Buscar

UNIDADE III CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSTORNO MENTAIS_TRANSTORNO PSICÓTICO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prof.ª Patricia Braz
Juiz de Fora 
2021
UNIDADE III – CLASSIFICAÇÃO DOS 
TRANSTORNOS MENTAIS E O CUIDADO 
INTEGRAL: OLHANDO ALÉM DA 
PSICOPATOLOGIA
TRANSTORNOS PSICÓTICOS E PRINCIPAIS 
PSICOFÁRMACOS ENVOLVIDOS NO 
CUIDADO
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO JUIZ DE FORA
CURSO DE ENFERMAGEM
DISCIPLINA SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
1. TRANSTORNO DO PENSAMENTO
• Sistema psíquico (proposta por Freud):
O Id está presente desde o nascimento, e 
durante os dois primeiros anos de nossas vidas é 
ele quem nos orienta = o id é a parte da mente 
que quer gratificação imediata de todos os seus 
desejos e necessidades = fonte de energia 
psíquica ligada à impulsividade
O ego surge por volta dos dois anos de idade, é a partir 
da formação do ego que começamos a pensar sobre as 
consequências práticas daquilo que fazemos e os 
problemas que podem ser gerados através de nossas 
condutas. O “ego” precisa enfrentar o “id”, pois se não 
tomaríamos apenas decisões baseadas em nossos 
instintos. = é o aspecto racional da personalidade
O superego surge a partir dos 3 anos de idade e 
é resultado da socialização (basicamente o que 
se aprende através dos pais) e da internalização 
das normas socialmente aceitas. É o superego 
supervisiona o cumprimento das regras morais = 
é o componente moral da mente humana.
(SADOCK,SADOCK, RUIZ, 2016)
NEUROSES: sentimentos e
emoções exacerbadas
diante de determinadas
Situações. 
Ex: 
Medo – Fobia
Ansiedade – Transtorno de 
ansiedade generalizada
Tristeza – Depressão
(Sem episódios de alucinação 
e delírio).
EPISÓDIOS 
ISOLADOS DE 
DELÍRIO OU 
ALUCINAÇÃO:
Ex: uso de 
substância 
psicoativa, uso de 
medicação, 
condição médica.
PSICOSES: são
caracterizadas pelo
fenômeno da 
dissociação, por 
episódios contínuos 
de delírios ou 
alucinações 
(SADOCK,SADOCK, RUIZ, 2016)
Teorias Etiológicas
Hipótese Neuroquímica
Hipótese Genética
Distúrbio do 
neurodesenvolvimento na 
vida intrauterina
Teoria psicológica das 
relações sociais
1. TRANSTORNO DO PENSAMENTO
De onde vem ?
Como se explica?
(SADOCK,SADOCK, RUIZ, 2016)
Hipótese Neuroquímica
→ O uso de LSD causa sintomas como desrealização,
despersonalização e alucinações visuais, experiências
semelhantes a alguns sintomas da esquizofrenia.
→Esses efeitos se dão por intermédio do antagonismo de
receptores serotoninérgicos. Essa observação, feita ainda na
década de 1950, levantou a possibilidade de que um déficit de
serotonina estivesse envolvido na patogênese da esquizofrenia.
Hipótese Neuroquímica
(SADOCK,SADOCK, RUIZ, 2016)
Alterações Estruturais
(TC) de crânio 
→Atrofia cerebral, incluindo alargamento dos ventrículos cerebrais;
→Aumento de sulcos corticais numa proporção considerável de
pacientes esquizofrênicos crônicos e agudos;
→As áreas mais consistentemente implicadas têm sido as porções
mediais dos lobos temporais, sobretudo hipocampo e giro para-
hipocampal;
→ Diminuições de volume em áreas frontais, tálamo, gânglios da base e
corpo caloso têm sido também sugeridas.
