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IMPACTO REAL DO TRAFICO DE ANIMAIS SILVESTRES

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IMPACTO REAL DO TRAFICO DE ANIMAIS SILVESTRES 
· Estudos realizados sobre o tráfico de animais silvestres em todo o país revelaram que as aves representam o grupo mais comercializado de todos os animais. Pela plumagem e cores exuberantes 
· O tráfico de animais silvestres constitui o terceiro maior comércio ilícito do mundo, perdendo apenas para o tráfico de narcóticos e armas. Estima-se que o comércio ilegal deva girar em torno de US$ 10 a 20 bilhões/ ano e a participação do Brasil seria de aproximadamente 5% a 15% deste total
· retirada, por ano, entre 12 a 38 milhões de animais silvestres das matas brasileiras
· 90% dos animais traficados morrem antes de chegarem aos destinos finais devido às condições inadequadas desde a captura e manutenção, mas, principalmente, do transporte.
· A captura excessiva é a segunda principal causa da redução populacional de várias espécies, perdendo apenas para a degradação e a redução dos habitats provocadas pelo desmatamento
· Dificulta o combate ao trafico dificuldades à vasta extensão territorial, a baixa severidade das penalidades previstas na legislação ambiental e a miséria em que vive grande parte da população.
· 70% são destinadas ao comércio interno e cerca de 30% são exportadas
· Algumas aves têm altas cotações no mercado internacional, como a arara-azul-delear
(Anodorhynchus leari), vendida por US$ 60 mil
· Os exemplares da família Psitacidae, como o papagaio-verdadeiro e
papagaio-do-mangue despertam um grande interesse devido à habilidade em imitar a voz humana, à inteligência, beleza. Por conta de tal procura, esse grupo apresenta o maior número de espécies listadas na Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção
· As pessoas que possuem animais silvestres em casa, provenientes da natureza, contribuem para uma série de problemas. O tráfico é alimentado pelo cidadão comum que, de forma irresponsável, cruel e egoísta condena animais livres à prisão perpétua, apenas para seu deleite
· Segundo o MMA, 2003, o comércio gerado pelo tráfico já contribuiu para a extinção de algumas das espécies do Brasil, como a ararinha-azul 
· A Lei de Crimes Ambientais a compra, a venda, a criação ou qualquer outro negócio envolvendo animais silvestres crime inafiançável
· A aquisição e a posse ilegais de animais silvestres são, portanto, consideradas crimes
Ambientais
· De qualquer modo, pessoas que queiram adquirir animais da fauna brasileira como pets, devem agir com responsabilidade e procurar os criadores comerciais, que vendem animais nascidos em cativeiro e legalizados, conforme estabelecem as leis do Ibama.
· Entre 30% e 40% das quadrilhas, que no Brasil praticam o contrabando de animais, mantém ligações com o narcotráfico
· Inclui a indústria farmacêutica, que compra espécies venenosas, como aranhas e serpentes. Trata-se da chamada biopirataria, que paga centavos de dólar por animal nos países pobres e alimenta a lucrativa produção de medicamentos
· Além da demanda de animais vivos, existe um grande comércio de couro, penas, órgãos e outras partes, o que também atenta contra a biodiversidade
· A SAVE Brasil atua de maneira participativa e elabora e implementa estratégias e ações de conservação em conjunto com organizações locais e nacionais, órgãos governamentais, empresas, líderes comunitários, pesquisadores e membros da sociedade civil.
 TEXTO 3 – CONAMA APROVA RESOLUÇÃO QUE PERMITE A POSSE, PELA POPULAÇÃO, DE ANIMAIS SILVESTRES DE ORIGEM ILEGAL 
· CONAMA aprovou uma Resolução que regulamenta a posse de animais silvestres que tenham sido apreendidos pelos órgãos de controle e fiscalização ambiental.
