Buscar

projeto biologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
AS QUESTÕES AMBIENTAIS E A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR DE BIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO.
Adilson Carvalho da Silva
Santa Maria da Vitória-Ba
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
AS QUESTÕES AMBIENTAIS E A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR DE BIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO.
Adilson Carvalho da Silva
Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de Segunda Licenciatura em Biologia do Centro Universitário UNIFAVENI, como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciatura em Biologia.
Santa Maria da Vitória-Ba
2021
dedico este projeto a toda minha família pelo apoio e carinho, que me ajudaram a chegar até aqui. 
 
AGRADECIMENTOS
Chegou o momento esperado, o fim do curso e eu só cheguei até aqui graças as pessoas que encontrei na caminhada e me ajudaram e motivaram a continuar, agradeço aqui a minha família, aos meus professores e colegas do curso, e dizer que sozinho eu não conseguiria.
 “Um homem que ousa desperdiçar uma hora de tempo não descobriu o valor da vida. ”
Charles Darwin.
RESUMO
O projeto final tem como tema as questões ambientais e a importância do professor de biologia no ensino médio, teve como objetivos conhecer a importância do professor de biologia para a formação de cidadãos conscientes e capazes de reconhecer como a biodiversidade do planeta influencia a qualidade de vida humana, buscando assim formar cidadãos respeitosos e cuidadosos com a natureza. A biologia é muito importante é através dela que o aluno aprende a ser crítico, curioso e busca soluções para problemas cotidianos, o projeto buscou compreender e entender qual a relevância que os professores de escolas de ensino médio de Santa Maria da Vitória, dão para temas relacionados ao meio ambiente, a cada ano os problemas ambientais só aumentam, mesmo diante de tantos estudos, o professor de biologia enquanto sujeito ecológico tem papel importante na formação social do indivíduo, pois ele aconselha, ensina e motiva os alunos a cuidarem e respeitarem a natureza, ajuda os alunos a compreenderem fenômenos naturais e desastres causados pelo homem, a pesquisa exploratória que foi realizada trouxe várias reflexões acerca do professor de biologia, muitos trabalham sobre questões ambientais mais a maioria relatou que na maioria das vezes sem proposito nenhum, ainda enfrentam muitos desafios, alguns profissionais não conseguiram acompanhar as tecnologias para assim conseguir levar para dentro da sala de aula, aulas dinâmicas e prazerosas. O estudo deixa claro a importância do professor de biologia para a formação de cidadãos.
Palavras-chave: Biologia.Professor.Meio Ambiente. Sujeito Ecológico 
ABSTRACT
The final project has as its theme the environmental issues and the importance of the biology teacher in high school, aimed at knowing the importance of the biology teacher for the formation of conscientious citizens capable of recognizing how the planet's biodiversity influences the quality of life human being, thus seeking to form respectful and caring citizens with nature. Biology is very important, it is through it that the student learns to be critical, curious and seeks solutions to everyday problems. The project sought to understand and understand the relevance that teachers from secondary schools in Santa Maria da Vitória give to themes related to the environment, every year the environmental problems only increase, even in the face of so many studies, the biology teacher as an ecological subject has an important role in the individual's social formation, as he advises, teaches and motivates students to take care and respect the nature, helps students to understand natural phenomena and man-made disasters, the exploratory research that was carried out brought several reflections on the biology teacher, many work on environmental issues but most reported that most of the time without any purpose, they still face many challenges, some professionals were unable to keep up with the technologies to be able to take them to inside the classroom, dynamic and enjoyable lessons. The study makes clear the importance of the biology teacher for the formation of citizens
Key words: Biology.Teacher.Environment. Ecological Subject
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	1
1.1. As questões ambientais e o ensino de biologia 2
1.2 O ensino de biologia no ensino médio 3
1.3 A importância das aulas dinâmicas para a socialização dos alunos na aula de biologia 5
1.4 Educador ambiental e as novas práticas pedagógicas 6
1.5 Objetivo Geral	9
1.6 Objetivos Específicos	9
2	DESENVOLVIMENTO	9
2.1	Revisão Bibliográfica	9
3	DESENVOLVIMENTO	11
3.1 Materiais e métodos 11
3.2 Pesquisa Exploratória 12
3.3 Entrevista 14
3.4	Resultados E Discussão	 16
4	CONCLUSÃO	20
5	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	21
APÊNDICE A	25
ANEXO A 26
ANEXO B 27
	
1 INTRODUÇÃO
Este projeto tem como tema As questões Ambientais e a Importância do professor de Biologia, com o objetivo de verificar e encontrar caminhos para preservação da natureza através da biologia.
No mundo globalizado em que a maior concentração de riquezas dos países fica restrita a grupos minoritários, é possível constatar o empobrecimento cada vez mais acentuado das nações e comunidades periféricas e a crescente desigualdade socioeconômica. Por outro lado, a depredação do meio ambiente em nome do “progresso” compromete a qualidade de vida das gerações futuras. 
A Constituição Brasileira de 1988, no artigo 225 enfatiza “todos têm direito ao Meio Ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. No parágrafo 1º, inciso VI determina: “Promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e conscientização pública para a preservação do Meio Ambiente”. Já a promulgação da lei 9795/99 instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), oferecendo amparo legal à Educação Ambiental (EA), responsabilizando e envolvendo todos os setores da sociedade, e incorporando oficialmente a EA nos sistemas de ensino.
Pensando nisso a Educação Básica se constitui um espaço de esperança para se trabalhar a Educação Ambiental através de uma proposta que privilegie a conscientização das novas gerações, para que esse processo de desmatamento e queimadas, e se passe a reconstruir uma cidadania mais voltada para a melhoria da qualidade de vida, diante disso faz-se necessário um estudo aprofundado sobre as questões ambientais e o ensino de biologia, nas escolas onde buscaremos a participação efetiva dos alunos, comunidade e público em geral, convidando os e motivando os , para cuidar e preservar a natureza, pois a natureza está pedindo socorro e a cada a ano vem só se agravando mais os desastres ambientais.
