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AULA - AIDS

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Prof.ª Ms. LIANNA CAVALCANTE 
PEREIRA
Fisiopatologia e Dietoterapia na 
Sida, Sepse, no Trauma e nos 
Pacientes Queimados
CURSO DE NUTRIÇÃO CLÍNICA
MINI-CURRÍCULO
Nutricionista
Mestre em Ciências Médicas
Professora Universitária do 
Curso de Nutrição e 
Gastronomia
Membro do LABICONTE – UFC
Atuo em consultório a mais de 
5 anos 
AGORA É COM VOCÊS?
EMENTA DA DISCIPLINA
❖Fisiopatologia, Tratamento dietoterápico na SIDA e Estudo de Caso;
❖Fisiopatologia, Tratamento dietoterápico na Sepse e Estudo de Caso;
❖Fisiopatologia, Tratamento dietoterápico na Trauma e Estudo de Caso;
❖Fisiopatologia, Tratamento dietoterápico nos Pacientes Queimados e 
Estudo de Caso;
❖Avaliação do Conhecimento.
CRONOGRAMA DA DISCIPLINA
Data Conteúdo
20/05/2021 Fisiopatologia, Tratamento dietoterápico na SIDA e 
Estudo de Caso
21/05/2021 Fisiopatologia, Tratamento dietoterápico na Trauma e 
Estudo de Caso
22/05/2021 Resolução de Estudos de Casos
27/05/2021 Fisiopatologia, Tratamento dietoterápico nos Pacientes 
Queimados e Estudo de Caso
28/05/2021 Fisiopatologia, Tratamento dietoterápico na Sepse e 
Estudo de Caso
29/05/2021 Avaliação do Conhecimento
Aulas de 18:30 as 
22:30 
Intervalo de 
20:30 as 20:40
Sábado 8:30 as 
12:30
Prof.ª Ms. LIANNA CAVALCANTE PEREIRA
Disciplina: Fisiopatologia e 
Dietoterapia na Sida, Sepse, no 
Trauma e nos Pacientes Queimados
SINDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA 
ADQUIRIDA (AIDS/SIDA)
Curso de Nutrição Clínica
CONTEÚDO DA AULA
INTRODUÇÃO E DEFINIÇÃO
FISIOPOTOLOGIA E DIAGNÓTICO
TRANSMISSÃO
EPIDEMIOLOGIA
TRATAMENTO 
PATOLOGIAS ASSOCIADAS
TERAPIA NUTRICIONAL
Estudos 
de caso
INTRODUÇÃO 
E DEFINIÇÃO
INTRODUÇÃO
1981 – EUA 
(primeiros relatos 
de pacientes 
jovens com 
quadro 
compatível com a 
AIDS/SIDA)
1983 - Agente 
etiológico 
isolado: vírus HIV 
(HIV – human 
immunodeficiency 
virus)
HIV: retrovírus, 
com RNA e 
replica-se pela 
ação da enzima 
transcriptase 
reversa
DEFINIÇÃO DA
Síndrome da 
Imunodeficiência 
Adquirida 
(AIDAS/SIDA)
HIV – retrovírus 
com genoma 
RNA da família 
Retroviridae
(retrovírus) e 
subfamília 
Lentivirinae
Pela transcrição 
do seu RNA viral 
para uma cópia 
de DNA, 
interage com o 
genoma do 
hospedeiro
Infecta células 
do sistema 
imunológico 
humano (células 
T helper CD4) –
componentes 
chaves do nosso 
sistema 
imunológico
O sistema 
imunológico fica 
debilitado e o 
portador fica 
mais suscetível
a infecções 
oportunistas.
Pneumonia por Pneumocystis corinii, 
Citomegalovírus, Candidíase
Depressão grave da imunidade 
celular
N
Ã
O
 C
O
N
FU
N
D
IR
HIV = AGENTE VIRAL
HIV+ = PACIENTE PORTADOR DE 
HIV
AIDS = DOENÇA CAUSADA EM 
PACIENTE HIV+ QUANDO HÁ O 
APARECIMENTO DOS SINTOMAS
FISIOPATOLOGIA 
E DIAGNÓSTICO
1. Ataque: Proteínas do HIV se acoplam a 
receptores CD4 presentes em glóbulos brancos 
(células de defesa) do sangue. 