(SADOCK,SADOCK, RUIZ, 2016)
→ Há uma correlação entre à esquizofrenia e a hereditariedade – parentes biológicos de
primeiro grau tem dez vezes mais risco de desenvolver a doença. A herdabilidade para
esquizofrenia é estimada em 0,83, uma das mais altas taxas entre todas as doenças
psiquiátricas
→ A probabilidade de uma pessoa ter esquizofrenia esta correlacionada com a proximidade
da relação com um parentesco afetado (parentes de primeiro ou segundo grau)
→ No caso de gêmeos monozigóticos, ou seja que têm carga genética idênticas, há uma
taxa de concordância para esquizofrenia de 50% essa taxa é a 4 a 5 vezes maior do que taxa
de ocorrência encontrada em gemêos dizigóticos ou em irmãos e parentes de primeiro grau
(irmão, pai e filho);
→ Fatores biológicos ou psicossociais do ambiente podem prevenir ou causar esquizofrenia
no indivíduo geneticamente vulnerável.
Hipótese Genética
(DALGALARRONDO, 2008; SADOCK,SADOCK, RUIZ, 2016)
→Estudos sobre a patogênese da esquizofrenia, baseada em processos
relacionados ao desenvolvimento cerebral, apontam vários eventos de
ocorrência precoce, durante a vida intrauterina ou logo após o
nascimento, que podem ser de importância fundamental na etiologia
de uma parcela dos casos de esquizofrenia, interferindo no
desenvolvimento normal de determinadas estruturas cerebrais e
tornando o indivíduo vulnerável ao surgimento mais tardio dos
sintomas da doença a saber,
➢ A má nutrição do feto, envolvendo especialmente redução no suprimento de
oxigênio, iodo, glicose, e ferro podem levar a prejuízos no desenvolvimento
do sistema nervoso central (SNC).
Distúrbio do 
neurodesenvolvimento na 
vida intrauterina
(SADOCK,SADOCK, RUIZ, 2016)
➢ As condições maternas que causam a má nutrição do feto e parecem aumentar o risco de
desenvolvimento da esquizofrenia, as quais incluem diabete, doença pulmonar crônica,
anemia, inanição maternal durante o primeiro trimestre de gestação.
➢ O nascimento prematuro extremo (ex. antes de 33 semanas gestacionais) parece aumentar o
risco para a esquizofrenia.
➢ Eventos perinatais, que compreende o período entre as 22 semanas e os 7 dias completos após
o nascimento, e complicações durante o parto podem causar danos ao hipocampo e córtex
cerebral por causar hipóxia ou isquemia;
➢ Estudos apontam que a frequência da esquizofrenia aumenta após a exposição da grávida ao
vírus da influenza durante o segundo trimestre da gravidez;
➢ Alguns dados indicam que a idade do pai tem correlação com o desenvolvimento com a
esquizofrenia. Foi verificado que aqueles nascidos de pais com mais de 60 anos de idade eram
vulneráveis a desenvolver o transtorno. Tal estudo fundamentou-se no fato da
espermatogênese dos homens mais velhos estar sujeita a maior dano epigenético do que em
homens mais novos.
Distúrbio do 
neurodesenvolvimento na 
vida intrauterina
(DALGALARRONDO, 2008; SADOCK,SADOCK, RUIZ, 2016)
→Meio social
→Meio familiar
→Estímulos 
→ Outros estressores
→Eventos traumáticos
→Uso de substâncias psicoativas
→Explicações (Teorias da Psicologia)
➢Ex: Psicologia Analítica: inflação dos arquétipos– Jung
➢Psicanálise: caso Schreber - Freud
Teoria psicológica das 
relações sociais
L
ig
ad
o
s 
o
u
 n
ão
 a
 o
s 
o
u
tr
o
s 
fa
to
re
s
(SADOCK,SADOCK, RUIZ, 2016)
Epidemiologia 
→A prevalência da esquizofrenia em diferentes populações é estimada em torno de 1%,
representando cerca de 100 milhões de pessoas;
→No Brasil, a doença afeta mais de 2,5 milhões de pessoas, que apresentam algum
transtorno mental grave ligado à esquizofrenia;
→A esquizofrenia é igualmente prevalente em homens e mulheres, sendo o início mais
precoce em homens. As idades do pico de início são entre 10 e 25 anos para homens e
entre 25 e 25 anos para mulheres. Quando o início ocorre após os 45 anos, o
transtorno é caracterizado como esquizofrenia tardia.