A pesquisa está focada no Ensino Médio, acenando para a importância do professor de biologia para a formação de cidadãos conscientes e capazes de reconhecer como a biodiversidade do planeta influenciaa qualidade de vida humana, compreensão necessária para que se faça o melhor uso de seus produtos.
	
1.1 AS QUESTÕES AMBIENTAIS E O ENSINO DE BIOLOGIA.
O ensino de Biologia apresenta uma natureza social própria, pode-se considerar que a sala de aula de Biologia é o local de representação de uma diversidade de papéis sociais. A sala de aula de Biologia não pode ser definida somente em cima de uma visão reducionista que define uma sala de aula comum como um local, geralmente quadrado ou retangular, onde alunos e professores se encontram com a finalidade de ensinar e aprender Biologia. Na maioria dos casos os professores de Biologia encontram-se de pé e voltados na direção das crianças, que por sua vez se encontram sentados em carteiras distribuídas em fileiras ou em semicírculos. O número de alunos é sempre maior do que o de professores, o que não é um fator indicativo de poder de representação por parte destes jovens ou crianças. (ALMEIDA, 2001).
Para muitas pessoas o ramo da Biologia é meramente artificial, este modo de olhar raso para a sala de aula de Biologia de uma escola mostra apenas o que pode ser visto aos olhos dos que se interessa por este ambiente, não sendo suficiente para representar a complexidade de sua natureza educacional do ensino da Biologia. Deve-se considerar a sala de aula como um ambiente de interação e aprendizagem, onde uma variedade de atividades ocorre ao mesmo tempo. A visão superficial, entretanto, leva a uma falsa ideia de contextos pedagógicos, reduzidos pelo senso comum a uma incorreta banalidade, sendo generalizados e até mesmo padronizados. (ALMEIDA, 2001).
Os alunos e professores que compõe e interagem em sala de aula, não vivem no mesmo ambiente, então estes já vêm de casa com uma bagagem de conhecimentos para ser moldados e partilhados na sala de aula, diante disso ALMEIDA (2001) diz que a sala de aula de Biologia é uma comunidade particular, onde cada interação de professores e alunos é única e peculiar a um determinado contexto ou interação. Para que o ensino seja significativo deve ocorrer a interação entre o professor e o aluno. Se uma sala de aula de Biologia é tipicamente caracterizada pelo encontro entre um professor e um ou mais alunos, torna-se inviável a eliminação de qualquer um dos participantes da interação. Não existe aula sem o aluno e também não existe aula sem o professor, então ambos se complementam.
A aula de Biologia caracteriza-se por uma variedade de atividades e de identidades que existem e encontra-se em constante mudança, de acordo com os interesses e necessidades de diferentes naturezas, apontados pelos participantes da aula, bem como pelas necessidades advindas da aula como um fenômeno social. Assim sendo, não apenas atividades cognitivas desenvolvem-se neste contexto. As atividades cognitivas não podem caminhar sem a companhia da afetividade, nem serem construídas fora de um contexto social. Existe uma estreita relação de complementaridade entre o social, a afetividade e a inteligência, que convivem harmonicamente no contexto escolar. Deste modo, os aspectos sociais, afetivos e cognitivos atuam simultaneamente nas interações características do evento aula. Desse modo, é indispensável que o professor de Biologia conheça as manifestações emocionais presentes em sua sala de aula e, a partir daí, conheça seus alunos não apenas nos aspectos social e cognitivo, mas também no emocional. (ALMEIDA, 2001).
A aprendizagem dos alunos foi considerada por muito tempo individual, mas sabe-se que a aprendizagem dos alunos é coletiva e partilhada, e acontece por meio da interação de culturas e aprendizagens. Segundo Moita Lopes (2000, p.250) “a aprendizagem é um fenômeno social, no sentido que também é mediada pela interação entre participantes discursivos, atuando em conjunto na consecução de uma tarefa”. Desta forma, ensinar e aprender passam a ser atividades rotineiras, assim como dormir ou comer.
“O processo de ensinar e aprender Biologia pode ser visto como social pelo simples fato de sermos naturalmente seres sociais e pelo fato de a simples presença de outros participantes na prática de aprendizagem fazer com que demonstremos comportamentos diferentes daqueles que possuiríamos se estivéssemos sozinhos. (LOPES, 2000, p.251).
1.2 O Ensino da Biologia No Ensino Médio.
O ensino de Biologia traz uma variedade de conteúdos para inserir o aluno na natureza e ensinar o aluno a cuidar da natureza.
A inserção de aulas práticas nas aulas de Ciências e Biologia é fundamental para desenvolver o interesse dos alunos pelos conteúdos expostos, além de proporcionar um momento didático no seu tempo de aula, no entanto, é perceptível a falta de estímulo dos docentes na realização de práticas em suas aulas, devido à ausência de infraestrutura adequada, falta de conhecimento amplo sobre determinado assunto e excesso de carga horaria (PERIOTTO; FRANSCISCO, 2017).
Os conteúdos envolvendo a temática ambiental é restringido geralmente nas disciplinas de Ciências, Biologia e Geografia, onde na maioria das vezes exclui o ser humano do ambiente natural, e atribui responsabilidades a Educação Ambiental sobre solucionar todos os problemas do ambiente (SANTOS; SOUZA; DIAS, 2017).
Alguns conteúdos tornam difícil o seu entendimento, devido aos diferentes níveis de compreensão do aluno, como por exemplo, a análise de algumas estruturas que não pode ser vistas a olho nu.
Nesse contexto Geglio e Santos, (2011) retrata que:
Os conteúdos são abordados de maneira a privilegiar a teoria, o estudo de conceitos, sem a utilização de recursos ou práticas de ensino que possibilitem o maior e melhor aprendizado, por parte dos alunos. São abordados conteúdos importantes para a vida do cidadão como citologia, seres vivos, ecologia, genética, porém de maneira descontextualizada, sem que o aluno perceba a necessidade dessa aprendizagem para a sua vida comum (GEGLIO; SANTOS, 2011, p. 78).
