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RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGÓGIA CLÍNICA Curitiba 2021 DAYANE MACIEL DOS SANTOS RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGÓGIA CLÍNICA Relatório de Estágio apresentado ao Curso de Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional, da Faculdade IBRATE, sob orientação do Prof. Anderson Nasareno Alves Dias. Relatório Parte Clínica Curitiba 2021 INTRODUÇÃO O diagnóstico sob a ótica da Psicopedagogia é um processo de investigação. O psicopedagogo é um investigador que busca compreender todo processo de aprendizagem levando em consideração a totalidade dos fatores nele envolvidos, e a partir desta investigação entender a dificuldade de aprendizagem. O psicopedagogo levanta hipóteses através da análise de sintomas que o indivíduo apresenta, ouvindo a sua queixa, a queixa da família e da escola; além de resgatar a história de vida do sujeito. Para isso, torna-se necessário conhecer o sujeito em seus aspectos afetivos, cognitivos e sociais, bem como entender a modalidade de aprendizagem do sujeito e o vínculo que o indivíduo estabelece com o objeto de aprendizagem, consigo mesmo e com o outro. A Psicopedagogia possui uma relevância conquistada na área de sua atuação, tanto no que se refere a sua prática clínica, quanto a institucional e vem procurando sua própria identidade nas diferentes áreas do conhecimento e linhas de pesquisar, na educação, na psicologia e nas mais diversas atividades. Segundo Bossa (2000. pp.39-40). Na literatura francesa os trabalhos de Janine e George Mauco, dentre outros apresentados considerações sobre ao termo “Psicopedagogia” e sobre as origens dessas ideias na Europa, Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, na solução dos problemas de comportamento e aprendizagem. A Psicopedagogia como tal, seu projeto piloto na Argentina, há mais de 30 anos. Com influencias, sobretudo na literatura francesa. Profissionais com outras formações, dentre eles a filósofa Sara Pain, Jorge Visca e Alicia Fernández, sentiram a necessidade de um trabalho diferenciado do educador e do psicólogo, podendo preencher então a lacuna existente dentro do processo criação do curso propriamente dito. A Psicopedagogia atua no campo da educação e saúde, procurando entender o processo de aprendizagem humana nos aspectos objetivantes (congnitivos) e subjetivantes (afeto, emoção, vínculo, desejo) seja normal ou “atrapada” – patológica. O trabalho psicopedagógico se divide em entendimento clinico e/ou institucional, tendo como objetivo a remediação /ou prevenção. Na psicopedagogia é realizado de duas formas: através da prevenção e/ou intervenção. Na primeira, buscam-se prevenir os possíveis problemas de aprendizagem de causas reativa, problemas estes que podem 8 aparecer como respostas as ações “inadequadas da instituição escolar. Já na intervenção e feita quando há uma queixa manifesta, sintomas instalados, procurando esclarecer a queixa latente. O relatório que se segue, tem como origem o Estágio Supervisionado em Psicopedagogia Clínica, tendo como objetivo o diagnóstico psicopedagógico clínico. O mesmo é resultante de um estudo teórico e prático (no campo de estágio). Realizado para a conclusão do curso de Especialização em Psicopedagogia. O estágio aconteceu nos meses de julho e agosto de 2021, onde foram realizadas 5 sessões com duração de 1:30 de duração de atendimento com uma criança sem laudo de 10 anos cursando o 5º ano do ensino fundamental. Com isso construímos o diagnóstico sob uma ótica da Psicopedagogia com o processo de investigação. O psicopedagogo é um investigador que busca compreender todo processo de aprendizagem levando em consideração a totalidade dos fatores nele envolvidos, e a partir desta investigação entender a dificuldade de aprendizagem. APRESENTAÇÃO DO CASO 1. Anamnese Anamnese é uma entrevista realizada com o paciente que busca relembrar todos os fatos vivenciados ao longo de sua história de vida. A anamnese é muito importante, é onde o psicopedagogo tem informações sobre o paciente de maneira geral, no âmbito da aprendizagem e no âmbito social, pois é na entrevista onde se foca mais visando colher dados significativos sobre a história da criança no meio familiar, integrando passado, presente e projeções para o futuro, permitindo perceber a inserção deste na sua família e as influências das gerações passadas. A anamnese foi feita apenas pela presença da mãe no dia 26 de maio de 2021 via chamada de google Meet. Na anamnese buscamos saber quais serias as queixas principais dos pais quanto a criança. E obtivemos a informação que a paciente Ana Vitória tem algumas dificuldades relacionadas ao espacial, tempo e na matéria de geografia. Ainda na investigação nos foi informado que as crianças estavam passando pelo processo de separação dos pais, e