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Necessidade de Oxigenação

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Curso de Medicina – Integração Multidisciplinar II
Estudo Dirigido – Necessidade de Oxigenação. Valor 0,2.
Os distúrbios do sistema respiratório são comuns, encontrados em todos os serviços de assistência à saúde. Para avaliar o sistema respiratório o profissional deverá estar habilitado a diferenciar os achados normais dos anormais dos que se apresentam no histórico do paciente.
Além disso, se faz necessário a compreensão da função respiratória e do significado dos resultados dos exames diagnósticos anormais.
Vamos lá então.
Abaixo segue uma sequência de títulos e subtítulos que devem ser pesquisados e explorados e logo depois, descritos e desenvolvidos.
1. Sistema Respiratório:
1.1 Discorrer acerca das funções do aparelho respiratório.
O sistema respiratório tem importantes funções no organismo. Além da função respiratóriatroca de gases com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, o sistema respiratório é um dos responsáveis pela fonação, percepção olfativa e defesa do organismo. A respiração pode ser definida como um processo químico e físico no qual ocorre a absorção de oxigênio e a liberação de gás carbônico.
Hematose (liberação de ATP da mitocondria)
PH sanguíneo 
1.2 Citar os órgãos e as estruturas que compõe tal sistema descrevendo suas principais atividades.
Parte condutora
Na parte condutora, o ar é transportado, filtrado, purificado, umidificado e aquecido. 
É constituída por: 
· Nariz - Filtração
· Cavidade nasal-são responsáveis pela percepção de cheiro. Além disso, existem células epiteliais que revestem essas cavidades e são responsáveis por produzir muco.
· Seios paranasais 
· Faringe- A faringe é um órgão com dupla função, pois além de receber a passagem do alimento, o ar inspirado também passa por esse canal. Assim, ele é compartilhado entre o sistema respiratório e sistema circulatório.
· Laringe - A sua função principal é impedir a entrada de alimentos nas vias aéreas inferiores, por meio da epiglote, que se fecha durante a deglutição.
· Traqueia - A traqueia consiste em um tubo com paredes reforçadas por anéis cartilaginosos, que tem a função de mantê-la sempre aberta para a passagem de ar. 
· Brônquios- são eles que realizam o trabalho de condução do ar até os pulmões.
· Alveulos: responsáveis pelas trocas gasosas 
· Pulmoes:
Até a Faringe- vias aéreas superiores 
Abaixo da Faringe- vias aéreas inferiores
Parte Respiratória
Na parte respiratória, o dióxido de carbono do sangue é trocado pelo oxigênio do ar. E representada pelos pulmões, especificamente pelos alvéolos pulmonares.
Parte Superior do sistema respiratório é formada pelas cavidades nasais, seios paranasais , nasofaringe ,orofaringe.
Parte Inferior do sistema expiratório consiste em Laringe, Traqueia, Brônquios com suas divisões e pulmões . 
1.3 Relatar o mecanismo de controle ou regulação respiratória.
Os quimiorreflexos são os principais mecanismos de controle e regulação da resposta ventilatória às mudanças de concentração do oxigênio e gás carbônico arterial, exercendo um papel essencial no controle da ventilação alveolar, garantindo que as taxas de troca gasosa nos pulmões possam suprir a demanda de oxigênio no organismo
2. Processo de Oxigenação: envolve três momentos – Ventilação Pulmonar, Respiração e a Perfusão fale acerca de cada uma delas.
Ventilação 
É o processo responsável pela renovação do gás alveolar, resulta de um uma ação integrada entre o centro respiratório, localizado no sistema nervoso central, vias nervosas que inervam os músculos respiratórios, caixa torácica (estrutura osteomuscular) e os pulmões. Alterações na ventilação levam ao prejuízo do aporte de oxigênio e eliminação de CO2 e podem ocorrer em situações que provoquem alteração da elasticidade pulmonar (ex: enfisema), obstrução alveolar (ex: asma), modificações na expansibilidade pulmonar (presença de secreção, tumor ou fibrose na parece alveolar) ou ainda diminuição da frequência respiratória (acometimento do sistema nervoso, deformidades da caixa torácica e/ou músculos respiratórios).
A respiração é a troca de gases dos pulmões com o meio exterior, que tem como objetivo a absorção do oxigênio (inspiração) e eliminação do gás carbônico (expiração).