A escola caracteriza-se por ser um espaço importante para o desenvolvimento do pensamento crítico acerca dos problemas ambientais, dessa forma, a Educação Ambiental é fundamental para formar cidadãos preocupados com a preservação do ambiente com as gerações presentes e futuras (MENEZES, 2017).
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), os conteúdos relacionados ao contexto do meio ambiente devem ser incorporados nos currículos escolares de forma transversal, e serem abordados em todas as áreas de forma geral para auxiliar no processo de construção do conhecimento dos alunos sobre o ambiente (BRASIL, 1997).
Nesse contexto, as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Ambiental (DCNEA) reafirma-se:
A Educação Ambiental é componente integrante, essencial e permanente da Educação Nacional, devendo estar presente, de forma articulada, nos níveis e modalidades da Educação Básica e da Educação Superior, para isso devendo as instituições de ensino promovê-la integradamente nos seus projetos institucionais e pedagógicos (BRASIL, 2012, p. 03).
Praticas didáticas relacionadas a Educação Ambiental são uma ferramenta importante para o desenvolvimento cognitivo do aluno sobre os problemas ambientais, onde ele passa a associar de forma mais clara a teoria à prática, adquirindo conhecimento mais amplo sobre o conteúdo abordado (MENEZES, 2017).
É de fundamental importância que os docentes busquem diversas formas de melhorar as práticas de ensino, com novas metodologias, com métodos interdisciplinares relacionadas a Educação Ambiental, para estimular o desejo dos alunos de aprenderem novos conteúdos, e que sejam capazes de reconhecer o homem como parte do meio ambiente (BIASIBETTI et al., 2015).
1.3 A importância de Aulas Dinâmicas para Socialização dos alunos na Aula de Biologia. 
É de fundamental importância que os docentes busquem diversas formas de melhorar as práticas de ensino, com novas metodologias, com métodos interdisciplinares relacionadas a Educação Ambiental, para estimular o desejo dos alunos de aprenderem novos conteúdos, e que sejam capazes de reconhecer o homem como parte do meioambiente (BIASIBETTI et al., 2015).
 Biasibett et al, (2015, p. 227) “A falta de atividades dinâmicas, motivadoras e interdisciplinares, relacionadas aos conteúdos curriculares, promove a insatisfação, ausência de participação e interesse dos estudantes, o que inviabiliza o processo de aprendizagem”. Nesta perspectiva, é importante destacar que, mesmo a maioria dos alunos considerando a disciplina de Biologia um componente importante e a transmissão do conteúdo de fácil compreensão, a não existência de laboratórios para momentos didáticos diferentes, pode causar insatisfação e desinteresse dos alunos.
Para Periotto e Francisco (2017), é importante que o aluno depois de alguma aula teórica sobre assuntos relacionados ao meio ambiente, possa experimentar o contato direto com a natureza, onde possa analisar todos os elementos expostos na sala de aula, e comparar o abstrato com a realidade.
Nesse contexto, as Orientações curriculares para o ensino médio afirmam que: “Ao organizar uma atividade prática, o professor deve valorizar o processo, explorar os fenômenos e analisar os resultados sob vários ângulos. ” (BRASIL, 2006, p. 31). Assim, o professor deve refletir sobre a importância da aula prática no contexto dos benefícios e resultados positivos na aprendizagem dos alunos, como interação, envolvimento e a capacidade de questionamento dos alunos sobre a relação do conteúdo teórico com a prática realizada.
A inserção da Educação Ambiental no currículo escolar é uma alternativa importante para haver a interação entre as disciplinas, e promover a sensibilização dos alunos sobre o ambiente, com isso, a interdisciplinaridade busca a integração do conhecimento para acabar com o paradigma de se pensar que a abordagem de Educação Ambiental deve restringir-se a apenas algumas áreas do conhecimento (SANTOS et al., 2017).
Para Andrade et al, (2017), o ensino de biologia voltado para o meio ambiente deve ter como um de seus objetivos o desenvolvimento do pensamento crítico, sustentável e cognitivo dos alunos frente aos diversos problemas ambientais.
1.4 Educador Ambiental e as novas práticas pedagógicas.
Definir o professor de educação ambiental é complexo, pois, mesmo sabendo que ele é um educador como qualquer outra de outra disciplina, sabe-se também que o educador ambiental ele tem função social na sociedade, que aconselha, ensina e busca através de suas aulas motivar e formar cidadãos críticos e cuidadosos com a natureza. Para Carvalho (2001b) o termo educador ambiental refere-se à identidade de um profissional ligado a EA; é, sobretudo, “um mediador da compreensão das relações que os grupos com os quais ele trabalha estabelecem com o meio ambiente”, atuando “como um intérprete dessas relações, um facilitador das ações grupais ou individuais que geram novas experiências e aprendizagem” (p. 49).
Todos os professores são e educadores ambientais, já que a EA deve ser praticada em todos os níveis de ensino (CF, 1988: Cap. VI, Art. 225, parágrafo 1º, inciso VI). Mas, tornar-se educador ambiental traz a uma “conversão pessoal e reconversão profissional” rumo ao ambiental (CARVALHO, I.C.M., 2005), que se dá através de um processo de identificação com o ambiental durante sua trajetória de vida pessoal e/ou profissional. Possibilitar caminhos para a formação de professores enquanto educador ambiental significa transcender os objetivos programáticos.
Mesmo os professores formados em Biologia, deveriam ter uma formação continuada especifica em EA, pois, a mesma é muito importante para a educação dos alunos, segundo Zenobi (2006) destaca que para gerar mudanças é fundamental incluir a formação em EA durante a formação inicial de todos os professores, bem como oferecer subsídios para a formação continuada dos mesmos, tais como: cursos, seminários, produção de materiais didáticos para uso dos professores e para o trabalho nas escolas e criação de espaços compartilhados para a formação em serviço. Essa formação continuada e permanente deve estar baseada na prática e reforçar a identidade docente.
