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CCJ0006-WL-AMRP-10-Dos Defeitos nos Negócios Jurídicos

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DIREITO CIVIL I 
PROFA. DRA. EDNA RAQUEL HOGEMANN 
SEMANA 5 AULA 10 
 
TÍTULO 
 
A PESSOA JURÍDICA 
 
• Empresa pública: é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criada por lei para 
a exploração de atividade econômica que o governo seja levado a exercer por 
força de contingência ou de conveniência administrativa, podendo revestir-se de 
qualquer das formas admitidas em direito. 
 
• Sociedade de economia mista: é a entidade dotada de personalidade jurídica de 
direito privado criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob 
forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua 
maioria a União ou à entidade de Administração Indireta. 
 
PARTIDOS POLÍTICOS 
Associações civis que têm por escopo assegurar dentro do regime democrático, os 
direitos fundamentais estatuídos pelo CF/88. Foram considerados como pessoa 
jurídica de direito privado pela Lei 9.096, de 19.09.1995. 
 
ENTES DESPERSONALIZADOS 
Constituem um conjunto de direitos e obrigações, de pessoas e de bens sem 
personalidade jurídica e com capacidade processual, mediante representação; 
dentre eles podemos citar a família, as sociedades irregulares, a massa falida, as 
heranças jacente e vacante, o espólio e o condomínio. 
Não preenchem as condições legais e formais para serem enquadrados como 
pessoas jurídicas, por falta de alguns requisitos ou pela sua situação jurídica “sui 
generis”. 
 
Existência legal 
• As pessoas jurídicas de direito público iniciam-se em razão de fatos históricos, 
de criação constitucional, de lei especial e de tratados internacionais, se tratar-
se de pessoa jurídica de direito público externo; nas pessoas de direito privado, 
o fato que lhes dá origem é a vontade humana, sem necessidade de qualquer 
ato administrativo de concessão ou autorização, salvo os casos especiais do CC 
(arts. 18 e 20,§§ 1º e 2º), porém a sua personalidade jurídica permanece em 
estado potencial, adquirindo status jurídico, quando preencher as formalidades 
ou exigências legais; o processo genético apresenta-se em 2 fases: a do ato 
constitutivo, que deve ser escrito, e a do registro público. 
 
Capacidade da pessoa jurídica 
 
Decorre da personalidade que a ordem jurídica lhe reconhece por ocasião de seu 
registro; essa capacidade estende-se a todos os campos do direito; pode exercer 
todos os direitos subjetivos, não se limitando à esfera patrimonial; tem direito à 
identificação, sendo dotada de uma denominação, de um domicílio e de uma 
nacionalidade; a pessoa jurídica tem capacidade para exercer todos os direitos 
compatíveis com a natureza especial de sua personalidade. 
 
Responsabilidade contratual 
 
A pessoa jurídica de direito público e privado, no que se refere à realização de um 
negócio jurídico dentro do poder autorizado pela lei ou pelo estatuto, deliberado 
pelo órgão competente, é responsável, devendo cumprir o disposto no contrato, 
respondendo com seus bens pelo inadimplemento contratual (CC, art. 1.056); terá 
responsabilidade objetiva por fato e por vício do produto e do serviço. 
 
Responsabilidade extracontratual 
 
 As pessoas de direito privado devem reparar o dano causado pelo seu 
representante que procedeu contra o direito; respondem pelos atos ilícitos 
praticados pelos seus representantes, desde que haja presunção juris tantum de 
culpa in eligendo ou in vigilando , que provoca a reversão do ônus da prova, 
fazendo com que a pessoa jurídica tenha de comprovar que não teve culpa 
nenhuma (STF, Súmula 341); as pessoas de direito público são civilmente 
responsáveis por atos dos seus representantes que nessa qualidade causem danos 
a terceiros, procedendo de modo contrário ao direito ou faltando dever prescrito por 
lei, salvo o direito regressivo contra os causadores do dano; bem como as de direito 
privado que prestem serviços públicos. 
 
