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Relatório de Estágio Supervisionado I - Biomedicina

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GRUPO SER EDUCACIONAL 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I 
 
 
 
 
GUNAR VINGRE DA SILVA MOTA 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELEM 
 2022 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 – Exempĺos de tubos utilizados para coleta sanguínea que foram utilizados durante o 
estágio supervisionado….………………………………………………………..…………….11 
Figura 2 – Materiais separadas para preparação de amostras para analise direta……………. 12 
Figura 3 – Montagem das lâminas para análise direta (solução translúcida) e direta com utilização de 
lugol (solução de cor ambar)………………………………………………………………………. ….13 
Figura 4 – Exame rápido de sangue oculto, utilizando Imunoensaio cromatográfico rápido para a 
detecção qualitativa de sangue oculto humano em fezes……………………………………………….14 
Figura 5 – MedTeste Sangue Oculto é ste imunocromatográfico rápido para a detecção qualitativa de 
sangue oculto humano em fezes………………………………………………………………………..15 
Figura 6 – Cisto de Endolimax nana visto em um exame parasitológico pelo método direto com uso de 
lugol…………………………………………………………………………………………………….16 
Figura 7 – Cisto uninucleadode E. histolytica e Blastocystis hominis são identificados em um mesmo 
exame……………………………………………………………………………………………………17 
Figura 8 – Cistos de Entamoeba coli e Cisto uninucleadode E. histolytica em uma mesma 
lâmina.………………………………………………………………………………………..17 
Figura 9 – Cistos de Giardia lamblia corados com solução de lugol com uamregião linear central mais 
corada…………………………………………………………………………………………………...18 
Figura 10 – Cistos de Giardia lamblia corados com solução de lugol com uamregião linear central mais 
corada……………………………………………………………………………………………..18 
Figura 11 – Ovos de Trichuris trichiura, causador da tricuríase corado com lugol…………..Xx 
Figura 12 – Exame rápido de teste oculto em fezes…………………………………………...Xx 
Figura 13 – Tira de teste para análise de urina. Tiras de testes Medi-Test (esquerda) e testes em 
urina (direita) ……………………………………………………………………………...Xx 
Figura 14 – Processo de preparação de amostras para serem centrifugadas para pesquisa de 
elementos presentes na urina…………………………………………………………………..Xx 
Figura 15 – Células epiteliais registradas em exame de urina, junto com cristais abundantes...Xx 
Figura 16 – Cristais de tirosina (mais escuro) e de cistina em amostra de urina………………Xx 
Figura 17 – Presença de fosfato triplo na urina após sedimentação e uso de lugol…………...Xx 
Figura 18 – Presença de urato amorfo na urina juntamente com fosfato triplo……………….Xx 
Figura 19 – Cristais de ácido úrico em forma de prisma romboide (esquerda), em forma de 
roseta, oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide (direita)……………………….Xx 
Figura 20 – Grande quantidade de piócitos formando aglomerados em exame de urina…….Xx 
Figura 21 – Presença de Piócitos (leucócitos), células leveduriformes e a presença de 
muco…Xx 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4 
2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO .................................................................. 5 
3 OBJETIVOS E PLANO DE ATIVIDADES ....................................................................... 6 
4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ..................................................................................... 7 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 8 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 9 
ANEXOS - DOCUMENTOS ................................................................................................. 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
4 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O conceito de estágio passou por inúmeras mudanças desde que foi citado pela primeira 
vez em 1080. Era descrito inicialmente como uma simples atividade de acompanhamento 
prático a um mestre na Idade Média. Hoje o seu conceito se expandiu e é vinculado a uma 
atividade curricular prática e obrigatória nos cursos dispostos pelas instituições de ensino, e é 
ainda regulamentado por uma legislação educacional vigente (BALLÃO et al, 2014). 
 No Brasil, o estágio é regido atualmente pela Lei 11.788, sancionada em 25 de setembro 
de 2008, que prevê uma série de disposições legais acerca das regras de estágio curricular de 
estudante, que engloba desde sua definição às obrigações de todas as partes envolvidas, como a 
instituição de ensino representante do aluno, a parte concedente do estágio, o estagiário e as 
normas de fiscalização (BRASIL, 2008). 
 O estágio sempre foi considerado como o momento onde os alunos colocarão em prática 
tudo que aprenderem nas aulas teóricas, e serão capaz de correlacionar os diferentes assuntos 
aprendido durante o curso, ou seja, os estagiários terão a oportunidade de refletir e observar o 
desenvolvimento do trabalho que os profissionais do curso pretendido executam. Por fim, 
acreditamos que o papel do estagiário é buscar na prática do estágio a aplicação dos 
conhecimentos teóricos, técnicos e profissionalizantes no âmbito de sua formação acadêmica 
(CALDERANO, 2012, p. 28). 
 O estágio supervisionado I em Análises Clínicas é parte integrante do plano de estudos 
do Curso de Biomedicina e tem como objectivos gerais de promover a integração no meio 
profissional e o contacto com os outros profissionais dentro do ambiente de trabalho, além de 
aplicar os conhecimentos adquiridos no curso num contexto real de trabalho; desenvolver a 
capacidade de trabalho em equipa e, igualmente, de trabalho autónomo; adquirir a capacidade de 
organização e de execução das atividades diárias de um laboratório; e promover o contacto com 
os doentes, aplicando princípios éticos e biosegurança. 
 O estágio supervisionado ocorreu no Laboratório Bio-Diagnóstico (LBD), no período 
compreendido entre Maio e junho de 2022, onde foram realizadas as seguintes atividades: Fase 
Pré-Analítica; Parasitologia e Urianálise, com algumas atividades de tipagem e de imunologia. 
O LBD compreendendo as áreas de Hematologia, Imunologia, Bioquímica, Parasitologia, 
Hormônios e Urinálise. 
5 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
 
