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APS Saúde a Criança e a Mulher Prevenção de Acidentes na infância

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APS – Saúde a Criança e a Mulher 
Aluno: João Victor Sola Barreto Marcelino 
RA: 21192100 
Prevenção de Acidentes na infância 
 
Acidentes domésticos são bem frequentes na infância principalmente porque os pais não 
sabem que as crianças não conseguem definir o que é perigoso ou arriscado. 
Os maiores acidentes são: asfixias, sufocações, afogamentos, quedas, queimaduras, corpos 
estranhos, traumas, choques elétricos e intoxicações. 
Queimaduras 
Queimaduras são o número 1 em acidentes dentro do lar onde a maioria ocorre nas cozinhas e 
com a presença e um adulto. 
Causas comuns de queimaduras: 
• Escaldadura (queimadura por líquidos quentes) – é a principal causa em menores de 5 
anos. 
• Contato com fogo e objetos quentes – as queimaduras por chamas são mais graves, 
atingem maior extensão e profundidade da pele. O álcool é um importante agente 
causador. 
• Queimadura provocada por substâncias químicas – a ingestão de soda cáustica continua 
sendo a maior fonte de queimaduras químicas em crianças. As pequenas pilhas, as 
baterias de relógios e de aparelhos eletrônicos representam perigo por possuir 
conteúdo corrosivo. 
• Queimadura por exposição à eletricidade – os acidentes por fios e aparelhos elétricos 
acometem mais as crianças menores de 5 anos. Também são vítimas os adolescentes 
que ao empinar ou retirar pipas da rede elétrica têm contato com fios de alta tensão. 
• Exposição excessiva ao sol. 
Reconhecendo a área queimada 
 
 
Ela pode ser classificada em 3 diferentes tipos de graus: 
QUEIMADURA DE 1° GRAU. As queimaduras atingem apenas as camadas superficiais da 
pele a epiderme. Geralmente a região atingida fica avermelhada, um pouco dolorosa, 
mas não se verifica a formação de bolhas. 
 
 
 
 
 
 
 
QUEIMADURAS DE 2° GRAU. Atingem camadas mais profundas da pele atingindo a 
derme superficialmente. Geralmente há formação de bolhas e desprendimento de 
fragmentos da pele. Quanto mais profunda a queimadura menor é a dor. 
 
 
 
 
 
QUEIMADURAS DE 3° GRAU. São lesões bastante graves, onde todas as camadas da 
pele foram atingidas. Podem também envolver outros tecidos além da pele. 
Geralmente vêm acompanhada de queimadura de 2° grau. 
 
 
 
 
 
O tratamento da queimadura começa ainda em domicílio. Recomenda-se água corrente em 
temperatura ambiente por 30 min a depender da extensão, caso grave, levar direto à emergência>Evitar 
uso de agente neutralizante 
Retira-se roupas e adereços que possam atrapalhar a limpeza do local; resfriamento com água; 
hidratação etc. 
Prevenção dos acidentes 
 
Dentro das estratégias que podem oferecer uma maior redução dos riscos, podemos dividi-las em 
estratégias ativas e passivas. As estratégias ativas são aquelas que dependem exclusivamente da atuação 
dos cuidadores das crianças, como por exemplo decidir por colocar a criança pré-escolar na cadeirinha do 
carro, ou então o cinto de segurança para os maiores. 
 
