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ATIVIDADE IV-MELORAMENTO VEGETAL- DOMESTICAÇÃO DAS ESPÉCIES

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS 
CAMPUS DE CHAPADINHA/MA 
CURSO: AGRONOMIA 
DISCIPLINA: MELHORAMENTO VEGETAL 
 DISCENTE: MARINA MARTINS FONTINELE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE AVALIATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CHAPADINHA-MA 
FEVEREIRO DE 2021 
Atividade II de Melhoramento Vegtal 
1. Comente a síndrome da domesticação das espécies de plantas cultivadas 
quanto a: 
a) Perda dormência de sementes; 
 
O mecanismo de dormência impede que as sementes germinem todas de uma única 
vez, evitando assim, a possível destruição de determinada espécie, caso ocorra em 
seu habitat alguma calamidade climática após a germinação. Através desse 
mecanismo a semente germinará apenas quando as condições climáticas são 
favoráveis ao seu desenvolvimento. 
Uma germinação mais lenta e a existência de sementes mais duras, são as 
características comuns e adaptativas de plantas silvestres, sendo desfavorável para 
plantas cultivadas. O mecanismo de dormência na germinação pode ser um fator 
adaptável na agricultura. Alguns cereais se desenvolvem sob condições de umidade 
e, nesse caso, certo grau de dormência entre as sementes é desejado, a fim de 
evitar perdas de grãos. Por exemplo, aplicação de etrel (fonte de etileno) e de 
benziladenina (citocinina sintética), combinados ou separadamente, induzem a 
quebra da dormência em sementes 
b) Aumento tamanho frutos e sementes; 
 
O aumento de órgãos foi provocado por seleção de estruturas maiores e por eventos 
de poliploidização de algumas espécies. Esse mecanismo possui características 
simultâneas e desempenham um papel significativo para a domesticação de plantas 
cultivadas. Essas modificações e aumentos provocados em frutos e sementes 
recebem atenção especial, devido serem um fato ainda em pré-adaptação para o 
processo em si. O aumento no tamanho das sementes é um dos primeiros estágios 
de domesticação ocorrido em muitas leguminosas, assim como o aumento nos grãos 
dentro dos cereais ocorreu de maneira bem menos pronunciada. Diversas mudanças 
correlacionadas têm sido atribuídas a esse aumento nos órgãos principais das 
plantas em virtude da domesticação. 
c) Mecanismos de dispersão ineficientes (dificuldade dispersão natural); 
 
O mecanismo de dispersão as sementes podem se desenvolver em diferentes áreas 
do planeta, garantindo assim a expansão dos vegetais sobre a Terra. Essa 
propriedade aliada à ação do vento, homem, animais e outros agentes, assegura a 
continuidade da vida da espécie por período de tempo prolongado; sendo as 
espécies de plantas silvestres, talvez, os principais representantes dessa alta 
capacidade de sobrevivência e longevidade. 
Para as plantas garantir sua sobrevivência e perpetuação na natureza, elas 
apresentam mecanismos que facilitam a dispersão das sementes. A dispersão d 
sementes é denominado como a principal modificação entre populações 
domesticadas de seus ancestrais silvestres. 
A perda do mecanismo de dispersão natural das sementes dos cereais é 
determinada com a principal modificação entre as populações domesticadas e seus 
ancestrais silvestres. Após a domesticação as plantas cultivadas tornaram-se 
totalmente depende do homem, e por dependerem exclusivamente dessa ação, é 
um mecanismo limitante, mas, por um outro lado existe o cultivo de algumas 
culturas que a perda desse mecanismo é irrelevante, permanecendo a forma 
original de dispersão das sementes, como é o caso das espécies forrageiras 
cultivadas, visto que a debulha natural é uma característica desejável para a 
manutenção das espécies sem a necessidade de nova semeadura. 
d) Hábito crescimento determinado ou braquítico; 
 
