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Autor: Viviane Giori Côco Ficou com alguma dúvida? Entre em contato com a gente nas redes ao lado. Por definição, o veganismo, movimento social popular na sociedade contemporânea, é um modo de vida que exclui todas as formas de exploração e crueldade contra os animais. Infelizmente, no Brasil, tal movimento não terminará sua luta a curto prazo, uma vez que, seja pelo tráfico de animais, seja pelo desinteresse social em atenuar a problemática, a exploração animal é constante no contexto nacional. Assim, faz-se necessário debater sobre a exploração animal no século XXI. Em primeiro lugar, é inegável que a sociedade brasileira trata a violência contra os animais de maneira banal. De fato, tal descaso fica claro na maneira em que as pessoas tratam os animais de estimação, o que pode ser observado nos diversos casos de atropelamento de animais, envenenamento de cães e gatos e, sobretudo, abandono de cachorros nas ruas e agressão destes sem motivo aparente. Nessa perspectiva, apesar de essas atitudes serem consideradas crime, os agressores raramente são punidos, haja vista que não há interesse da população em denunciar esses atos de violência e nem dos órgãos competentes em localizar os culpados, privando os animais de seu direito à vida. Além disso, a falta de preocupação em informar-se sobre como os alimentos de origem animal são produzidos é outro aspecto que demonstra esse desprezo, isso porque, em muitas indústrias alimentícias, os bichos são torturados e vivem em ambientes péssimos, sem acesso à água ou comida, situação que vai de encontro à Declaração de Direitos dos Animais da ONU. Outrossim, é indubitável que o tráfico aumenta o sofrimento imposto aos animais selvagens. De acordo com a ONG Renctas (Rede nacional de combate ao tráfico de animais silvestres), mais de 38 milhões de espécimes são retiradas da natureza todo ano no Brasil. Sem dúvidas, isso decorre da vasta biodiversidade brasileira, que atrai contrabandistas do mundo todo, contexto trabalhado na animação “Rio”, da Disney, que retrata, a partir do ponto de vista de uma arara azul, os abusos cometidos contra os animais capturados. Nesse contexto, fica claro o descaso do governo em atenuar a problemática, tendo em vista a falta de investimentos para fiscalizar a natureza brasileira e rastrear os criminosos, panorama de impunidade que age como um incentivo para contrabandistas. Dessa maneira, a situação nacional fere o artigo 29 da Constituição, o qual prevê que interferir dessa forma na fauna silvestre é ilegal, urgindo medidas para resolver esse problema. Logo, medidas são necessárias para a resolução desse impasse. Para isso, cabe ao Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o Ministério da Infraestrutura, por meio de investimentos estatais, instalar unidades de vigilância florestal em pontos estratégicos de alta taxa de tráfico silvestre por todo território nacional, que deverão ser mapeados a partir de pesquisas realizadas pelo IBGE, que serão responsáveis por identificar e neutralizar traficantes de animais, a fim de reduzir o sofrimento e o ataque à biodiversidade nacional. É somente assim que o movimento vegano diminuirá suas pautas de luta no contexto brasileiro.
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