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Slide - Crimes Hediondos - Resumo

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LEI Nº 8.072 DE 1990.
LEI DOS CRIMES HEDIONDOS
Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras providências.
MANDADO CONSTITUCIONAL DE CRIMINALIZAÇÃO –
  
Art. 5º, XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
 
Segundo Cleber Masson, os mandados de criminalização indicam matérias sobre as quais o legislador ordinário não tem a faculdade de legislar, mas a obrigatoriedade de tratar, protegendo determinados bens ou interesses de forma adequada e, dentro do possível, integral. Salienta-se, assim, que os mandados constitucionais de criminalização são normas de eficácia limitada. Isto porque não define a conduta incriminada, nem muito menos estabelece sanção, vindo apenas a definir, de forma nem sempre a especificar, a conduta por incriminar.
Sistemas/Critérios para definição de crime hediondo
 
Sistema legal – Numerus clausus (números fechado) É crime hediondo todo aquele que a lei prevê expressamente como tal, desconsiderando a análise do caso concreto por parte do juiz. Desta forma, quem diz que o crime é hediondo ou não é o legislador (através da lei) e não o juiz. Assim, o rol dos crimes hediondos, conforme previsto na lei, é taxativo, e não exemplificativo.
Sistema Judicial - Fica a critério do juiz a decisão sobre o caráter hediondo ou não. O Juiz analisa o caso concreto e decide pela hediondez ou não. 
Sistema Misto – numerus apertus (Números abertos) Aqui o legislador traz um rol exemplificativo de crimes hediondos. O juiz, conforme o caso concreto, decidirá pela hediondez ou não.
CRIME DE MÁXIMO POTENCIAL OFENSIVO – 
 
Supremo Tribunal Federal – “Daí porque ela, Constituição, explicitamente trabalha com dois extremos em matéria de política criminal: os crimes de máximo potencial ofensivo (dentre os quais os chamados delitos hediondos e os que lhe sejam equiparados, de parelha com os crimes de natureza jurídica imprescritível) e as infrações de pequeno potencial ofensivo (inciso I do art. 98 da CF). Mesmo remetendo à conformação legislativa ordinária a descrição dos crimes hediondos, bem como daqueles de pequeno potencial de ofensividade.” Habeas Corpus 109.277; Sergipe, Segunda Turma; 13/12/2011)
ANÁLISE DO ART. 1º, CAPUT;
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994)
Crimes Hediondos previstos no Código Penal;
Rol Taxativo –
Crimes Hediondos previstos no Código Penal Militar;
Homicídio simpes – Homicídio Condicionado –
CP – “Art. 121 Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. (...)
 
OBSERVAÇÕES –
Por sis só, não é hediondo.
Somente será hediondo se o crime for praticado em atividade típica de grupo de extermínio.
Homicídio qualificado (art. 121, §2º, CPB)
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo futil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Feminicídio       (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
§ 2º-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - violência doméstica e familiar;      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.  
Homicídio Funcional –
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição:     (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
Inclusão do inciso “VIII” no Art. 121, CP – 
CP – Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
(...)
VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido:”  
MILÍCIA PRIVADA E GRUPO DE EXTERMÍNIO 
NÃO É HEDIONDO!
Art. 121, § 6o  A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.       (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012)
 
HOMICÍDIO HÍBRIDO – QUALIFICADO-PRIVILEGIADO.
STF –  Fachin ressaltou que a jurisprudência do próprio STJ é no sentido de que o homicídio qualificado-privilegiado NÃO CONFIGURA CRIME HEDIONDO e, como tal aspecto não foi impugnado pela acusação, não poderia ser examinado no segundo julgamento. “ (Processos relacionados; HC 136768; Terça-feira, 27 de setembro de 2016)
LESÃO CORPORAL FUNCIONAL –
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição;                 (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
HIPÓTESES DE ROUBO COMO CRIME HEDIONDO –
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine);          (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
II - roubo:
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V);
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B);
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º);
	 
 
 
Arma
 de fogo	Posse ou porte de uso permitido ou restrito (art. 16, §1º, Estatuto do Desarmamento) 	Não é hediondo!
		Homicídio cometido pelo emprego de arma de fogo (art. 121, §2º, VIII)	É hediondo!
		Posse ou porte de arma de fogo de uso proibido (art. 1º, parágrafo único, II, Lei dos Crimes Hediondos); (art. 16, §2º, Estatuto do Desarmamento) 	É hediondo
		Comércio Ilegal (art. 17, Estatuto do Desarmamento) de arma de fogo, acessório e munição de uso permitido, restrito ou proibido.  	É hediondo
		Tráfico (art. 17, Estatuto do Desarmamento) de arma de fogo, acessório e munição de uso permitido, restrito ou proibido. 	É hediondo
Roubo qualificado –
Art. 157, § 3º  Se da violência resulta: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e multa; (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, e multa.  (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
STF – Súmula 603 – A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do tribunal do júri.
STF – Súmula 610 – Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima.
	Subtração do patrimônio	Morte da
 vítima	Latrocínio
	Consumada	Consumada	Consumada
	Tentada	Consumada	Consumada
	Tentada 	Tentada	Tentada
	Consumada	Tentada	Tentada
–
HIPÓTESES DE EXTORSÃO COMO CRIME HEDIONDO –
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o);           (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrênciade lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º);
Código Penal – Extorsão
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade.
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior.  
§ 3o  Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente
Lei dos Crimes Hediondos –
Art. 1º, III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º);
Código Penal –
Art. 158, § 3o  Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente
EXTORSÃO MEDIANTE SEQÜESTRO
E NA FORMA QUALIFICADA
Art. 1º, IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);  (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
 
