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Desafio João, visando a aumentar a área agrícola de sua propriedade, realizou o corte da vegetação às margens de um pequeno recursos hídrico. Acabou sendo denunciado e recebeu as devidas sanções pelo Órgão Ambiental Municipal. Além disso, foi solicitado que o proprietário realizasse a recuperação florestal da área. Você é biólogo, responsável técnico pela prefeitura, e assinou a liberação do PRAD, porém, entre as condicionantes, foi posto que o proprietário deveria realizar o plantio de 600 mudas de árvores nativas no local, visando à recomposição da área, além de apresentar um relatório fotográfico durante 4 anos, no mínimo, para mostrar que as plantas estão crescendo e a vegetação está se regenerando. Passado o primeiro ano, você não recebe o relatório fotográfico e resolve ir até o local para ver como está a recuperação da área. Neste caso, quais são as medidas que devem ser tomadas, visando à recuperação da área? Padrão de resposta esperado O profissional responsável pelo PRAD, ou a equipe que o executou, deverá encaminhar ao Órgão Ambiental um projeto descrevendo as medidas de manutenção a serem tomadas, visando a garantir o crescimento das mudas de árvores. Após estarem todas concluídas, deverá ser apresentado um relatório fotográfico. 1) Como o biólogo da prefeitura verificou a existência de gado nas imediações da área a ser recuperada, inicialmente, deve-se realizar o cercamento do local, evitando que esses animais voltem e ocasionem novas perdas. 2) Os profissionais deverão descrever o tipo de capina, que deverá ser manual, uma vez que a capina química (com ajuda de herbicidas) está proibida, pois, nesse caso, há o risco de contaminar o recurso hídrico. Além disso, deve-se realizar a roçada na área com o intuito de rebaixar a vegetação não arbórea competidora, deixando-a com uma altura máxima de 10 centímetros. Essa roçada deve ocorrer em toda a área, podendo o proprietário escolher pela forma mecânica (por meio de foices) ou mecanizada (roçadeiras). Porém, deve-se tomar cuidado para não cortar as mudas das árvores que sobreviveram. 3) O proprietário deverá fazer também o coroamento, ou seja, realizar uma capina manual para retirar a vegetação competidora ao redor das mudas, a qual é indicada a ser realizada em uma área circular, com raio de 50 a 60 centímetros, no mínimo. 4) Após a área estar limpa, deve-se realizar o replantio das mudas. Para isso, é necessário contabilizar quantos exemplares morreram e plantá-los novamente, respeitando as espécies indicadas, inicialmente, no PRAD. 5) Após as mudas terem sido repostas, é necessário realizar a sua adubação e, para esse procedimento, deve-se usar um adubo NPK (nitrogênio, potássio e fósforo). Como medida final, é aconselhável colocar, ao redor das mudas, resíduos de atividade de roçada (como capim seco), para evitar a rápida evaporação da água do solo. Além disso, as mudas devem estar presas a um suporte para evitar que caiam com o vento. 6) É fundamental realizar o controle de predadores e insetos, como as formigas, pois estes podem contribuir para a morte das mudas.