O hábito de crescimento é um caráter morfo-agronômico, que é determinado pelo 
crescimento do ramo principal e pelo florescimento da planta. Por vez o hábito 
crescimento determinado caracteriza-se por ter o caule e os ramos laterais 
terminando em uma inflorescência (inflorescência terminal) e por possuir um número 
limitado de nós; a floração inicia-se do ápice para a base da planta 
e) Redução substâncias tóxicas; 
 
A proteção física de algumas espécies (por exemplo, em gramíneas) é um obstáculo 
que pode mais facilmente ser ultrapassado pelo homem, ao contrário da presença 
de compostos químicos, que reduzem drasticamente o potencial nutritivo de 
algumas culturas, bem como a utilização de suas sementes. Inúmeras plantas 
silvestres apresentavam elementos tóxicos nos grãos, nos frutos e nas sementes, 
como proteção contra a predação, tornando necessário algum tipo de tratamento 
especial e/ou cozimento para alimentação humana. 
Embora apresentassem essas desvantagens, muitas delas eram reconhecidas como 
candidatas perfeitas à domesticação. É correto afirmar que a toxicidade evoluiu 
como um sistema de proteção para órgãos com grande estocagem nutritiva e pode 
ter sido intensificada por seleção inconsciente em muitas culturas. 
2. Comente a história da evolução e domesticação e das seguintes espécies 
cultivadas: 
a) Manga 
 
O melhoramento genético da mangueira no mundo é uma atividade antiga, 
principalmente na Ásia tropical, onde na Índia o seu cultivo ocorre há mais de 4.000 
anos. No continente americano, a dispersão da mangueira teve seu início no século 
XVI, sendo introduzida no Brasil pelos portugueses das colônias africanas. Mais 
tarde, por volta do ano de 1770, os espanhóis introduziram-na no México. De uma 
forma geral, as variedades de mangueira conhecidas foram obtidas a partir da 
seleção de plantas de polinização aberta, baseada em um só sexo (mãe conhecida). 
Na Índia, como na Flórida, Estados Unidos, a maioria das cultivares foram obtidas 
por esse método. 
A mangueira é uma planta que foi domesticada há milhares de anos, e caracteriza- 
se por apresentar e produzir frutos de alta qualidade para os setores comerciais, é 
considerada uma das mais importantes espécies frutíferas de clima tropical. A 
mangueira teve sua origem na Índia. 
A domesticação da mangueira ocorreu aproximamente há 4.000 anos atrás, com 
seu cultivo nas regiões indiana. Nas fases iniciais de sua domesticação seus frutos 
eram 
menores, e possuíam pouca polpa e eram muito fibrosos, se diferenciavam 
bastantes das mangas que temos nos dias atuais. 
Foram precisos muitos séculos de cultivo, seleção de gerações de mangueiras e 
sementes para que produzissem frutos livres de fibras e sabores desagradáveis, 
conduzindo a frutos maiores e com mais polpa. A domesticação da mangueira além 
de gerar frutos melhorados, possibilitou que a manga se tornasse uma fruta muito 
popular nas regiões da Índia, Paquistão, bangladesh e sri lanka. 
b) Soja 
A soja que hoje é cultivada, no mundo, principalmente no Brasil, é muito diferente 
dos seus ancestrais, elas eram antes plantas rasteiras e se desenvolviam na costa 
leste da Ásia, principalmente ao longo do rio Yangtse, na China. Foi a partir do 
aparecimento oriundo de cruzamento naturais entre duas espécies que começou a 
evolução da domesticação da soja. O cruzamento foi oriundo de duas espécies 
selvagem que foram domesticadas e melhoradas por cientistas da antiga china. 
A primeira referência que se tem atualmente datada da soja como alimento é a cerca 
de 5.000 anos atrás. As primeiras citações do grão aparecem no período de 2883 a 
2838 a.c., que foi descrito pelo imperador chinês She-nung, que deu início ao cultivo 
do grão como alternativa ao abate de animais. 
O processo de domesticação da soja, ocorreu no século XI a.c., realizado por 
cientistas chineses, a partir do cruzamento natural, na região centro-leste da China. 
No século I d.c., a soja se expandiu atingindo outras regiões como a, Central e Sul 
da China, Península coreana. E por volta do século XV e XVI, foi introduzida no 
Japão, Indonésia, Filipinas, Vietnã, Tailândia, Malásia, em Burna, Nepal e no norte 
da Índia,onde muitas variedades de espécies oriundas do local foram 
desenvolvidas com características próprias e específicas de adaptação para 
condições da região de cultivo, e principalmente para atender a demanda, os 
interesses de uso e processamento. Em 1882 é a data primeira de referência de 
cultivo da soja no Brasil. 
E a partir do desenvolvimento econômico associado a vantagem competitiva de 
preço, a soja começou a se expandir, pois houve o grande interesse de expandir por 
mais áreas de cultivo. E essa expansão de área, só foi possível devido o programa 
de melhoramento da cultura, que teve grande sucesso, ao ser introduzido 
características de período juvenil longo nas novas variedades. 
O desenvolvimento de variedades com período juvenil longo foi o grande marco 
inicial, juntamente com outras práticas de manejo bem sucedidas, a soja passou ter 
grande sucesso no seu cultivo, e fazendo com que os cientistas brasileiros 
revolucionassem a história mundial da soja. 
c) Milho 
 
