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Linguística Histórica - Introdução e retomada de reflexões sobre o Latim

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Linguística Histórica - Introdução e retomada de reflexões sobre o Latim 1
Linguística Histórica - Introdução e 
retomada de reflexões sobre o 
Latim
📌 09/11/2021 
OBJETIVO DA DISCIPLINA
Nessa matéria iremos mais fundo no interior da língua.
O objetivo mais geral dessa disciplina é entender como é que se dá a mudança linguística de 
uma maneira mais concreta, olhando para os processos que deram forma para a nossa língua; 
Iremos estudar alguns aspectos dentro da fonética, fonologia, da morfologia; Perceber os 
movimentos nesses processos para saber como chegamos ao nosso português de hoje que 
continua mudando, pois é um organismo vivo. 
🌱 "A história é o tempo todo" - se a história acontece o tempo todo, a língua 
também acontece a todo o momento. 
Latim: fonte da língua portuguesa
Linguística Histórica - Introdução e retomada de reflexões sobre o Latim 2
Língua românica - colocando o português dentro de um conjunto de línguas aparentadas 
que partilharam, durante muito tempo, o mesmo processo histórico. 
O latim é a fonte principal do léxico do português; as palavras que definiram a estrutura 
morfológica do português que temos hoje. Mas, vale lembrar que não foi apenas no 
léxico, mas também na fonologia, morfologia e sintaxe, ou seja, nas estruturas 
gramaticais que caracterizam uma língua. 
Mesmo a língua portuguesa tendo muitos contatos com outras línguas, a base latina não 
mudou. O que isso quer dizer? Quer dizer que, mesmo havendo várias transformações 
linguísticas devido a outros contatos linguísticos, a base se manteve no latim. Portanto, 
esses contatos não foram suficientes para transformar e mudar a base da nossa língua. 
Temos a ideia de que o caminho da história da língua foi em linha reta, principalmente 
observando a árvore genealógica das línguas. Mas, olhando a história externa vemos o 
quando a língua se construiu através de muitos percalços, de decisões políticas, de forças 
econômicas e sociais, etc. E tudo isso não ocorreu em linha reta. A representação por 
uma árvore genealógica linguística é uma simplificação da história de linguística; 
"LATIM - falado inicialmente na região central da Itália (Lácio), durante o primeiro 
milênio antes de cristo." É no fim desse milênio que se inicia a expansão do latim, pois 
antes era uma língua minoritária. 
O papel do contato com os diferentes povos é fundamental para vermos como uma 
língua vai mudando e se transformando. 
Muito inicialmente, o latim era uma língua diversa. Tanto pelos contatos com os 
diferentes povos, ou seja de uma maneira externa, quanto de uma maneira interna, ou 
seja, a hierarquia das posições sociais da sociedade romana.
A sociedade romana era heterogênea, portanto, o latim também era. O latim variava com 
a classe social. (O que também temos até hoje, se pararmos para pensar). 
🌱 "Não existe sociedade homogênea."
O latim vulgar não veio depois do latim clássico, ele já existia e representa a língua 
falada pela maior parte do povo romano em todos os períodos. As línguas românicas 
vieram do latim vulgar, e não do latim clássico. O latim vulgar estava em movimento, 
possuía mais falantes. O latim clássico era predominantemente escrito e apenas atingia a 
camada privilegiada e letrada. 
Linguística Histórica - Introdução e retomada de reflexões sobre o Latim 3
Não se pode fazer a correspondência absoluta de que latim vulgar é fala e latim clássico 
é escrita. Pois isso faz com que a fala seja desvalorizada, devido aos erros (erros que são 
marcados pela norma culta, pois mesmo errando a norma, conseguimos nos comunicar), 
enquanto que a escrita é mais valorizada, por se tratar do uso da norma culta. 
Um dos tipos preciosos de registros para pesquisadores das transformações linguísticas, 
foram as pichações nos muros. Essas pichações eram escritas em latim vulgar, ou seja, 
eram escritas na forma como o povo falava e é com essa forma que falamos o nosso 
português. Essa á forma da base da nossa língua. 
 Exemplo: Admiror, paries, te non cecidisse ruinis 
Quit tot scriptorum taedia sustineas. (C.I.L. IV, 2487) 
 [Admira-me, parede, que não tenhas desabado 
Tu que aguentas os fastios de tantos escritores]

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