→Maconha - fator de risco para o desenvolvimento da esquizofrenia. Estudos
prospectivos têm fornecido informações que dão maior suporte a uma relação causal
ao demonstrar que o uso de maconha, normalmente, precede o surgimento da doença
e está relacionado a um maior risco de desenvolvê-la.
1. TRANSTORNO DO PENSAMENTO
(SADOCK,SADOCK, RUIZ, 2016)
Síndrome 
positiva
Síndrome 
cognitiva
Síndrome 
negativa
Delírios, alucinação e desorganização.
Prejuízo na memória e atenção.
Embotamento afetivo, avolia, anedonia e isolamento 
social.
1. TRANSTORNO DO PENSAMENTO
Sinais e Sintomas
(DALGALARRONDO, 2008; SADOCK,SADOCK, RUIZ, 2016)
Síndrome positiva (sintomas +)
(AHA, 2015)
PENSAMENTO
CONSCIÊNCIA
COMUNICAÇÃO
Inibição do pensamento: pensamento
lento
Fuga de ideias: o indivíduo tem um
aporte tão grande de ideias que não
consegue concluí-la = fluxo do seu
pensamento contínuo.
Desagregação do pensamento: o
indivíduo constrói sentenças corretas,
mas sem um sentido compreensível,
fazendo associações estranhas;
Estupor:sem estímulos.
Logorreia: fala acelerada e compulsiva;
Ecolalia: há repetição, como em eco,
das últimas palavras
Neologismo: criação de novos
termos, incompreensíveis;
Mutismo: o indivíduo mantém-se mudo.
(SADOCK, SADOCK, RUIZ, 2016)
Síndrome positiva (sintomas +)
Síndrome cognitiva
Capacidade de abstração Atenção e concentração Consciência 
Capacidade intelectualJuízo crítico 
Orientação: 
autopsíquica e alopsíquica
Memória
• Memória Remota
• Memória Recente
• Memória Imediata
(SADOCK,SADOCK, RUIZ, 2016)
(AHA, 2015)
Síndrome negativo (sintomas -)
→A esquizofrenia é uma patologia, relacionada à psicose, em seu eixo referente aos distúrbios de
pensamento, que causa grave sofrimento mental no indivíduo.
→O diagnóstico (F20.9), em concordância com o DSM IV, deve seguir alguns critérios, a saber: dois ou
mais dos seguintes itens sintomatológicos (que devem se manifestar durante o período de seis meses
ou mais):
1) Sintomas positivos
2) Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico
3) Sintomas negativos
→Os sinais e sintomas do sofrimento mental, descritos acima, não podem ser atribuídos aos efeitos
fisiológicos de uma substância (drogas psicoativas e drogas medicamentosas) ou a outra condição ou
comorbidade médica orgânica, para fins diagnósticos.
→É importante compreender que o diagnóstico de esquizofrenia deve ser realizado após o
acompanhamento minucioso dos indivíduos em fase prognóstica, sendo um diagnóstico complexo e de
difícil constatação, pois nem todos os sinais e sintomas de delírios e alucinações são enquadrados,
necessariamente, como diagnóstico de esquizofrenia.
1. TRANSTORNO DO PENSAMENTO
Diagnósticos 
(SADOCK,SADOCK, RUIZ, 2016)
Esquizofrenia
▶ Dois ou mais dos itens sintomatológicos durante o período de um a seis meses:
1.Delírios
2.Alucinações
3.Discurso desorganizado
4.Comportamento grosseiramente desorganizado
5.Expressão emocional diminuída, avolia.