O surgimento do milho teria haver com o resultado de um evento de poliploidização, 
que teve seu acontecimento após a divergência entre sorgo e milho, sendo assim 
considerado um poliploide muito antigo, com uma idade estimada de 11 milhões de 
anos, porém a sua origem ainda se encontra indefinida. Entretanto, existem várias 
hipóteses que foram descritas que tentam desvendar esse mistério, mas não há 
informações conclusivas a respeito da real origem do milho cultivado. São 
divergentes as especulações, mas até os diais atuais não foi possível afirmar a 
partir de que espécie o milho evoluiu, e talvez seja difícil chegar a essa conclusão, 
uma vez que seus genitores já estão extintos, e por que devido a domesticação, o 
milho se diferenciou muito, e tem se tornado impossível estabelecer uma relação 
direta de seu ancestral com de outra espécie. 
Já em relação a domesticação da espécie, existem evidências indicando que que ela 
teria ocorrido entre 7.000 e 10.000 anos atrás, feita por americanos nativos. Sendo 
assim, a domesticação do milho contribuiu de forma efetiva para seu 
desenvolvimento evolutivo, tornando essa evolução um marco muito importante, 
pois através dessa evolução é como se homem tivesse moldado aos poucos, ou até 
mesmo construído um espécie por meio da seleção de características importantes 
durante milhares de anos, o que tornou uma espécie de grande importância 
mundial, porém muito dependente do homem. 
Contudo, mesmo que seja incerto a verdadeira origem histórica do milho, não há 
dúvidas de que é um cereal americano, com origem no México, pelos relatos da 
história. Áreas de cultivo dessa espécie são mencionadas desde o Paraguai, até a 
Colômbia, na América do Sul, Guatemala, México, América Central e do Norte. 
Além desse histórico é no continente americano que se encontra seus parentes 
selvagens mais próximos, os Teosintos e o Trisacum, que pelos dados históricos são 
eles os ancestrais do milho. 
d) Banana 
 
A origem da banana está localizada no sul e sudeste do continente asiático. Embora 
existam centros secundários de origem na África Oriental e nas Ilhas do Pacífico, 
existem importantes centros de diversidade na África Ocidental. Estende-se da Índia 
a Papua Nova Guiné, incluindo a Malásia e a Indonésia. Presume-se que as pessoas 
da área o usaram ao longo da história. 
Como a história das variedades de banana está intimamente relacionada à 
população das regiões tropicais, a domesticação das bananeiras pode começar ao 
mesmo tempo que a agricultura de alimentos. 
Muitas alterações ocorreram em decorrência do processo evolutivo da bananeira, 
dente elas destacam-se partenocarpia, fenômeno pelo qual ocorre a formação de 
frutas sem a necessidade da fecundação do óvulo, resultando na ausência de 
sementes. 
 