2. Cópia dos genes: o HIV faz uma cópia de 
seu próprio material genético. 
3. Replicação: O vírus aloja a cópia de seus 
genes no DNA da célula hospedeira. Quando 
essa célula começa a se reproduzir, partes do 
vírus também são reproduzidas. 
4.Novo vírus: As partes do vírus se unem 
perto da parede celular, originando um novo 
vírus HIV.
FISIOPATOLOGIA
Depleção dos linfócitos T CD4+
no sangue periférico = 
imunodeficiência
FISIOPATOLOGIA
Estágios Características Contagem de 
células CD4+
Estágio 
inicial
Assintomática. Ocorre em 2 a 4 semanas após a infecção 
pelo vírus, acometendo 50 a 90% dos pacientes
---
Estágio I Com o decorrer do tempo, evolui para infecção sintomática 
(dermatites, linfadenopatia) na maioria dos indivíduos, 
quando o sistema imunológico começa a ficar debilitado
> 500 
células/ mm³
Estágio II Surgem doenças como a candidíase oral e vaginal, 
neuropatia periférica, Herpes zorter, ocorre declínio da 
função imunológica, quando o paciente fica suscetível às 
infecções oportunistas (sarcoma de Kaposi, pneumonia por 
Pneumocystis carinii, etc.)
200 a 500 
células/mm³
Estágio III Doenças neurológicas, infecções oportunistas e tumores, etc. < 200 
células/mm³
➢ Vale salientar que uma pessoa infectada pelo HIV pode levar 10 a 15 anos para 
desenvolver a AIDS
FISIOPATOLOGIA
•Diminuição de massa corporal magra
sem aparente redução de peso
• Deficiência de Vit. B12
• Infecção por patógenos de origem
alimentar e água
• Ocorrência de sintomas:
Endocardite 
bacteriana Meningite Pnemonia Sepse
Candidíase 
vulvovaginal 
e orofaríngea
Sintomas 
constitucionais
Herpes 
Zoster
Púrpura 
trombocitopênica
idiopática
Infecção por 
Mycobacterim
tubercuylosis
pulmonar
Neuropatia 
periférica
SINTOMAS QUE NÃO 
DEFINEM AIDS
Declínio de nutrientes e na 
composição corporal
HIV SINTOMÁTICO
Aparecimento 
de infecções 
oportunistas e 
neoplasias.
Ligada à 
imunossupres
são induzida 
por HIV.
Pelo menos 1 
condição 
clínica 
definida 
como risco 
de morte.
AIDS OU HIV AVANÇADO
Condições clínicas 
que definem AIDS: 
• - Contagem de linfócitos 
CD4 < 200 mm3
• - % de linfócitos < 14%
AIDS OU HIV AVANÇADO
• As condições clínicas que caracterizam a doença são ALTERAÇÕES
EM ÓRGÃOS CHAVE:
MIOCARDIOPATIA, NEFROPATIAS E NEUROPATIA
Sarcoma de Kaposi Linfoma Não-Hodgkin
Câncer de colo uterino 
em mulheres jovens
As 
neoplasias 
+
comuns 
NÃO PROGRESSÃO 
A LONGO PRAZO
POUCOS 
INDIVÍDUOS 
12 ANOS OU 
MAIS 
RAZÕES ???
Diarreia Febre
Má-absorção Perda de peso
INFECÇÕES OPORTUNISTAS
TRANSMISSÃO
• Sangue 
• Sêmen
• Fluido pré-seminal
• Fluido vaginal
• Leite materno
• Outros fluidos corporais com sangue: 
✓Fluido cerebroespinhal: (cérebro e medula espinhal)
✓Líquido sinovial: circunda as articulações ósseas
✓Líquido amniótico: feto
TRANSMISSÃO
MECANISMOS TRANSMISSÃO
50% -
relações 
30% -
transmissão 
sanguínea
3 – 5% -
transmissão 
perinatal
EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA
MINITÉRIO DA SAÚDE 2020
EPIDEMIOLOGIA
MINITÉRIO DA SAÚDE 2020
EPIDEMIOLOGIA
MINITÉRIO DA SAÚDE 2020
TRATAMENTO
Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2010
Melhora nos indicadores de morbidade, mortalidade e qualidade de
vida dos brasileiros que realizam tratamento para HIV/AIDS.