Vias respiratórias: nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos.
A avaliação da respiração inclui:
· Frequência - movimentos respiratórios por minuto.
· Caráter/profundidade - superficial, moderada ou profunda.
· Ritmo - regular ou irregular.
Perfusão
Os pulmões são bastante irrigados pela corrente sanguínea, sendo que os pequenos vasos são os responsáveis pela sua atividade funcional, ou seja, pelas trocas gasosas. A perfusão pulmonar pode ser alterada por obstrução do vaso sanguíneo (doenças tromboembólicas, por exemplo), redução dos capilares pulmonares (enfisema).
2.1 Relação Ventilação – Perfusão: Conceitue Índice V/Q. Índice V/Q Alto, baixo e nulo.
A relação ventilação perfusão (V/Q) é a razão existente entre a quantidade de ventilação e a quantidade de sangue que chega a esse pulmão , tendo como valores normais por volta de 0,8. 
Para que ocorra uma troca gasosa ideal é necessário que o volume de ar que entra no alvéolo (V) seja próximo ao volume de sangue (Q) que passa através do pulmão. Essa relação entre o ar alveolar e o débito cardíaco, é chamada relação ventilação/perfusão (índice V/Q).No pulmão normal esta relação deve estar abaixo de 1(um) já que o pulmão não é todo ventilado a cada inspiração.As alterações da relação ventilação/perfusão são notadas dependentes da complacência e permeabilidade das vias aéreas. O fluxo sangüíneo não se distribui homogeneamente e depende da pressão hidrostática capilar, diferença de pressão entre o ar alveolar e as arteríolas pulmonares, e outros fatores.A relação ventilação/perfusão está comprometida em três situações:
A. Índice V/Q ALTO - neste caso a ventilação é alta e o fluxo sangüíneo é baixo, isso produz aumento de espaço morto, produzindo hipoxemia e hipercapnia. 
B. Índice V/Q BAIXO - neste caso a ventilação é baixa e o fluxo sangüíneo é alto, pode ser chamado de shunt intrapulmonar, pode produzir uma hipoxemia com ou sem hipercapnia . 
C. Índice V/Q nula - não há nem ventilação e nem perfusão sanguínea. 
No indivíduo normal, segundo West, existem várias áreas com diferentes índices V/Q, no ápice o V/Q é alto, pois a ventilação é melhor que a perfusão.
Na base o índice V/Q é baixo pois aí a perfusão é melhor que a ventilação. No médio a ventilação alveolar é menor que a pressão das arteríolas, mas em compensação a pressão do capilar venoso é menor que a do ar alveolar com isso ocorre equilíbrio na relação.As áreas dependentes (região que fica para baixo) são melhores ventiladas com volume corrente baixo e melhor perfundidas, há melhora na perfusão porque a área que esta dependente tem um aumento na pressão hidrostática , que aumenta o fluxo.
3. Alterações no funcionamento respiratório: algumas doençase condições afetam a ventilação ou transporte de oxigênio alterando o processo natural e fisiológico do sistema respiratório. Fale brevemente sobre eles.
A hipoxemia geralmente provoca hipoxia, diminuição no suprimento de oxigênio aos tecidos e células, que também pode ser causada por problemas fora do sistema respiratório. A hipoxia grave pode ser fatal. 
Na hipoxia de desenvolvimento rápido, ocorrem alterações no sistema nervoso central, porque os centros neurológicos são muito sensíveis à privação de oxigênio. O quadro clínico pode assemelhar se a uma intoxicação alcoólica, com o cliente manifestando falta de coordenação e julgamento prejudicado. Na hipoxia de longa duração (como ocorre na doença pulmonar obstrutiva crônica [DPOC] e na insuficiência cardíaca crônica), podem ocorrer fadiga, sonolência, apatia, desatenção e tempo de reação retardado. A necessidade de oxigênio é avaliada por meio da análise da gasometria arterial, oximetria de pulso e avaliação clínica.
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). A DPOC afeta mais de 10% da população adulta doEstados Unidos e é a quarta causa de óbito nesse país. A obstrução ao fluxo de ar primariamente irreversível na DPOC a distingue da asma que, como descrito adiante, é caracterizada por obstrução reversível ao fluxo aéreo; entretanto, os pacientes com DPOC comumente apresentam algum grau de obstrução reversível.
