
Pb, Zn e Ag. Não é um mineral de minério dos mais importantes, mas é minerada porque 
ocorre associada com a pentlandita, um minério de níquel e cobalto. Sua forma 
normalmente é maciça, chegando a formar massas cliváveis, seus cristais são raros, pode 
ocorrer epitaxial quando com galena e chega conter Ni, Co, Mn e Cu. 
TABELA 7 - Características diagnosticas da Pirrotita. 
Sistema Cristalino: 
Monoclínica prismática 
Cor: Amarelo-bronze a vermelho-cobre e 
marrom, embaça para castanho-marrom. Pode 
ser iridescente. 
Fratura: Desigual a Conchoidal. Clivagem: Não apresenta 
Tenacidade: Quebradiça. Hábitos: Maciça, granular, raros cristais 
prismáticos ou tabulares por {0001}, 
pseudohexagonais. Rosetas possíveis. 
Brilho: Metálico Traço: Cinza – preto escuro. 
Diafaneidade: Opaco Maclas: Segundo {10-12}. 
Fonte: Heinrich Theodor Frank, (2020). 
TABELA 8 - Características diagnosticas da Pirrotita em luz refletida. 
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Cor de reflexão: Cor em tons marrons e amarelados com rosa. Sua cor é 
muito diagnóstica, mas apenas em seções recém polidas, porque embaça 
rapidamente para marrom, por oxidação ao ar (seções prismáticas embaçam 
mais, seções basais embaçam menos). Seu pleocroísmo é fraco a ausente. 
Refletividade: 36.91 e 41.56 
Birreflectância: Não apresenta. 
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Isotropia / Anisotropia: Anisotropia forte e colorida, de amarelo-cinza a 
verde suave até cinza a marrom-vermelho. Tons azulados podem ocorrer. Os 
efeitos de cor variam de acordo com a orientação dos grãos e podem variar 
entre ocorrências distintas. Seções basais são isótropas. 
Reflexões internas: Não apresenta. 
Pode ser confundida com: magnetita e ilmenita, podendo ser distinguida com sua 
anisotropia. 
Maclas: Sua presença é rara. Quando temos se trata de lamelas de maclas de 
pressão. As diversas maclas observadas em amostra de mão. 
Fonte: Heinrich Theodor Frank, (2020). 
1.5 – Pirita – FeS2 
A pirita é o sulfeto mais abundante e comum, ocorrendo em rochas 
metamórficas, ígneas e sedimentares, além de estar presente em muitos tipos de 
minérios sulfetados e oxidados. A Pirita normalmente é muito pura, mas pode conter 
diversos elementos como: Ni, Co, Cu, Zn, Au, Ag, Pb, V, Se e As. Sendo a forma 
cúbica do FeS2, pode apresentar estriação triglif. É paramagnética. Apresenta 
variedades com Ag, As, Au, Co+Ni (“bravoita”), Co, Cu, Ni, Th+As e Pb. Além disso, 
piritapena (pseudomorfo de pirita sobre pirrotita), gelpirita (gel de FeS e FeS2 ± As, 
que cristalizou em estruturas semelhantes a calcedônia) e pirita hepática (pirita ou 
marcassita com cor de fígado). A pirita constitui um importante minério de ouro. 
TABELA 9 - Características diagnosticas da Pirita. 
Sistema Cristalino Cúbico 
diploidal 
Cor: Amarelo latão pálido, embaça para 
castanho avermelhada escura a iridescente. 
Fratura: Irregular a 
Conchoidal. 
Clivagem: {001} má, muito difícil de observar. 
Tenacidade: Quebradiça. Hábitos: Cristais, maciça, granular acicular etc. 
Brilho: Metálico intenso Traço: Preto esverdeado ou preto-castanho. 
Diafaneidade: Transparente Maclas: De contato e interpenetração por {110}, 
{001} e {011}. 
Fonte: Heinrich Theodor Frank, (2020). 
 