Formas de estupro como crime hediondo
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);   (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
ESTUPRO DE VULNERÁVEL
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Súmula 593 do STJ – “O crime de estupro de vulnerável configura-se com a conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante o eventual consentimento da vítima para a prática do ato, experiência sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso com o agente”.
EPIDEMIA COM RESULTADO MORTE
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).  (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
STF: É inconstitucional a pena de reclusão de 10 a 15 anos cominada para a importação de medicamento sem registro –  
“É inconstitucional a aplicação do preceito secundário do artigo 273 do Código Penal, com a redação dada pela Lei 9.677/1998 – reclusão de 10 a 15 anos – à hipótese prevista no seu parágrafo 1º-B, inciso I, que versa sobre a importação de medicamento sem registro no órgão de vigilância sanitária. Para esta situação específica, fica repristinado o preceito secundário do artigo 273, na redação originária – reclusão de um a três anos e multa” (RE 979.962/RS, j. 24/03/21).
 
FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO –
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º).  (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014)
	Art. 218-B, CP	Art. 228, CP
	Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável. 	Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual.
	Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone. 	Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone: 
FURTO QUALIFICADO COM EMPREGO DE EXPLOSIVO
IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A).
	 
 
 
EXPLOSIVO	Homicídio cometido pelo emprego de explosivo (art. 121, §2º, III, CP)	É hediondo!
		Furto mediante emprego de explosivo  (art. 155, §4º-A, CP) 	É hediondo!
		Furto de explosivos (Art. 155, §7º) 
 	Não é hediondo
		Roubo mediante emprego de explosivo (art. 157, §2º-A, II, CP)
 	Não é hediondo
		Roubo de explosivos (art. 157, §2º, VI, CP)
 	Não é hediondo
			
			
			
	 
 
 
 
Explosivo	Possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário (...)(Art. 16, parágrafo único, III, Estatuto do Desarmamento)	Não é hediondo
		Vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; e (Art. 16, parágrafo único, III, Estatuto do Desarmamento)
 	 
 
Não é hediondo
		Produzir (...) munição ou explosivo. (Art. 16, parágrafo único, V, Estatuto do Desarmamento)
 	Não é hediondo
ART. 1º, PARÁGRAFO ÚNICO – 
CRIMES HEDIONDOS FORA DO CÓDIGO PENAL –
Parágrafo único.  Consideram-se também hediondos o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, e o de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, previsto no art. 16 da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, todos tentados ou consumados.                  (Redação dada pela Lei nº 13.497, de 2017)
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados:
I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956
ARMA DE FOGO DE USO PROIBIDO
II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
	Antes do Pacote Anticrime	Depois do Pacote Anticrime
	Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, (....) sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
 	Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir (...) sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
	Sem previsão de §2º -
 	§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.” (Incluído pela Lei N. 13.964 de 2019)
II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
Sexta Turma afasta natureza hedionda do porte de arma de uso permitido com numeração raspada - ​O porte ou a posse de arma de fogo de uso permitido com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado, não tem natureza de crime hediondo. (09/02/2021)
Segundo a relatora, durante os debates no Poder Legislativo, ficou claro que a proposta dos parlamentares era que somente os crimes que envolvessem armas de fogo de uso restrito fossem incluídos no rol dos hediondos; posteriormente, ao dar nova redação aos dispositivos legais em questão, a Lei 13.964/2019 reforçou o entendimento de que apenas foi equiparado a hediondo o crime de posse ou porte de arma de uso proibido, previsto no artigo 16 da Lei 10.826/2003.
 
O Ministro Marco Aurélio (relator) denegou a ordem. Considerou que, no caso, a dosimetria e o regime inicial de cumprimento das penas fixadas atenderiam aos ditames legais. Asseverou não caber articular com a Lei de Crimes Hediondos, pois a regência específica (Lei 9.455/1997) prevê expressamente que o condenado por crime de tortura iniciará o cumprimento da pena em regime fechado, o que não se confundiria com a imposição de regime de cumprimento da pena integralmente fechado. Assinalou que o legislador ordinário, em consonância com a CF/1988, teria feito uma opção válida, ao prever que, considerada a gravidade do crime de tortura, a execução da pena, ainda que fixada no mínimo legal, deveria ser cumprida inicialmente em regime fechado, sem prejuízo de posterior progressão. 
 