A Política Nacional de Educação Ambiental – Lei Nº. 9.795/99, Capítulo I, Artigo 11, assegura que a dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação de professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas; resta agora preparo docente e reestruturação curricular nos cursos de licenciatura para colocar o que afirma a lei realmente em prática.
Ao buscarmos a compreensão da figura do professor, não é possível separar as dimensões pessoais e profissionais; estas dimensões formam a identidade do educador que é algo construído, tem uma história e um contexto. Esse processo de construção de identidade do professor tem por referência vários saberes práticos e teóricos, mas também por adesão a um conjunto de princípios e valores, por ação na escolha de melhores maneiras de agir e pela autoconsciência, “porque em última análise tudo se decide no processo de reflexão que o professor leva a cabo sobre sua própria ação” (NÓVOA, 1995, p.34).
Ainda segundo Nóvoa (1995) configura a identidade do professor não como um dado adquirido, um produto, mas como “um lugar de lutas e conflitos, é um espaço de construção de maneiras de ser e estar na profissão” (p. 34); por isso acredita ser mais adequado falar em “processo identitário” de formação pessoal e profissional.
Defronte ao protótipo ambiental emergente, observa-se que existe a necessidade de se fazer no ambiente escolar uma abordagem de problemas reais. Neste contexto, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (1996, pp. 63-65), destaca que as relações entre crescimento, desenvolvimento e sustentabilidade local e global, não podem ser esquecidas nas discussões sobre a problemática ambiental. 
A Educação Ambiental, como proposta para os diferentes níveis de ensino não pode correr o risco de ser tratada isoladamente como parte de uma disciplina, nem tampouco pode estar separada da vida, mas deve perpassar de maneira abrangente os currículos, e preferencialmente ser trabalhada de forma interdisciplinar e transdisciplinar. Assim, as situações de ensino devem ser organizadas de forma a propiciar oportunidades para que o alunado possa utilizar o conhecimento sobre o meio ambiente para compreender sua realidade e atuar sobre ela.
A biologia sozinha não consegue ensinar tudo que o aluno precisa sobre as questões ambientais, mas junto com outras disciplinas ela consegue, a ação pedagógica através da inter-transdisciplinaridade aponta para a construção de uma escola participativa e decisiva na formação do sujeito social. O seu objetivo tornou-se a experimentação da vivência de uma realidade global, que se insere nas experiências cotidianas do aluno, do professor e do povo. Articular saber, conhecimento, vivência, escola-comunidade, meio ambiente, etc. tornou-se, nos últimos anos, o objetivo da inter-transdisciplinaridade que se traduz, na prática, por um trabalho coletivo e solidário na organização da escola. 
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Conhecer a importância do professor de biologia para a formação de cidadãos conscientes e capazes de reconhecer como a biodiversidade do planeta influencia a qualidade de vida humana, e a compreensão necessária para que se faça o melhor uso de seus produtos e preserve a natureza.
Objetivos Específicos
Os objetivos específicos são: Ensinar os alunos a avaliar o uso dos recursos naturais disponíveis no planeta e o seu uso pelo ser humano de forma irregular; realizar análise e observação de textos que mostram o aumento de queimadas e desmatamento no Brasil; formar cidadãos responsáveis e que buscam soluções para os problemas ambientais que acontecem diariamente no Brasil e Identificar as dimensões dos conhecimentos, dos valores (éticos e estéticos) e da dimensão política presentes nos diferentes trabalhos que os professores que se aproximam dos alunos realizam.
DESENVOLVIMENTO
Revisão Bibliográfica
A Constituição Federal, promulgada em 1988, contendo um capítulo sobre o Meio Ambiente (capítulo VI), determina a promoção da educação ambientalem todos os níveis de ensino:
 Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente (CF, 1988: Cap. VI, Art. 225, parágrafo 1o, inciso VI)
O ensino sobre o meio ambiente traz um novo olhar do aluno para a nossa realidade e as necessidades dos seres e humanos, aprender a observar e analisar atitudes humanas com relação a natureza com um olhar crítico e responsável.
O estudo de questões ambientais e o ensino de Biologia, tem grande importância e é necessário que as pesquisas e propostas educativas, que relacionam a temática ambiental e o ensino de biologia, promovam aos alunos do ensino médio reflexões críticas sobre a questão ambiental. Segundo Lima (1999), tal questão deve ser reconhecida e compreendida como sendo retrato de uma crise de um modelo de sociedade que parece estar esgotado. Esse esgotamento se dá por conta desse modelo gerar mais problemas que soluções. Ainda de acordo com o autor, o processo educativo, entendido como prática social, pode ajudar no reconhecimento e compreensão de alguns processos, entre eles, a crescente desigualdade e insustentabilidade que marcam tal modelo de sociedade.
O ensino com as questões ambientais em biologia pode ajudar a explicitar alguns aspectos ligados à própria finalidade da disciplina e do ensino de biologia nas escolas e em outros espaços educativos. Para Selles e Ferreira (2005), a análise dessas finalidades pode ajudar a compreender quais são, por exemplo, os critérios que devem ser levados em conta no momento da seleção e organização dos conteúdos que devem compor o currículo ou orientar uma prática educativa. Slongo (2004), ao analisar teses e dissertações em ensino de Biologia, chama a atenção para a inexistência de “[...] pesquisas que investigam "o que ensinar” articulado ao “por que ensinar Biologia". Ou seja, a lacuna parece situar-se em uma reflexão que contemple as finalidades ou a função social da educação científica” (p.293). 
Ao se trabalhar a Temática Ambiental deve-se propiciar oportunidades para que aspectos relativos à EA possam ser trabalhados uma vez que são de fundamental importância para a formação do cidadão, sendo o sistema escolar formal a instituição que melhor oferece condições para implantá-la (KRASILCHIK, 1986). Mayer (1998) reconhece no ambiente escolar o papel protagonista de não apenas transmitir informações ou “propostas verdes” passivas, mas de propor iniciativas locais na própria escola e seu espaço circundante de modo que todos possam atuar localmente e pensar globalmente. Estas intervenções instigam modificações de atitudes, reflexões e julgamento. Integrar valores ambientais e valores educacionais constitui-se um grande desafio não só para a educação ambiental, mas para a maneira de conceber a educação (MAYER, 1998).