 
2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 
 
 
 O Laboratório Bio-Diagnóstico foi fundado no ano de 1986, pelo seu atual gestor, Dr. 
José Henrique Paiva Araújo, e se especializou na realização de exames de análise clínica e 
patológica. Atualmente, o laboratório conta com três unidades próprias, sua matriz está 
localizada no centro da cidade de Belém do Pará, cito na Travessa 3 de maio, n°1269 (entre Av. 
Governador José Malcher e Av. Magalhães Barata); um posto de atendimento clínico e coleta no 
bairro de Icoaraci, cito na Travessa São Roque n°676; e um posto de coleta, em seu mais novo 
endereço, no município de Ananindeua, situada no Supermercado Líder BR-316/Km 02, loja 04 
(sub-solo). Além de fazer prestação de serviçoes para diferentes localidades do interios do 
estado. 
 O principal diferencial do laboratório são seus equipamentos avançados de diagnóstico e 
mão de obra capacitada, afim de garantir excelência e profissionalismo nos serviços 
laboratoriais. Tendo entre os equipamentos um Maldi Biotyper Sirius da BUNKER, 
equipamento capaz de identificar bactérias e fungos causadores de infecções em 20 segundos, 
com 95% de assertividade. Antes, esse prazo era de 24 a 72 horas, com assertividade de 75% e o 
O cobas® 6000, produzido pela HITACHI e Roche, o qual possibilita a obtenção de um tempo 
de resposta adequado a cada laboratório, otimização do tempo dos operadores do sistema, fluxos 
de trabalho controlados, capacidade de processar amostras de urgência, testes reflexo-
automáticos,simplificação das manutenções, resultando em pouca intervenção pelo operador. 
Assim, permite ao laboratório oferecer uma elevada qualidade do serviço prestado aos doentes, 
mesmo sob grande pressão para respostas rápidas e com qualidade. O laboratório processa mais 
de 200 amostras por dia, com rapida execução, devido aos equipamentos de análises clínicas. 
 As amostras são coletadas nos pontos de coletas do próprio laboratório e, também, são 
coletadas de outros laboratório que solicitam os servcições. Também chegam amostras do 
interior do estado do Pará e todos os resultados são enviados por e-mail, por acesso via web site 
ou enviadas impressas para as localidades no interior do estado. Todas são identificadas através 
de etiquetas de código de barras coladas nos tubos e posteriormente registadas no sistema de 
informática. As amostras são transportadas por Assistentes Operacionais (AO) em malas 
fechadas próprias. 
O período de duração do estágio corresponde a 300 h, dendo início em 17 de maio e 
finalizando em 27 de julho de 2022, com entrada no local do estágio às 13 h e finalizando às 
18 h, totalizando cinco horas diárias, como um total de 30 h/semana. Durante aos sábados, 
foram realizadas algumas coletas no laboratorio de analises clínicas. Até o presente momento, 
6 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
 
 
serão apresentados apenas os locais pelo os quais passei durante, uma vez que o atraso em 
iniciar as atividades deu-se por conta da indicação do local a ser indicado pela coordenação de 
estágio da instituição. Todos os estagiários ficam na triagem e após sçao encaminhados ao 
setor designado pela preceptora. A preceptora chefe é biomédica e especialista em 
microbiologia e imunologia Jennyfer Rodrigues, o qual fica responsável por todo o plano de 
trabalho dos estagiários. No laboratório Bio-Diagnóstico, a coleta é realizada por uma 
enfermeira nos postos de coleta, meu estágio concentrou-se mais nas atividades laboratóriais 
na matriz do grupo, sendo realizada algumas coletas. 
7 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
 
 
3 OBJETIVOS E PLANO DE ATIVIDADES 
 
 Os objectivos do presente trabalho são fazer uma apresentação dos locais de estágio, 
assim como metodologia utilizada nos vários equipamentos e, ainda, o controlo de qualidade 
interno e a avaliação externa da qualidade. Conhecer os parasitos intestinais e identificar os 
microorganismos patogênicos nas secreções fecais, além de avaliar se existe ou não a presença 
de sangue oculto, quando solicitado nos exames. Apresentar os resultados de bioquímica e 
imunologia os quais tive contato. 
 
3.1. Triagem 
 Receber os diferentes tipos de amostras e separar para envio a cada setor. 
 
3.2. Coleta 
 identificar os procedimentos e as técnicas para a identificação, coleta, preparo, 
armazenamento e transporte de amostra de sangue; 
 
3.3. Urianálise 
 Analisadas as características gerais da urina, como volume, cheiro e coloração. Além de 
pesquisar elementos anormais e exame de sendimentoscopia no exame miscroscópico de urina. 
 
3.4 Parasitologia 
 realização de exames parasitológicos de fezes para o diagnóstico de enteroparasitoses; 
conhecer helmintos, protozoários e suas morfologias. 
 
3.5 Bioquímica 
 
3.6. Imunologia 
 
 
O objetivo específico: 
1) Realizar a triagem do material e encaminhas para os diferentes setores; 
2) Realizar coleta sanguínea; 
3) No setor de parasitologia conhecer os métodos utilizados e diagnosticas os parasitos 
intestinais que foram observados; 
4) Pesquisa de sangue oculto nas fezes; 
5) Realizar e preparar amostras de urina a fim de se identificar os diferentes tipos de 
8 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
 
 
cristais presente na amostra. 
6) Apresentar outros testes que foram realizados além das atividades corriqueiras; 
7) Utilizar equipamento para analise bioquímica e preparação de amostras; 
8) realizar exames de imunologia. 
 
 
9 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
 
 
3.4. Plano de atividade 
 
Tabela 1. Plano de trabalho de triagem do estágio supervisionado. 
Atividade Período Metodologias 
Utilização de EPIs 17/05 - 10/06 uso de touca, jaleco, sapato 
fechado, luvas e óculos de 
proteção 
Triagem das amostras 17/05 - 10/06 Separar todas as amostras que 
chegam para análise por tipo 
de amostra (sangue, urina e 
fezes) 
Identificação 17/05 - 10/06 Organizar por nome de 
laboratório, ou localidade ou, 
até mesmo, por solicitante 
Encaminhamento 17/05 - 10/06 Deixar cada amostra com o 
tecnico responsável pela 
análise 
 
Tabela 2. Plano de trabalho de coleta do estágio supervisionado realizado somente aos sábados. 
Atividade Período Metodologias 
Utilização de EPIs 18/06 – 25/06 – 02/07 – 09/07 
– 16/07 – 23/07 
uso de touca, jaleco, sapato 
fechado, luvas e óculos de 
proteção 
Coleta sanguínea 18/06 – 25/06 – 02/07 – 09/07 
– 16/07 – 23/07 
Realização de 
acompanhamento ou coleta 
sanguínea sob supervisão. 
Identificação 18/06 – 25/06 – 02/07 – 09/07 
– 16/07 – 23/07 
identificar por nome de 
laboratório, ou localidade ou, 
até mesmo, por solicitante. 
Encaminhamento 18/06 – 25/06 – 02/07 – 09/07 
– 16/07 – 23/07 
Deixar cada amostra com o 
tecnico responsável pela 
análise 
 