isso estava afetando o lado psicológico da criança durante esse processo familiar o qual estava exposta. A paciente também vem fazendo reforço em uma rede de apoio e reforço escolar, desde do início de sua alfabetização. Foi por meio das informações contidas na anamnese que foi traçado os atendimentos. Este contato tem como objetivo de estabelecer um primeiro contato entre a mãe nos dando autorização para este acompanhamento. Nesse aspecto, é necessária esta colaboração para o a entendimento da história de vida da criança assistida. Segundo Weiss (2001, p.61), o objetivo da Anamnese é “colher dados significativos sobre história de vida do paciente”. Dados como os hábitos, comportamento, fatos, etc, que poderão identificar ou dar pistas do que poderá estar desenvolvendo na criança que pode estar com algumas dificuldades em alguns pontos na aprendizagem escolar. A mãe, ao ser entrevistada, relatou que sua filha A foi adotada com 1 ao e 3 meses de vida, que seus pais eram usuários de drogas que sua mãe teve uma gravidez aos 13 anos de idade, sua gravidez foi conturbada sem pré-natal adequado, pois a mãe além de se drogar se prostituía e vivia nas ruas, nasceu muito abaixo do peso com 2 quilos apenas. Aos 4 meses de vida foi levada para o abrigo e ficou disponível para adoção. Segundo a mãe a criança dorme bem, se alimenta normalmente, só manifesta nervosismo diante de algumas situações em que ela não consegue lidar ele, nas demais situações demostra ser calma, reagindo normalmente. É uma criança ansiosa, onde até hoje só consegue dormir com alguém no quarto ou na cama dos pais. Em relato, a mãe disse que é estabelecida uma rotina com horários e deveres que A precisa cumprir, e isto é cobrado dela normalmente. Segundo a mãe, ele se relaciona bem com família, com os amigos e também na escola. Mas a criança não gosta de brincar e não gostou do lúdico tendo essa barreira no seu desenvolvimento. MÉTODOS UTILIZADOS No primeiro encontro com a paciente foi ofertado a caixa lúdica para se construir um vínculo com a criança e poder conhece-la melhor e saber de seus gostos. Para Vygostsky (1995), o brincar tem origem na situação imaginária criada pela criança, em que desejos irrealizáveis podem ser realizados com função de reduzir a tensão e ao mesmo tempo, para construir uma maneira de acomodação a conflitos e frustrações da vida real. Para o psicopedagogo as atividades lúdicas é um rico instrumento de investigação e observação, pois tem contribuído para que conflitos internos sejam expressos simbolicamente e que o sujeito sinta esta experiência criativa. O jogo traz oportunidades dentro do preenchimento de necessidades irrealizáveis e também a possibilidade para se exercitar no domínio do simbolismo. Quando a criança é pequena, o jogo é o objeto que determina sua ação e na medidaem que cresce a criança impõe ao objeto um significado. Os jogos possibilitam a criança aprender de uma forma prazerosa, num contexto desvinculado da situação de aprendizagem formal. Através da aprendizagem do próprio jogo, das habilidades e raciocínios utilizados, a criança tem a possibilidade de redimensionar sua relação com as situações de aprendizagem, com seu desejo de buscar novos conhecimentos. Tem também a oportunidade de lidar com a frustração e com a alternância entre vitórias e derrotas. A paciente A durante esse processo demonstrava desinteresse pelos brinquedos e jogos oferecidos, não conseguia olhar nos olhos e nem se comunicar muito durante a sessão. Ela não tinha um lúdico construído no seu desenvolvimento, nada lhe chamava a atenção, depois de um tempo insistindo e estimulando as brincadeiras ela cedeu um pouco ao estimulo, mas quando percebeu que em um dos jogos ela iria perder, desistiu e parou de jogar. E dentro desses aspectos terminamos nossa primeira sessão. Provas Psicopedagógicas As provas e testes deverão ser usados quando necessário, a fim de especificar o nível pedagógico, a estrutura cognitiva e/ou emocional do sujeito ou educando que se está sendo avaliando. O uso de provas e testes visa ter como recursos a mais que é utilizado quando algo necessário seja necessário avaliar, devendo ser encolhido de acordo com cada caso e no momento oportuno. Investiga-se o que o aprendente já domina dos conteúdos do ano escolar em que se encontra, bem como se utilizam de tais conhecimentos nas variadas situações escolares e sociais e na sua utilização para o processo de assimilação de novos conhecimentos. No segundo atendimento foi focado em atividades de leituras e interpretação de texto, foi orientado que a paciente lesse a história no livro e depois contasse o que havia entendido. Neste aspecto a paciente desenvolveu bem as atividades propostas neste inicio de terapia, em seguida foi passada algumas atividades de registro para ver como estava sua caligrafia com uma atividade de