Terapia antirretroviral
Primeiro país em 
desenvolvimento a 
administrar a HAART 
em seu sistema 
público de saúde
MINITÉRIO DA SAÚDE 2021
Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2010
Melhora nos indicadores de morbidade, mortalidade e qualidade de
vida dos brasileiros que realizam tratamento para HIV/AIDS.
Terapia antirretroviral
Primeiro país em 
desenvolvimento a 
administrar a HAART 
em seu sistema 
público de saúde
MINITÉRIO DA SAÚDE 2021
Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008.
O desenvolvimento crônico-degenerativo
assumido pela doença na atualidade
Parte das pessoas que estão em uso de
TARV há mais tempo convivem com efeito
da TOXICIDADE dos medicamentos.
Terapia antirretroviral
Terapia antirretroviral
de alta potência 
(highly active antiretroviral
therapy — HAART)
Terapia antirretroviral de alta potência 
(highly active antiretroviral therapy — HAART)
Medicamentos Ação Efeitos Colaterais
AZT, Biovir (AZT+3TC), 
Zidovudina (AZT), Estavudina
(d4T), Lamivudina (3TC), 
Didanosina (ddI), Abacavir
(ABC), Tenofovir (TDF)
Inibidores de transcriptase 
reversa análoga de 
nucleosídeo
Diarreia, náusea, vômito, 
fadiga, cefaléia, supressão 
da hemopoiese (anemia, 
neutropenia) 
Efavirenz e Nevirapina Inibidores de transcriptase 
reversa não-análogo de 
nucleosídeo
Anorexia, Náusea, Vômito, 
Erupção cutânea, tontura, 
alucinações, euforia
Amprenavir (APV), Indinavir
(IDV), Nelfinavir (NFV), 
Kaletra (LPV/r), 
Ritonavir (RTV), Atazanavir
(ATV), Saquinavir (SQV). 
Inibidores de protease Anorexia, diarreia, náusea, 
vômito, fadiga, constipação
Causas de morte
relacionadas
à AIDS e
Infecções oportunistasCausas não-associadas 
diretamente ao HIV:
Eventos cardiovasculares e
diabetes mellitus
DIMINUINDO AUMENTANDO
Novo perfil da doença em populações que têm 
acesso ao tratamento
PATOLOGIAS 
ASSOCIADAS À 
SIDA
Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008.
PATOLOGIAS ASSOCIADAS À SIDA
R
IS
C
O
 
C
A
R
V
IO
V
A
S
C
U
LA
R Incluir valores desejáveis 
mais baixos de lipídios 
séricos
Controle rigoroso e 
frequente da dislipidemia, 
pressão arterial e 
diabetes
S
ÍN
D
R
O
M
E 
M
ET
A
B
Ó
LI
C
A A mudança no perfil 
metabólico nestes 
pacientes determina o 
desenvolvimento de 
resistência à insulina e, em 
alguns casos, de diabetes 
mellitus
Pacientes que têm HIV devem sempre ser avaliados para identificar a presença:
- Obesidade abdominal
- Redução da tolerância oral à glicose
-Elevação da trigliceridemia
- Diminuição dos níveis de HDL-c
- Aumento da pressão arterial
Síndrome Consumptiva
Diagnosticada inicialmente: 
• perda ponderal > 10% do peso habitual 
• diarreia crônica (> 2 evacuações/dia por 
mais de 30 dias) - 50% casos
• febre (> 30 dias)
• astenia (fraqueza crônica) sem outra causa
Condições clínicas:
• Anorexia
• Disfagia
• Náuseas
• Vômitos
• Lesões orais e esofágicas
• Doenças neurológicas
↓ingestão de 
alimentos
→ Presente em 20% dos pacientes
no momento do diagnóstico da AIDS