· o cidadão que tiver animais de origem ilegal (oriundos do tráfico) poderão permanecer com eles após receberem, por parte do órgão fiscalizador, um Termo de Guarda de Animal Silvestre (TGAS) ou um Termo de Depósito de Animal Silvestre (TDAS). O mesmo se aplica a quem decidir, voluntariamente, procurar a fiscalização ambiental para “regularizar” a sua situação
· Não será permitida a emissão de TGAS e TDAS para espécies em risco de extinção e ainda limita a posse a dois animais por pessoa
· o fato é que existe algo de muito errado em nossa política nacional de fauna. A principal alegação para a criação dessa Resolução, está no fato de que os órgãos de fiscalização ambiental não dispõem mais de espaço ou recursos para abrigar o imenso número de animais apreendidos do comércio ilegal. Os Centros de Triagem (CETAS) do IBAMA e das demais instituições ambientais estão lotados e enfrentam, em sua maioria, graves problemas de manutenção
· Os que são contra essa medida alegam que “legalizar” um animal de origem ilícita seria estimular o tráfico. Seria uma forma de “premiar” quem cometeu um crime ambiental
· A Resolução do CONAMA não exclui as sanções civis e criminais do ato , porem, pela atual legislação ambiental, a multa nunca será paga e em nada prejudicará sua vida financeira e, em caso de condenação, ele será obrigado a gastar uns poucos reais com a compra de algumas cestas básicas para serem doadas a alguma instituição de caridade.
· Resolução é apenas um sintoma de uma grave doença que se alastra em nosso país. Falta-nos uma política ambiental séria e eficiente. Tratamos apenas dos sintomas e nos esquecemos de buscar e tratar a causa. Ameniza-se o desconforto com soluções paliativas e de pouco resultado prático
· É mais que sabido que os CETAS não são uma solução. No fim acabam se tornando apenas mais um depósito de bichos. A reintrodução da fauna apreendida ainda é uma grande utopia. Se hoje existe um caos na fiscalização relacionada à fauna silvestre no Brasil, a Resolução 457 irá determinar a falência total de um sistema já carente e ineficaz, com aumento da demanda sem o preparo na infra-estrutura e sem a capacitação adequada de um contingente em número suficiente para uma ação que cumpra seus objetivos
· Precisamos de ferramentas mais eficazes para tratar essa questão. Conscientização ambiental é a mais poderosa delas. Ela precisa ser informada dos riscos, como a transmissão de doenças para a sua família, e sobre os impactos destrutivos que essa atividade ilegal causa ao meio ambiente
· Depoimento ABRAVAS, a Resolução favorece o tráfico de animais silvestres e a sua manutenção irregular em cativeiro, e contraria o fato de que a missão de todos os órgãos ambientais e associações que lidam diretamente com a fauna é a de combater este tipo de comércio ilegal, que em muitos casos levam a maus tratos.
· Esta resolução vem contra uma política de incentivo aos criadores de animais silvestres registrados no IBAMA, estabelecidos sob regulamentação dos órgãos ambientais e que comercializam animais nascidos em cativeiro e com origem conhecida, o que pode diminuir a pressão da caça indiscriminada que alimenta o tráfico
· Outro ponto extremamente preocupante é o estímulo às solturas indiscriminadas, pois a guarda de animais silvestres por particulares é comprovadamente um fator contribuinte para esta prática extremamente lesiva ao meio ambiente. 
· Estimula um maior número de pessoas a ter animais silvestres em casa, pois oferece uma alternativa “legal” e mais barata do que a aquisição direta de criadores legalizados, e esta banalização atrairá curiosos sem conhecimento técnico e com interesse superficial que fatalmente resultará na soltura indiscriminada ou em maus tratos aos animais
· Outro erro importante é que a Resolução 457 prevê a participação de um Responsável Técnico pelo animal e, além de não definir que tipo de profissional deverá assinar esta responsabilidade técnica, não existe Responsabilidade Técnica para pessoas físicas, apenas para pessoas jurídicas que devem ser devidamente registradas nos Conselhos de Classe

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