Exercício de História do Brasil Do início da colonização às conjurações - Exercício de Fixação 1 - Tentativa 1 de 3

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Exercício de História do Brasil: Do início da colonização às conjurações - Exercício de Fixação 1 - Tentativa 1 de 3
Questão 1 de 10
Leia com atenção o texto a seguir, produzido pelo pesquisador Alexander Marchant em 1943.
"Os traficantes de pau-brasil [...] eram os primeiros portugueses a ocupar pontos das regiões norte e sul do litoral brasileiro, depois da passagem dos navegadores. Como agentes de contratadores licenciados pela coroa, vieram encontrar no Brasil um pau de tinturaria como aquele por tanto tempo usado como corante na produção têxtil europeia. Ainda que poucos numerosos, em relação à extensão do território, a importância do comercio que fizeram, assim como seus efeitos sobre os indígenas, não podem ser subestimados. O valor dos carregamentos justificava perante eles, assim como aos seus indesejáveis concorrentes, os franceses".
MARCHANT, Alexander. Do escambo à escravidão. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1943. p. 36.
Analisando-se as afirmações presentes no texto acima, considere as seguintes afirmativas.
I. Nas primeiras décadas após a viagem de Cabral, a Coroa portuguesa permitia a qualquer país europeu a exploração do pau-brasil no litoral do Brasil.
II. O tintura extraída do pau-brasil participou ativamente do processo de industrialização português, como matéria-prima à produção têxtil.
III. A exploração do pau-brasil se encerrou devido à resistência dos indígenas, que não permitiam a exploração da mata nativa do Brasil por questões religiosas.
IV. A constante presença de navegadores franceses na costa do Brasil foi uma das razões que motivou Portugal a iniciar a colonização do Brasil.
V. Apesar da longa viagem, e das dificuldades de obtenção do pau-brasil, o lucro obtido com sua comercialização na Europa compensava os custos e dificuldades.
Assinale a alternativa correta:
A - I, II e IV
B - II e V
C - III, IV e V
D - IV e Vcheck_circleResposta correta
E - I, III e V
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Questão 2 de 10
Um popular site educativo assim discute a periodização doa história colonial do Brasil:
"O Brasil começou a ser efetivamente colonizado em razão da preocupação que Portugal passou a ter com as ameaças de invasões das terras brasileiras por outras nações [...]. O período do Brasil Colonial estendeu-se até o início do século XIX, especificamente até 1808, quando a Família Real veio para o Brasil e integrou-o ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Foi nesse período em que se desenvolveram a economia e a sociedade açucareira e, depois, a economia e a sociedade mineradora. Dataram ainda do período Colonial as várias Rebeliões Nativistas e Rebeliões Separatistas, merecendo destaque especial a Inconfidência Mineira."
História do Brasil. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/historiab>. Acesso em 2 de abril de 2020.
Sobre a periodização do período colonial apresentada no texto anterior, é correto afirmar:
A - Este modelo de periodização não é mais utilizado nos estudos acadêmicos de história, tendo sido superado pela perspectiva marxista de desenvolvimento do capitalismo.
B - O período colonial brasileiro se inicia em 1500, data da chegada de Pedro Álvares Cabral, marcando também o fim do período pré-histórico do Brasil.
C - A periodização apresentada pelo texto é a única correta do ponto de vista histórico, sendo por isso presente em provas como Enem ou vestibulares.
D - O modelo de periodização expresso pelo texto privilegia a história política e econômica, sendo possível outras formas de periodização do período colonial.check_circleResposta correta
E - A periodização apresentada no texto não pode ser expressa em uma linha do tempo única sendo, por isso, inadequada aos estudos históricos.
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Questão 3 de 10
Observe e compare as duas fontes abaixo acerca da história da colonização brasileira: Fonte 1: Portanto Vossa Alteza, que tanto deseja acrescentar a santa fé católica, deve cuidar da sua salvação. E prazerá a Deus que com pouco trabalho seja assim. Eles não lavram, nem criam. Não há aqui boi, nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem qualquer outra alimária, que costumada seja ao viver dos homens. Nem comem senão desse inhame, que aqui há muito, e dessa semente e frutos, que a terra e as árvores de si lançam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios, que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes comemos. (CAMINHA, Pero Vaz, Carta a El-Rei D. Manuel). Fonte 2 :Cada cabana tem seu superior. Este é o principal. Todos os seus principais têm [...] direito igual de mandar e reger. [...] Se um sobressaiu dentre os outros, como Cunhambebe, por ter se destacada em combate é mais ouvido pelo grupo em caso de guerra. Fora disso nenhum privilégio observei entre eles. (STADEN, Hans. Duas viagens ao Brasil (1547-1554). São Paulo: Edusp; Belo Horizonte: Itatiaia, 1994. p.164).