Enfisema O enfisema é caracterizado por dilatação anormal e permanente das vias aéreas distais aos bronquíolos terminais, acompanhada por destruição de suas paredes na ausência de fibrose significativa.
Bronquite crônica, é uma inflamação dos brônquios, os quais ficam preenchidos por secreções e causam sintomas muito comuns quando comparados à asma. A bronquite se manifesta por um período mais prolongado: pelo menos, 3 meses, por 2 anos consecutivos. É importante dizer que a bronquite crônica está relacionada com o tabagismo, principalmente em indivíduos que já fumam há mais de 30 anos. Portanto, interromper o uso do cigarro é uma medida fundamental para evitar a piora. 
A asma é uma desordem inflamatória crônica das vias aéreas que causa episódios recorrentes de chiado, falta de ar, aperto torácico e tosse, particularmente à noite e/ou cedo pela manhã. Os pontos-chave da doença são obstrução intermitente e reversível das vias aéreas, inflamação crônica dos brônquios com eosinófilos, hipertrofia e hiper-reatividade das células musculares lisas brônquicas e aumento na secreção de muco.
Aasma está muito associada às crises, ou seja, condições agudas que vêm e passam
Hiperventilação: eliminar o excesso de CO2
Hipoventilação: ventilação inadequada, não consegue atender a necessidade de oxigênio do paciente. 
4. Avaliação Clínica: o que deve ser visto e considerado?
Uma Avaliação clinica pulmonar deve se ser iniciada com uma entrevista com o paciente, tentando recolher o máximo de informação. 
Entrevista - história 
· Idade 
· História pessoal/familiar 
· Tabagismo 
· História ocupacional 
· Alérgenos ou poluentes ambientais 
· Estilo de vida sedentário ou imobilização forçada 
A anamnese respiratória visa a acolher informações sobre as condições atuais e seus problemas respiratórios progressivos. A entrevista deve concentrar-senas manifestações clínicas da queixa, história patológica progresso, história familiar e outros dados psicossociais. 
As queixa respiratória mais comum são a dispnéia, a tosse, a expectoração, a hemoptise e a dor torácica.
O exame físico deve ser realizado após a entrevista. As técnicas de inspeção, palpação, percussão e ausculta são empregadas.
Inspeção: A inspeção pode ser de dois tipos: estática e dinâmica 
Na inspeção estática, a examinadora deve conservar as condições da pele(colocarão, cicatrizes, lesões), pelos e sua distribuição, presença de circulação colateral, abaulamentos e retrações. A inspeção estática prossegue com a observação da caixa torácica. A forma do tórax apresenta variações em relação à idade, ao sexo e ao biótipo.
Na inspeção dinâmica, a examinadora deve observar a dinâmica respiratória. A movimentação da caixa torácica é observada durante a respiração. A freqüência respiratória considerada normal para adultos é de 16 a 20 inclusões respiratórias por minuto, em crianças é de 20 a 25 m/m e em recém nascido é de 30 a 40 m/m . A movimentação respiratória é observada quanto sua amplitude e ou profundidade de expansão e ritmo, podendo alterar tornando a respiração superficial e profunda.
Na palpação é possível investigar as estruturas da parede torácica, expansibilidade e frêmito toracovocal (FTV) utilizando a ponta dos dedos sobre a pele do tórax, para avaliar as partes moles e o arcabouço ósseo, a presença de enfisema subcutâneo, contratura ou atrofia muscular, e calo ósseo. Avalie, também, a sensibilidade tátil, térmica e dolorosa em cada hemitórax.
A percussão é realizada com o paciente sentado e deitado, sempre que possível, em todas as regiões torácicas . Percurta a região anterior, seguindo a linha hemiclavicular, de cima para baixo. Para percutir as regiões laterais, solicite para que o paciente coloque as mãos na cabeça, e siga a linha axilar média. A percussão da região posterior do tórax é realizada na linha paravertebral. Compare cada região com a diametralmente oposta, alternando a percussão entre os lados esquerdo e direito. 
Execute a manobra em um ambiente silencioso. Ao percutir o tórax, a parede torácica e os tecidos subjacentes se movimentam, produzindo sons audíveis, sem estetoscópio, e vibrações que podem ser palpadas, dependendo da proporção ar-tecido . Dessa forma, é possível determinar se os tecidos subjacentes contêm ar, líquido ou sólidos localizados até 5 a 7 cm da superfície.