→ Representam 70% dos pacientes
que evoluem para óbito durante a
internação hospitalar
Síndrome Consuptiva
Critérios 
para 
diagnóstico
♂: Perda de peso não intencional de 10% em 12
meses;
5% de perda de massa celular corporal (MCC) em 6
meses;
MCC < 35% do peso corporal total + IMC < 27kg/m²
♀: Perda de peso não intencional de 7,5% em
período superior a 6 meses;
MCC < 23% do peso corporal total + IMC < 20
kg/m²
O paciente deve cursar com pelo menos um dos critérios acima
(POLKY et al, 2001)
Prognóstico
95 a 100%
AIDS x IMC
Síndrome Consumptiva
↓ Síndrome 
Consumptiva
Suplementação 
nutricional
Redução de 
citocinas
inflamatórias
Terapia hormonal
Treinamento 
resistido
Controlar a perda de 
tecido magro 
associado ao HIV
Síndrome Lipodistrófica do HIV
✓ Redistribuição anormal da gordura corporal
✓ Associada à DM e à resistência à insulina
✓ Efeito adverso da HAART (terapia antirretroviral altamente
ativa)
✓ 50 a 80% dos indivíduos com AIDS desenvolvem lipodistrofia
relacionada ao uso de antirretrovirais (efeito adverso do HAART)
Síndrome Lipodistrófica do HIV
Diagnóstico: exame físico
Lipoatrofia
Giba de búfalo
Buffalo Hump
Lipohipertrofia
Perda de 
gordura: pernas, 
braços, glútea e 
face
Alteração no tecido 
subcutâneo em forma 
de nódulos, visíveis ou 
palpáveis
Evidenciação de veias 
dos MMSS e MMII
Gordura no pé da nuca
Essa condição trouxe de volta o
estigma da AIDS, quebra do
sigilo (pois permite identificação
dos pacientes) e dificuldade de
socialização
Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008.
Aumento das 
circunferências da 
cintura e do 
quadril
Acúmulo de 
gordura 
abdominal
Mudanças na 
face com perda 
de gordura 
lateral
Aumento da 
gordura dorso 
cervical
Aumento de peso
Nas mulheres: 
aumento das 
mamas e 
diminuição nas 
coxas
Aumento do 
colesterol total, 
LDL, TGR e 
diabetes tipo 2
Implicações da Lipodistrofia e Acúmulo de 
gordura em adultos infectados por HIV
autoestima
Repercussões sociais negativas
Impacto desfavorável na adesão do 
tratamento
As alterações anatômicas
Tendem a afetar o funcionamento musculoesquelético
Ministério da Saúde. Terapia Anti-Retroviral em Adultos infectados pelo HIV , 2008.
Consequências da Lipodistrofia e Acúmulo 
de gordura em adultos infectados por HIV
IPs podem inibir formação óssea:
- estimulando a atividade osteoclástica
- inibindo a atividade osteoblástica
Quando necessário, tratar ambas condições, recomenda-se, sempre que possível,
iniciar o tratamento antirretroviral, buscando melhorar o estado imunológico antes do
início do tratamento quimioterápico
Osteoporose
Neoplasias em HIV e AIDS
Condição definidora de AIDS, independente
da contagem de linfócitos T CD4+
Câncer raro que acomete o tecido conjuntivo
SARCOMA DE KAPOSI
DIETOTERAPIA
DIETOTERAPIA 
EM HIV/ AIDS
Intervenções nutricionais com objetivo de
manter o peso corporal devem ser
implementadas na assistência nutricional de
pessoas infectadas com HIV e em tratamento
com drogas antirretrovirais.