Estudos sugerem que sua domesticação e cultivo pelo homem iniciou entre 6.500 a 
10.000 anos atrás. Seu cultivo se espalhou em regiões tropicais e subtropicais do 
mundo e variedades foram desenvolvidas a partir de espécies selvagens Musa 
balbisiana com finalidade de consumo in natura, cozidas, fritas e doces. 
e) Melancia 
 
A domesticação da melancia deu-se de transformações na morfologia, na fisiologia, 
na diversidade genética e na adaptação da espécie. As principais modificações 
envolveram a eliminação de amargor e a cor de polpa. Os frutos das espécies 
Citrullus silvestres possuem polpa branca e características extremamente amargas. 
Este amargor, que também existe em outras espécies de Cucurbitaceae, é causado 
por altas e uma substância chamada cucurbitacina glicosídeo ou colocintina e é 
controlado por um gene dominante não amargo (Bi). 
A cor vermelha da polpa é afetada por genes recessivos (vermelho), mas também 
parece ser afetada por outros genes, envolvendo efeitos de epistasia. Essas 
características são as mais importantes no processo de domesticação e estão 
sujeitas a forte pressão de seleção, pois esses genes são, portanto, Os genes estão 
fisicamente próximos no mesmo cromossomo. 
Embora estudos moleculares tenham mostrado que C. rehmii ou C. ecirrhosus estão 
intimamente relacionados, relatos de domesticação indicam que a melancia cultivada 
terá C. colocynthis como ancestral direto, e a domesticação ocorrerá no Egito, por 
volta de 2.000 a.c. Sementes de melancia foram encontradas em um sítio 
arqueológico na Líbia, que tem 5.000 anos. 
A melancia foi introduzida na Índia em 800 e na China em 1100. Na Europa, a 
introdução foi realizada durante a conquista da Espanha, com registros entre 961 e 
1158. 
É cultivado em outras partes da Europa e tem sido amplamente cultivado em 
pequena escala desde 1600. A melancia foi introduzida pelos espanhóis na América 
do Norte em 1629 e por escravos africanos no Brasil em meados do século XVI. 
3. Faça um comentário (resenha), do artigo em anexo 1, ressaltando a definição 
dos Processos ou forças evolutivas que contribuíram para domesticação das 
espécies cultivadas: 
a) Mutação 
 
A mutação é um fator evolutivo, Variação genética, definida como qualquer 
Sequência de nucleotídeos e A estrutura e o número de cromossomos. Essas 
possíveis mudanças Espontânea ou pela ação de substâncias nas células 
mutágenicas, radiação ionizante e ultravioleta, Causa substituição incorreta de 
bases nitrogenadas E mudanças em números ou estruturas cromossoma. 
Mutações nos genes relacionados às características de interesse agronômico 
podem ter facilitado a domesticação de algumas espécies de plantas cultivadas, 
principalmente em gramíneas, como trigo, arroz e milho. 
Essas culturas, a partir de várias mutações gênicas, adquiriram maior capacidade de 
retenção dos grãos na inflorescência tornando-as mais dependentes da ação 
humana para sua dispersão. 
Mutação é uma alteração, natural ou induzida por algum agente mutagênico, que 
ocorre no genoma (material genético do organismo ou vírus). Ela pode ocorrer tanto 
em células somáticas como em células germinativas, podendo, assim, ser herdada. 
As mutações são as principais fontes de variabilidade genética, influenciando 
diretamente o processo de evolução dos seres vivos. Podem ser classificadas de 
acordo com o lugar onde ocorrem e efeitos causados. 
Mutação é uma alteração que ocorre no material genético dos indivíduos. Podem 
originar-se de forma natural, durante os processos de mitose, meiose ou síntese 
proteica, ou ser decorrente da ação de algum agente mutagênico. Também podem 
ocorrer em três níveis: 
Molecular: pode também ser chamada de mutação genética ou pontual, afeta um 
nucleotídeo ou um grupo de nucleotídeos do DNA; 
Cromossômica: ocorre em mais de um gene, afetando, assim, a estrutura 
do cromossomo; 
Genômica: altera o conjunto do genoma, podendo afetar o número total de 
cromossomos ou os cromossomos presentes nos pares de forma individual. Esse 
tipo de mutação é responsável por causar algumas síndromes, como a síndrome de 
Down.https://www.biologianet.com/biodiversidade/virus.htm
https://www.biologianet.com/biodiversidade/o-que-sao-seres-vivos.htm
https://www.biologianet.com/biologia-celular/mitose.htm
https://www.biologianet.com/biologia-celular/meiose.htm
https://www.biologianet.com/biologia-celular/dna.htm
https://www.biologianet.com/genetica/genes.htm
https://www.biologianet.com/biologia-celular/cromossomos.htm
b) Hibridação 
 
