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Modelo Queixa crime - Art 139 CP - Difamação

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Aluna: Lilian da Silva Rocha
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ______- Vara Especial Criminal da Comarca de Niterói – Rio de Janeiro.
Enrico, nacionalidade, profissão, portador da cédula de identidade R.G. nº xxxxx e inscrito no CPF nº xxxxx, residente a rua xxxxx, por intermédio de seu advogado e bastante procurador que esta subscreve, procuração anexa (Doc.), vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 41 do Código de Processo Penal, propor a presente
QUEIXA-CRIME
Em face de Helena, pelos motivos que a seguir passa a expor:
I - DOS FATOS
O querelante, na data de 19/04/2014, pela manhã, planejava uma reunião à noite com parentes e amigos para festejar seu aniversário em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, e resolveu, então, enviar o convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos. Helena, vizinha e ex-namorada de Enrico, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal de Enrico. Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, publicou o seguinte comentário: “não sei o motivo da comemoração, já que Enrico não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”, e, com o propósito de prejudicar Enrico perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”. 
Imediatamente, Enrico, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil pessoal. Enrico, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Carlos, Miguel e Ramirez, que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, Enrico tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. 
No dia seguinte, Enrico procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada.
II - DO DIREITO / JURISPRUDÊNCIA
Aduz o art. 139 do CP que “difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação é crime, punido com detenção, de três meses a um ano, e multa.
Não há como negar que o requerente sofreu incontroverso dano, quando difamado em sua rede social perante familiares e amigos, fato que o levou a cancelar sua comemoração de aniversário.
Ademais, no presente caso o delito deve ser sancionado com a causa de aumento de pena de 1/3, conforme o artigo 141, inciso III do CP por ter sido cometido por meio que facilita a divulgação:
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
(...)
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
No sentido das alegações até aqui presentes, observa-se a decisão;
PENAL. QUEIXA-CRIME. DIFAMAÇÃO. MATERIALIDADE E AUTORIA. PROVAS TESTEMUNHAIS E DOCUMENTAIS ROBUSTAS. VEICULAÇÃO DE MENSAGENS DIFAMATÓRIAS PELO EX-NAMORADO DA QUERELANTE EM REDE SOCIAL. PRESENTE O ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO ESPECÍFICO. CONDENAÇÃO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. 1. A veiculação de mensagens que ofendem a reputação da querelante pelo querelado em seu perfil público da rede social facebook, é fato que se subsume ao crime do artigo 139, do Código Penal. Comprovado o elemento subjetivo do tipo específico e inexistentes causas excludentes de culpabilidade ou de imputabilidade, eis que o querelado não demonstrou eficazmente que, ao tempo do fato, era, ainda que transitoriamente, incapaz de entender o caráter ilícito de sua conduta, é de rigor a manutenção da sua condenação. 2. Recurso conhecido e desprovido.
(TJ-DF 20160710012805 DF 0001227-76.2016.8.07.0007, Relator: DEMETRIUS GOMES CAVALCANTI, Data de Julgamento: 13/06/2019, 3ª TURMA CRIMINAL, Data de Publicação: Publicado no DJE : 18/06/2019 . Pág.: 160/177)
III – DO PEDIDO
Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência, que se digne receber a presente QUEIXA-CRIME, procedendo-se a citação da querelada, para que venha perante esse respeitável Juízo responder aos termos da presente AÇÃO PENAL, e ao final, condenando-a nos termos dos artigos 139 e 141, III do Código Penal, bem como pagar honorários de advogado, custas e despesas processuais.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, especialmente pela oitiva de testemunhas, que abaixo indica, devendo as mesmas serem intimadas nos endereços informados e na forma da lei, juntada de novos documentos.
Nestes termos
Pede deferimento
 
(Local, data, ano)
 Advogado
 
OAB
Rol de Testemunhas

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