A ausculta pulmonar é o componente mais importante do exame físico. Todas as áreas do tórax devem ser auscultadas, incluindo os flancos e o tórax anterior, para detectar alterações associadas a cada lobo pulmonar. Os aspectos que devem ser auscultados incluem Caráter e volume dos sons respiratórios Presença ou ausência de sons vocais Atritos pleurais A ausculta cardíaca pode revelar sinais de hipertensão pulmonar ,insuficiência cardíaca, insuficiência tricúspide. A natureza e o volume dos sons respiratórios são úteis na identificação de doenças pulmonares. 
Alterações no padrão respiratório
A observação atenta dos pacientes durante o exame físico do tórax é capaz de revelar a presença de eventuais alterações referentes ao padrão respiratório. Apesar de o surgimento de tais modificações no ritmo não necessariamente estar associado à presença de sintomas de desconforto respiratório e, portanto, à ocorrência de dispneia, tais alterações podem estar associadas a diversos distúrbios fisiopatológicos específicos e receber denominações especiais.
Dessa forma, as principais alterações do padrão do ritmo respiratório que podem ser encontradas são denominadas:
1. Taquipneia- frequência respiratória acima do normal
2. Dispnéia- Dificuldade respiratória 
3. Bradipneia- frequência respiratória abaixo do normal
4. Apneia- parada respiratória
Valores 
80 a 100 o2
35- 45 Co2
5. Oxigenoterapia: definição, objetivo e indicações e desvantagens.
A oxigenoterapia consiste na administração de oxigênio a uma concentração maior do que a encontrada na atmosfera ambiente. Ao nível do mar, a concentração de oxigênio no ar ambiente é de 21%. O objetivo da oxigenoterapia é fornecer oxigênio para o transporte adequado no sangue, enquanto diminui o trabalho respiratório e reduz o estresse sobre o miocárdio. O transporte de oxigênio para os tecidos depende de fatores como o débito cardíaco, o conteúdo de oxigênio arterial, a concentração de hemoglobina e as exigências metabólicas. Esses fatores devem ser ponderados ao considerar a oxigenoterapia. 
A mudança na frequência ou padrão respiratório do paciente pode ser um dos primeiros indicadores da necessidade de oxigenoterapia. Essas alterações podem resultar de hipoxemia ou hipoxia. 
O objetivo da oxigenoterapia é corrigir a hipoxemia, através da otimização da oferta de oxigênio e, consequentemente, manter a oxigenação tecidual adequada, além de promover a diminuição da carga de trabalho cardiopulmonar através da elevação dos níveis alveolar e sanguíneo de oxigênio.
A oxigenoterapia é indicada para pacientes com hipoxemia aguda e aqueles com sintomas de hipoxemia crônica ou sobrecarga cardiopulmonar.
Vantagens: 
· abrange nariz e boca, 
· podendo ser utilizado nos pacientes respiradores nasais e orais além de permitir fluxos mais altos de oxigênio. 
Desvantagens: 
· dificulta fala, 
· deglutição e expectoração, pode causar sensação de claustrofobia e requer um correto posicionamento e fixação.
‘Somente agua destilada para umidificar o Ar
6. Métodos de administração de Oxigênio: Sistema de baixo fluxo e sistema de alto fluxo relate cada um deles.
Classificação dos sistemas de oxigenoterapia Os sistemas de fornecimento de oxigênio podem ser classificados de acordo com a concentração a ser liberada, em sistema de baixo e alto fluxo. Entretanto, estas concentrações dependerão da profundidade inspiratória de cada paciente.Quanto mais profunda a inspiração do paciente, maior a diluição do oxigênio fornecido e menor a fração inspiratória de oxigênio (FiO2). Desse modo, um sistema que forneça somente uma parte do gás inspirado sempre irá produzir uma FiO2 variável. Podemos obter uma FiO2 fixa, se utilizarmos um sistema de alto fluxo ou um sistema com reservatório, daí a necessidade de eleger-se um sistema adequado. 
Sistemas de Baixo Fluxo Fornecem oxigênio suplementar às vias aéreas diretamente com fluxos de 8 L/min. ou menos. Como o fluxo inspiratório de um indivíduo adulto é superior a este valor, o oxigênio fornecido por este dispositivo de baixo fluxo será diluído com o ar, resultando numa FiO2 baixa e variável.