 
Tabela 3. Plano de trabalho de Urianálise do estágio supervisionado. 
Atividade Período Metodologias 
Utilização de EPIs 30/05 - 10/06 uso de touca, jaleco, sapato 
fechado, luvas e óculos de 
proteção 
Preparação das amostras 30/05 - 10/06 Colocar as amostras de urinas 
em um tubo de ensaio 
Exame físico 30/05 - 10/06 Observar a cor, volume e 
aspecto da urina 
10 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
 
 
Exame químico 30/05 - 10/06 Tira reagente para 
determinação semiquantitativa 
de 10 parâmetros em urina: 
glicose, bilirrubina, cetona, 
densidade, sangue, pH, 
proteína, urobilinogênio, 
nitrito e leucócitos 
Exame microscópico 30/05 - 10/06 identificar padrões 
relacionados à presença de 
leucócitos, hemácias, células 
epiteliais, cilindros, filamentos 
de muco, cristais, sais amorfos, 
leveduras, espermatozoides, 
parasitas e bactérias. 
 
Tabela 4. Plano de trabalho de Parasitologia do estágio supervisionado. 
Atividade Período Metodologias 
Utilização de EPIs 17/05 - 27/05 uso de touca, jaleco, sapato 
fechado, luvas e óculos de 
proteção 
Método direto; 17/05 - 27/05 Uso de lugol e soro fisiológico 
Identificação 17/05 - 27/05 Observação em microscópio 
óptico a presença de parasitos 
intestinais 
Pesquisa de sangue oculto 17/05 - 27/05 avalia a presença de pequenas 
quantidades de sangue nas 
fezes, que podem não ser 
visíveis a olho nu. 
 
Tabela 5. Plano de trabalho de bioquímica do estágio supervisionado. 
Atividade Período Metodologias 
Utilização de EPIs 13/06 - 01/07 uso de touca, jaleco, sapato 
fechado, luvas e óculos de 
proteção 
Preparação da amostra 13/06 - 01/07 Uso de lugol e soro fisiológico 
Etiquetagem das amostras 13/06 - 01/07 Observação em microscópio 
óptico a presença de parasitos 
intestinais 
Utilização do equipamento 
COBAS 6000 
13/06 - 01/07 avalia a presença de pequenas 
quantidades de sangue nas 
fezes, que podem não ser 
visíveis a olho nu. 
 
 
 
11 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
 
 
Tabela 6. Plano de trabalho de imunologia do estágio supervisionado. 
Atividade Período Metodologias 
Utilização de EPIs 04/07 - 27/07 uso de touca, jaleco, sapato 
fechado, luvas e óculos de 
proteção 
preparações antigênicas 04/07 - 27/07 Uso de lugol e soro fisiológico 
Separação das amostras 04/07 - 27/07 Separação do sangue de acordo 
com sua utilização (sangue 
totalou soro) 
Pesquisa de antígenos, 
anticorpos e imunoflorescência 
04/07 - 27/07 Exames e técnicas laboratoriais 
para a detecção de anticorpos 
ou antígenos 
 
 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
12 
 
 
4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
4.1. A triageme coleta 
 No processo de triagem, as materiais que chegam dos laboratório da cidade de Belém e dos 
municípios vizinhos são separados em três grandes grupos: Fezes, urina e sangue. As fezes são separadas 
em exames parasitológicos e de sangue oculto; a urina é colocadas em frascos para exames físicos, 
químicos e de sedimento. 
 O sangue é separado conforme a cor de cada tampa, ou seja: 
1) tubos de tampa vermelha são enviados para exames de sorologia e bioquímica, podem 
estar com o sem um ativador de coágulo e sem gel separado; 
2) tudos de tampa amarela são enviados para exames de bioquímica, sorológicose de 
imunologia, apresentam um ativador de coágulo e um gel separador; 
3) tubo de tampa lilás apresenta em seu interior EDTA (ácido etilenodiamino tetra-
acético) e são enviados para se realizar homogramas e contagem de plaquetas; 
4) tubo de tampa azul apresenta o citrato de sódio que é um anticoagulante utilizado 
para obtenção de plasma para provas de coagulação; 
5) tubos com tampas cinza apresenta anticoagulante e um estabilizador em 
diferentes versões: EDTA + Fluoreto de Sódio, Oxalato de Potássio + 
Fluoreto de Sódio, Heparina Sódica + Fluoreto de Sódio, Heparina Lítica + 
Iodoacetato. 
6) tubo de tampa amarela são utilizadas para testes de tipagem sanguínea ou 
preservação celular. 
7) tubo de tampa verde apresentam as paredes internas são revestidas com 
Heparina, com estabilidade por até 48 horas. Utilizados para testes 
bioquímicos. 
8) um tubo de transporte é utilizado quando se faz coleta em pacientes que não podem ir 
ate o posto de coleta. 
 
 Após a separação, todas as amostras são etiquetadas de acordo com a solicitação do médico e 
encaminhada para as estações de trabalho. Após a etiquetação, deve-se fazer uma nova conferencia, mas 
desta vez, entre a etiqueta gerada e a solicitação médica. 
 
 
 
 
 
 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
13 
 
 
Figura 1. Exempĺos de tubos utilizados para coleta sanguínea que foram utilizados durante o estágio 
supervisionado. 
Fonte: Próprio autor. 
 
 É mostrado a mesa com alguns tubos que são utilizados pelos postos de coletas (a), alguns tubos 
utilizados e que são separados de acordo com a bancada de analálises clínica (b, c e f), tubos de 
transportes (e), e amostras que chegam do interio do estado para serem analisadas (d). 
 A separação das fezes é feita a partir da determinação de sangue oculto e exame parasitário, e 
por fim a urina é feira a coleta de cada amostra e colocada em tubo de ensaio para análise física, química 
e de sedimentação. 
 