▶Os sinais e sintomas do sofrimento mental, descritos acima, não podem ser atribuídos aos
efeitos fisiológicos de uma substância (drogas psicoativas e drogas medicamentosas) ou
a outra condição ou comorbidade médica fisiopatológica, para fins diagnósticos.
▶É importante compreender que o diagnóstico de esquizofrenia deve ser realizado após o
acompanhamento minucioso dos indivíduos em fase prognóstica, sendo um diagnóstico
complexo e de difícil constatação.
(AHA, 2015)
Esquizofrenia 
- Diagnósticos diferenciais
PARANÓIDE: presença de delírios e alucinações frequentes;
DESORGANIZADO (hebefrênica = Hebe na mitologia grega, é a deusa
da juventude): regressão acentuada = fenômeno regressivo para
infantilidade
CATATÔNICO: distúrbio acentuado da função motora = movimentos
passivos, repetitivos, não reatividade, imobilidade
RESIDUAL: evidência do transtorno, mas ausência de um conjunto
completo de sintomas ativos .
(SADOCK,SADOCK, RUIZ, 2016)
Transtorno Esquizofreniforme
▶ Dois ou mais dos itens sintomatológicos que durem pelo menos um mês, mas menos de seis
meses:
1.Delírio
2. Alucinações
3. Discurso desorganizado
4. Comportamento grosseiramente desorganizado
5. Expressão emocional diminuída, avolia.
▶Os sinais e sintomas do sofrimento mental, descritos acima, não podem ser atribuídos aos
efeitos fisiológicos de uma substância (drogas psicoativas e drogas medicamentosas) ou
a outra condição ou comorbidade médica fisiopatológica, para fins diagnósticos.
(AHA, 2015)
Sintomas semelhantes da esquizofrenia porém duram 
pelo menos um mês mas menos de 6 meses.
Transtorno Esquizoafetivo
▶ Dois ou mais dos itens sintomatológicos durante o período de um
mês:
1.Delírios
2.Alucinações
3. Discurso desorganizado
4. Comportamento grosseiramente desorganizado
5. Expressão emocional diminuída, avolia.
▶ Presença de um episódio depressivo maior ou maníaco concomitante com os
critérios da esquizofrenia
▶ Tipo bipolar ou Tipo unipolar depressivo
Quadro de esquizofrenia + transtorno de 
humor : bipolar (fase maníaca e depressiva) 
ou Tipo depressivo (apenas fase depressiva)
(SADOCK,SADOCK, RUIZ, 2016)
Fluxo (prática clínica): observação + anamnese
PSICOSE
(ACESSO AO INCONSCIENTE)
DOENÇA FÍSICA? COMORBIDADE 
MÉDICA? ABUSO DE SUBSTÂNCIA? 
NÃO SIM
História (ANAMNESE); 
Exame físico;
Exame do estado mental
Exames laboratoriais 
INVESTIGAÇÃO 
CLÍNICA 
PROGNÓSTICO: 
TEM ESTREITA 
LIGAÇÃO COM A 
EVOLUÇÃO DAS 
CAUSAS 
INDUZIDA POR SUBSTÂNCIA 
Intoxicações ou abstinência 
causadas por substâncias 
psicoativas
Intoxicação medicamentosa
CONDIÇÃO MÉDICA GERAL 
Secundário a distúrbio físico 
Ex; hipóxia, distúrbios endócrinos, 
neoplasias cerebrais, infecções 
cerebrais e sistêmicas, doença 
organomental.
Fluxo (prática clínica): observação + anamnese
PSICOSE
(ACESSO AO INCONSCIENTE)
DOENÇA FÍSICA? 
ABUSO DE SUBSTÂNCIA? 
NÃO
PREDOMINAM SINTOMAS AFETIVOS 
(LIGADOS AO HUMOR)
NÃO SIM
TRANSTORNO 
ESQUIZOAFETIVO:
Quadro de esquizofrenia + 
transtorno de humor : bipolar (fase 
maníaca e depressiva) ou Tipo 
depressivo (apenas fase depressiva
? ? ? ? ? ?