Sistemas de Alto Fluxo Os sistemas de alto fluxo fornecem uma determinada concentração de oxigênio em fluxos iguais ou superiores ao fluxo inspiratório máximo do paciente, assim asseguram uma FiO2 conhecida.
· Oxigenação: participação do oxigênio molecular no processo de obtenção de oxigênio. Este conceito se relaciona, dentre outros fatores com a saturação de oxigênio.
· Saturação de Oxigênio (SatO2): porcentagem de hemoglobina que está ligada a moléculas de oxigênio.
· Fração inspirada de O2 (FiO2): porcentagem de oxigênio no ar inspirado. Em ar ambiente, ao nível do mar, temos uma FiO2 de 21%
7. No sistema de baixo fluxo temos: cânula nasal, cateter nasal e máscara de oxigênio simples caracterize-os e aponte os principais cuidados aplicados na sua utilização.
A cânula nasal é utilizada quando o paciente necessita de concentrações baixa a média de oxigênio, em que a precisão não é essencial. Este método possibilita que o paciente se movimente no leito, fale, tussa e coma sem interromper o fluxo de oxigênio. Taxas de fluxo superiores a 4 a 6 ℓ /min podem causar a deglutição de ar ou irritação e ressecamento das mucosas nasal e faríngea.
Cuidados: 
· Cuidado com o fluxo infundido em ml
· Mascara bem adaptada no rosto 
· Manter a rotina do que foi prescrito
O cateter nasal é utilizado para administrar oxigênio de baixo fluxo (1 a 5 lpm) em pacientes adultos e pediátricos. Sua utilização é simples e permite que o paciente mantenha suas atividades diárias, como falar e comer, sem dificuldades.
Benefícios
· Fácil aplicação; 
· Uso a longo prazo sem troca;
· Pode ser lavado; 
· Conforto. 
Características
· Extensão em PVC e cânula em silicone; 
· Pode ser utilizado com extensões de até 20m; 
· Transparente; 
· Fluxo contínuo; 
· Compatível com cilindros e concentradores de oxigênio
Cuidados:
· Limpar as narinas antes de inserir
· Cabeceira elevada 
· Medir o cateter 
· Fixar o cateter no rosto com fita microporosa
As máscaras simples são usadas para administrar oxigênio em concentrações baixa a moderada. O corpo da própria máscara coleta e armazena o oxigênio entre as respirações. O paciente expira diretamente através de aberturas no corpo da máscara. Se o fluxo de oxigênio cessar, o cliente pode “puxar ar” por meio dessas aberturas em torno das bordas da máscara. 
Cuidados:
· Cuidado com o fluxo infundido em ml
· Mascara bem adaptada no rosto 
· Manter a rotina do que foi prescrito
8. No sistema de alto fluxo: máscara com reservatório, máscara de Venturi, levante suas características e os principais cuidados na sua utilização.
Apesar de muito utilizadas, essas máscaras não podem ser usadas quando se precisa de concentrações de oxigênio controladas e devem ser ajustadas para obter um encaixe adequado. Não devem ser pressionadas com muita força contra a pele, pois isso pode causar sensação de claustrofobia, bem como soluções de continuidade na pele; fornecem faixas elásticas ajustáveis para garantir o conforto e a segurança. 
As máscaras com reinalação parcial têm uma bolsareservatório que deve permanecer insuflada durante a inspiração e a expiração. A enfermeira ajusta o fluxo de oxigênio para garantir que a bolsa não colapse durante a inspiração. 
Uma alta concentração de oxigênio pode ser entregue, porque tanto a máscara quanto a bolsa servem como reservatórios para o oxigênio. O oxigênio entra na máscara por meio de um tubo com pequenos orifícios, que é conectado na junção entre a máscara e a bolsa. À medida que o paciente inspira, o gás é retirado da máscara, da bolsa e, potencialmente, do ar ambiente, pelos orifícios de expiração. Conforme o paciente expira, o primeiro terço da expiração enche a bolsareservatório. 