As estratégias preventivas passivas são aquelas que independem da ação do cuidador e falam mais 
sobre as normativas que preconizam as leis (consumo de bebida alcoólica por menores de 18 anos) e a 
viabilidade de mercado de determinado produto (alimentos e brinquedos, por exemplo). Essas passivas 
são, muitas vezes, muito mais eficazes que todas as outras estratégias. Além dessas, existem ainda as 
estratégias preventivas mistas, ou seja, dependem inicialmente da ação do cuidador, mas depois 
funciona de forma independente, como a instalação de proteção de escadas e corrimão e a rede/ grade 
de proteção em janelas. 
Por fim, é importante que a todo o momento essas orientações sejam disponibilizadas aos pais em 
consulta, como já foi dito. Ou seja, salientar sempre que a supervisão da criança precisa ser contínua, 
que é necessário que se guarde objetos cortantes e perfurantes, que é necessário instalar os dispositivos 
de prevenção na casa e que precisa manter distante os medicamentos e produtos de limpeza. 
Em casa 
• Mantenha as crianças longe da cozinha e do fogão, principalmente durante o preparo das 
refeições; 
• Cozinhe nas bocas de trás do fogão e sempre com os cabos das panelas virados para dentro, 
para evitar que as crianças entornem os conteúdos sobre elas. O uso de protetores de fogão é 
um cuidado a mais para evitar que a criança tenha acesso às panelas; 
• Evite cuidar, ficar perto ou carregar as crianças no colo enquanto mexe em panelas no fogão ou 
manipula líquidos quentes. Até um simples cafezinho pode provocar graves queimaduras na 
pele de um bebê; 
• Deixe comidas e líquidos quentes no centro da mesa, longe do alcance das crianças; 
• Não utilize toalhas de mesa compridas ou jogos americanos. As crianças podem puxar esses 
tecidos, causando escaldadura ou queimadura de contato; 
• Durante o banho do bebê, coloque primeiro a água fria e verifique a temperatura da banheira 
imergindo a mão inteira na água, espalhando os dedos e movendo a mão por toda a extensão 
da banheira, para ter certeza de que não há nenhum ponto muito quente; 
• Não deixe as crianças brincarem por perto quando você estiver passando roupa ou utilizando 
outro aparelho que produza calor, como secador de cabelo. Ao utilizá-los, desligue, tire da 
tomada e os guarde longe do alcance das crianças; 
• Fogos de artifício devem ser manipulados por profissionais e nunca por crianças. Nas festas 
juninas não permita brincadeiras com balões ou de saltar fogueira; 
• Brinquedos elétricos podem causar queimaduras. Evite brinquedos com elementos de 
aquecimento, como baterias e tomadas elétricas, para crianças com menos de oito anos; 
Eletricidade 
• Verifique sempre o estado das instalações elétricas. Substitua as fiações antigas e 
desencapadas. Os fios devem ficar isolados em locais adequados como canaletas e conduítes e 
longe do alcance das crianças; 
• Evite ligar vários aparelhos eletrônicos em uma mesma tomada; 
• As tomadas devem estar protegidas por tampas apropriadas, esparadrapo, fita isolante ou 
mesmo cobertas por móveis; 
• Cuidados com eletrodomésticos em mau estado de conservação, como ventiladores e 
geladeiras. Eles podem causar choque e curto-circuito. Se possível, faça revisões ou a troca 
desses produtos; 
• Antes de consertos e reformas em sua casa, desligue a chave geral. Prefira os serviços de um 
eletricista; 
• Desligue o chuveiro antes de mudar a chave de temperatura; 
• Não coloque objetos metálicos (facas, garfos etc.) dentro de equipamentos elétricos; 
• Considere a instalação de um dispositivo de proteção residual (DR) no quadro de distribuição de 
energia elétrica de sua casa. Esse aparelho tem a função de cortar a vazão de corrente elétrica 
que causa choques; 
• Só permita que as crianças empinem pipas em campos abertos, com boa visibilidade, sem a 
presença de fios e postes de eletricidade. Oriente-as quanto aos riscos do uso do cerol e de 
retirar a pipa caso enrosque na rede elétrica; 
• Oriente sobre os perigos de entrar nas áreas das estações de distribuição ou nas de torres de 
transmissão; 
Inflamáveis 
• Guarde fósforos, isqueiros, velas e outros produtos inflamáveis em locais altos e trancados, 
longe do alcance das crianças; 
• Muito cuidado com o álcool. Ele é responsável por um grande número de queimaduras graves 
em crianças. Guarde o produto longe do alcance delas. Não deixe que ele faça parte da 
brincadeira, principalmente quando já houver alguma fogueira ou chama por perto. O mais 
seguro é substituir qualquer versão de álcool por outros produtos de limpeza doméstica, como 
água e sabão; 
• Nunca jogue álcool sobre chamas ou brasas, nem utilize esse produto para cozinhar; 
• Use velas e candeeiros somente em cômodos onde há a supervisão de um adulto. Garanta que 
elas não estejam perto de objetos inflamáveis, como isqueiros, acetona, móveis de madeira, 
cortina, mosquiteiro ou colchões; 
• Só acenda velas em recipientes apropriados, como lamparina, ou em um prato fundo com água; 
• Apague velase candeeiros quando sair de casa, mesmo que seja por poucos minutos; 
• Deixe itens inflamáveis, como roupas, móveis, jornais e revistas, longe da lareira, do aquecedor 
e do radiador; 
• Tire todos os aquecedores portáteis do alcance das crianças; 
O que fazer em caso de incêndio? 
• Trace uma estratégia de saída de emergência e um ponto de encontro fora da casa, dessa forma 
todos os membros da família podem ser encontrados rapidamente; 
