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1 Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS Fisiologia II – Sistema Digestório Digestão e absorção de proteínas e lipídeos PROTEÍNAS DIGESTÃO • As enzimas digestivas para degradar gorduras e proteínas vem do pâncreas e não no intestino delgado. • Enzimas são divididas em: → Endopeptidases: proteases ativas no lúmen do intestino. Exemplo: pepsina no estômago, tripsina e quimotripsina do pâncreas → Exopeptidases: clivam as proteínas pelas extremidades. • Enteropeptidase: cliva tripsinogênio formando tripsina que ativa todos os outros zimogênios. • Os produtos da clivagem das enzimas são aminoácidos livres, dipeptídeos e tripeptídeos. • A maioria dos aminoácidos livres são transportador por proteínas cotransportadoras dependentes de Na+. Alguns dependem de H+. • Di e tripeptideos são transportados por transportadores de oligopeptídeos. • O pâncreas tem um inibidor da tripsina que inibe tripsinas que se ativam dentro da célula acinar. • Se tiver mais tripsina do que o necessário causa pancreatite. 2 Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS Fisiologia II – Sistema Digestório ABSORÇÃO • Ácido clorídrico do estômago desnatura a proteína. • Aminoácido produto da reação das pepsinas, endo e exopeptidases entra no enterócito através de um transportador específico. • Oligopeptidades de membrana: atua sobre pequenos peptídeos (2 a 6 aa) que cliva resultando em 2 a 3 aa, que sofre ação da peptidase clivando em aa. • Aa sai para o capilar. LIPÍDEOS • Gorduras/lipídeos = triacilgliceróis (principal forma), colesterol, fosfolipídeos, ácidos graxos de cadeia longa de vit lipossolúveis. DIGESTÃO • Realizado pelas LIPASES, que removem 2 ácidos graxos de cada molécula de triacilglicerol produzindo 1 monoacilglicerol e 2 ácidos graxos. 3 Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS Fisiologia II – Sistema Digestório • Fosfolipídeos são digeridos pela fosfolipase pancreática. • Colesterol livre não precisa de digestão antes da absorção. • Sais biliares secretados pelo fígado ajudam a aumentar a área de superfície disponível facilitando a digestão. • A cobertura dos sais na emulsão dificulta a digestão pois a lipase não consegue penetrar os sais. Por isso, precisamos da COLIPASE, um cofator proteico secretado pelo pâncreas. Ela desloca alguns sais permitindo que a lipase acesse a gordura. • Conforme ocorre a digestão, os ácidos graxos, sais, monoacilgliceróis, fosfolipídeos e colesterol formam micelas que entram na camada aquosa dos enterócitos. ABSORÇÃO • Enterócito do duodeno e jejuno • Ácido graxo é liberado e passa por difusão para dentro do enterócito. • Devido às gorduras serem lipofílicas muitas entram por difusão simples. • Após entrar nos enterócitos, são reesterificados retornando à forma de triglicerídeo, fosfolipídeo e colesterol. • Os triacilgliceróis se combinam com colesterol e proteínas formando o quilomícron. • Apolipoproteína transporta o quilomícron, que deixa a célula por exocitose. DESTINO DO QUILOMÍCRON 4 Rúbia Rogovski I Medicina Veterinária UFRGS Fisiologia II – Sistema Digestório • Devido ao tamanho, os quilomícrons não conseguem entrar nos capilares, então são absorvidos dentro dos vasos linfáticos das vilosidades. Passam pelo sistema linfático e entram no sangue. • Alguns ácidos graxos curtos não são agrupados em quilomícrons e podem atravessar a membrana basal de capilares e irem diretamente pro sangue. • Quilomícron imaturo: só tem a apolipoproteína B48. Encontra o HDL (lipoproteína de alta densidade) que tem duas apoliproteína acopladas nele. HDL doa duas apolipoproteína para o quilomícron o tornando maturo. • No endotélio de algumas regiões (m. esquelético e cardíaco, tecido adiposo,..) tem-se a lipase que cliva completamente o glicerol formando ácido graxo que em alguns lugares serve de energia ou fonte de triglicerídeos (depósito de gordura). Já o glicerol vai para o fígado para ser usado para gliconeogênese. • Quilomícron remanescente: retorna pro fígado onde será separado os componentes. Ele não tem CII pois a lipase reconhece a CII e a prende com ela, liberando o quilomícron com menos triglicerídeo.
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