DESENVOLVIMENTO
3.1 Materiais e Métodos
Para fazer uma análise sobre o que pensam os professores de biologia do ensino médio sobre as questões ambientais e a importância do professor vai ser realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa, na medida em que reúne características que configuram este tipo de estudo:
1. A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento. [...] a pesquisa qualitativa supõe o contato direto e prolongado do pesquisador com o ambiente e a situação que está sendo investigada [...]. Como os problemas são estudados no ambiente em que ocorrem naturalmente, sem qualquer manipulação intencional do pesquisador, este tipo de estudo também é chamado de “naturalístico”. 2. Os dados coletados são predominantemente descritivos. O material obtido nessas pesquisas é rico em descrição de pessoas, situações, acontecimentos; inclui transcrição de entrevistas e de depoimentos, fotografias, desenhos e extratos de vários tipos de documentos. [...] 3. A preocupação com o processo é muito maior do que com o produto. O interesse do pesquisador ao estudar um determinado problema é verificar como ele se manifesta nas atividades, nos procedimentos e nas interações cotidianas. [...] 4. O “significado” que as pessoas dão às coisas e à sua vida são focos de atenção especial pelo pesquisador. Nesses estudos há sempre uma tentativa de capturar a “perspectiva dos participantes”, isto é, a maneira como os informantes encaram as questões que estão sendo focalizadas. [...] 5. A análise dos dados tende a seguir um processo indutivo. (LÜDKE & ANDRÉ, 1986, p.12).
O objetivo da realização da pesquisa é conhecer ideias e metodologias utilizadas pelos professores de biologia para ensinar sobre educação ambiental e sobre a formação de alunos críticos e responsáveis para com o meio ambiente, diante disso Bogdan & Biklen, (1994, p. 70) diz que o objetivo dos pesquisadores qualitativos é o de melhor compreender o comportamento e experiência humanos, além do “processo pelo qual as pessoas constroem significados e descrever em que consistem estes mesmos significados” .
A pesquisa qualitativa é considerada subjetiva e não científica, uma vez que não opera com dados matemáticos que permitem descobrir relações de causa e efeito no tratamento estatístico. MINAYO (2008) destaca que na pesquisa qualitativa, o importante é a objetivação, pois durante a investigação científica é preciso reconhecer a complexidade do objeto de estudo, rever criticamente as teorias sobre o tema, estabelecer conceitos e teorias relevantes, usar técnicas de coleta de dados adequadas e, por fim, analisar todo o material de forma específica e contextualizada. Para a referida autora, a objetivação contribui para afastar a incursão excessiva de juízos de valor na pesquisa: são os métodos e técnicas adequados que permitem a produção de conhecimento aceitável e reconhecido.
Os estudiosos da pesquisa qualitativas diz que, o estudo da experiência humana deve ser feito entendendo que as pessoas interagem, interpretam e constroem sentidos. Os que defendem essa postura criticam o posicionamento positivista, já que para eles fica a dúvida sobre até que ponto uma abordagem que não se preocupa com a essência do seu objeto pode ser considerada científica.
3.2 Pesquisa Exploratória
Os professores que contribuíram com a pesquisa são de escolas públicas estaduais e municipais de Santa Maria da Vitoria- Bahia, e eles apresentaram planos de aulas, atividades e a forma que trabalha para buscar a aprendizagem e a conscientização dos alunos.
Para a realização da pesquisa, foi utilizado a coleta de dados entrevistas e observação dos conteúdos e metodologias utilizadas pelos professores. O método utilizado para a análise das entrevistas e documentos é o da análise de conteúdo (BARDIN, 1991; TRIVIÑOS, 1992). A análise de conteúdo incorpora um conjunto de procedimentos que incluem a classificação dos conceitos, a codificação dos mesmos, a categorização, entre outros. Bardin destaca três etapas básicas para a análise de conteúdo: a pré-análise, que corresponde a fase de organização do material; a exploração do material, que focaliza o estudo aprofundado do material obtido, orientado pelas hipóteses e referenciais teóricos e por último a interpretação referencial, que corresponde a análise aprofundada do material obtido, interpretando e desvelando o conteúdo latente que os mesmos possuem. 
O procedimento utilizado foi observar e conversar com os professores, através da observação dos trabalhos realizados e das respostas dos professores no decorrer das perguntas será possível a compreensão da importância do professor de biologia para a construção do conhecimento dos alunos a respeito do tema.
No período exploratório da pesquisa foi realizado um questionário aos professores de biologia das escolas municipais e estaduais que está no (Apêndice A). Segundo Lüdke & André (1986) a fase exploratória é fundamental para uma definição mais precisa do objeto de estudo, para estabelecer os contatos iniciais para a entrada em campo, localizar os informantes e a fonte de dados para o estudo, funcionando como um período de abertura para a realidadeque se pretende estudar. Primeiramente foi estabelecido um contato com as escolas e a direção das escolas, colocaram os professores de biologia a disposição, o questionário foi deixado para que o professor analisasse e respondesse.
O professor busca trabalhar, fazer projeto sobre as questões ambientais?
O professor registra as atividades realizadas?
O professor busca manter os alunos sempre atualizados sobre os problemas ambientais que acontece no Brasil e na região da Bahia?
Durante a entrega dos questionários foi estabelecida uma data para a devolução dos mesmos e se após a data combinada os questionários não foram respondidos, seria tentado retira-lo mais duas vezes, se voltasse e ainda não tivesse respondido o professor seria excluído da pesquisa exploratória. 
Os questionários devolvidos foram analisados segundo os critérios apresentados para o perfil de sujeitos, sendo selecionados dez professores. Esses professores foram contatados e oito se dispuseram a participar da pesquisa. No Quadro I apresento o total de escolas visitadas, o retorno dos questionários e o número de sujeitos obtidos referentes à cidade de Santa Maria da Vitória-Bahia.