A máscara de Venturi é o método mais confiável e preciso para entregar concentrações precisas de oxigênio por métodos não invasivos. A máscara é construída de modo a possibilitar um fluxo constante de ar ambiente misturado com um fluxo fixo de oxigênio. É usada principalmente em clientes com DPOC, pois pode fornecer níveis adequados de oxigênio suplementar com precisão, evitando assim o risco de suprimir o impulso hipóxico. 
A máscara de Venturi usa o princípio de Bernoulli de arrasto (aprisionando o ar como um vácuo), que fornece alto fluxo de ar com enriquecimento controlado de oxigênio. Para cada litro de oxigênio que passa por um orifício de jato, uma proporção fixa de ar ambiente é arrastada junto. Variando o tamanho do orifício do jato e ajustando o fluxo de oxigênio, pode-se entregar um volume preciso de oxigênio. O excesso de gás deixa a máscara por dois orifícios de expiração, levando com ele o dióxido de carbono expirado. Este método possibilita que uma concentração de oxigênio constante seja inspirada, independentemente da profundidade ou frequência respiratória. 
Cuidados
A máscara deve ajustar-se confortavelmente o suficiente para evitar que o oxigênio flua em direção aos olhos do cliente. A enfermeira examina a pele do cliente a procura de irritações. É necessário remover a máscara para que o cliente possa comer, beber e ingerir medicamentos, momento em que o oxigênio suplementar é fornecido por meio de uma cânula nasal.
Orientação do cliente sobre autocuidados 
Às vezes, o oxigênio precisa ser administrado ao cliente em casa. A enfermeira instrui o cliente ou os familiares sobre os métodos para administrar oxigênio em segurança e informa-os que o oxigênio está disponível no formato gasoso, líquido e concentrado. As formas gasosa e líquida vêm em dispositivos portáteis, de maneira que o cliente pode sair de casa durante a oxigenoterapia. Deve-se fornecer umidade enquanto o oxigênio é utilizado (exceto com os dispositivos portáteis), a fim de neutralizar os efeitos irritantes do ressecamento das vias respiratórias pelo oxigênio comprimido.
Cuidados contínuos 
As visitas domiciliares por uma enfermeira de cuidado domiciliar ou fisioterapeuta respiratório podem ser organizadas com base no estado e nas necessidades do cliente. É importante avaliar o ambiente domiciliar, o estado físico e psicológico do cliente e a necessidade de orientações adicionais. A enfermeira reforça os pontos a serem orientados sobre como usar o oxigênio com segurança e efetividade, incluindo dicas de segurança contra incêndio. Para manter uma qualidade de cuidados consistente e maximizar o reembolso financeiro do cliente para a oxigenoterapia domiciliar, a enfermeira garante que a prescrição dada pelo médico inclui o diagnóstico, o fluxo de oxigênio prescrito e as condições de utilização (p. ex., uso contínuo, uso somente noturno). 
Como o oxigênio é um medicamento, a enfermeira lembra o cliente em oxigenoterapia a longo prazo e seus familiares dos motivos da importância de comparecer às consultas de acompanhamento com o médico do cliente. O cliente é instruído a consultar seu médico a cada 6 meses ou com maior frequência, se indicado. A gasometria arterial e os exames laboratoriais são repetidos anualmente ou com maior frequência se a condição do cliente mudar.
9. Traqueostomia: descrever conceito, indicações e cuidados.
A traqueostomia é um procedimento cirúrgico em que é feita uma abertura na traqueia, com colocação de prótese ventilatória (cânula) para ventilação pulmonar. O tubo inserido na traqueia é chamado de tubo de traqueostomia.
O traqueostoma (o estoma produto da traqueostomia)pode ser temporário ou permanente. A indicação da traqueostomia é utilizada para evitar obstrução das vias respiratórias superiores, para possibilitar a remoção das secreções traqueobrônquicas, para possibilitar ventilação mecânica por períodos prolongados, para evitar a aspiração de secreções orais ou gástricas no cliente inconsciente ou paralisado (fechando a ligação entre a traqueia e o esôfago) e para substituir um tubo endotraqueal. 
Muitos processos patológicos e condições de emergência exigem a realização de uma traqueostomia.
O procedimento cirúrgico costuma ser realizado no centro cirúrgico ou em uma UTI, onde a ventilação do cliente pode ser bem controlada, e uma técnica asséptica ideal pode ser mantida. 