• Instale detectores de fumaça em todos os pavimentos de sua casa e em toda área de dormir. Os 
equipamentos devem ser testados mensalmente para comprovar seu bom funcionamento; 
• Ensine as crianças a se arrastarem embaixo da fumaça durante um incêndio para evitar 
intoxicação e a tocar nas portas antes de abri-las – se estiverem quentes, a criança deve usar 
uma saída alternativa; 
• Explique para a criança que ela nunca voltar a um prédio em chamas, por nenhuma razão, nem 
mesmo para ligar para o número de emergência. A ligação deve ser feita depois de deixar o 
edifício ou a casa; 
• “Pare, caia e role”. Oriente a criança para que, se pegar fogo em suas roupas, ela pare, deite no 
chão e role de um lado para o outro rapidamente para extinguir as chamas; 
• Caso a casa tenha detectores de fumaça, as crianças devem conhecer o som do aparelho e saber 
como agir ao soar o sinal. 
Medidas e Assistência empregada nas queimaduras 
A primeira medida a ser tomada deve-se remover a fonte de calor, afastando a vítima da chama ou 
retirando o objeto quente. Se as vestes estiverem em chamas, a vítima deve rolar-se no solo e nunca 
correr ou ser envolvida em cobertores, que podem ativar as chamas. As vestes devem ser retiradas, 
desde que não aderidas à pele; do contrário só devem ser removidas sob anestesia no momento do 
desbridamento da ferida. Em casos de queimaduras elétricas, deve-se providenciar a interrupção 
da corrente antes do contato com a vítima ou, se isso não for possível, tentar afastá-la com 
objeto isolante, como madeira seca. Em seguida deve-se providenciar o resfriamento da área 
queimada com água corrente fria de torneira ou ducha. Nunca deve ser feito com água gelada 
ou outros produtos refrescantes, como creme dental ou hidratantes. Além de promover a limpeza da 
ferida, removendo agentes nocivos, a água fria é capaz de interromper a progressão do calor, 
limitando o aprofundamento da lesão, se realizado nos primeiros segundos ou minutos, de aliviar 
a dor, mesmo se aplicado após alguns minutos, assim como pode reduzir o edema. Portanto o 
resfriamento com água corrente deve ser instituído o mais precocemente possível, durante cerca de 
10 minutos, podendo chegar a 20 minutos, caso seja necessário. 
 Porém deve ser mais breve quanto mais extensa for a queimadura, devido ao risco de hipotermia, 
não sendo recomendável em queimaduras superiores a 15% da SC – Superfície corporal. Após o 
resfriamento, a área queimada, se menor do que 5% da SC – superfície corporal pode ser protegida com 
gazes, compressas ou toalhas de algodão úmidas, em seguida coberta por plástico ou outro material 
impermeável, e por fim o paciente deve ser envolvido com manta ou cobertor. Aqui cabe a lembrança: 
"resfriar a queimadura, mas aquecer o paciente". 
De acordo com a SBQ – Sociedade Brasileira de Queimaduras, o atendimento inicial ao paciente 
queimado definirá a necessidade de internação ou tratamento ambulatorial. Nesse caso é necessário 
examinar as condições gerais do paciente; verificar a necessidade imediata de punção venosa 
(hidratação, analgesia, sedação); iniciar banho com água corrente e sabão neutro; história objetiva 
(como aconteceu o acidente); avaliar a necessidade de internação; quantificar a superfície corporal 
queimada, bem como a extensão e a profundidade. 
De acordo com Brunner & Suddarth (2002), o debridamento, uma das facetas do cuidado da 
queimadura, tem duas metas: 
1. remover o tecido contaminado por bactérias e corpos estranhos evitando contaminação. 
2. remover o tecido desvitalizado ou a escara da queimadura na preparação para o enxerto e 
cicatrização da lesão. 
Os acidentes são as principais causas de enfermidades e mortalidade infantil, por isso, toda criança deve 
ser constantemente vigiada e supervisionada. Os acidentes mais comuns ocorrem dentro de casa e 
podem variar desde uma simples queda - que pode trazer graves consequências – até 
queimaduras, intoxicação, sufocação, e outras lesões corporais. 
Conclusão 
Os levantamentos apresentados apontam para a urgência de medidas de controle e prevenção, bem 
como a realização de novas pesquisas que preencham lacunas do conhecimento e venham a colaborar 
no combate a este importante agravo à saúde infantil, a ocorrência de queimaduras. Indicam ainda que 
a maior parte dos acidentes por queimaduras está relacionado com atividades realizadas no ambiente 
doméstico, atingindo, principalmente, as crianças. As queimaduras infantis constituem importante 
causa de atendimento hospitalar e internação, além de causar sequelas físicas e emocionais 
relevantes. O fato da queimaduras infantis acontecerem, em grande parte, no ambiente doméstico 
sugere a modificação do mesmo, como forma efetiva de prevenção, além da supervisão direta da 
criança 
 
Bibliografia: 
https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/queimaduras/ 
https://www.scielo.br/pdf/reeusp/v21n1/0080-6234-reeusp-21-1-061.pdf 
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/les%C3%B5es-
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Tratamento de Queimados do Hospital de Urgência de Sergipe. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, v. 
27, n.3, 2012 
 
 
 
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https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/queimaduras/queimaduras
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/queimaduras/queimaduras

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