Quadro I – Escolas do Ensino Médio visitadas em Santa Maria da Vitória, retorno dos questionários, professores selecionados e sujeitos da pesquisa.
	Total de escolas de EM: 5
	Escolas visitadas: 5
	Retorno escolas: 1
	Questionários entregues: 5
	Devolvidos: 5
	Selecionados: 10
	Sujeitos: 08
O município em que a pesquisa foi realizada é pequeno e não tem um número grande de escolas que trabalham com o ensino médio, por ser pequeno foi fácil entrar em contato com todos os professores da pesquisa.
3.3 Entrevista
A entrevista semiestruturada de caráter interativo, dar possibilidades de conversar e entender sobre temas complexos.
Triviños (1992) entende como entrevista semiestruturada: 
[...] aquela que parte de certos questionamentos básicos, apoiados em teorias e hipóteses que interessam à pesquisa, e que, em seguida, oferecem amplo campo de interrogativas, fruto de novas hipóteses que vão surgindo a medida que se recebem as respostas do informante. Desta maneira, o informante, seguindo espontaneamente a linha de seu pensamento e de suas experiências dentro do foco principal colocado pelo investigador, começa a participar na elaboração do conteúdo da pesquisa. (TRIVIÑOS, 1992, p. 146).
As entrevistas foram organizadas previamente e continham questões norteadoras estabelecidas em um roteiro, porém a ordem e a maneira em que foram abordadas não foram as mesmas para todos os entrevistados; em algumas entrevistas no caminhar da entrevista o professor já relatava as respostas sem a necessidade de realizar a pergunta.
Todas as entrevistas foram realizadas com agendamento prévio, na própria escola no qual os professores atuavam profissionalmente. Antes de iniciar a entrevista, foram expostos aos professores os propósitos da entrevista e do trabalho de pesquisa, além de garantir a privacidade e confidencialidade, as entrevistas teve duração em média de trinta minutos e as respostas foram anotadas no caderno.
O respeito e a simpatia fazem parte dos trabalhos realizados, segundo Vidigal (1996) e Triviños (1992) é necessário que o pesquisador durante a entrevista desenvolva elementos que permitam um clima de empatia, lealdade, confiança e respeito entre o entrevistador e o depoente, sendo essencial para estimular a expressão livre do sujeito e “atingir a máxima profundidade no espírito do informante sobre o fenômeno que se estuda” (TRIVIÑOS, 1992, p. 149).
A coleta de informações foi dada pela análise e observação de planos de aulas e registros de aulas realizadas pelos professores, através desta análise é possível conhecer o trabalho e os temas que o professor tem a preocupação em usar em sala de aula. Alves Mazzotti considera como documento “qualquer registro escrito que possa ser usado como fonte de informação”; a análise documental pode ser utilizada “como ‘checagem’ ou complementação dos dados obtidos por outras técnicas” (2001, p.169). Todos os documentos observados já haviam sido aplicados em sala de aula.
Alguns professores não tinham os registros das aulas, mas os planos foram observados.
Um detalhe importante a ser destacado foi a resistência de alguns professores em disponibilizar os seus planos para a análise, alguns tinham receio outros diziam apenas que não tinham, muitos professores ainda têm medo de mostrar seus trabalhos por medo da crítica. Como forma de acalma-los e diminuir o desconforto, houve um diálogo onde foi explicado que os documentos eram apenas para observação e não para críticas.
Quadro II – Planos de aula e registros disponibilizados pelos professores
	Professor 1: Entregou planos de aulas e registros dos alunos.
	Professor 2: Entregou o plano anual de biologia.
	Professor 3: Entregou os planos de aula.
	Professor 4: Entregou planos de aulas e registros dos alunos.
	Professor 5: Entregou plano anual, planos de aula e registros.
Todos os professores analisados já trabalham há mais de dois anos com biologia no ensino médio. Alguns trabalham também com ciências no município nas escolas dos anos finais do ensino fundamental, o que foi bem interessante para o conhecimento.
A coleta de dados e as entrevistas trouxe diversas contribuições, e uma delas foi entender o professor como sujeito ecológico e pensativo.
Apesar de o sujeito ecológico ser um ideal e não uma realidade, ele se constitui como um parâmetro orientador das escolhas e estilos de viver e de pensar a vida; existem gradações quanto à adesão a esses valores, que são incorporados nas experiências concretas das pessoas: 
Não se trata, portanto, de imaginá-lo como uma pessoa ou grupo de pessoas completamente ecológicas em todas as esferas de suas vidas ou ainda como um código normativo a ser seguido e praticado em sua totalidade por todos os que nele se inspiram. Em sua condição de modelo ideal, é, pois, importante compreender quais são os valores e crenças centrais que constituem o sujeito ecológico e como ele opera como uma orientação de vida, expressando-se de diferentes maneiras por meio das características pessoais e coletivas de indivíduos e grupos em suas condições sócio históricas de existência. (CARVALHO, 2004, p.67).
O professor chega na sala de aula carregado de informações e cultura, e o aluno também, e essa interação se transforma na mais linda transmissão do saber, ensinar os alunos a cuidar, preservar e reconhecer o quão importante é a natureza, os recursos naturais na atualidade é uma grande missão vai além do ensinar ler, interpretar e conhecer novos conteúdos, é ensinar a respeitar a natureza e protege-la.
0. Resultados E Discussão 
Os resultados da pesquisa mostraram que muita coisa ainda precisa melhorar quando se trata do professor de biologia, no ensino de questões ambientais, ainda há diversos professores que trabalham conteúdos como este apenas uma vez durante todo o ano letivo, outros que trabalham sem nenhum produto no final, sem nenhum propósito.
