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1ª ATIVIDADE AVALIATIVA HERMENÊUTICA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO - UNIFSANota: 
PRÓ-REITORIA DE ENSINO
NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO
CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: HERMENÊUTICA 
 PROFESSOR(A): MARIA DO SOCORRO RODRIGUES COÊLHO
 ALUNO(A): AIKO SAYURI BENTO FALCÃO 
 Nome do aluno (a) completo e legível
 TURMAS: 
 DATA: 
 1ª VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM
LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO
	1. Esta atividade contém 5 questões discursivas e objetivas que contemplam os conteúdos e habilidades da (s) unidades estudadas da nossa Disciplina e terá um valor total de 10 pontos.
2. Verifique a data ou período de acesso a essa atividade e resolução das questões, para não perder o prazo.
3. Leia com atenção cada item desse instrumento avaliativo, observe as instruções para respostas das questões objetivas (marque apenas uma resposta por questão)
4. Responda cada questão discursiva em no mínimo 9 e no máximo 15 linhas, com posicionamentos fundamentados no material didático disponibilizado na sala de aula do AVA e nas discussões nos momentos síncronos, respeitando a organização de parágrafos, correção gramatical, ideias logicamente encadeadas, reflexão crítica, leitura e interpretação. 
5. Você terá 5 dias (19.03 a 23.03), a partir da postagem da atividade avaliativa para responder às questões objetivas e discursivas desse instrumento avaliativo.
6. Quando terminar, envie sua avaliação no espaço indicado na própria ferramenta disponibilizada para essa atividade e aguarde a correção, resultado e feedback pelo professor responsável.
OBS: UTILIZAR A COR AZUL PARA AS RESPOSTAS DA PROVA.
QUESTÃO 01
A Revolução Industrial e as transformações na organização da sociedade provocaram o declínio do sistema hermenêutico tradicional, surgindo um sistema que Maximiliano denominou de histórico-evolutivo ou evolutivo. Em sua análise do novo modelo, aduz que se deve observar [...] não só o que o legislador quis, mas também o que ele quereria, se estivesse no meio atual, enfrentasse determinado caso concreto hodierno, ou se compenetrasse das necessidades contemporâneas [...] (Maximiliano, 2011, pp. 38-39). Comente o pensamento de Maximiliano acima transcrito. (2,0)
RESPOSTA: O pensamento transcrito a cima defende a ideia de que cabe ao intérprete o trabalho de adaptação do texto legal às novas realidades e exigências da vida social, através de uma interpretação atualizadora, ou seja, transportando o pensamento da época da criação da lei para o presente.
E o faz verificando diante da lei não só o que o legislador quis (sua vontade real), mas também o que quereria se vivesse nas circunstâncias atuais (intenção possível do legislador). 
Trata-se, entretanto, de uma interpretação não-criadora, pois o trabalho do intérprete é apenas de atualização, sempre se situando no âmbito da lei, não se admitindo interpretação criadora à margem da lei. 
O interprete não cria o Direito, apenas revela novos aspectos de uma lei antiga.
QUESTÃO 02
 
A partir do que discutiu acerca dos pressupostos teóricos da Hermenêutica jurídica, analise como Corretas ou Erradas as seguintes proposições: (2,0)
I) ( V )Regras Legais de Interpretação encontram-se previstas no art. 4º e 5º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro-LINDB: Art. 4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito. Art. 5º. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. Tem-se ainda que verificar o resultado da interpretação levando em consideração o artigo 3º da Constituição Federal, no qual se encontra que constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
II) ( V )São três as espécies de regras de interpretação jurídica: as legais, as científicas e as jurisprudenciais.
III) ( V )Conforme Carlos Maximiliano, interpretar é explicar, esclarecer; dar o significado ao vocábulo, atitude ou gesto; reproduzir por outras palavras um pensamento exteriorizado; mostrar o sentido verdadeiro de uma expressão; extrair, de frase, sentença ou norma, tudo o que a mesma contém.
IV) ( V ) A hermenêutica e a interpretação jurídica são os dois pilares estruturais da ciência jurídica. São essas duas estruturas fundamentais que vão fazer a diferença entre os juristas e os meros curiosos acerca do universo jurídico.
 
V) ( V )A hermenêutica jurídica pode ser conceituada como “ uma ciência com um objeto específico – a sistematização e o estabelecimento das normas, regras ou processos que buscam tornar possível a interpretação e fixar o sentido e o alcance da lei”.
 