DITEN, 2011
OBJETIVOS DA DIETOTERAPIA
Prevenir perda ponderal e recuperar o estado nutricional
Preservar massa corporal magra
Fornecer quantidade adequada de nutrientes 
Contribuir para a eficácia da terapia medicamentosa
Auxiliar no alívio dos sintomas e nas complicações
Promover educação nutricional em todas as fases da doença
Contribuir para uma melhor qualidade de vida
TERAPIA NUTRICIONAL
Paciente 
Avaliação 
do estado 
nutricional
Macro e 
micronu-
trientes
Terapia 
medica-
mentosa
Aconselha-
mento 
nutricional
Necessi-
dades de 
energia
TERAPIA NUTRICIONAL
Avaliação 
do estado 
nutricional
História Clínica
Exame físico
Avaliação antropométrica
Bioimpedância elétrica
Avaliação bioquímica
Avaliação do consumo alimentar
Macro e 
micronu-
trientes
Necessi-
dades de 
energia
Recomendações de energia 
(maior gasto calórico – varia de acordo com o 
estágio da doença, presença de infecções 
oportunistas)
Recomendações de macronutrientes
Recomendações de micronutrientes
TERAPIA NUTRICIONAL
Necessi-
dades de 
energia
Cálculo das necessidades energéticas
Necessidade energética = TMB x 
Fator Atividade (FA) x Fator Injúria (FI) x Fator Térmico (FT)
TMB: Harris & Benedict (1919)
Homens: 66,5 + (13,75 x P) + (5 x E) – (6,77 x I) 
Mulheres: 655,1 + (9,65 x P) + (1,85 x E) – (4,68 x I)
Fator atividade (FA): 
Acamado = 1,2 
Acamado + móvel = 1,2 
Ambulante = 1,3
Fator Térmico (FT):
38 ºC = 1,1 
39 ºC = 1,2 
40 ºC = 1,3
Fator injúria (FI):
AIDS = 1,4
TERAPIA NUTRICIONAL Necessi-
dades de 
energia
Estágio Energia
Estágio – assintomático, peso estável 30 a 35 kcal/kg de peso atual/dia
Estágio – sintomático com complicações 
do HIV, necessidade de ganho de peso
40 kcal/kg de peso atual/dia
Estágio – infecções oportunistas e/ou 
AIDS (CD4 < 200 céls/mm³)
40 a 50 kcal/kg de peso/dia
Estágio – com desnutrição grave Iniciar com 20 kcal/kg de peso 
atual/dia, aumentando 
gradativamente para evitar a 
síndrome da realimentação
Obesidade 20 a 25 kcal/kg de peso atual/dia
Kcal/ kg de peso atual
TERAPIA NUTRICIONAL
Macro e 
micronu-
trientes
Estágio Necessidades de PTN
Estágio – assintomático, peso 
estável
1,1 a 1,5 g/kg de peso atual
(1,2g/kg de peso atual)
DITEN, 2011
Estágio – sintomático com 
complicações do HIV, 
necessidade de ganho de peso
1,5 a 2,0 g/kg de peso atual
(1,5g/kg de peso atual)
DITEN, 2011
Estágio – infecções oportunistas 
e/ou AIDS (CD4 < 200 
céls/mm³)
2 a 2,5 g/kg de peso atual
Estágio – com desnutrição grave Aumentar a oferta 
gradativamente, conforme a 
evolução das calorias
Obesidade Utilizar o peso ajustado para 
o cálculo das necessidades 
proteicas
PTN
TERAPIA NUTRICIONAL
Macro e 
micronu-
trientes
C
H
O45 a 
65% do 
VET F
ib
ra
s25 a 
30g/dia
LI
P20 a 
35% do 
VET
Lí
q
u
id
o
s 30 a 35 
mL/kg de 
peso
Paciente com má absorção
• Dieta com TCM
Paciente com diarreia
• Dieta isenta de lactose
Vitamina A: 2 a 4 vezes a RDA
Vitamina E: 15 – 800 UI
Vitamina C: 1.000 mg
Tiamina: 5 vezes a RDA
Riboflavina: 5 vezes a RDA
Vitamina B6: 2 vezes a RDA
Zinco: 1,3 vezes a RDA
➢ seguir as DRIs
Deficiência de vit A e B12 –
↓ contagem linfócitos CD4+
Há necessidades especiais de 
micronutrientes: vitaminas A, B12, C, 
E. Zinco, Selênio < 100% DRI´s
TERAPIA NUTRICIONAL
Orientações gerais
✓Evitar alimentos com risco de infecções: latas, prazo de validade, 
pasteurização, utensílios de plástico, condições higiênico-sanitárias, 
armazenamento 
✓Alimentosbem cozidos e crus higienizados
✓Água filtrada
Alterações orais
Náuseas, vômitos, diarréia
DITEN, 2011
RECOMENDAÇÕES DIETOTERÁPICAS
Ainda falta evidência clínica conclusiva quanto aos benefícios da 
utilização de fórmulas especializadas para o paciente com 
HIV/AIDS, entretanto estudos demonstram que a suplementação 
oral contendo ácidos graxos ômega-3 por três meses é tolerada e 
resulta em ganho de peso corporal e aumento da contagem de 
células CD4 de pacientes infectados pelo HIV.