Gráfico I: Visita as Escolas e Entrega dos Questionários 
O gráfico mostra os resultados da visita as escolas e entrega dos questionários, o município de Santa Maria da Vitória é pequeno, por isso não muitas escolas do Ensino Médio e uma delas é ensino técnico, e há um diferencial nela pois lá eles têm um curso que contempla o meio ambiente, e é voltado para essa temática, então o foco foi nas escolas de ensino regular.
Gráfico 2: Entrevista e Análise de Planos de aula, registros e plano anual.
As características dos professores observadas foram, a grande maioria ainda são professores tradicionais, e que admitem que não conseguem usufruir muito das tecnologias existentes no mundo dentro da sala de aula, e uma minoria são professores que buscam metodologias diversificadas através da tecnologia.
Alguns professores sóentregaram o plano anual, outros só o de aula e nem todos tinham registros, juntando o material recebido foi possível perceber a importância da organização e do planejamento do professor com finalidade, alguns professores afirmaram que as vezes alguns conteúdos são passados apenas por obrigação e a partir da análise eles perceberam que é preciso um olhar criterioso, para conseguir enxergar além do plano de aula, o que o conteúdo pode ensinar aos alunos, temas como questões ambientais precisam ser analisados e entendidos pelos alunos.
Os resultados obtidos mostram que as escolas foram participativas e devolveram os questionários, apesar das dificuldades relatadas por muitos professores em desenvolver certas atividades, e também para planejar, o resultado mostra que as escolas ainda precisam melhorar, mas que estão no caminho certo.
A análise dos dados qualitativos produzidos por esta investigação permitiu identificar, nas escolas de Santa Maria da Vitória, características recorrentes que se manifestam de forma organizada em diferentes níveis de intensidade. Essas características estão presentes, nas boas práticas de todas essas escolas, consideradas responsáveis pelos resultados alcançados pelos jovens que nelas estudam. São elas: aprendizagem como foco central da escola; expectativas elevadas sobre o desempenho dos alunos; elevado senso de responsabilidade profissional dos docentes em relação ao sucesso dos alunos; trabalho em equipe e lideranças reconhecidas; preservação e otimização do tempo escolar e planejamento compartilhado com os professores.
DISCUSSÃO
A humanidade desde seu antepassado nos mais antigos tempos, percebeu a necessidade e a urgência de se organizar para enfrentar as diferentes situações e desventuras da vida cotidiana, descobriu que pensar primeiro antes de agir aumentava as suas chances de obter exatidão e aproveitar melhor os recursos disponíveis do seu habitat. Ou seja, pensava nas suas ações mesmo que não soubessem que desta forma estariam se planejando. Dessa maneira, o planejar é uma realidade que acompanhou a trajetória histórica da humanidade. O homem sempre sonhou, pensou e imaginou algo na sua vida (MENEGOLLA; SAN’TANNA, 2001).
Diante das contribuições de Menegolla e Sant´tanna, podemos perceber a importância do planejamento, e levando para a sala de aula o planejamento oportuniza ao professor imaginar e criar ações que podem ajudar os alunos a entender e aprender o conteúdo, além do mais o planejamento vem carregado de expectativas, objetivos, avaliação e produto final, onde o mesmo precisa ter um objetivo o aluno precisa ser ativo, na construção do saber.
A contribuição e compartilhamento de planos, ideias de professores da mesma rede de ensino, favorece uma compreensão melhor, e ajuda os professores a entenderem que uma ideia que deu certo na sua escola pode ser sucesso em outra, e as ideias boas precisam ser compartilhadas.
CONCLUSÃO 
A biologia tem uma grande importância na formação social do indivíduo, formar alunos pensantes, curiosos e críticos, através dela o aluno aprende a compreender fenômenos da natureza e a respeita-los.
Formar pessoas autônomas e capazes de buscar soluções para problemas ambientais, além de ter cuidados e pequenas atitudes que contribuem muito para a preservação do planeta terra.
O mundo moderno no qual estamos vivendo, questões ambientais estão ameaçando o futuro do pais, e temas como este precisam estas vivos e sendo debatidos em sala de aula.
O trabalho realizado por meio de pesquisas, deixou claro a importância do professor enquanto cidadão ecológico e formador de conhecimentos, ensinando e mostrando para os alunos a importância de ensinar sobre os problemas ambientais através da biologia, trazer para a sala de aula conteúdos de extrema importância e buscar junto a eles soluções para estes problemas.
Conclui assim que o professor de biologia, antes de tudo é um cidadão ecológico e deve estar sempre em estudos sobre temas que fazem parte da realidade dos alunos, buscando conscientiza-los e motivando-os a cuidar bem do planeta.
O planejamento compartilhado entre professores pode ajudar na aprendizagem dos alunos, e contribuir para uma educação melhor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES-MAZZOTTI, A.J.A. O Planejamento de pesquisas qualitativas. In: ALVESMAZZOTTI, A.J.A; GEWANDSZNAJDER, F. O método nas ciências naturais e sociais. São Paulo: Pioneira, 2001.
ALMEIDA, A. A emoção na sala de aula. São Paulo: Papirus, 2001.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1991.
BIASIBETTI, L.; TREVISAN, M. L.; NISHIJIMA, T.; PERES, P. E. C. A concepção dos educadores sobre a temática de educação ambiental na escola: dificuldades e desafios. Revista Monografias Ambientais, v. 14, n. 2, p. 220 – 237, 2015.
BRASIL, Orientações curriculares para o ensino médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. 2006.
BRASIL, Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA, 1999, p. 01.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Ambiental. 2012. Disponível em: <http://conferenciainfanto.mec.gov.br/images/conteudo/iv-cnijma/diretrizes.pdf> Acesso em: 20 fev. 2018.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Meio ambiente e saúde. 58p, 1997.
BOGDAN, R.C.; BIKLEN, S.K. Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto editora, 1994.
CARVALHO, L.M.; CAMPOS, CAVALARI, R.M.F, M.J.O; MARQUES, A.; MATHIAS, A; BONOTTO, D. Enfoque pedagógico: conceitos, valores e participação política. In: TRAJBER, R. E MANZOCHI, L. H. (Orgs.) Avaliando a educação ambiental no Brasil: materiais impressos. São Paulo: Gaia, 1996.