Entre todos os fatores evolutivos, a hibridação natural é definida como o 
acasalamento natural entre duas ou mais populações e é um dos eventos evolutivos 
mais importantes. Diversos estudos comprovam seu papel na domesticação de 
plantas cultivadas, envolvendo o fluxo gênico entre espécies silvestres e cultivadas, 
bem como a infiltração e hibridização de culturas geneticamente modificadas. 
Hibridação é o mecanismo responsável pelo fluxo gênico entre indivíduos que 
possuem complexos gênicos diferentes. A hibridação pode ser considerada em dois 
níveis: intra-específica - envolvendo demes, ecótipos ou raças de uma mesma 
espécie; interespecífica - envolvendo diferentes espécies, gêneros, etc. A geração 
de variabil 
A hibridação entre populações pode resultar em: a) enriquecimento do conjunto 
gênico da espécie, particularmente em associação com a colonização de um novo 
habitat; b) especiação híbrida - origem de uma nova espécie a partir de um híbrido 
natural; c) produção de um "enxame de híbridos" tão extenso que as barreiras entre 
subespécies distintas, ou mesmo espécies, desaparecem. A hibridação 
interpopulacional é uma alternativa muito importante para o melhorista encontrar 
genótipos novos que exibam vantagens adaptativas em determinadas situações em 
relação às populações parentais. Ao hibridarmos duas populações distintas ou 
dessemelhantes, na geração filial podem ocorrer três situações: a) aumento da 
variabilidade genética, expressa pelo coeficiente de variação fenotípica, permitindo a 
seleção de tipos extremos que não apareceriam nas populações parentais, b) 
combinação de características favoráveis das populações parentais na 
descendência, quando acompanhada de seleção (estas características podem estar 
relacionadas com a adaptação, produção, qualidade da madeira, características 
silviculturais, etc.) e c) aparecimento da heterose ou vigor de híbrido, quando para 
uma determinada característica o valor médio desse caráter na geração F é superior 
à média dos pais. A hibridação interespecífica tem se mostrado útil no 
aproveitamento de áreas marginais sujeitas a algum tipo de "stress" ambiental. 
Nessas situações, as populações parentais não tem tido bom comportamento. Por 
outro lado, nos ambientes mais propícios ao pleno desenvolvimento das árvores, os 
híbridos interespecíficos tem sido vantajosos quando é possível a combinação de 
características favoráveis das populações parentais, as quais já mostram boa 
adaptação, sendo que nesses casos a heterose no sentido restrito tem sido rara. 
Como os híbridos são geralmente mais plásticos do que as populações puras, 
devido à associação de genomas com complexos adaptativos diferentes, a sua 
capacidade de sobrevivência e de crescimento em áreas marginais seguramente é 
maior. Os híbridos interpopulacionais envolveriam híbridos interespecíficos e 
interprocedências. A seleção recorrente recíproca seria o esquema apropriado para 
o melhoramento das populações visando o aumento da resposta heterótica quando 
efetuados os cruzamentos interpopulacionais. Na prática, esses cruzamentos 
poderiam ser efetuados de três maneiras distintas:a) na forma de dialélico parcial ou 
fatorial, b) empregando testadores ("topcross"), c) empregando mistura de pólen 
("policross"). Os genótipos a serem cruzados poderiam ser oriundos de pomares 
clonais ou de testes de progênies de auto fecundação ou de polinização livre. 
Utilizando-se os cruzamentos dialélicos, como temos o controle total dos 
progenitores, os ganhos genéticos seriam maiores em relação aos cruzamentos do 
tipo "topcross" ou "policross". Operacionalmente, o "policross" seria o menos 
laborioso, pois envolveria um menor número de polinizações controladas. No caso 
do "topcross" devemos dispor de pelo menos dois testadores geneticamente 