A - As fontes acima ressaltam o papel eurocêntrico de constituição da escrita histórica, cabendo ao historiador uma análise apurada sobre as informações presentes nesses relatoscheck_circleResposta correta
B - As fontes compõem um relato fidedigno da História da colonização brasileira a partir do século XVI, fazendo um papel significativo para a memória e constituição da História
C - As fontes não consideram a parcela de populações autóctones existentes no território brasileiro, assim, cabe ao historiador recriar e elaborar uma nova história para o Brasil
D - Os textos em nada se contradizem ao descreverem com exatidão a situação do Brasil durante o século XVI. Situação que perdurou até meados do século XIX em algumas regiões brasileiras
E - Os textos fazem parte de uma memória fantasiosa sobre o que teria acontecido nos anos iniciais da colonização, isso se deve pelo fato de não se ter fontes sobre o período
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Questão 4 de 10
O jesuíta Ascenso Gago, escrevendo no século XVII, assim descreveu parte de suas ações de catequização junto a grupos indígenas que vivam no Brasil no período:
"Assim, na Serra como na costa do mar, fizemos em chegando, logo igrejas para doutrinar e ensinar aos de língua geral (...) aos domingos e dias santos se lhes diz missa, acudindo também a ouvi-la, e depois da missa se lhes faz a sua prática, e sobre alguns dos mistérios da fé os exortamos a viver conforme os costumes dos cristãos."
In: LEITE, Serafim. Páginas da História do Brasil. São Paulo: Editora Nacional, 1937. p. 49-50.
Contextualizando as afirmações de Gago, é correto afirmar sobre as ações jesuítas de catequização no período colonial do Brasil:
A - A ação religiosa católica foi essencial para que se interrompesse a escravidão indígena no Brasil, que desapareceu em meados do século XVII.
B - Os jesuítas acreditavam que os indígenas eram seres selvagens e, por isso, não compreenderiam a doutrina cristã.
C - Os religiosos procuraram introduzir os indígenas ao cristianismo mas, também, agiram para mudar seus costumes e organização social.check_circleResposta correta
D - A manutenção da própria cultura da estrutura social dos grupos indígenas foi estratégia utilizada pelos jesuítas para difusão do cristianismo.
E - Enquanto os jesuítas se preocuparam com a edução das elites coloniais, o papel de catequização de indígenas ficou a cargo de padres franciscanos.
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Questão 5 de 10
Discutindo as dificuldades sobre a escrita da história indígena antes da chegada dos europeus ao Brasil, o pesquisador John Monteiro afirma:
"Parecem prevalecer entre os historiadores brasileiros ainda hoje [...] noções fundamentais que foram estabelecidas pelos pioneiros da historiografia nacional. A primeira diz respeito à exclusão dos índios enquanto legítimos atores históricos:são, antes, do domínio da antropologia, mesmo porque a grande maioria dos historiadores considera que não possui as ferramentas analíticas para se chegar nesses povos ágrafos que, portanto, se mostram pouco visíveis enquanto sujeitos históricos."
MONTEIRO, John. Tupis, tapuias e historiadores. Campinas: Unicamp. 2001. Tese de livre docência. p. 4
Sobre as fontes históricas existentes e a possibilidade de se escrever a história dos povos indígenas antes da chegada dos europeus à América, é correto dizer:
A - Os objetos materiais presentes em museus etnológicos são as únicas fontes para a história destes povos americanos já que atualmente se encontram extintos por completo.   cancelRespondida
B - Sendo povos ágrafos, são as entrevistas as únicas maneiras pelas quais se pode descobrir o passado dos indígenas, o que impede a escrita de uma história indígena para períodos mais antigos.
C - A história do Brasil se inicia com a chegada dos portugueses em 1500 e, por isso, não é importante a produção de estudos históricos sobre os indígenas que viviam no Brasil antes deste período.