4.2. Parasitologia 
 
 No setor de parasitologia as amostras são recolhidas e analisadas por solicitante. Todas as 
amostras vem dos laboratório da região metropolitana e do interior do estado (figura 2). As amostras 
podem vir a partir de coleta direta, para pesquisa de sangue oculto ou com líquidos conservantes (MIF 
(mertiolato iodeto formalina). 
 As amostras que são analisadas por método direto ou a fresco com uso direto de lugol: trata-se 
de um exame qualitativo, o qual se realiza a observação direta de pequena quantidade da amostra fecal 
no microscópio óptico sem qualquer método de enriquecimento. Fezes preservadas são úteis para a 
detenção de cistos de protozoários e de ovos e larvas de helmintos, mas a pesquisa de trofozoítos deve 
ser feita, pelo método direto, com fezes frescas, não preservadas. 
 
 
Figura 2. Materiais separadas para preparação de amostras para analise direta. 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
14 
 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
4.2.1. Exame Direto a Fresco 
 O exame Direto a Fresco é um procedimento simples e eficiente para o estudo das fezes, 
permitindo o diagnóstico dos protozoários (trofozoítas e cistos) e dos helmintos (ovos, larvas e pequenos 
adultos). As preparações a fresco são obtidas diretamente da amostra biológica (fezes) e requer o mínimo 
de material 2 miligrama (mg) para cada método de exame. No exame a fresco, coloca-se uma gota de 
soro fisiológico (salina) sobre uma lâmina e dilui com um palito, uma pequena porção de fezes, de modo 
que fique homogêneo e transparente (FERREIRA, 2012). A analise deve ser examinada através da 
objetiva do microscópio de pequeno aumento (10x) e com pequena intensidade de luz, a confirmação dos 
parasitas deve ser realizado com a objetiva de grande aumento (40x). 
 
4.2.1. - Exame Direto com uso de lugol 
 No exame direto sob coloração de Lugol, o exame é preparado de modo semelhante ao anterior 
substituindo-se o soro fisiológico pela solução de Lugol, cobrindo-se com uma lamínula examinando a 
amostra biológica através de microscópio óptico, os esfregaços deveram ser sistemática e completamente 
examinadas através da objetiva do microscópio de pequeno aumento (10x) e com pequena intensidade de 
luz, a confirmação dos parasitas deve ser realizado com a objetiva de grande aumento (40x), sendo 
confeccionadas três lâminas para análise (FERREIRA, 2012). 
 Durante a preparação das amostras, utilizarou-se em uma mesma lâmina a solução de soro 
fisiológico e de lugol. Na figura 3 mostramos a esquerda a preparação de lâminas com soro fisiológico 
(parte superior da lâmina) e com a solução em lugol (parte inferior da lâmina). Após colocarmos a 
soluções sobre a lâmina, coletamos uma pequena porção de fezes e misturamos com as soluções, para em 
seguida utilizar uma lamínula sobre cada amostra (figura 3, imagem à direita). Em seguida, todas as 
amostras são analisadas em miscroscópio óptico. 
 
 
Figura 3. Montagem das lâminas para análise direta (solução translúcida) e direta com utilização de lugol 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
15 
 
 
(solução de cor ambar). 
Fonte: Próprio autor. 
 
4.2.3. Exame parasitológico com o uso de conservante (MIF - mercúrio, iodo e formol) 
 Ate o presente momento, o método de conservante que mais foi analisado no laboratório, foi o 
método de conservação utilizando mercúrio, iodo e formol (MIF). As amostras são conservar à 
temperatura entre 15-30°C até a realização dos exames e são enviadas para o laboratório no mesmo dia 
de sua entrega. Sempre tomando cuidado para evitar a exposição da solução à luz solar direta e qualquer 
outra fonte de calor ou ignição. Neste tipo de exame, a solução conservante deve cobrir a amostra 
completamente, portanto, não colocar a amostra em excesso no interior do coletor. Após o início das 
coletas, manter o coletor fechado e em geladeira; devendo seguir as orientações do médico. 
 
4.2.4. Pesquisa de Sangue oculto 
 Neste tipo de exame, vamos avaliar a partir de testes rápido se há a pressão de sangue oculto nas 
fezes, uma vez que indica possíveis sangramento no trato digestivo que, por sua vez, pode ser sinal de 
colite, úlceras e, em casos mais graves, câncer de colorretal. Este tipo de exame é importante, uma vez 
que no Brasil, o câncer no cólon e no reto é o 3º tipo de câncer mais comum em homens e o 2º em 
mulheres. Quando diagnosticado no início, as chances de sucesso no tratamento aumentam para cerca de 
90%. Este exame, funciona como uma espécie de “triagem”, para verificar se é realmente necessária a 
colonoscopia, para investigar eventuais problemas que podem estar relacionados à presença de sangue 
nas fezes. 
 
 
 
 
 
 
 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
16 
 
 
Figura 4. Exame rápido de sangue oculto, utilizando Imunoensaio cromatográfico rápido para a detecção 
qualitativa de sangue oculto humano em fezes. 
 Fonte: Próprio autor. 
 
 O MedTeste Sangue Oculto (figura 4) é um teste imunológico cromatográfico rápido para a 
detecção qualitativa de baixos níveis de sangue humano oculto em fezes. O teste utiliza o ensaio duplo de 
anticorpos em sanduíche para detectar seletivamente o sangue oculto nas fezes em concentrações de 50 
ng/ml ou superior, ou 6 μg/g de fezes.Além disso, diferente dos testes baseados no Guáiaco, a precisão 
do teste não é afetada pela dieta dos pacientes (ANVISA, 2022) 
 Na figura 5. são mostrados os procedimentos para se fazer ananalise de sangue oculto, onde se o 
aplicador do coletor de amostras é inserido aleatoriamente sobre a amostra fecal em pelo menos 3 pontos 
diferentes. Em seguida é colocado no tubo coletor e agite vigorosamente o tubo para misturar a amostra 
ao tampão de extração. Após dois minutos, invertemos o tubo e transfira 2 gotas inteiras da amostra 
extraída (aproximadamente 80μL) para a área da amostra (S) no cassete de teste e inicie o temporizador. 
 No processo de interpretação dos resultado, temos as seguinte situações: 1) POSITIVO: Duas 
linhas aparecem. Uma linha colorida deverá aparecer na região da linha de controle (C) e outra linha 
colorida deve aparecer na região da linha de teste (T); 2) NEGATIVO: Uma linha colorida aparece na 
região da linha de controle (C). Nenhuma linha aparece na região da linha de teste (T); e INVÁLIDO: A 
linha de controle não aparece. Repasse o procedimento e repita o teste com um novo teste. 
 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
17 
 
 
Figure 5. MedTeste Sangue Oculto é ste imunocromatográfico rápido para a detecção qualitativa de 
sangue oculto humano em fezes. 
Fonte: Consultas Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2022. 
 