adivinhações com a letra A, ela deveria por meio de desenhos completar as palavras com a vogal sugerida. Como roteiro de atividades propostas nesse atendimento, procurei por meio de caça palavras observar sua atenção, concentração, como também por meio de uma atividade para avaliar como estava sua coordenação motora fina, grossa para completar com ligações as imagens da atividade. Em seguida foi pedido para que a paciente completasse a sequencia das imagens criando uma história que trabalha a criatividade e lógica, e a paciente conseguiu concluir bem com os objetivos propostos pela atividade. Na terceira sessão começamos com um pouco de lúdico pedindo para que a paciente brincasse, neste atendimento trouxe a sua irmã para participar e fazer esse momento familiar para entender como a paciente lhe dava com a irmã e socialização em um ambiente diferente do meio familiar. Foi colocado para experimentação a caixa lúdica para que ambas tivessem um momento para se trabalhar o lúdico, foi interessante pois foi mais uma vez confirmado a dificuldade do lúdico com a paciente com a sua irmã mais nova, onde a paciente demonstrava sempre como a dominante no espaço, na vida da sua irmã e com as demais pessoas, ela queria manipular tudo para que fosse do jeito dela, assim demonstrando muito conflito com sua irmã. Depois desse momento lúdico voltamos para mais umas atividades que ajudava no processo de avaliação. Foi dado uma folha para que elas desenhassem como é sua família, foi oferecido além do papel a massinha de modelar, a paciente escolheu os dois materiais para desenhar. E ela a desenhou sempre como o centro da atenção da família, pelo fato dela ter sido adotada e por ter uma limitação física, precisou de algumas atenções ela percebeu isso e usa as vezes dessa manipulação para conseguir o que quer dentro da família. Ainda nesta terapia para finalizar foi feito uma atividade para avaliar a coordenação motora com uma atividade de ritmo, onde elas deveriam fazer alguns pulsos usando membros do corpo e fazendo trocas durante o pulso, sendo assim avaliando o equilíbrio, concentração, atenção. No terceiro encontro, foi dado a massinha de modelar para que a criança brincasse um pouco, e neste momento a criança se sentiu a vontade para contar sobre seus sentimentos contando sua rotina na casa, com sua irmã, mãe e pai onde estavam recém separados. Isso me deu material para entender que ela estava passando por um momento conflituoso de seus sentimentos e sofrendo pela separação demostrando medo pelo abandono, por ter na sua história de vida o abandono de sua mãe biológica, ela vive com isso o medo de ficar sozinha então por isso muitas vezes o comportamento de não conseguir dormir sozinha e querer dominar e manipular tudo a sua volta como forma de estar próxima de todos. Em seguida foi trabalhado atividade de geografia onde na anamnese a mãe relatou que a paciente teria muita dificuldade, nas atividades de geografia para crianças do 5º ano a paciente teve dificuldade sendo necessário intervenção ajudando nas atividades. No quarto encontro foi mantido o momento lúdico de brincadeira com os materiais da caixa lúdica para se trabalhar esse lado que a paciente tem dificuldade de expor. Em seguida continuamos com mais algumas atividade de geografia, e adicionei matemática onde a paciente relatou ter dificuldade também na escola. Segundo Visca, as Técnicas Projetivas Psicopedagógicas permitem a investigação da aprendizagem escolar propriamente dita. É importante ressaltar também nessa etapa, as afirmações de Paín (1985, p. 60) o qual defende que as provas projetivas tratam de desvendar quais são as partes do sujeito depositando nos objetos que aparecem como suporte de identificação e que mecanismos atuam diante de uma instrução que obriga o sujeito a representar em situações estereotipas e carregadas emotivamente. Desta forma, para o diagnóstico psicopedagógico interessa dedicar a atenção na eficácia e limitações dos recursos cognitivos realizados para organizar sua descarga emotiva. Ainda, segundo o referido autor (1985, p. 60), desta forma pode-se registrar o modo que a inteligência aborda o objeto, o reconhece e o associa à sua experiência, o discrimina e o utiliza favoravelmente com sua necessidade. No ultimo encontro como atividade lúdica foi proposto a montagem de uma caixa do fundo mar, onde essa caixa fará o som do mar e suas ondas como forma de incentivar a criança a criar e imaginar, trabalhando com sua criatividade, assim como sua organização e manuseamento com materiais reciclados e de decoração. Em seguida foi feito um teste de discriminação auditiva (SEED), onde a paciente teve bom desempenho na sua percepção auditiva. Em seguida apliquei mais um teste de lateralidade conhecendo sobre a direita e esquerda, a paciente demonstrou bastante dificuldade, pontuando que isso deve