D - Já que são povos sem escrita, os historiadores situam os indígenas como característicos do período Paleolítico, e são, para todos os efeitos, indivíduos pré-históricos.
E - Vestígios arqueológicos são alguns documentos que podem ser utilizados para a construção da história indígena pré-cabralina.check_circleResposta correta
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Questão 6 de 10
O documento a seguir foi escrito no século XVI, por Hans Staden, um marinheiro de origem alemã que viajou ao Brasil e acabou capturado por indígenas. 
"Quando eu estava andando na floresta, eclodiram grandes gritos dos dois lados da trilha, como é comum entre os selvagens. Os homens vieram na minha direção e eu reconheci que se tratava de selvagens. Eles me cercaram, dirigiram arcos e flechas contra mim e atiraram. Então gritei: 'Que Deus ajude minha alma!'; nem tinha terminado estas palavras, eles me bateram e empurraram para o chão, atiraram e desferiram golpes de lança sobre mim. "
STADEN, Hans. Duas viagens ao Brasil: primeiros registros sobre o Brasil. Porto Alegre: L&PM, 2011. p. 61.
Sobre o uso do texto de Hans Staden e de outros semelhantes como fontes para a história do Brasil, é correto dizer:
A - São as únicas fontes de informação de que dispomos para reconstruir a história dos indígenas na época pré-cabralina.
B - Contribuem para o conhecimento da cultura indígena no período, mas se deve considerar os preconceitos existentes nas narrativas.check_circleResposta correta
C - São falsos e devem ser desconsiderados, pois a barreira linguística impediu o relacionamento entre europeus e indígenas.
D - Comprovam que os indígenas que viviam no Brasil no período eram selvagens e estavam ainda na chamada Idade da Pedra.
E - Trata-se de literatura de ficção, em que a selvageria dos indígenas locais era inventada segundo o gosto dos leitores europeus.
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Questão 7 de 10
Escreveu famosamente o cronista português Pêro de Magalhães Gândavo, no século XVI, sobre os indígenas que viviam, à época, no Brasil:
"A língua deste gentio toda pela costa é uma: carece de três letras —, não se acha nela f, nem l, nem r, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei; e desta maneira vivem sem Justiça e desordenadamente"
Apud  SCHWARZ, Lilia. Nem preto nem branco, muito pelo contrário. São Paulo: Claro Enigma, 2013. p. 33
Contextualizando a afirmação de Gândavo no período histórico em que foi produzido, avalie as seguintes afirmativas. 
I. Estudos históricos têm demonstrado que, de fato, os grupos indígenas que viviam no Brasil, no século XVI, não possuíam organização política.
II. Documentos como o de Gândavo são usados na atualidade como documentos históricos sobre o passado indígena no Brasil.
III. Gândavo projetou sobre os povos indígenas que viviam no Brasil, suas próprias concepções culturais europeias.
IV. Gândavo adota uma perspectiva de relativismo cultural em sua análise sobre os indígenas, semelhante à utilizada pela Antropologia na atualidade.
Assinale a alternativa correta:
A - I, III e IV.cancelRespondida
B - II e IV.
C - II e III.check_circleResposta correta
D - I e III.
E - I, II e IV.
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Questão 8 de 10
Segundo o historiador Fernando Novais, a vida dos primeiros colonos portugueses no Brasil dialogava com dois aspectos essenciais:
"de um lado, sua inserção nos quadros da civilização ocidental; de outro, a sua maneira peculiar de integrar-se naquele universo. No primeiro aspecto [...], revela-se o que a Colônia tinha de comum com o mundo metropolitano; no segundo [...], talvez resida sua peculiaridade, pois o referencial [...] era, naturalmente, o mundo europeu".
NOVAIS, Fernando. Condições de privacidade na colônia. In. NOVAIS, Fernando (org.) História da vida privada no Brasil. v. I. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 15.
Relacionando esta afirmação com o que você conhece, a partir do livro da disciplina e dos vídeos, sobre a a história e a historiografia do Brasil colonial, é correto afirmar:
A - Ignorando a realidade colonial, os portugueses, inclusive mais que os espanhóis, ignoraram a realidade natural do Brasil e impuseram à colônia toda uma nova natureza para ser utilizada pelos colonizadores.
B - A ausência de instituições religiosas, o fraco poder central metropolitano, a prevalência do trabalho livre, foram características coloniais que se diferenciavam da realidade metropolitana.