A incisão cirúrgica é feita entre o segundo e o terceiro anéis traqueais. Depois de expor a traqueia, inserese um tubo de traqueostomia com um balonete de tamanho adequado. 
O balonete é um anexo insuflável ao tubo de traqueostomia, que é concebido para ocluir o espaço entre as paredes da traqueia e o tubo, para possibilitar a ventilação mecânica efetiva e minimizar o risco de aspiração.
O tubo de traqueostomia é fixado por fitas presas ao redor do pescoço do cliente. Habitualmente, coloca-se um quadrado de gaze estéril entre o tubo e a pele para absorver a drenagem e reduzir o risco de infecção.
Materiais: 
· Cotonetes 
· Peróxido de hidrogênio 
· Curativo de gaze fenestrada 
· Soro fisiológico ou água estéril ou Xylocaína 
· Cadarço para traqueostomia (ex.,fita de sarja, Velcro") 
· Cuba redonda 
· Tipo de tubo prescrito, se for trocá-lo
· Cânulas de traqueostomias para uso adulto; 
· Seringa de 20 ml; 
· Seringa de 10 ml e 5 ml; 
· Agulhas descartáveis 30x8 e 13x4; 
· Luvas estéreis; 
· Máscaras;
· Gorro;
· Capote estéril; 
· Campo estéril; 
· Bandeja de traqueostomia; 
· Sondas de aspiração ou frasco coletor rígido para aspiração traqueal;
· Ambú conectado à fonte de oxigênio; 
· Foco.
Ação:
1. Oriente o paciente e familiares sobre os pontos-chave para os cuidados com a traqueostomia, começando com o modo de inspecionar se o curativo de traqueostomia está úmido ou com drenagem. Um tubo com balonete (balonete com ar injetado) é necessário durante a ventilação mecânica. O balonete (cuff) de baixa pressão é o mais comumente usado. Clientes que necessitam de um tubo de traqueostomia por tempo prolongado e aqueles que podem respirar espontaneamente geralmente usam um tubo de metal sem balonete.
 2. Realize a higiene das mãos. 
3. Explique o procedimento ao paciente e seus familiares, conforme apropriado. 
4. Coloqueluvas limpas; remova e descarte o curativo sujo em um recipiente para material com risco biológico. 
5. Prepare suprimentos estéreis, incluindo peróxido de hidrogênio em solução de soro fisiológico ou água estéril, cotonetes, curativos e cadarço. 
6. Calce luvas estéreis. (Alguns médicos aprovam a técnica limpa para clientes com traque ostomia por tempo prolongado em casa) 
7. Limpe a ferida e a placa do tubo de traqueostomia com cotonetes estéreis umedecidos com peróxido de hidrogênio. Enxágue com soro fisiológico estéril.
8. Retire a cânula interna e a substitua por uma cânula interna descartável nova. Ou retire a cânula interna e mergulhe-a em peróxido ou soro fisiológico estéril, de acordo com as instruções do fabricante; enxágue com soro fisiológico; e fiscalize para assegurarque todas as secreções secas foram removidas. Seque com gaze estéril e recoloque a cânula interna. 
9. Coloque cadarços de traqueostomia limpos para fixar o tubo de traqueostomia, inserindo uma extremidade do cadarço através da abertura lateral da cânula externa. Circunde o cadarço na parte de trás do pescoço do cliente e passe-o através da abertura oposta da cânula externa. Traga ambas as extremidades de modo que se encontrem em um dos lados do pescoço. Aperte o cadarço até que apenas dois dedos possam ser confortavelmente inseridos sob ele. Prenda com um nó. Para uma traqueostomia nova, duas pessoas de vem ajudar a ajustar o cadarço. Remova os cadarços sujos depois que os novos estiverem no lugar. 
10. Remova o cadarço de traqueostomia velho e de scarte-o em um recipiente para materiais com risco biológico quando o novo cadarço estiver no lugar. 
11. Embora algumas traqueostomias a longo prazo com estomas cura dos possam não precisar de curativos, outras traqueostomias precisam. Nesses casos, use um curativo de traqueostomia estéril, encaixando-o firmemente sob o cadarço de traqueostomia e a aba do tubo de traqueostomia, de modo que a incisão fique coberta, como mostrado abaixo.