4.2.5. Análise Bioquímica 
Nos testes bioquímicos iremos investigar o funcionamento metabólico do organismo e medir 
quimicamente possíveis alterações. Os principais exames realizados pelo equipamento COBAS 6000 
estão relacionados aos níveis de glicose, colesterol, triglicerídeos, proteínas, enzimas, uréia e função 
hepática. Os exames de dosagem hormonais, também, são eralizados com o equipamento, como paraas 
dosagens de PSA (Antígeno Prostático Específico) e TSH (Hormônio Estimulador da Tireóide). 
Para garantir a qualidade e a integridade dos resultados dos exames, é utilizado o controle de 
qualidade recomendado para o uso do equipamento COBAS 6000. Vale reassaltar que existe apenas 2 
equipamentos do tipo na cidade de Belém do Pará. 
 
Figura 6. Equipamento COBAS 6000 utilizado para análises bioquímicas. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 O sistemas informatizado para utilização conta com um ambiente integrado para indicação dos 
exames a serem realizados. Todos os resultados são enviados para um computador e avaliados pelo chefe 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
18 
 
 
do laboratório. O ambiente integrado pode ser personalizado e apresenta duas abas principais para a 
analise, uma para bioquímica e outra para imuno/hormônio. 
 
Figura 7. Ambiente integrado do COBAS 6000. A esquerda temos as opções para testes bioquímicos e a 
direta testes de homônios. 
 
Fonte: Próprio autor. 
4.2.5. Análise Imunologia 
 Neste setor, realizamos os testes sorológicos a fim de identificar doenças relacionadas a 
alterações na imunidade e respostas contra infecções. Utilizamos técnicas de soroaglutinação e 
imunofluorescência. Neste setor foram realizados, pricipalmente testes de tipagem sanguínea, Anti-
Estreptolisin (ASO), Proteína-C reativa (PCR), fator reumatóide e VDRL. 
 
Figura 8. Material utilizado para avaliação e acompanhamento de doenças inflamatórias e infecciosas. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
4.3. INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO. 
PARASITOLOGIA 
4.3.1. Parasitologia 
 Durante o estágio supervisionado, até o presente momento, foram identificados alguma 
elementos no exames de fezes, os quais serão apresentados. 
 Endolimax nana: Os cistos medem de 5 a 12µm de tamanho. Quando corados pela solução de 
lugol são ovais ou esféricos, com citoplasma apresentando coloração verde-clara. Contém quatro núcleos 
pouco visíveis, em virtude de seu pequeno tamanho. Nas preparações coradas (hematoxilina férrica, 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
19 
 
 
tricrômico), o cariossoma é grande e irregular, membrana nuclear fina e ausência de cromatina periférica 
na membrana nuclear. No citoplasma às vezes poidem ser vistos corpos cromatóides pequenos e ovóides. 
 
Figura 9. Cisto de Endolimax nana visto em um exame parasitológico pelo método direto com uso de 
lugol. 
Fonte: Próprio autor. 
 Cisto uninucleadode E. histolytica: Os cistos são esféricos e raramente ovais, medindo de 10 a 
20µm de diâmetro (média de 12 µm). Apresentam um a quatro núcleos com cariossoma pequeno e 
central, ocasionalmente excêntrico.A membrana nuclear é revestida de grânulos cromáticos distribuídos 
de forma regular. Inicialmente, os cistos apresentam um núcleo grande, situando-se perto da margem do 
cisto, deslocado por um vacúolo de glicogênio. Os corpos cromatóides podem estar presentes no 
citoplasma em forma de bastonetes com as extremidades arredondadas. Podemos observar que na 
coloração pela solução de lugol, temos o vacúolo de glicogênio corado em castanho-avermelhado. 
 Blastocystis hominis: é um protozoário pleomórfico, apresentando quatro formas morfológicas: 
vacuolar, granular, amebóide e cística. A forma vacuolar é esférica, às vezes com aspecto irregular, 
caracterizada por um grande vacúolo central (corpo central) que é ligeiramente refringente, com 
citoplasma deslocado para a periferia, contendo alguns grânulos e com um a quatro núcleos. O tamanho 
médio da forma vacuolar é de 4 a 15 µm de diâmetro, mas pode variar de 2 a 200 µm de diâmetro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
20 
 
 
Figura 10. Cisto uninucleadode E. histolytica e Blastocystis hominis são identificados em um mesmo 
exame. 
Fonte: Própriop autor. 
 
 Cistos de Entamoeba coli: Os cistos são esféricos, raramente ovais, medindo de 10 a 35µm de 
tamanho. Apresentam um a oito núcleos com cariossoma grande e excêntrico; a parede cística é espessa. 
Corado pela solução de lugol, o citoplasma tem tonalidade amarelo-ouro. Tanto os cistos quanto os 
trofozoítos podem ser encontrados nas fezes, sendo que os primeiros, conforme o grau de 
desenvolvimento, à medida que o número de núcleos aumenta, o diâmetro nuclear e a quantidade de 
cromatina do cisto reduzem. É uma ameba comensal, ou seja, não causa doenças. Na figura 8 temos a 
esquerda imagem fotografada da lente do microscópio e a direita uma imagem ampliada da região onde 
elas se encontram. 
 
Figura 11. Cistos de Entamoeba coli e Cisto uninucleadode E. histolytica em uma mesma lâmina. 
Fonte: Próprio autor. 
 
 Cistos de Giardia lamblia: Os cistos medem de 8-20 µm de comprimento por 7-10 µm de 
largura, são ovais ou elipsóides, e às vezes, esféricos, com membrana fina. No seu interior encontram-se 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
21 
 
 
dois ou quatro núcleos situados próximos aos pólos, axonemas, um número variável de fibrilas e corpos 
escuros em forma de meia-lua. Os cistos, quando corados, podem apresentar uma nítida retração do 
citoplasma (a membrana fica destacada do citoplasma). Quando corados pela solução de lugol, os cistos 
podem apresentar citoplasma com coloração esverdeada, pardo-esverdeada (azeitona), castanho–
amarelado e com uma região linear central mais corada. 
 