Fluxo (prática clínica): observação + anamnese
PSICOSE
(ACESSO AO INCONSCIENTE)
DOENÇA FÍSICA? 
ABUSO DE SUBSTÂNCIA? 
NÃO
PREDOMINAM SINTOMAS AFETIVOS 
(LIGADOS AO HUMOR)
NÃO
PREDOMINAM DELÍRIOS
NÃOSIM ? ? ? ? ? ?
TRANSTORNO DELIRANTE
Permanência de delírios por, pelo 
menos, um mês. 
Ausência de quadros de alucinação e 
outros sinais e sintomas típicos de 
esquizofrenia.
Fluxo (prática clínica): observação + anamnese
PSICOSE
(ACESSO AO INCONSCIENTE)
DOENÇA FÍSICA? 
ABUSO DE SUBSTÂNCIA? 
NÃO
PREDOMINAM SINTOMAS AFETIVOS 
(LIGADOS AO HUMOR)
NÃO
PREDOMINAM DELÍRIOS
NÃO
Outros sinais e 
sintomas...
Duração desses sinais
TRANSTORNO PSICÓTICO BREVE: início súbito 
de sintomas psicóticos após grave fator de estresse 
psicossocial com duração de um dia a um mês. 
•TRANSTORNO ESQUIZOFRENIFORME: duração 
de um a seis meses. 
•ESQUIZOFRENIA: + de seis meses de duração 
PSICOSE
(ACESSO AO INCONSCIENTE)
DOENÇA FÍSICA? COMORBIDADE 
MÉDICA? ABUSO DE SUBSTÂNCIA? 
NÃO SIM
INDUZIDA POR 
SUBSTÂNCIA
CONDIÇÃO MÉDICA 
GERAL 
PREDOMINAM SINTOMAS AFETIVOS 
(LIGADOS AO HUMOR)
NÃO SIM
TRANSTORNO 
ESQUIZOAFETIVO
PREDOMINAM DELÍRIOS
NÃOSIM
TRANSTORNO 
DELIRANTE
TRANSTORNO PSICÓTICO BREVE
TRANSTORNO ESQUIZOFRENIFORME
ESQUIZOFRENIA
Outros sinais e 
sintomas...
Duração desses 
sinais
RESUMINDO...
Cuidados na atenção psicossocial
▶ Garantia dos direitos basilares;
▶ Enfoque na reabilitação psicossocial;
▶ Ressocialização (acesso a oportunidades);
→ Rede de apoio familiar
→ Rede apoio social
▶ Reestabelecimento da rotina de atividades cotidianas;
▶ Psicoterapia grupal
▶ Assistência e atendimento na atenção primária
→ CAPS
→ Oficinas Terapêuticas
▶ Estabelecer comunicação terapêutica (escuta ativa);
▶ Manejo da crise
▶ Controle medicamentoso
O tratamento requer acompanhamento 
terapêutico multiprofissional em serviços 
especializados, com equipe capacitada.
2. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
ANTIPSICÓTICOS
Primeira geração (típicos): 
✓Qual mecanismo de ação? Inibem a
neurotransmissão dopaminérgica. Como efeitos
secundários bloqueiam receptores noradrenérgicos,
colinérgicos e histaminérgicos, o que justifica os
efeitos extrapiramidais.
O sistema extrapiramidal é formado pelo tálamo, cerebelo e 
gânglios da base. Estas estruturas, através de suas conexões, 
estão envolvidas em vários processos, inclusive na modulação do 
controle motor. A disfunção de estruturas do sistema 
extrapiramidal associa-se a transtornos dos movimentos.
(SADOCK, SADOCK, SUSSMAN, 2018)
ANTIPSICÓTICOS
Acatisia: inquietação 
motora; queixas subjetivas 
de “inquietude”.