diferentes para melhor avaliar a capacidade geral de combinação. A alternativa mais 
prática seria o esquema "policross", pois, conforme salientado acima, é o mais fácil 
de ser executado a nível de campo. A polinização controlada é a melhor estratégia 
para se garantir ganhos genéticos continuamente. Contudo, deve ser salientado que 
a polinização livre também pode desempenhar um papel importante como uma 
forma de se avaliar preliminarmente o potencial de cruzamentos visando produção 
de híbridos. Assim, numa etapa posterior, se efetuariam cruzamentos controlados 
apenas entre aqueles materiais que demonstraram bom potencial. 
c) Poliploidia 
A poliploidia refere-se às variações naturais ou induzidas no número de 
cromossomos, de um modo geral. As variações surgem nos conjuntos 
cromossômicos individuais. Se for determinado o número de cromossomos de um 
grupo de indivíduos de uma mesma espécie, selecionando ao acaso, provavelmente 
este número seja o mesmo. Essa situação é esperada, pois a espécies são 
entidades biológicas razoavelmente constantes e não é difícil avaliar que a 
estabilidade relaciona-se a uma constância no número e tipos de genes e 
cromossomos. Na verdade, o número de cromossomos de uma espécie é um dado 
biológico significativo, mas como os genes mutam em número através da perda ou 
adição, assim também fazem os cromossomos. O processo é esporádico, pois as 
divisões celulares e cromossômicas são fenômenos regulares, porém ocorrem 
variações, que, por vezes, são perpetuadas a fim de dar origem a novas espécies 
vegetais. A palavra poliploide é formada pelo radical “ploides” que deriva de ploidia 
(= quantidade de genoma) e pelo prefixo “poli” (= vários). Portanto, poliploides são 
indivíduos que possuem vários genomas. Dois grandes grupos são formados: os 
Euploides e os Aneuploides. No primeiro grupo estão os autopoliploides, que vem a 
ser indivíduos que tiveram seus genomas gaméticos duplicados, triplicados, 
formando diploides (2n), triploide (3n) e assim por diante, e alopoliploides. Esses 
possuem genomas de diferentes origens (alo = diferente) e foram originados de 
cruzamentos interespecíficos ou intergenéricos que ocorreram na natureza ou foram 
resultantes de cruzamentos artificiais. Nesse último caso o Triticale é um exemplo, 
pois foi o cereal obtido do cruzamento de Triticum aestivum e Secale cereale. Os 
híbridos interespecíficos, por terem genomas diferentes entre si resultantes do 
cruzamento devem, portanto, dobrarem o número total de cromossomos para 
tornarem-se espécies férteis. A esses indivíduos se dá o nome de autoalopoliploide. 
No segundo grupo estão os indivíduos aneuploides que são aqueles derivados da 
perda de um ou mais cromossomos do genoma. Caso clássico de aneuploidia 
encontra-se em Datura stramonio. A evolução de plantas superiores deve muito ao 
aumento do número de cromossomos decorrentes da poliploidia. Aproximadamente 
a metade das plantas cultivadas importantes são poliploides, sendo muitas dessas 
euploides, que possuem números pares de cromossomos múltiplos do conjunto 
básico. Uma vez iniciada a poliploidia em um gênero de planta qualquer é provável 
que venha a ser um processo contínuo. A poliploidia é mais comum em plantas 
perenes do que as anuais, nas plantas de altitude do que as de baixada e em 
plantas que se multiplicam assexuadamente do que aquelas que se reproduzem 
sexuadamente. A causa do aparecimento de plantas com número variável de 
genoma está nas divisões celulares 
d) Dispersão 
Dispersão de organismos vivos se constitui de dois fenômenos importantes, 
migração e colonização. Aqueles fatores que contribuem para o fluxo gênico 
permitindo outros mecanismos,como Hibridização, deriva genética e seleção 
natural, e desempenham um papel na adaptação e especiação. Em espécies 
cultivadas, mudanças adaptativas podem acontecer devido à pressão de seleção e 