Figura 12. Cistos de Giardia lamblia corados com solução de lugol com uamregião linear central mais 
corada. 
Fonte: Próprio autor. 
 Esteatorréia: é considerada um estado ou sintoma caracterizado pela presença de lipídios em 
quantidade excessiva nas fezes, associada há uma descoloração, aumento de volume e odor fétido 
também presente nas fezes. Entre os parasitas mais frequentemente observados que possuem eficiência 
na capacidade de causar tal patogenia, destacam-se os helmintos da família Ancylostomidae 
(Ancylostoma duodenale e Necator americanus), Ascaris lumbricoides e o Strongyloides stercoralis, 
além principalmente do protozoário Giardia lamblia. 
 
Figura 13. Quantidade excessiva nas fezes conhecida como Esteatorréia.Fonte: Próprio autor. 
 
 Ovos de Trichuris trichiura: Os ovos de Trichuris trichiura apresentam aspecto típico de bandeja 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
22 
 
 
ou de um pequeno barril, com saliências mucóide e transparente nas duas extremidades; possuem dupla 
membrana que envolve a massa de células germinativas. Os ovos ingeridos eclodem e entram nas criptas 
do intestino delgado como larvas. Após amadurecerem por 1 a 3 meses, os vermes migram para o ceco 
subindo até o cólon, no qual se unem à mucosa superficial, se acasalam e colocam ovos. 
 
Figura 14. Ovos de Trichuris trichiura, causador da tricuríase corado com lugol. 
Fonte: Próprio autor. 
 
 O teste de sangue oculto: Foi realizado a partir de testes rápidos, para a confirmação de presença 
de sangue nas fezes. Nos testes realizados durante o estágio, não foi possível observar a olho nu a 
presença de sangue nas fezes, sendo necessario a avaliação por métodos reagentes. 
 
Figura 15. Exame rápido de teste oculto em fezes. 
Fonte: Próprio autor. 
 
 
4.4. Urianálise 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
23 
 
 
 Os rins desempenham importante papel na excreção de várias substâncias assim como na 
manutenção da pressão osmótica do plasma tendo como produto final a formação da urina que é 
constituída por água, compostos inorgânicos (sódio, potássio, fosfatos, amônia e outros) e 
orgânicos (ureia, ácido úrico, creatinina) provenientes da alimentação e do metabolismo orgânico 
(ANDRADE et al, 2010). O sistema urinário tem como principal função eliminar os produtos 
finais (resíduos) do metabolismo, principalmente ur eia, creatinina e ácido úrico, recolhidos da 
corrente sanguínea e excretados em forma de urina. É responsável também pelo controle do equilíbrio 
hídrico e pela remoção de resíduos tóxicos ou drogas induzidas pelo corpo. Esse sistema consiste 
de rins, ureteres, uretra e bexiga (GONÇALVES et al, 2015). 
 A urinálise se mantém como parte integrante do exame do paciente e isso se deve a duas 
características, as quais podem explicar a persistência dessa popularidade: a amostra de urina é de 
obtenção rápida e coleta fácil e a urina fornece informações sobre as principais funções metabólicas do 
organismo, por meio de exames laboratoriais simples. 
 
4.4.1. Exame físico 
 Analise macroscópica para determinar o volume, a coloração, o aspecto (turvação) e a 
densidade. A análise da cor e do aspecto é percebida através da inspeção. A cor padrão normal da urina é 
amarela, podendo atingir variações de tonalidades de pálida a âmbar. Diversas colorações podem ser 
vistas de acordo com alterações na urina, como: cor rósea, vermelha ou castanha, devido à presença de 
eritrócitos, hemoglobina ou mioglobina; cor acastanhada pela presença de bilirrubinas, carotenos; 
marrom escuro com presença de porfirina, melanina e coloração de alimentos. 
 Quanto ao aspecto, a urina pode ser classificada em límpida, ligeiramente turva ou turva, devido 
à precipitação de fosfatos amorfos (urina alcalina), precipitação de uratos amorfos (urina ácida) ou pela 
presença de bactérias, leucócitos ou eritrócitos. Podendo também ser classificada em urina leitosa 
(quilúria), que ocorre em situações de oclusão dos vasos linfáticos pélvicos. 
 
4.4.2. Exame químico com a utilização de tiras de testes 
 Nesta prática, mergulha-se a tira de teste em uma amostra de urina homogeneizada, 
retiramos o excesso de urina e, à medida que se espera o tempo especificado para que ocorra a reação e 
comparar a cor da tira com a tabela de cores no pote. As tiras teste são uma determinação 
semiquantitativa de doze parâmetros na urina, são eles: 
1. Ácido Ascórbico: Este teste envolve a descolorização do reagente de Tillmann. A 
presença do ácido ascórbico causa a mudança da área de cor do teste 
azul-verde para laranja. A presença do ácido ascórbico causa a mudança da área 
de cor do teste de azul-verde para laranja. 
2. Glicose: Este teste é baseado na reação enzimática que ocorre entre glicose 
oxidase, peroxidase e cromogênio. Quantias baixas de glicose são 
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24 
 