CARVALHO, I. C. M. Qual educação ambiental? Elementos para um debate sobre educação ambiental e extensão rural. Agroecol.e Desenv.Rur.Sustent. Porto Alegre, v.2, n.2, p. 43-51. 2001b.
CARVALHO, I. C. M. Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo: Cortez, 2004.
 CARVALHO, L.M. A Temática Ambiental e o Ensino de Biologia: compreender, valorizar e defender a vida. In: MARANDINO, M. et al (Org). Ensino de Biologia: conhecimentos e valores em disputa. Niterói: Eduff, 2005.
GEGLIO, P. C.; SANTOS, R. C. As diferenças entre o ensino de biologia na educação regular e na EJA. Interfaces da Educação, v. 2, n. 5, p. 76 - 92, 2011.
KRASILCHIK, M. Educação ambiental na escola brasileira – passado, presente e futuro. Ciência e Cultura, v.38, n.12, 1958-1961. 1986.
LIMA, G. F. C. Questão ambiental e educação: contribuições para o debate. Ambiente & Sociedade, Campinas, ano II, n. 5, 135-153, 1999.
LUDKE, M. ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
MENEGOLLA, Maximiliano; SANT´ANNA, Ilza Martins. Por que planejar? Como Planejar? 10ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
MAYER, M. Educación ambiental: de la acción a la investigación. Enseñanza de las ciencias, Roma: v. 16, n. 2, 217-231. 1998.
 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE / MINISTERIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Portfólio Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental. Série Documentos Técnicos, nº 7. Brasilia: 2006 (a).
MENEZES, I. S.; FREITAS, S. H. S.; CARA, P. A. A.; COUTO-SANTOS, A. P. L. Jogo didático como ferramenta para Educação Ambiental no município de Itapetinga (BA). Revista Brasileira de Educação Ambiental. v. 11, n. 5, p. 19 – 29, 2017.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento. 11 ed. São Paulo: Hucitec, 2008.
MOITA LOPES, L. P. Co-construção do discurso em sala de aula: alinhamentos e contextos mentais gerados pela professora. Santa Catarina: Insular, 2000.
NÓVOA, A. Diz-me como ensinas, dir-te-ei quem és e vice-versa. In: FAZENDA, I. A pesquisa em educação e as transformações do conhecimento. 7ª edição. Campinas: Papirus, 1995.
PERIOTTO, F.; FRANSCISCO, J. B. Identificação de avifauna urbana e suas contribuições para atividades didáticas em ciências e biologia. Revista Educação Ambiental em Ação. n. 61, 2017.
PNUD. Relatório do Desenvolvimento Humano. Lisboa: Tricontinental Europa, 1996.
SANTOS, A. S.; SOUZA, G. S.;DIAS, V. B. A inserção da educação ambiental no currículo escolar na rede pública de ensino do município de Cruz das Almas – BA. Revista Educação Ambiental em Ação. n. 60, 2017.
SANTOS, A.; LIMA, M. L. B.; MACIEL, L; M. N. L.; PAZ, M. C. P.; PAZ, R. J. A interdisciplinaridade na educação ambiental em escolas públicas: concepções e ações. Revista Educação Ambiental em Ação. n. 61, 2017.
SELLES, S. E.; FERREIRA, M.S. Disciplina escolar Biologia: entre a retórica unificadora e as questões sociais. In: MARANDINO, M., et al. (Org.). Ensino de biologia: conhecimentos e valores em disputa. Niterói: Eduff, 2005, p.50-62.
SLONGO, I.I.P. A produção acadêmica em ensino de biologia: um estudo a partir de teses e dissertações. 2004. 349 f. Tese (Doutorado em Educação) –Centro de Ciências da Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004
TRIVIÑOS, A.N.S. Introdução à pesquisa em ciências sociais. A pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1992.
VIDIGAL, L. Os testemunhos orais na escola. Porto: Asa, 1996.
APÊNDICE A
Questionário Exploratório Para os professores de Biologia:
1- Nome do Professor?
_________________________________________________________
2- Qual a formação?
________________________________________________________
3- Há quantos anos trabalha com Biologia?
_________________________________________________________
4- O professor busca trabalhar, fazer projeto sobre as questões ambientais?
_____________________________________________________________
5- O professor registra as atividades realizadas?
__________________________________________________________________________________________________________________________
6- O professor busca manter os alunos sempre atualizados sobre os problemas ambientais que acontece no Brasil e na região da Bahia?
__________________________________________________________________________________________________________________________
7- O professor compartilha ideias, planos de aula com outros professores?
__________________________________________________________________________________________________________________________
ANEXO A
Plano de aulas de professora de Biologia do primeiro ano do Ensino Médio:
ANEXO B
ANEXO B
Apresentação do seminário.
	
	
As imagens utilizadas para fazer o trabalho foram obtidas da tv oeste.
Visita as Escolas e Entrega dos Questionários
Questionarios Devolvidos 	Categoria 1	Questionarios Devolvidos	Escolas Visitadas	Professores Selecionados	4.3	2.5	3.5	4.5	Escolas Visitadas	Categoria 1	Questionarios Devolvidos	Escolas Visitadas	Professores Selecionados	2.4	4.4000000000000004	1.8	2.8	professores Selecionados	Categoria 1	Questionarios Devolvidos	Escolas Visitadas	Professores Selecionados	2	2	3	5	
Documentos Entregues Pelos Professores.
Entrega de planos de aula	Planos de Aula e Registros.	Plano anula e Registro de Aula	Planos de Aula e Registros.	4.3	2.5	3.5	Plano anual e registros de aula	Planos de Aula e Registros.	Plano anula e Registro de Aula	Planos de Aula e Registros.	2.4	4.4000000000000004	1.8	Planos de Aula e registros	Planos de Aula e Registros.	Plano anula e Registro de Aula	Planos de Aula e Registros.	2	2	3

Continue navegando