Nicotinato de cromo (400 
mg/dia)
Dieta (25% lipídio, fibra > 
40 g/dia, baixo índice 
glicêmico) + ômega 3 (3 
g/dia)
ômega 3 (3 
g/dia
Equiparar os grupos com 
dieta da American Heart 
Associationa por 4 semanas 
e depois ômega 3 (6 g/dia)
Equiparar os grupos com 
orientação nutricional 
segundo National Heart 
Foundation Guidelines por 6 
semanas, depois ômega 3 (9 
g/dia)
ômega 3 (3 g/dia)
Mudança de estilo
de vida; Orientação
nutricional (segundo
NCEPIII+ DDP+ AACEb
e dietac+ exercício
físico
DITEN, 2011
RECOMENDAÇÕES DIETOTERÁPICAS
A dieta livre de glúten e de lactose parece melhorar a diarreia
infecciosa em pacientes infectados pelo vírus HIV;
dietas com baixo teor de gordura ou exercício físico podem resultar na
perda de tecido adiposo e, portanto, devem ser indicados como
prevenção nos pacientes com lipodistrofia;
a TN associada à atividade física promove significante alteração na
composição corporal e pode ser usada de forma complementar nos
pacientes com HIV sob terapia com HAART;
TERAPIA NUTRICIONAL
Terapia 
medica-
mentosa
Algumas situações: 
Necessário optar por uso de estimulantes do 
apetite, anabolizantes ou inibidores de 
citocinas
concomitante à terapia nutricional
Na presença de desnutrição
Na presença de diarreia
Suplementos Nutricionais
30g/dia 
melhora a 
diarreia
PEDIATRIA:
LACTENTES:
Suplementos Nutricionais
QUANDO USAR A TERAPIA ENTERAL
A via enteral deve ser considerada sempre que a alimentação oral estiver 
insuficiente. 
A nutrição parenteral (NP) está indicada na falência da via enteral, como em 
casos de diarreia intratável, obstrução intestinal e/ou vômitos incoercíveis. No 
entanto, o uso de NP em pacientes HIV+ deve ser monitorado com cuidado.
A TE está indicada quando o paciente apresenta significante perda de peso 
(>5% em três meses) ou depleção da MCC (>5% em três meses). 
A TE deve ser também considerada em pacientes com IMC < 18 kg/m2 .
TERAPIA NUTRICIONAL
Educação nutricional
- Importância e princípios da alimentação 
saudável
- Segurança higiênico sanitária da água e 
dos alimentos
- Manejo nos sintomas clínicos e efeitos 
adversos de medicações
- Manejo nutricional de comorbidades 
dislipidemias, diabete, osteoporose, etc.
- Interação droga-nutriente
- Importância de hábitos de vida saudáveis
Aconselha-
mento 
nutricional
Aconselha-
mento 
nutricional
Alimentação e Nutrição 2006
para Pessoas que Vivem com 
HIV e Aids
Ministério da Saúde; Secretaria de Vigilância em Saúde; Secretaria de Atenção 
à Saúde
O objetivo desta publicação é trazer
informação sobre alimentação e nutrição
para as pessoas vivendo com HIV e AIDS
(PVHA), que auxilie no seu dia-a-dia,
trazendo orientações sobre práticas
alimentares mais saudáveis, como se
alimentar em situações especiais, cuidar
melhor da higiene e segurança alimentar,
aproveitando melhor os alimentos.
Até hoje apenas 3 casos são 
considerados como cura 
erradicativa da AIDS em todo o 
mundo. (1 Inglaterra e 2 
Alemanha).