 
normalmente excretados na urina. As concentrações de glicose menores que 
100 m g/dl, lidos em 10 ou 30 segundos, podem ser considerados 
anormais se os resultados são consistentes. 
3. Bilirrubina: Na urina normal, nenhuma bilirrubina é detectável 
mesmo sendo utilizados os métodos mais sensíveis. Até quantias de 
traços de bilirrubina exigem investigação adicional. Resultados atípicos 
(cores diferentes daquelas mostradas nos blocos de cor negativa ou 
positiva junto ao gráfico de cores) pode indicar que a billirrubina derivada 
dos pigmentos da bílis estão presentes na amostra de urina e estão 
possivelmente, mascarando a reação da bilirrubina. 
4. Quetone: Este teste é baseado na reação das quetonas com nitropussida e 
ácido acetoacético que produz uma mudança na cor variando de rosa 
claro para resultados negativos e uma cor rosa escuro ou vermelho para 
resultados positivos. As quetonas normalmente não estão presentes na urina. Os 
níveis detectáveis da quetona podem 
5. ocorrer na urina durante stress fisiológico, jejum, gravidez e exercício 
físico em demasia. Em dietas com restrição de alimentos ou em 
outras situações de metabolismo de carboidrato anormais, as 
quetonas aparecem na urina em concentração excessivamente alta antes 
da elevação do soro da quetonas. 
6. Densidade Específica: Determina a gravidade de urina específica entre 1,000 e 
1,030. 
7. Sangue: Este teste é baseado na atividade da peroxidase da hemoglobina que 
cataliza a reação da cumene-hidroperoxida e 3,3',5,5' de tetrametilbenzidina. A 
cor resultante var ia de laranja até verde para azul escuro. Quaisquer 
áreas verdes ou desenvolvimento da cor verde na área do reagente dentro de 
60 segundos é significante e a amostra de urina deverá ser examinada a parte. 
8. pH: Este teste é baseado no sistema duplo de indicação que dá um largo 
alcance de cores que cobrem o alcance de pH urinário por inteiro. As cores 
mudam de laranja para amarelo e verde para azul. O alcance esperado em 
amostras de urina de r ecém-nascidos é um pH de 5 a 7. O alcance esperado 
em amostras de urina normal é pH de 4,5 a 8, com um resultado médio de pH é 6. 
9. Proteína: Esta reação é baseada em um fenômeno conhecido como “erro 
proteíco” de indicadores de pH onde um indicador que está altamente cheia 
de solução-tampão mudará de cor na presença de proteínas (ânions) como 
o indicador que libera íons de para a proteína. Em um pH 
constante, o desenvolvimento de qualquer cor verde é devido à presença da 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
25 
 
 
proteína. 
10. Urobilinogênio: Este teste é baseado em uma reação de 
Enhrlich modificada entre p-dietilaminobenzaldeído e ácido 
urobobilinogênio em ácido fortemente médio que produz um a cor rosa. O 
Urobilinogênioé um dos maiores combinações produzidas em hemesíntese e é 
uma substância normal na urina. 
11. Nitrito: Este teste depende da conversão de nitrato para nitrite pela ação da 
bactéria negativa de Gram na urina. Em um ácido médio, o nitrito na 
urina reage com ácido p-arsanílico para formar um composto diazônico. Os 
composto diazônio forma um par com o 1N-(1-naptil)-etilenediamine para 
produzir uma cor rosa. 
12. Leucócitos: Este teste revela a presença de granulócito esterases. Um 
esterases parte de um pirazole derivado de um aminoácido para liberar 
hidroxi prirazole derivado. Este pirazole então reage com o sal diazônio que produz 
uma cor bege-rosa para vermelho. 
 
Figura 16. Tira de teste para análise de urina. Tiras de testes Medi-Test (https://www.medicalexpo.com/) 
(esquerda) e testes em urina (direita) 
Fonte: Tiras de testes Medi-Test (esquerda) e próprio autor (direita). 
 
 
 
4.4.3. Exame microscópico 
 A sedimentoscopia possui a finalidade de identificar e, ocasionalmente, quantificar vários 
https://www.medicalexpo.com/
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26 
 
 
componentes figurados, como: leucócitos, hemácias, células epiteliais, bactérias, cilindros, cristais e 
fungos. Além disso, é um processo de grande demanda que necessita de atividade laboratorial manual 
acentuada, é pouco uniforme e acarreta um maior custo aos laboratórios porque é fundamental a presença 
de mão de obra qualificada para se alcançarem resultados confiáveis. 
 
4.4.3.1. Cristais normais de urina ácida 
1. Ácido Úrico - Os cristais de ácido úrico são normais de urina ácida e 
possuem diversas formas, Eventualmente, podem apresentar seis faces, sendo est 
a forma confundida com cistina (os cristais de cistina são incolores). A presença 
desses cristais não exibe importância clínica, visto que pode ser de 
ocorrência natural do organismo. Porém, dentre as condições patológicas 
nas quais esses cr istais são encontrados na ur ina incluem o elevado 
metabolismo de purina, síndrome de Lesch-Nyhan, nefrite crônica, 
condições febris agudas, gota, em pacientes com leucemia que recebem 
2. quimioterapia. 
3. Cristais de oxalato de cálcio - Os cristais de oxalato de cálcio são 
normais de urina ácida. Patologias: A presença desses cristais não exibe 
importância clínica, visto que pode ser de ocorrência natural do 
organismo, principalmente depois da ingestão de alimentos ricos em 
oxalato, como tomate, laranjaealho. Dentre algumas situações patológicas em que 
esses cristais podem se apresentar em grandes quantidades incluem 
diabetes mellitus, doença renal crônica grave, doença hepática e intoxicação 
por etilenoglicol. 
4. Cristais de urato amorfo - Os cristais de urato amorfo são normais de 
urina ácida e seapresentam como grânulos castanho-amarelados. Eles podem 
ser exibidos em grumos e podem parecer com cilindros granulosos. 
São visualizados geralmente em amostras que tenham sido refrigeradas e 
formam um sedimento rosa característico. A presença desses cristais não exibe 
importância clínica, visto que pode ser de ocorrência natural do organismo. 
5. Cristais d e urato de sódio - Os cristais de urato de sódiosão normais 
de urina ácidae se apresentamcomo formas cristalinas ou amorfas. São 
vistos como agulhas amareladas ou incolores, ou prismas delgados ou 
organizados em feixes ou agrupamentos(forma de roseta). A presença desses 
cristais não exibe importância clínica, visto que pode ser de ocorrência natural do 
organismo. 
 
 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
27 
 
 
4.4.3.2. Cristais normais de urina alcalina 
1. Cristais de biurato de amônio - Os cristais debiurato de amônio são normais 
de urina alcalina e apresentam formas esféricas com a presença de 
espículas irregulares (representado como “maçã espinhosa”) e possuem 
coloraçãocastanho-amarelado. A presença desses cristais não exibe importância 
clínica, mas quase sempre são encontrados em amostras não recentes e podem 
ser r elacionados com a existência de amônia gerada por 
2. bactérias que metabolizam a ureia. 
3. Cristais de carbonato de cálcio - Os cristais de carbonato de cálcio são 
normais de urina alcalina. São pequenos, incolores e apresentam forma 
esférica ou em haltere. Esses cristais podem se acumular, o que os torna 
parecido com material amorfo, porém são diferenciados pela formação de dióxido 
de carbono gasoso quando é adicionado ácido acético. A presença desses cristais não 
exibe importância clínica. 
4. Cristais d e fosfato amorfo - Os cristais de fosfato amorfo são normais de 
urina alcalina e possuem aparência granulosa, semelhante aos uratos amorfos. São 
incolores ou escuroseconstantemente encontrados na urina em uma configuração 
amorfa e não cristalina. A presença desses cristais não exibe importância clínica. 
5. Cristais de fosfato de cálcio - Os cristais de fosfato de cálciosão normais 
de urina alcalina epossuem conformação de prismas longos, incolores e 
quepodem apresentar uma extremidade delgada. A presença desses cristais não 
exibe importância clínica, apesar de o fosfato de cálcio ser um constituinte 
comum de cálculos renais. 
6. Cristais de fostato triplo - Os cristais de fosfato triplo são normais de 
urina alcalinae se apresentamna forma de prisma, que recorda uma “tampa de 
caixão”. A presença desses cristais não exibe importância clínica, porém são 
observados em urinas que possuem bactérias que metabolizam a ureia. Além 
disso, dentre as condições patológicas nas quais podem ser encontrados incluem 
pielonefrite crônica, cistite crônica, hiperplasia da próstata, além de casos quando 
a urina é retida na bexiga. 
 