C - Para a historiografia do Brasil colônia, a escravidão ou o sistema de plantation eram menos importantes à realidade dos habitantes locais do que a difusão de ideias religiosos. 
D - Ainda que os portugueses lançassem suas interpretações culturais para compreender o Brasil, as especificidades da vida colonial exigiam adaptações conforme as demandas locais.check_circleResposta correta
E - A presença constante de revoltas coloniais é evidência da presença de um sentimento nativista e patriótico brasileiro desde o século XVI. 
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Questão 9 de 10
Assim dizia trecho do Regimento de Tomé de Sousa, de 1548:
"E o tempo vos parecer disposto para isso, praticareis, com pessoas que o bem entendam, a maneira que tereis para poder castigar os culpados, o mais a vosso salvo, e com menos risco da gente que puder ser, e como assim tiverdes praticado, o poreis em ordem, destruindo-lhes suas aldeias e povoações, e matando e cativando aquela parte deles que vos parecer que abasta para seu castigo e exemplo de todos [...]. E no tempo que vos pedirem paz, trabalhareis por haver a vosso poder alguns dos principais que foram no dito alevantamento, e estes mandareis, por justiça, enforcar nas aldeias donde eram principais."
Regimento que levou Tomé de Souza governador do Brasil, Almerim, 17/12/1548. Disponível em <http://lemad.fflch.usp.br/sites/lemad.fflch.usp.br/files/2018-04/Regimento_que_levou_Tome_de_Souza_governador_do_Brasil.pdf>. Acesso em 25 de março de 2020. p. 2.
Sobre este documento e o contexto histórico que o envolve, avalie as afirmativas seguintes.
Sendo assim, analise as sentenças a seguir e assinale V se a sentença for verdadeira e F se a sentença for falsa:
· (   )Apesar da autorização do uso da violência por parte da Coroa portuguesa, fica claro pelo documento a proibição de escravizarem indígenas.
· (   )No início do processo colonial, era objetivo do governo português o estabelecimento de relações pacíficas com os indígenas, como demonstra o texto do regimento.
· (   )Denominava-se de "guerra justa" a utilização de conflitos armados tanto para a destruição de grupos indígenas, quanto a busca por suaescravização.
· (   )A estrutura colonial portuguesa, que no Brasil se iniciou no século XVI, dependia da submissão da população local aos interesses portugueses.
· (   )Apesar de defender uma atitude agressiva perante os indígenas, o Regimento tornou-se letra morta pela resistência imposta pelos jesuítas.
A sequência correta é:
A - V, F, F, V, V
B - F, V, F, F, F
C - F, F, F, V, V
D - F, F, V, V, Fcheck_circleResposta correta
E - V, V, V, F, F
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Questão 10 de 10
Observe abaixo um trecho do manuscrito de Pero M. Gandavo, cronista português que residiu no Brasil: Havia muitos destes índios pela costa junto das Capitanias, tudo enfim estava cheio deles quando começaram os portugueses a povoar a terra; mas porque os mesmos índios se levantaram contra eles e faziam-lhes muitas traições, os governadores e capitães da terra destruíram-nos pouco a pouco e mataram muitos deles, outros fugiram para o Sertão, e assim ficou a costa despovoada de gentio ao longo das Capitanias. Junto delas ficaram alguns índios destes nas aldeias que são de paz, e amigos dos portugueses. (GANDAVO, 1576, p.52) Glossário - Gentio: indígena. Analisando o período a partir do ponto de vista dos colonizadores portugueses assinale a alternativa que demonstre as maneiras de domínio sobre o território americano
A - a administração portuguesa estimulava a captura de mão de obra para as atividades produtivas e a fixação dos colonos à terra por meio das sesmarias.check_circleResposta correta
B - a Corte Portuguesa não se manifestou até a formação das Capitanias, a princípio a terra americana havia sido conquista por governadores e capitães
C - as traições dos gentios aos portugueses aconteciam principalmente na posse da terra, pois nas ações comerciais envolvidas haviam muitas trapaças
D - o domínio sobre a terra foi em comum acordo com as populações gentis, que recepcionaram as inúmeras expedições portuguesas em solo brasileiro
E - Os gentios auxiliavam na posse da terra ao matarem seus conterrâneos e capturando até mesmo aqueles que se debandavam para o Sertão.