adaptação a diferentes de métodos de cultivo quando introduzido em áreas com 
diferentes condições climáticas e diferentes daquelas apresentadas em seus 
centros de origem diversidade ou domesticação. Chamamos de agentes dispersores 
de sementes aqueles capazes de espalhá-las por várias áreas, o que garante uma 
maior distribuição espacial e, até mesmo, a sobrevivência das espécies vegetais, 
uma vez que a proximidade com a planta-mãe pode levar à competição. Esses 
agentes dispersores podem transportar apenas a semente ou, ainda, dispersar o 
fruto com a semente. 
A dispersão de sementes pode ser feita por vários tipos de agentes. Ao analisar 
evolutivamente a história das plantas com sementes em nosso planeta, percebemos 
que, aparentemente, os dispersores e os frutos coevoluíram. Isso garantiu uma 
maior eficiência na dispersão de sementes. 
Entre os principais dispersores, podemos citar o vento, a água e os animais. As 
dispersões por esses agentes são chamadas, respectivamente, 
de anemocoria, hidrocoria e zoocoria. A zoocoria é um termo amplo utilizado para 
todos os animais, entretanto, alguns grupos específicos de dispersões recebem 
denominações menos gerais, tais como: ictiocoria (peixes), saurocoria (répteis), 
ornitocoria (pássaros), mamaliocoria (mamíferos), quiropterocoria (morcegos) e 
mirmecocoria (formigas). Existem ainda espécies que liberam suas próprias 
sementes de maneira autônoma. Essa dispersão é conhecida como autocoria. 
Vento 
O vento é um importante agente dispersor de sementes. Entretanto, ele não 
consegue dispersar qualquer estrutura. Assim, são necessárias adaptações nessas 
estruturas para favorecer o voo delas. As sementes de orquídeas, por exemplo, são 
leves e transportadas como poeira. 
Nem todo fruto, no entanto, pode ser facilmente levado pelo vento. Por isso, frutos 
adaptados a essa dispersão apresentam alas e são plumosos, além de poderem ter 
outras características. O dente-de-leão é um exemplo de fruto que possui estruturas 
plumosas para promover sua suspensão no ar. 
Água 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/reino-plantae.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/fruto.htm
A água também é um agente dispersor importante de frutos e 
sementes. Geralmente, a água é responsável por transportar essas estruturas de 
plantas que crescem próximas a rios e lagos. 
Assim como na dispersão pelo vento, frutos e sementes apresentam características 
que permitem seu transporte pela água. Um exemplo disso é a presença de ar 
nessas estruturas, o que facilita a flutuação. Podemos citar o coco-da-baía como um 
tipo de planta com dispersão pela água, pois sua semente pode ser facilmente 
levada pelas correntes marítimas. 
Animais 
Os animais são importantes dispersores de frutos e sementes. Esses organismos 
vivos geralmente dispersam frutos carnosos, adocicados e de coloração viva e 
atraente, que são frequentemente ingeridos e as sementes são lançadas no meio. 
Algumas vezes, o animal libera a semente após comer o fruto. Em outros casos, as 
sementes são liberadas nas fezes ou, ainda, regurgitadas por esses agentes. Muitas 
vezes, essa digestão parcial é fator importante para possibilitar que a semente brote. 
Entretanto, esse tipo de dispersão de frutos e sementes não ocorre apenas por 
causa da necessidade de ingestão desses agentes. Alguns frutos apresentam 
estruturas como espinhos e ganchos que ajudam a aderir no pelo ou nas penas de 
animais e, assim, transportar as sementes. 
Autodispersão 
Algumas plantas dispersam suas sementes de maneira própria, sem a necessidade 
da ação de um agente. Esse é o caso, por exemplo, da planta conhecida como 
maria-sem-vergonha, que possui um fruto que se abre rapidamente e lança as 
sementes a uma considerável distância. 
e) Deriva genética 
 