Parkinsonismo induzido 
por antipsicótico: presença 
de sinais e sintomas de 
Parkinson (tremor de 
repouso, rigidez 
muscular). 
Distonia aguda: 
contrações musculares 
involuntárias breves ou 
prolongadas, que resultam 
em movimentos ou 
posturas anormais.Discinesia: movimentos 
involuntários repetitivos, 
geralmente da mandíbula, 
dos lábios e da língua.
(SADOCK, SADOCK, SUSSMAN, 2018)
S
I
N
T
O
M
A
S
E
X
T
R
A
P
I
R
A
M
I
D
A
I
S
C
Distonia aguda
Discinesia
Acatisia
Parkinsonismo 
(SADOCK, SADOCK, SUSSMAN, 2018)
2. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
ANTIPSICÓTICOS
Primeira geração (típicos): 
✓ Podem seu usados na infância? Sim, o Haloperidol pode ser administrado, com dose máxima de 0,15mg/kg/dia.
✓ Podem ser usados durante a gestação? O Haloperidol poderá ser usado durante a gestação, quando os benefícios forem claramente
superiores aos potenciais riscos fetais. O fármaco é excretado no leite materno, se a sua administração é considerada essencial para a mãe, os
benefícios da amamentação devem ser balanceados com os riscos potenciais.
✓ Apresentação I.V:
- Formulações parenterais: depósito (depot) de longa duração, são administrados uma vez a cada uma a quatro semanas, dependendo da dose do
indivíduo (geralmente indicado para pacientes que têm problemas com a adesão medicamentosa).
Ex: Decanoato de Haloperidol® 0,5ml
→ Neuroleptização rápida (psicotólise): é a prática de administrar doses I.M de antipsicóticos de hora em hora até que se consiga uma sedação
profunda do paciente. Estudos não indicam essa prática e demonstram possíveis riscos aos pacientes.
✓ Quais são as indicações terapêuticas? São indicados para vários tipos de transtornos psicóticos,
principalmente para os transtornos esquizofrênicos. Os antipsicóticos produzem seus efeitos mais
significativos contra os sintomas positivos da esquizofrenia (ex: alucinações e delírios), já os sintomas
negativos (ex: embotamento afetivo e reclusão social) têm menor probabilidade de melhorar e atenuar
sob o controle medicamentoso.
(SADOCK, SADOCK, SUSSMAN, 2018)
P
re
ca
u
çõ
es
 e
 R
ea
çõ
es
 
A
d
v
er
sa
s:
 
Cardiotóxicos: antipsicóticos diminuem a contratilidade cardíaca;
Morte súbita: relatos frequentes de óbitos por morte súbitas durante o 
tratamento com antipsicótico podem ser resultado de arritmias cardíacas; 
Hipotensão ortostática;
Efeitos hematológicos: leucopenia transitória;
Constipação e retenção urinária;
Aumento do peso;
Efeitos endócrinos: aumento da secreção de prolactina, amenorreia, inibição 
do orgasmo em mulheres e impotência nos homens.
5. ANTIPSICÓTICOS
Primeira geração (típicos): Haloperidol (Haldol®); Flufenazina(Anatensol®); Pimozida
(Orap®); Clorpromazina (Amplictil®) e Levomepromazina (Neozine®) 
(SADOCK, SADOCK, SUSSMAN, 2018)
Síndrome 
Neuroléptica 
Maligna
Efeito colateral potencialmente fatal: consiste 
em reação idiossincrática a neurolépticos, 
provavelmente relacionada a bloqueio dos 
receptores dopaminérgicos, sendo por isso 
também conhecida como síndrome da 
deficiência aguda de dopamina. O haloperidol
é a droga mais frequentemente associada à 
síndrome.
Sinais e sintomas: hipertermia, rigidez 
muscular, confusão mental, agitação e 
aumento da pressão arterial.
Contraindicações: depressão 
grave do SNC, cardiopatia grave. 
Interações Medicamentosas: anticolinérgicos, 
barbitúricos, anfetaminas, inibidores da enzima 
conversora de angiotensina. 