V - o crime de organização criminosa, quandodirecionado à prática de crime hediondo ou equiparado.” (NR)
 
Lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013.
Art. 1º - § 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa:
ASSOCIAÇÃOES E NATUREZA CRIMINOSA
CP – Associação Criminosa – Não é hediondo!
Lei dos Crimes Hediondos (Art. 8º) – Associação para a prática de crimes hediondos ou equiparados - Não é hediondo!
Associação para o tráfico – Art. 35 da Lei de Drogas – Não é hediondo!
ASPECTOS PENAIS
E PROCESSUAS –
HEDIONDOS
CONSEQUÊNCIAS EM VIRTUDE DA PRÁTICA DE CRIMES HEDIONDOS 
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:  (Vide Súmula Vinculante)
I - anistia, graça e indulto;
II - fiança.  (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)
A GRAVIDADE EM ABSTRATO DO CRIME NÃO CONSTITUI FATOR DE LEGITIMAÇÃO DA PRIVAÇÃO CAUTELAR DA LIBERDADE.
– A natureza da infração penal não constitui, só por si, fundamento justificador da decretação da prisão cautelar daquele que sofre a persecução criminal instaurada pelo Estado. Precedentes.
STF – Impende assinalar, por isso mesmo, que a gravidade em abstrato do crime, qualquer que seja, não basta para justificar, só por si, a privação cautelar da liberdade individual de qualquer paciente. 
§ 1o  A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado.  (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)
LEI 8.072/90 E REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA - 
INFORMATIVO 672 DO STF - É inconstitucional o § 1º do art. 2º da Lei 8.072/90 (“Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: ... § 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado”). 
PROGRESSÃO DE REGIME 
LEI DOS CRIMES HEDIONDOS
§ 2º A progressão de regime, no caso dos condenados pelos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente, observado o disposto nos §§ 3º e 4º do art. 112 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal). (Redação dada pela Lei nº 13.769, de 2018) 
(Revogado pela Lei nº 13.964, de 2019)
REGRAS PREVITAS NA LEI DE EXECUÇÃO PENAL –
CONTEXTO HISTÓRICO – PROGRESSÃO DE REGIME –
 
Até o dia 27 de Março de 2007 –
O preso deveria cumprir apenas 1/6 da pena, independentemente de análise de primariedade, reincidência; ou se foi praticado com morte ou sem morte; 
Do dia 28 de Março de 2007 até o dia 23 de Janeiro de 2020 –
O preso deveria cumprir 2/5 da pena se primário ou 3/5 da pena se reincidente, independentemente de análise se o crime foi praticado com morte ou sem morte;
 Após o dia 23 de Janeiro de 2020 – 
Segue a regra da Lei de Execução Penal;
 
 
 
 
	PRIMÁRIO	REINCIDENTE	CRIME
	16%	20%	Crime comum cometido SEM violência à pessoa ou grave ameaça;
	25%	30%	Crime comum cometido COM violência à pessoa ou grave ameaça;  
	40%	60%	crime hediondo ou equiparado SEM MORTE
	50%	70%	crime hediondo ou equiparado COM MORTE
	50%		Líder de organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;
SÚMULA VINCULANTE 439 – STJ – “Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico. A nova redação omitiu a regra expressa de aplicação da norma mais benéfica e as divergências continuaram na prática forense da execução penal.”
Súmula 439 do STJ – "Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada".
LEI DE PRISÃO TEMPORÁRIA –
§ 4o  A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.  (Incluído pela Lei nº 11.464, de 2007)
Lei de Prisão temporária –
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
LIVRAMENTO CONDICIONAL 
"Art. 83. (...) V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza."
VEDAÇÕES –
Crime Hediondo ou Equiparado COM morte, independentemente de primariedade ou reincidência;
Reincidente específico em crimes dessa natureza, ou seja, em crime hediondo ou equipardo;
PERMISSÃO DE SAÍDA –
Art. 120, LEP – É possível, independentemente de requisito objetivo ou subjetivo;
SAÍDA TEMPORÁRIA –
Requisitos: Art. 123, LEP –
comportamento adequado;
cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o condenado for primário, e 1/4 (um quarto), se reincidente;
III - compatibilidade do benefício com os objetivos da pena.
VEDAÇÕES –
LEP – Art. 122, § 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere o caput deste artigo o condenado que cumpre pena por praticar crime hediondo com resultado morte. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA PARA PRÁTICA DE CRIMES HEDIONDOS
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.
Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços.

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