QUESTÃO 03
Maximiliano esclarece que a aplicação do Direito pressupõe: a) A Crítica, a fim de apurar a autenticidade e, em seguida, a constitucionalidade da lei, regulamento ou ato jurídico; b) A Interpretação, a fim de descobrir o sentido e o alcance do texto; c) o suprimento das lacunas, com o auxílio da analogia e dos princípios gerais do Direito; d) o exame das questões possíveis sobre a ab-rogação, ou simples derrogação de preceitos, bem como acerca da autoridade das disposições expressas, relativamente ao espaço e ao tempo (MAXIMILIANO, 2011, p. 7). Comente os elementos por ele elencados para a aplicação do Direito (2,0)
RESPOSTA: Maximiliano afirma que é necessário à essa adaptação: a crítica, a interpretação, o suprimento das lacunas, o exame das questões possíveis sob reab-rogação ou derrogação. 
A crítica é a observação minuciosa da norma jurídica, a fim de verificar a sua autenticidade e constitucionalidade. 
A interpretação é o ato de explicar o sentido de alguma coisa, esclarecer, mostrar o sentido verdadeiro de uma expressão. Ao ato de interpretar a norma jurídica cabe revelar o seu sentido e o seu alcance. O sentido de uma norma jurídica, é a sua finalidade, é entender os valores que o legislador quis proteger; e o alcance é a demarcação do campo de incidência da norma, ou seja, entender em que fatos sociais a norma irá incidir. 
Algumas normas jurídicas, porém, possuem lacunas, pois, por mais bem elaboradas que sejam, as normas não englobam todos os acontecimentos sociais. Para suprir tais falhas e omissões das normas, utiliza-se do processo de integração, que é o suprimento das lacunas. A analogia é utilizada quando um caso que não é previsto na norma jurídica, é solucionado à partir da solução de um caso semelhante, porém, previsto na norma jurídica. Os costumes são práticas habituais criadas espontaneamente pelo povo, que possuem força de lei. Já os princípios gerais do direito, possuem uma definição muito ampla e divergente entre os autores. 
Por fim, segundo Maximiliano é necessário o exame das questões possíveis sobre ab-rogação ou derrogação, ou seja, sobre revogação total de uma lei, ou apenas revogação parcial dela, analisando-a segundo o espaço e o tempo.
QUESTÃO 04
Carlos Maximiliano assevera que Hermann Kantorowcz, adepto da Escola da Livre Indagação, veio a propor que o magistrado buscasse o ideal jurídico dentro ou fora da lei, advogando que o juiz não deveria se preocupar com o texto legal, de forma que poderia decidir proeter e também contra legem, à luz de sua consciência jurídica. Carlos Maximiliano compactua com essa doutrina? Justifique sua resposta. (2,0)
RESPOSTA: O autor Carlos Maximiliano, não compactua com essa doutrina extremada que poderia decidir proeter e também contra legem, à luz de sua consciência jurídica, entendendo que não se pode desprezar a lei em favor de um critério pessoaldo julgador.
Ele deixa ao aplicador do Direito a tarefa de enquadrar o fato humano em uma norma jurídica, para o que é indispensável compreendê-la bem, determinar-lhe o conteúdo, procurando reconhecer a norma em sua verdade, a fim de aplicá-la, com acerto, à vida real. 
Maximiliano cita também que “O jurista esclarecido pela Hermenêutica, descobre, em Código, ou em um ato escrito, a frase implícita, mais diretamente aplicável a um fato do que o texto expresso”.
QUESTÃO 05
Considere a reflexão de Lenio Luiz Streck:
“A compreensão do (novo) papel a ser desempenhado pela jurisdição constitucional no Estado Democrático de Direito implica uma ruptura paradigmática. Com efeito, a crise que fustiga o Direito – que, sem dúvida, causa (ou deveria causar) o mal-estar na comunidade jurídica preocupada com o Direito enquanto fator de transformação social – está obnubilada por um imaginário dogmático que continua refém de um sentido comum teórico, no interior do qual o ser da constituição (compreendida no seu papel constituidor, dirigente e compromissário) se apaga. Daí que a ausência de função social do Direito, e, portanto, a sua (não) inserção no horizonte de sentido proporcionado pelo Estado Democrático de Direito, compreendido, a partir das condições de possibilidades de sua existência e, desse modo, a partir das possibilidades do intérprete ser-no-mundo e ser-com-os-outros, perde-se em meio a uma ‘baixa constitucionalidade’ composta por discurso jurídico alienado da condição histórica da sociedade brasileira.”
A partir da reflexão realizada acerca dos posicionamentos de Lenio Streck, assinale a opção correta e justifique a escolha realizada. (2,0)
A ) há uma crise no interior da dogmática jurídica e da hermenêutica constitucional, que só pode ser superada por uma filosofia da consciência, de modo a tornar o intérprete imparcial, para que se possa, utilizando-se de procedimentos e métodos lógicos formais, alcançar o real sentido das normas constitucionais.
B) a superação da crise do paradigma liberal individualista no plano da interpretação constitucional implica a necessidade de utilização de uma hermenêutica de bloqueio, que deve trazer como consequência uma racionalidade na eficácia dos dispositivos constitucionais, no tocante aos direitos fundamentais sociais, em face da finitude dos recursos econômicos (reserva do possível).
C) a hermenêutica deve dotar o intérprete de instrumentos racionais que possam colocá-lo numa perspectiva reflexiva – para além das contradições do mundo real –, de modo a que possa alcançar a exata compreensão dos fenômenos e sentidos objetivados pela constituição.
D) a tarefa proposta é a insurgência contra uma hermenêutica que opera a partir de um paradigma liberal individualista e de um eixo metodológico invertido, num horizonte reducionista e que impede que o novo – o sentido da Constituição que aponta para o resgate das promessas de modernidade – venha à tona ou, em outros termos, opera-se um bloqueio das possibilidades de transformação da realidade pelo Direito e pela Constituição. (X)
RESPOSTA: LETRA D
Pois a justiça constitucional com todo seu destaque no Estado Democrático de Direito, deve-se ater a que esse papel reservado à jurisdição constitucional deve ser compreendido pelo contexto da nova feição assumida pelo direito no paradigma do Estado Democrático de Direito.
Streck afirma no sentindo que é essencial acabar com esse o paradigma liberal e se ater a Constituição, principalmente seu papel dirigente e compromissário. A principal crítica de Streck é o liberalismo que vem a tona no imaginário jurídico e dessa forma causa uma “baixa constitucionalidade”, ou seja, uma fraca compreensão do que é a Constituição de sua força normativa.
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