Nos três casos, os pacientes, 
também vítimas de leucemia, 
receberam um transplante de 
medula óssea de doadores que 
não produzem uma determinada 
proteína, cuja presença no sangue 
é necessária para que o HIV possa 
se reproduzir. 
O estudo brasileiro 
é, portanto, o 
primeiro a lograr 
êxito somente com 
tratamento 
medicamentoso, 
sem transplante de 
medula.
2020
CAMPANHAS
ESTUDO DE CASO
Paciente do sexo masculino, 26 anos, de cor preta, solteiro, deu entrada no hospital para
investigação de lesões cutâneas nos pés e nas mãos, alopecia, febre não aferida, artralgia e
perda ponderal de 8 Kg no último ano. O paciente referiu diagnóstico de hepatite B e
infecção pelo HIV há três anos, além de história pregressa de gonorreia tratada há quatro
anos. Há seis meses foi investigado no ambulatório de dermatologia para sífilis e hanseníase.
Foi submetido aos testes de VDRL e fluorescent treponemal antibody absorbed (FTA-Abs),
ambos negativos, baciloscopia para hanseníase negativa e contagem de linfócitos T CD4+
de 600 células/mm3.
Exame físico da internação mostrava um paciente emagrecido, hipocorado, febril, com
hiperemia conjuntival, leucoplasia pilosa, alopecia, madarose, queda difusa dos pelos, lesão
exulcerada na narina esquerda e lesões ertitemato-descamativas na fronte, nariz, mento e
pavilhões auriculares.
Os exames laboratoriais realizados na internação mostraram hemoglobina 7,7g%, hematócrito
22,8%, leucócitos 4400/mm3 (47,1% de granulócitos, 46,6% de linfócitos e 6,3% de monócitos),
proteína C reativa 24%, VHS 135mm; FAN, látex e fator reumatóide negativos; VDRL 1:1024 e
FTA-Abs positivo. O resultado da prova tuberculínica foi 0 mm.
O paciente foi tratado com penicilina G cristalina 20 milhões UI/dia, intravenosa, por duas
semanas, seguido por três doses de penicilina G benzatina 2,4 milhões UI, intramuscular, com
intervalos semanais.
Os dados antropométricos mostram 1,65m de altura, pesando 45kg, CB 22cm, CC 64cm.
ESTUDO DE CASO
1. Fazer o diagnóstico nutricional do paciente.
2. Qual a melhor conduta nutricional para o paciente?
3. Calcular o Gasto energético e quantidade de Proteína?
4. Qual o tipo de dieta deve ser utilizada, levando em
consideração a consistência da dieta?
5. Será necessário o uso de suplemento alimentar ? Se sim, quais os
mais indicados?
ESTUDO DE CASO
VALORES DE 
REFERÊNCIA 
hemoglobina 7,7g/dL 13 - 18
hematócrito 22,8% 39 - 54
leucócitos 4400/mm³ 4.000 – 10.000
neutrófilos 47,1% 54 - 62
linfócitos 46,6% 20 - 36
monócitos 6,3% 3 - 10
PCR 24mg/dL <10
VHS 135mm ATÉ 20mm 
VDRL 1:1024 >1:16 → sífilis
INDICATIVO DE 
INFECÇÃO 
BACTERIANA, VIRAL...
INDICATIVO DE 
ANEMIA 
DEPRESSÃO DO 
SISTEMA IMUNE
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CONTATOS:
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@liannacavalcante
85 9 9774-3195
mailto:liannacavalcante@hotmail.com
REFERÊNCIAS 
Coppini LZC, Jesus RP Terapia Nutricional na Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
(HIV/AIDS). Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral Associação
Brasileira de Nutrologia. DITEN, 2011.
Boletim Epidemiológico Especial Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da
Saúde. Dez. 2020
Ministério da Saúde, 2008. Recomendações para Terapia Anti-retroviral em Adultos
Infectados pelo HIV: 2008/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Programa Nacional de DST e Aids. 7a Ed. – Brasília.
Ministério da Saúde 2010. Recomendações para terapia antirretroviral em adultos
infectados pelo HIV – 2008. Suplemento III - Tratamento e prevenção/Ministério da
Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST, Aids e Hepatites
Virais. Eb. Brasilia.

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