TABELA 10- Características diagnosticas da Pirita em luz refletida. 
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Cor de reflexão: Cor branco–amarelada ou branco-creme. Dependendo dos 
minerais vizinhos, a impressão de cor muda. Não pleocróico. 
Refletividade: 55,09% (muito alta!) 
Birreflectância: Não apresenta. 
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Isotropia / Anisotropia: Isótropo. Entretanto, frequentemente apresenta 
anisotropia anômala em tons violetas, marrons e azul-turquesa, devido a 
teores de impurezas (As) ou problemas de polimento. É possível que a 
anisotropia seja muito comum, mas encoberta por alguns métodos de 
polimento 
Reflexões internas: Nunca apresenta. 
Pode ser confundida com: é facilmente confundida com muitos outros minerais, 
inclusive com ouro nativo. 
Fonte: Heinrich Theodor Frank, (2020). 
1.6 – Ouro Nativo - Au 
O ouro nativo é um elemento nativo que constitui o minério de ouro e de outros 
elementos. Sempre se forma com uma mistura de cristais, normalmente contém Ag, Cu 
e Fe, mais raramente I, Ti, Ni, Pb, Sb, Hg, V, Bi, Mn, As, Sn, Zn, Pd, Pt e Cd, devido 
todos esses elementos é possível uma dúzia de variedades, baseadas em teores dos 
elementos. Seus cristais são relativamente raros e distorcidos com bastante frequência. 
TABELA 11- Características diagnosticas do Ouro nativo. 
Sistema Cristalino Cúbico 
hexaoctaédrico 
Cor: Puro: amarelo-ouro com um tom vermelho 
Impuro: branco-da-prata a vermelho-do-cobre 
Pó finíssimo: marrom. 
Fratura: Rugosa Clivagem: Não apresenta. 
Tenacidade: Muito dúctil e 
maleável. 
Hábitos: Cristais (octaedros e cubos distorcidos) 
raros; dendrítico, granular, pepitas, palhetas, etc. 
Brilho: Metálico máximo Traço: Amarelo – claro brilhante. 
Diafaneidade: Transparente Maclas: {111} comuns 
Fonte: Heinrich Theodor Frank, (2020). 
 
TABELA 12 - Características diagnosticas do Ouro nativo em luz refletida. 
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Cor de reflexão: A cor de reflexão varia muito, depende dos teores de 
outros elementos. Ouro com baixos teores de prata é amarelo-ouro vivo. 
Ouro com teores elevados de prata é amarelo pálido a branco-da-prata. Ouro 
rico em cobre é rosa a vermelho. Ouro rico em paládio é quase branco-creme. 
Não pleocróico. 
Refletividade: Muito alta se puro (72,26%). 
Electrum: 92,3%; (Au,Pd): 66,6%. 
Birreflectância: Não apresenta. 
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Isotropia / Anisotropia Isótropo. Entretanto, nunca fica completamente 
escuro, mas mostra tonalidades esverdeadas, algo como verde cítrico escuro. 
Reflexões internas: Nunca apresenta. 
Pode ser confundida com: Grãos muito pequenos de pirita ou calcopirita em 
minerais da ganga podem se parecer com ouro, especialmente se observadas ao ar 
(sem técnicas de imersão em óleo). Grão embaçados de prata podem ser muito 
semelhantes. Grãos muito pequenos de cobre nativo também podem ser muito 
semelhantes a ouro nativo. 
Fonte: Heinrich Theodor Frank, (2020). 
 
1.7 – Mineralogia do minério 
Os estudos petrográficos da mina do Morro do ouro evidenciam que os quartzos 
principais formadores dos boudins são os mais antigos, mas ocorreram de forma tardia, 
crescendo como fibras nas bordas das arsenopiritas, e em muitas vezes acompanhados de 
muscovita e carbonatos. A Arsenopirita se encontra com cristais bem desenvolvidos onde 
esses cristais estão fraturados, alguns estão se pressionando dentro da foliação principal 
dos boudins. Sob a luz refletida é possível observar os cristais de quartzo fibroso da sua 
borda, em outra ponto também temos galena, outras porções é observado muscovita em 
sua matriz e cristais de pirrotita. A pirrotita geralmente se encontra inclusa nos planos 
cristalográficos das arsenopiritas, a galena e a esfalerita tem uma associação próxima. A 
presença de piritatambém é de caráter marcante, com sua morfologia achatada junto com 
Sx ou em placas, devido os processos deformacionais da formação das boudinagens 
(Rogulo Filho, 2004). 
4 – CONCLUSÃO 
O presente trabalho teve o intuído de reunir as principais informações a respeito 
da mineralogia, rochas hospedeiras, associações paragenética, além das descrições 
macroscópicas e microscópicas da mina do Morro do Ouro, inclusa no Dobramento 
Brasiliano onde suas estruturas de boudins é controlada pela tectônica, onde os fluidos 
hidrotermais que se alojaram ao longo dos mesmos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 – REFERÊNCIAS 
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Brasília. In: Simpósio sobre o Cráton do São Francisco e suas faixas marginais, Salvador, 
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International Geological Congress, Rio de Janeiro, SBG. p. 231-263. 
DARDENNE, M. A.; SCHOBBENHAUS, Carlos. Metalogênese do Brasil. 
UNB; CPRM, 2001. 
FREITAS-SILVA, F.H. 1996. Metalogênese do depósito do Morro do Ouro, 
Paracatu, MG. UnB, Brasília, Tese de Doutorado, 339p. 
FREITAS-SILVA, F.H. 1999. Geologia da Serra Leste. In: Projeto Agrícola 
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TECTÔNICA DA FAIXA DE DOBRAMENTOS BRASÍLIA–SETORES 
SETENTRIONAL E MERIDIONAL. Geonomos. 
MÖLLER, J.C., BATELOCHI, M., AKITI, Y., SHARRATT, M., Borges, A.L. 
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Ouro Paracatu-MG.

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