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Peça Cível 06 GLORIA MELO

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AO JUÍZO DA ... VARA DA FAMÍLIA, DA COMARCA DE PORTO VELHO, 
ESTADO DE RONDÔNIA 
 
JOANA, nacionalidade, estado civil, profissão, com CPF nº..., e-mail..., residente 
e domiciliada em endereço..., Porto Velho, Rondônia, vem, por meio de seu 
advogado que esta subscreve, atendendo e recebendo intimações no endereço 
..., o qual se informa com fulcro no art. 77, inciso V, do CPC/2015, diante de 
Vossa Excelência, propor 
 
AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS, com fulcro no art. 1º, da lei 11804/2008, 
art. 2º, da lei 5.478/68 e c/c com art. 319, do CPC/2015 
 
Em face de MÁRCIO, nacionalidade, estado civil, profissão, com CPF nº..., e-
mail..., residente e domiciliada em endereço..., Porto Velho, Rondônia, pelos 
fatos e direito expostos a seguir. 
 
I DOS FATOS 
A autora e o Réu mantiveram relacionamento amoroso por mais de dois 
anos no município de Porto Velho - RO, com divulgação nas redes sociais, fotos 
em viagens juntos, com coabitação nos últimos 6 meses, inclusive, sendo o 
endereço de correspondência de ambos. 
No último mês, a Autora descobriu estar grávida, revelando ao Réu sua 
gestação. Ao contrário do que se pudesse esperar, o Réu decidiu terminar o 
relacionamento amoroso, sugerindo que o filho que a Autora espera não fosse 
do casal, muito embora ela afirme o contrário. 
O Réu diz "que não quer saber da Autora e do filho que ela espera, e que 
não ajudará com nada". 
Diante dos acontecimentos, e diante de não ter condições financeiras de 
suprir sozinha as necessidades do nascituro, inclusive na fase gestacional, a 
Autora busca em juízo garantir o pagamento de alimentos gravídicos para auxílio 
nas despesas gestacionais, com as consultas pré-natais, complementos 
alimentares, compra de enxoval, móveis etc. 
 
II DO DIREITO 
 
DA PROTEÇÃO AO NASCITURO 
 
 A proteção ao nascituro é expressamente reconhecida pelo Código Civil 
e deve ser observada desde a sua concepção. 
 
Preceitua o art. 2º, do CC/02: 
 
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, 
mas a lei põe a salvo, desde o nascimento, os direitos do nascituro. 
 
Desse modo, a proteção ao nascituro, corresponde com a aplicação do 
princípio fundamental da dignidade da pessoa humana, o seu direito a um 
desenvolvimento saudável, quando ainda se encontra na vida intrauterina. 
Nesse sentido, requer-se o reconhecimento e aplicação da proteção do 
direito do nascituro, no presente caso. 
 
DOS INDÍCIOS DE PATERNIDADE 
 
 Há no caso em tela, indícios contundentes da paternidade do Réu 
atribuída ao nascituro da Autora. 
 O vínculo afetivo e relacional que tiveram, corroborado com a coabitação 
que mantiveram a Autora e o Réu, configuram os indícios de paternidade 
suficiente para fixação dos alimentos gravídicos. 
 Nos termos do art. 6º, da lei nº 11.804/08: 
 
Art. 6º Convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará 
alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as 
necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré. 
 
É de direito a fixação dos alimentos gravídicos pleiteados e, ainda que estes, 
após o nascimento da criança, sejam convertidos em pensão, como estabelece 
o parágrafo único do art. 6º, da lei 11.804/08: 
 
Parágrafo único. Após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam 
convertidos em pensão alimentícia em favor do menor até que uma das partes 
solicite a sua revisão. 
 
 Assim, requer-se a condenação do Réu ao pagamento de alimentos 
gravídicos a Autora. 
 
DO PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
 
É de direito que os alimentos contemplem todos aqueles necessários à 
dignidade da grávida, pois que de modo reflexo, alcançarão o nascituro. 
 Trata o art. 2º, da lei nº 11.804/08: 
 
Art. 2º Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores suficientes 
para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela 
decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as referentes a alimentação 
especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, 
internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e 
terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o juiz 
considere pertinentes. 
 
 Diante disso, requer-se que sejam pagos pelo Réu as despesas que se 
fizerem necessárias quanto aos cuidados da gravidez, os quais a lei específica 
e demais que possam surgir oriundos do estado gravídico. 
 
III DOS PEDIDOS 
 
 Em face do exposto, requer-se a Vossa Excelência que 
 
a) Seja o Réu citado, para apresentar resposta em 5 dias, conforme art. 7º, 
da lei 11.804/2008; 
b) Se revel o Réu, seja considerada sua ausência confissão ficta, nos termos 
do art. 7º, da lei nº 5.478/68; 
c) Seja o Réu condenado ao pagamento de alimentos gravídicos, arbitrados 
liminarmente, tornando-os definitivos após o nascimento da criança, 
convertendo-os em pensão alimentícia em favor dessa; 
d) Seja o Réu condenado ao pagamento do ônus da sucumbência, nos 
termos do art. 85, §2º, do CPC, e custas judiciais; 
e) Sejam admitidas todas as produções de prova em direito reconhecidas. 
 
Manifesta-se interesse pela audiência de conciliação/medicação. 
 
 
Dá-se a causa o valor de R$..., correspondente a 12 parcelas das prestações 
mensais de alimentos, conforme art. 292, inciso III do CPC/2015. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Lugar, data. 
 
 
 
 
Advogado 
OAB nº... / UF

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