Fim da pessoa jurídica 
 
A pessoa jurídica tem o seu fim através da dissolução, deliberada entre seus 
membros, ou quando é cassada a autorização para seu funcionamento, porém 
subsiste até a conclusão da liquidação. Concluída a liquidação, será cancelada a 
inscrição da pessoa jurídica. Ainda poderá ter seu fim por determinação legal ou por 
ato do governo. 
 
DOMICÍLIO DA PESSOA JURÍDICA 
Domicílio: é a sua sede jurídica, onde os credores podem demandar o cumprimento 
das obrigações; é o local de suas atividades habituais, de seu governo, 
administração ou direção, ou, ainda, o determinado no ato constitutivo. 
 
As regras sobre o domicílio das pessoas jurídicas concentraram-se num mesmo 
dispositivo legal, bordejando as pessoas jurídicas de direito público interno e as 
pessoas jurídicas de direito privado. 
 
Domicílio da pessoa jurídica de direito público interno 
 
Diz o Código que o domicílio: 
 
a) da União é o Distrito Federal; 
 
b) dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; e 
 
c) dos Municípios, o lugar onde funcione a administração municipal. Releva advertir 
que as autarquias e as demais entidades de caráter público criadas por lei foram 
enquadradas na categoria genérica das chamadas demais pessoas jurídicas de que 
cuida o Código Civil , a cujo regime jurídico equiparam-se para efeito de domicílio. 
 
Domicílio das demais pessoas jurídicas 
 
À exceção da União, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios, as pessoas 
jurídicas, de direito público interno ou de direito privado, têm como domicílio: 
a) o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações; ou 
b) o lugar designado no estatuto ou contrato social ou ato constitutivo. 
 
 
Domicílio plural 
 
• Característica que merece destaque é a de que a pessoa jurídica, se dispuser 
de estabelecimentos em lugares diferentes, será dotada de domicílio plural. 
Conforme o perfil, as características e as necessidades da pessoa jurídica, pode-se, 
perfeitamente, fragmentar a sua unidade nuclear, de cujos pedaços compõem-se 
outros estabelecimentos, a fim de otimizar a atuação da entidade, ao tempo em que 
cada uma delas será considerada domicílio para os atos individualmente praticados. 
Pluralidade de Domicílios 
• O regime adotado pelo Código Civil foi o de privilegiar a existência de mais de 
um domicílio, seja pessoa natural ou pessoa jurídica de direito privado, razão por 
que se disse que o legislador perfilhou a escola que cultiva a pluralidade de 
domicílio. 
 
Plural ou singular, o que importa, porém, é que haja pelo menos um domicílio, haja 
vista que não é crível a existência de pessoa jurídica ou de pessoa natural , ainda 
que desprovida de toda sorte de bens materiais, sem domicílio, como representação 
do local em que possa a ser encontrada 
 
Preponderância do domicílio 
 
• O domicílio da pessoa jurídica de direito privado é o lugar onde funcionarem as 
respectivas diretorias e administrações, isto quando dos seus estatutos não 
constar eleição de domicílio especial. O parágrafo 1º do mesmo artigo 
estabelece que se houver mais de um estabelecimento relativo a mesma pessoa 
jurídica, em lugares diferentes, cada qual será considerado domicílio para os 
atos nele praticados. 
• Caso a pessoa jurídica só tenha sede no estrangeiro, em se tratando de 
obrigação contraída por agência sua, levar-se-á em consideração o 
estabelecimento, no Brasil, a que ela corresponda, como emana do parágrafo 2º 
do já citado art. 75, CC. Dispõe a Súmula 363, do STF: "A pessoa jurídica de 
direito privado pode ser demandada no domicílio da agência, ou do 
estabelecimento, em que se praticou o ato". 
 
SAIBA MAIS: 
O Código de Processo Civil, em seu art. 88, I, e no parágrafo único, também 
disciplina a matéria, dispondo: 
 
"Art. 88. É competente a autoridade judiciária brasileira quando: 
 
I - o réu, qualquer que seja sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; 
 
Parágrafo único. Para o fim do disposto no n° I, reputa-se domiciliada no Brasil a 
pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal".

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