A.O balonete (cuff) do tubo de traqueostomia encaixa-se bem e confortavelmente na traqueia de modo a promover a circulação, mas veda o vazamento de secreções e ar ao redor do tuba 
B. Para a troca de curativo, uma gaze de 10 x 10 cm pode ser dobrada (o corte criaria fiapos, colocando o cliente em risco de aspiração) em torno do tubo de traqueostomia. 
C O tubo de traqueostomia pode ser estabilizado, deslizando os cadarços de traqueostomia através dos orificios da placa do pescoço do tubo de traqueostomia. Os cadarços devem ser fixados nalateral do pescoço para eliminar o desconforto de deitar-se sobre o nó.
Orientação do cliente sobre autocuidados 
Se o paciente está para receber alta para casa com um tubo de traqueostomia, a enfermeira deve garantir que equipamentos de aspiração e outros equipamentos adequados estejam disponíveis na casa antes da alta. A enfermeira também explica e demonstra para o cliente e os familiares sobre os cuidados diários, incluindo técnicas para prevenir infecções, bem como medidas a serem tomadas em caso de emergência. A enfermeira fornece ao cliente e familiares uma lista de contatos e recursos da comunidade para as necessidades de orientação e apoio. 
Cuidados contínuos
O encaminhamento para cuidado domiciliar é indicado para a avaliação constante do cliente, bem como da habilidade do cliente e dos familiares de prestar atendimento adequado e seguro. A enfermeira de cuidado domiciliar avalia a capacidade do cliente e da família de lidar com as mudanças físicas e problemas psicológicos associados à traqueostomia. Minimizar a quantidade de poeiras ou partículas no ar e fornecer umidificação adequada podem facilitar a respiração do cliente. Poeira e partículas no ar podem ser diminuídas removendo cortinas e móveis estofados; usando filtros de ar; limpando o assoalho, removendo poeiras e aspirando o local com frequência. A enfermeira identifica os recursos e faz encaminhamentos para os serviços adequados para ajudar o cliente e os familiares a manejar o tubo de traqueostomia em casa.
Mantendo sua traqueostomia limpa
Para manter a pele e a cânula de traqueostomia limpas e livres de infecções, você precisa seguir as orientações: 
1. Lave bem as mãos. 
2. Retire a subcânula. 
3. Lave a subcânula com água corrente, escovando-a por dentro para retirar toda secreção acumulada. 
4. Seque bem a subcânula. 
5. Recoloque a subcânula dentro da cânula que está em seu pescoço. 
6. Limpe bem a pele ao redor da cânula. Faça a limpeza no seu pescoço utilizando uma toalha limpa, sabonete e água corrente. 
7. Troque as gazes que estão entre a sua pele e a cânula de traqueostomia. 
8. Coloque duas gazes dobradas entre o tubo traqueal e a pele de seu pescoço. 
9. Lave as mãos novamente. Realize este cuidado cinco vezes ao dia ou sempre que necessário. 
Obs: Nunca retire o conjunto de cânula. Caso o conjunto saia, procure imediatamente a emergência do hospital. Cuidados com o cadarço - Trocar o cadarço que prende a cânula ao redor do pescoço sempre que estiver sujo.
Cuidados com o cadarço
Trocar o cadarço que prende a cânula ao redor do pescoço sempre que estiver sujo. 
- Para sua segurança, primeiro coloque o cadarço limpo, amarre-o com dois nós e depois retire o sujo. 
- Não deixe o cadarço frouxo; a cânula pode sair em caso de tosse, por exemplo. 
Protetor de cânula de traqueostomia 
Recomendamos o uso do protetor da cânula para evitar poeira e insetos . O acessório é usado aoredor do pescoço cobrindo a cânula.
Referências:
Brunner - Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica 13ª Ed
KNOBEL, Elias. Terapia Intensiva, enfermagem. São Paulo: Editora Altheneu, 2006.
Robbins_Patologia_Basica_9_Edicao
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//traqueostomias-2017-web.pdf
https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/12222/mod_resource/content/3/un01/top09p01.html#:~:text=O%20objetivo%20da%20oxigenoterapia%20%C3%A9,alveolar%20e%20sangu%C3%ADneo%20de%20oxig%C3%AAnio.
https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/12222/mod_resource/content/3/un01/top03p01.html
https://eu-ireland-custom-media-prod.s3-eu-west-1.amazonaws.com/Brasil/Downloads/09-05-esample/9788535290981.pdf

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