Obs: não é indicado o uso de bebidas alcoólicas 
concomitante ao tratamento com Antipsicóticos. 
5. ANTIPSICÓTICOS
Primeira geração (típicos): Haloperidol (Haldol®), Flufenazina(Anatensol®), Pimozida
(Orap®), Clorpromazina (Amplictil®) e Levomepromazina (Neozine®) 
(SADOCK, SADOCK, SUSSMAN, 2018)
ANTIPSICÓTICOS
Segunda geração (atípicos):
✓Qual mecanismo de ação? Consiste no bloqueio de receptores de dopamina e
serotonina.
- Possuem menor risco de efeitos extrapiramidais e colaterais.
✓Quais são as indicações terapêuticas? São indicados para vários tipos de transtornos
psiquiátricos, principalmente para os transtornos esquizofrênicos.
✓Podem seu usados na infância? Sim, o Olanzapina é a droga mais segura para crianças
de 5 a 18 anos e pode ser administrado, com dose máxima de 20,0mg/dia.
✓Nenhum dos antipsicóticos de segunda geração possuem uma indicação licenciada para
seu uso durante a gravidez e amamentação.
P
re
ca
u
çõ
es
 e
 R
ea
çõ
es
 A
d
v
er
sa
s:
 
Sonolência
Redução do apetite 
Hipotensão
Alterações cardíacas Contraindicações: gestantes, lactantes, 
crianças, pacientes com problemas 
cardíacos graves.
5. ANTIPSICÓTICOS
Segunda geração (atípicos): Clozapina (Leponex®), Risperidona 
(Risperdal®), Olanzapina (Zyprexa®) e Quetiapina (Seroquel®)
Interações 
Medicamentosas: 
anticolinérgicos, 
barbitúricos, 
anfetaminas. 
Obs: não é indicado 
o uso de bebidas 
alcoólicas 
concomitante ao 
tratamento com 
Antipsicóticos. 
Diabetes mellitus 
Evidências mostram que 
os antipsicóticos interagem no sistema 
neuroendócrino, levando a efeitos 
colaterais como aumento do apetite, 
obesidade, hiperglicemia e diabetes. O 
uso crescente dos antipsicóticos de nova 
geração foi associado a significante 
número de casos de distúrbios 
metabólicos secundários.
(SADOCK, SADOCK, SUSSMAN, 2018)
❑ Todos os antipsicóticos são igualmente eficazes no
controle de sintomas positivos na psicose aguda.
Antipsicóticos atípicos têm maiores efeitos em
sintomas negativos, em comparação a antipsicóticos
convencionais.
❑ Não há diferenças consistentes de eficácia entre
antipsicóticos atípicos e típicos.
❑ Antipsicóticos convencionais têm definida eficácia em
tratamento de manutenção (além da fase de crise).
❑ Formas de depósito de antipsicóticos convencionais,
permanecem como terapia de escolha em pacientes
com baixa adesão a tratamento oral.
❑ Em pacientes refratários a tratamento com
antipsicóticos convencionais, antipsicóticos atípicos
mostram melhores resultados.
❑ Antipsicóticos atípicos associam-se a menores taxas
de recidivas e menor abandono de tratamento.
Antipsicóticos atípicos mostram menor incidência
de efeitos extrapiramidais.
Evidências contemporâneas dos antipsicóticos na Esquizofrenia 
(SADOCK, SADOCK, RUIZ, 2016)
São utilizados para o tratamento de epilepsia, bem como
relaxantes musculares.
Ex: Carbamazepina (Tegretol®); Ácido
Valpróico(Depakene®); Fenitoína (Hidantal®);
Fenobarbital (Gardenal®); Gabapentina (Neurontin®).
São utilizados principalmente como tratamento para
transtornos de movimentos induzidos por antipsicóticos,
sobretudo o parkinsonismo, tremor postural e distonia
aguda.