A deriva genética é definida como a imprevisibilidade das mudanças na frequência 
dos alelos em pequenas populações, podendo ocorrer em populações naturais ou 
em espécies cultivadas. Para plantas cultivadas, a deriva genética pode ser 
expressa de duas maneiras: a influência do fundador, quando a domesticação 
ocorre fora de seu centro de origem. 
Em relação às plantas cultivadas, a deriva genética pode ser representada 
praticamente de duas formas: efeito do fundador, quando a domesticação ocorre fora 
do seu centro de origem, geralmente devido ao fato de uma amostra de poucos 
indivíduos ser levada para colonizar outra região e; gargalo de garrafa (bottleneck), 
Quando o tamanho da população é drasticamente reduzido devido ao processo de 
seleção artificial, e sua recombinação é composta por um pequeno número de 
indivíduos e um número limitado de alelos. 
Deriva genética é um mecanismo de evolução no qual as frequências dos alelos de 
uma população se alteram ao longo das gerações, devido ao acaso (erro de 
amostragem). 
A deriva genética ocorre em todas as populações de tamanho não infinito, mas seus 
efeitos são mais fortes em populações pequenas. 
A Deriva genética pode resultar na perda de alguns alelos (incluindo os benéficos) e 
na fixação, ou aumento para 100\%100%100, percent de frequência, de outros 
alelos. 
A Deriva genética pode causar maiores efeitos quando uma população tem o 
tamanho drasticamente reduzido por um desastre natural (efeito gargalo) ou quando 
um pequeno grupo se separa da população principal para fundar uma nova colônia 
(efeito fundador). 
Deriva genética é a mudança na frequência dos alelos de uma população de 
geração a geração que ocorre em consequência de eventos ao acaso. De forma 
mais precisa, a deriva genética é a mudança em razão de "erro de amostragem" na 
seleção de alelos para a geração seguinte a partir do pool gênico da geração atual. 
Ainda que a deriva genética ocorra em populações de todos os tamanhos, seus 
efeitos tendem a ser maiores em populações pequenas. 
REFERÊNCIAS 
BARBIERI, R. L.; STUMPF, E. R. T. Origem e Evolução de plantas cultivadas: 1. ed. 
Brasília: Editora Embrapa, 2008 
CARVALHO, B. L. et al. Síndrome da domesticação de plantas cultivadas. 1. ed. Minas 
Gerais: Editora Lavras,2014 
VEASEY, E. A. et al. Processos evolutivos e a origem de plantas cultivadas. Ciência Rural, 
Santa Maria, v.41, n.7, p.1218-1228, jul, 2011. Disponível em: 
https://www.academia.edu/16793698. Acesso em: 26 set. 2020. 
http://www.academia.edu/16793698

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