ser mais trabalhado e estimulado na sua formação. E por fim algumas atividades de matemática como fração e porcentagem, divisão e multiplicação, a paciente conseguiu fazer com orientação. Conclui as terapias com a certeza que essas atividades tem como finalidade determinar o grau de aquisição de algumas noções do desenvolvimento cognitivo, detectando o nível de pensamento alcançado pela criança, ou seja, o nível de estrutura cognoscitiva com que opera (Weiss 2001, p.106). Segundo Pain (1995), observamos o estágio em que a criança se encontra no que se refere à sua interpretação genética e, posteriormente, analisamos o estágio em que ela se encontra transitoriamente. RESULTADOS OBTIDOS Avaliando a história da paciente e observando o relato dos resultados no diagnóstico psicopedagógico, percebe-se que a criança tem um bom desenvolvimento cognitivo, vontade de aprender, no entanto precisa de mais estímulosem atividades que puxem o lúdico da paciente. Através então da análise das observações feitas a partir das sessões, onde trabalhamos o lúdico, aplicamos testes e algumas das provas, leva-se a hipótese diagnóstica de sua aprendizagem é em relação a espacialidade, localização, fazendo com que a paciente tenha dificuldade na disciplina de geografia precisando assim de um pouco mais de atenção. A paciente em outros campos do conhecimento tem um bom desempenho pois a criança foi alfabetizada pelo método (kumon). O que seria esse método? Kumon é um método que visa desenvolver o autodidatismo nos alunos de forma individualizada por intermédio das disciplinas de matemática e língua pátria. A palavra designa além do nome do fundador o método de estudo que comercializa. O método estuda Matemática, Português, Inglês ou Japonês, o aluno do Kumon aprende a buscar a informação por si próprio, resolve e corrige exercícios (tudo com um mínimo de ajuda do orientador) se tornando um autodidata. Além de desenvolver diversas capacidades, como hábitos de estudo, concentração, raciocínio lógico, agilidade mental, capacidade de execução de tarefas, autonomia, responsabilidade, disciplina, entre outras. O Kumon Língua Pátria conta com livros consagrados de escritores renomados. O Kumon de Língua Pátria tem seu foco na interpretação de texto e no hábito de leitura, tornando os alunos capazes de ler, entender e opinar sobre suas leituras. Com isso a paciente foi muito bem estimulada quanto ao cognitivo e a capacidade de decodificar e resolver problemas, demostrando apenas pontuais algumas dificuldades espaciais e geográficas e de localização. CONCLUSÃO A missão psicológica começa justamente aqui, na medida em que se trata de ensinar o diagnóstico, no sentido de tornar consciência da situação e providenciar sua transformação. (PAIN, 1992, p. 72) A psicopedagogia como sendo um campo do conhecimento humano essencial para a sociedade da informação dos tempos atuais, que articula saberes e fazeres de forma transdisciplinar e atende aos indivíduos em suas necessidades de educação continuada no espaço lúdico da aprendizagem no qual desejo e conhecimento se mesclam em criatividade. A realização do estágio foi muito importante, pois foi trabalhado em saber o interesse da criança, da família pela aprendizagem de como foi despertado, estimulado e como se encontrava a criança e suas dificuldades, além de resgatar valores essenciais para se conquistar confiança, autonomia e melhorar autoestima. Para Branden “autoestima é a confiança na capacidade de pensar, confiança na habilidade de dar conta dos desafios básicos da vida e no direito de vencer e ser feliz” (2000:22) Acredita-se que o resgate da criança com problemas de aprendizagem merece, por parte dos pais e educadores, um cuidado especial, conscientes e compromissados. Os mesmos precisam focalizar o potencial da criança, proporcionando-lhe a oportunidade de desenvolver a autoestima e o prazer de aprender. O professor juntamente com a família, são os responsáveis pelo desenvolvimento da criança, pois uma parte complemente a outra. Referências Bibliográficas BRANDEN, Nathaniel. Autoestima e seus pilares. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2000. BOSSA, Nádia. A Psicopedagogia no Brasil – Contribuição a partir da prática. Porto Alegre: Artes médicas, 1994. PAIN, Sara. Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de Aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. VISCA, J. Psicopedagogia: Novas Contribuições. 3. Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991. VYGOTSKY, Lev Semenovich. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fonte, 1995. WEISS, M. L.L. Psicopedagogia Clinica: Uma Visão Diagnóstica dos Problemas de Aprendizagem Escolar. 8. Ed. Rio de Janeiro: DP & A, 2001. * Referências Extraídas da Internet https://pt.wikipedia.org/wiki/Kumon Anexos
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