petição inicial 1 enrico

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR, DOUTOR JUIZ DE DIREITO – JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITERÓI DO ESTADO DE RIO DE JANEIRO
Enrico, Brasileiro, Engenheiro Civil, solteiro, inscrito no CPF de N° xxx.xxx.xxx-xx, Registro de identidade xxxxx-xx, residente em Rua xxxxxxx, Niterói, Estado do Rio de Janeiro. Representado por seu advogado devidamente provido de procuração com poderes especiais, vem, respeitosamente, nos termos do artigo 100, parágrafo 2º do codigo penal. Oferecer, em face de Helena, Brasileira, Solteira, inscrita no CPF de N° xxx.xxx.xxx-xx, Registro de identidade xxxxx-xx, residente em Rua xxxxxx, Niterói, Estado do Rio de Janeiro. 
 QUEIXA-CRIME
Dos fatos
Enrico possuidor de perfil privado em site de redes sociais, usuário frequente de tal rede, alternando os contatos entre usuários com fins de descontração e profissional. No dia 19/04/2004, ao completar aniversário planejou reunião noturna para comemorar tal data comemorativa desfrutando da presença de familiares e amigos em famosa churrascaria na cidade de Niterói – RJ, na manhã de seu aniversário enviou o convite para todos os contatos presente em seu perfil na já citada rede social, Helena, ex-namorada, vizinha de Enrico, possuidora de perfil em tal rede social, inclusa em lista de contatos de Enrico, ciente, assim, da reunião e do motivo da comemoração, em sua residência, através de seu computador pessoal, publicou mensagem no perfil de Enrico. 
Helena, motivada em ofender e manchar a honra de Enrico, publicou a seguinte mensagem “ não sei o motivo da comemoração, já que Enrico não passa de um bêbado, irresponsável e sem vergonha! ”, tentando ainda prejudicar a reputação de Enrico mediante seus colegas de trabalho ainda efetuou a seguinte declaração “ele trabalha todo o dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário de expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo”, de imediato Enrico que estava em seu domicilio, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos declarados por Helena. Enrico em seu flagelo, despojado de sua honra, na presença de seus amigos Carlos, Miguel e Ramirez, não soube o que dizer, tentou ainda mesmo em tamanho constrangimento disfarçar o ocorrido, mas extinguiu-se todo seu entusiasmo e vontade de comemorar e a festa deixou de ser realizada. 
No dia seguinte do ocorrido Enrico dirigiu-se a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática, narrou os fatos a autoridade policial, entregou capturas de tela, impressa, contendo as ofensas e a página da rede social na internet onde poderia ser visualizada. Passados cinco meses da data do fato ocorrido Enrico procurou escritório de advocacia para lavrar pedido de reparação de danos. 
Do Direito
Dispõem o Código Penal
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
Observado os dispositivos, e os fatos descritos, conclui-se que a difamação se consuma em atribuir a alguém fato ofensivo à sua reputação, honra e reputação, quando terceiros tomam conhecimento do fato. Mesmo ainda que tal fato imputado seja inverídico.
Examinado o relato do querelante somado as capturas de tela das ofensas á ele imputado, torna-se evidente o dolo da querelada em trazer danos à imagem, reputação e honra de Enrico.
Dos Pedidos
Diante do exposto, postulo a vossa excelência, o recebimento da presente Queixa-Crime, citando a querelada a responder aos termos da presente ação penal, que seja citada e condenada nos termos dos art. 139, caput; 141, III do Código Penal, ainda solicito pelo Direito de retratação a imagem do querelante nos termos do Art. 2º, § 1º da LEI Nº 13.188, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2015. 
Art. 2º Ao ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social é assegurado o direito de resposta ou retificação, gratuito e proporcional ao agravo.  
§ 1º Para os efeitos desta Lei, considera-se matéria qualquer reportagem, nota ou notícia divulgada por veículo de comunicação social, independentemente do meio ou da plataforma de distribuição, publicação ou transmissão que utilize, cujo conteúdo atente, ainda que por equívoco de informação, contra a honra, a intimidade, a reputação, o conceito, o nome, a marca ou a imagem de pessoa física ou jurídica identificada ou passível de identificação.