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Desafio: Sucessão e importância para áreas degradadas


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Desafio
O planeta Terra tem sofrido uma série de agressões realizadas pelo homem e essas ocorrem de diferentes formas e com as mais diversas finalidades, como interesses individuais, investigação científica e outras tantas incontáveis condutas destruidoras e irresponsáveis contra a natureza. O desmatamento é umas das práticas que mais cresce ao longo de toda a extensão nacional e é considerado crime ambiental. Crime ambiental é quando não ocorre o prévio licenciamento da área, informando ao órgão ambiental o que exatamente será realizado na área e quais as medidas mitigadoras e compensatórias serão adotadas para diminuir os impactos ambientais.
Após realizar a derrubada de um mato, sem licença ambiental, um produtor rural foi multado. Além disso, o órgão ambiental municipal exigiu do produtor rural um PRAD (Projeto de Recuperação de Área Degradada).
Com a notificação em mãos, o produtor rural procurou você, biólogo e grande especialista em PRAD, para auxiliá-lo nessa tarefa. Seu cliente informou que a área derrubada foi de aproximadamente 1 hectare e, no passado, há cerca de uns 40 anos atrás, a área já era ocupada por culturas agrícolas, mas acabou sendo abandonada, transformando-se em mato novamente.
Seu desafio consiste em redigir um pequeno relatório técnico, descrevendo como irá ocorrer a recuperação da vegetação na área degradada.
OBS: o produtor rural não sabe informar quais eram as espécies de vegetação que se encontravam no local.
Padrão de resposta esperado
Como forma inicial, uma vez que não se sabe quais eram as espécies vegetais que se encontravam no local, deve-se percorrer as áreas vizinhas para descobrir quais são as principais espécies encontradas na região.
Devem ser indicadas para replantio as espécies pioneiras e secundárias, pelo fato de serem de crescimento mais vigoroso e regenerativo. Entende-se que as espécies climáticas ocuparão seu espaço naturalmente ao passo que os espécimes introduzidos, por meio do seu desenvolvimento, propiciarão um ambiente adequado. As mudas deverão ser obtidas em viveiros comerciais da região.
Antes de iniciar o plantio das mudas, deve-se realizar a análise dos solos para verificar a fertilidade. Contudo, aconselha-se que seja feito um acréscimo de nutrientes pela adubação sempre que esse solo estiver expondo a terra, não havendo, dessa forma, o horizonte “O” formado por matéria orgânica, que geralmente é caracterizada por ser de cor escura e por possuir folhas e restos de vegetais.
Em relação ao distanciamento entre mudas, este varia. Como a área degradada é de 1 hectare, se for adotado o espaçamento de 2,0 x 2,0 metros, visando a um fechamento mais rápido da área, devem ser plantadas 2.500 mudas por hectare. Caso for adotado o espaçamento de 2,0 x 3,0 metros entre mudas, que promoverá um fechamento de copa um pouco mais lento, serão necessários 1.667 mudas/ha.
O plantio das mudas poderá ser realizado pelo proprietário ou por uma empresa especializada, após o isolamento da área para que animais ou pessoas não autorizadas entrem e ocasionem em novos danos. O plantio deverá ser realizado em épocas chuvosas, em covas de 30 x 30 x 30 cm. Todas as mudas deverão ser presas com um barbante biodegradável a um tutor de madeira, que servirá de suporte, impedindo que sejam derrubadas ou quebradas pelo vento. Também dverá ser realizado o acompanhamento do desenvolvimento das mudas desde o plantio e, quando for constatada a existência de mudas que tenham perecido, estas deverão ser substituídas por outras da mesma espécie, garantindo a pega de pelo menos 90%. O acompanhamento do desenvolvimento das mudas deverá se estender por até quatro anos após o plantio.
O controle das formigas cortadeiras deverá se estender por até 6 meses após o plantio, ou por maior período, se necessário, para evitar possíveis ataques. Nesse caso, o controle poderá ser feito com o uso de iscas granuladas nos olheiros, caminhos das formigas e entorno das mudas. Esse acompanhamento visa também ao controle de pragas e doenças com a substituição dos exemplares afetados.

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