Ex: Biperideno (Akineton®); Triexifenedil (Artane®)
São utilizados para o tratamento de parkinsonismo e
distonia aguda induzidos por antipsicóticos. A
Prometazina é útil, também, por seus efeitos sedativos e
ansiolíticos.
Ex: Prometazina (Fenergan®); Loratadina (Claritin®).
a. Anticonvulsivantes
b. Anticolinérgicos
c. Anti-histamínicos 
Medicações comumente associadas ao uso de antipsicóticos
(SADOCK, SADOCK, SUSSMAN, 2018)
C. Recomendações baseadas em evidências sobre o 
uso de psicofármacos (OMS)
 Medicamentos antipsicóticos para transtornos psicóticos:
Haloperidol ou clorpromazina devem ser 
oferecidos rotineiramente a indivíduos com 
transtornos psicóticos (incluindo 
esquizofrenia).
Força da recomendação: FORTE
Os antipsicóticos de segunda geração (com 
exceção da clozapina) podem ser 
considerados em indivíduos com 
transtornos psicóticos (incluindo 
esquizofrenia) como uma alternativa ao 
haloperidol ou clorpromazina se a 
disponibilidade puder ser garantida e o 
custo não for uma restrição.
Força da recomendação: CONDICIONAL
Para indivíduos com transtornos psicóticos 
com tolerância a outros medicamentos 
antipsicóticos, o uso da clozapina pode ser 
considerada.
Força da recomendação: CONDICIONAL
Em mulheres com transtornos psicóticos 
(incluindo esquizofrenia) que planejam 
engravidar ou estão grávidas ou 
amamentando, podem ser considerados 
haloperidol ou clorpromazina por via oral 
em baixas doses.
Força da recomendação: CONDICIONAL
Rotineiramente, um antipsicótico deve ser 
prescrito por vez em indivíduos com 
transtornos psicóticos (incluindoesquizofrenia).
Força da recomendação: FORTE
Para indivíduos com psicoses (incluindo 
esquizofrenia) que não respondem à dose e 
duração adequadas de mais de um 
medicamento antipsicótico (usando um 
medicamento por vez), o tratamento 
combinado de antipsicóticos pode ser 
considerado.
Força da recomendação: CONDICIONAL
Teatro Descabido 
(A.P)¹ 
Não quero morrer antes de ter vivido 
Não quero falar antes de ser ouvido 
Não quero sonhar antes de ter dormido 
Não vou embora antes de ter me despedido 
Chegou a hora de falar do amor sentido 
Do sentimento oprimido 
Quero abraçar todos os meus amigos 
 
Não quero alienar os meus sentidos 
Quero ter gratidão ao acolhimento recebido 
Sair de cena desse teatro descabido 
Passar a vida sem ser percebido 
 
Viver em um mundo não mais dividido 
Fechar os olhos, tapar os ouvidos 
Fechar as cortinas desse ato proibido 
Existir antes de ter vivido. 
Referência
➢ AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (Org.). Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais - Dsm 5. 5. ed. Brasil:Artmed, 2015. p. 992
➢ FREITAS, Fernando;AMARANTE, Paulo. Medicalização em psiquiatria. SciELO- Editora
FIOCRUZ, 2017.
➢ DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais [recurso 
eletrônico] / Paulo Dalgalarrondo. – 2. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2008.
➢ QUEVEDO, João; IZQUIERDO, Ivan. Neurobiologia dos transtornos psiquiátricos.
➢ 1ª ed.Artmed Editora, 2020
➢ SADOCK, Benjamin J.; SADOCK, Virginia A.; RUIZ, Pedro. Compêndio de Psiquiatria-: Ciência do
Comportamento e Psiquiatria Clínica. 11ª ed. Artmed Editora, 2016.
➢ SADOCK, Benjamin J.; SADOCK, Virginia A.; SUSSMAN, Norman. Manual de 
farmacologia psiquiátrica de Kaplan & Sadock-6.Artmed Editora, 2018.

Continue navegando