 As amostras são centrifugadas em tubo cônico uma quantidade de urina, geralmente 
estipulada entre 10 e 15mL, durante 5 minutos com 450 rpm. Após a centrifugação, deve restar no 
tubo um a quantidade uniforme de urina (geralmente 0,5 ou 1,0 ml) a ser usada para nova 
suspensão do sedimento, desprezando o sobrenadante. Coloca-se uma gota de sedimento da 
ressuspensão numa lâmina de microscópio e observar ao microscópio com a objetiva de 10x e 
posteriormente com a 40x. 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
28 
 
 
 
Figura 17. Processo de preparação de amostras para serem centrifugadas para pesquisa de elementos 
presentes na urina. 
Fonte: Próprio autor. 
 
4.4. INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO. 
URIANÁLISE 
 
 Durante o estágio supervisionado, até o presente momento, foram identificados alguma 
elementosno exames de urina, os quais serão apresentados. 
 Células epiteliais: São registradas como raras, poucas, muitas e a grupadas, não em números 
reais por campo de grande aumento. Das células epiteliais, as mais importantes são as dos 
túbulos renais porque, quando sua quantidade é grande, há indício de necrose tubular, são im 
portantes na rejeição do enxerto renal. Sua presença traduz a existência de doenças c ausadoras 
de lesão tubular, entre as qu ais pielonefrite, reações tóxicas, infecções virais, rejeição de 
transplante e efeitos secundários da glomerulonefrite (STRASINGER, 2000 - STRASINGER, S usan 
King. Urinálise e flu idos biológicos . 3.ed. São P aulo: Premier, 2000.). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
29 
 
 
Figura 18. Células epiteliais registradas em exame de urina, junto com cristais abundantes. 
Fonte: Próprio autor. 
 
 
 Cristais de cistina: Os cristais de cistina são refringentes, incolores, hexagonais, com bordas 
iguais ou desiguais. Podem ser exibidos isoladamente, sobrepostos ou em agrupamentos. Geralmente 
apresentam aspecto em camadas ou laminado. Os cristais de cistina são encontrados na urina de pessoas 
que herdam um distúrbio metabólico que impede a reabsorção de cistina pelos túbulos renais (cistinúria). 
Além disso, as pessoas que possuem cistinúria possuem tendência a formar cálculos renais, 
principalmente em idade precoce 
 Cristais de tirosina: Os cristais de tirosina são observados como finas agulhas 
refringentes, delgadas, que se organizam em agrupamentos ou feixes. Frequentemente os 
agrupamentos são vistos na coloração negra, principalmente no centro, todavia podem exibir 
coloração amarela quando há presença de bilirrubina. Geralmente são observados em conjunto 
com cristais de leucina, em amostras com resultado positivo em testes químicos para a 
bilirrubina. Os cristais de tirosina estão presentes em disfunção hepática grave e são encontrados 
também em doenças hereditárias do metabolismo de aminoácidos, principalmente a tirosinemia 
 
 
 
 
 
 
 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
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Figura 19. Cristais de tirosina (mais escuro) e de cistina em amostra de urina. 
Fonte: Próprio autor. 
 
Cristais de fostato triplo: Os cristais de fosfato triplo são normais de urina alcalina e se 
apresentam na forma de prisma, que recorda uma “tampa de caixão”, possuem de três a seis 
lados, que geralmente contém extremidades oblíquas. São também incolores e birrefringentes 
sob luz polarizada e podem se precipitar em forma de samambaia ou pena. A presença desses 
cristais não exibe importância clínica, porém são observados em urinas que possuem bactérias 
que metabolizam a ureia. Além disso, dentre as condições patológicas nas quais podem ser 
encontrados incluem pielonefrite crônica, cistite crônica, hiperplasia da próstata, além de 
casos quando a urina é retida na bexiga. 
 
Figura 20. Presença de fosfato triplo na urina após sedimentação e uso de lugol. 
Fonte: Próprio autor. 
 Cristais de urato amorfo: Os cristais de urato amorfo são normais de urina ácida e se 
apresentam como grânulos castanho-amarelados. Eles podem ser exibidos em grumos e 
podem parecer com cilindros granulosos. São visualizados geralmente em amostras que 
tenham sido refrigeradas e formam um sedimento rosa característico. A presença desses 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
31 
 
 
cristais não exibe importância clínica, visto que pode ser de ocorrência natural do organismo. 
 
Figura 21. Presença de urato amorfo na urina juntamente com fosfato triplo. 
Fonte: próprio autor. 
 
 Cristais de ácido úrico: Os cristais de ácido úrico são normais de urina ácida e possuem 
diversas formas, mas as mais proeminentes são de prisma romboide, losango (plana com 
quatro lados), oval com extremidade pontiaguda (forma de limão), e em roseta, que compõe 
os cristais agrupados. Eventualmente, podem apresentar seis faces, sendo esta forma 
confundida com cistina (os cristais de cistina são incolores). Geralmente, os cristais de ácido 
úrico apresentam coloração amarela ou castanho-avermelhada e essa variação de cor depende 
da espessura que o cristal possui, de maneira que cristais extremamente finos podem ser 
incolores. A presença destes critais podemos relatar as condições patológicas nas quais esses 
cristais são encontrados na urina incluem o elevado metabolismo de purina, síndrome de 
Lesch-Nyhan, nefrite crônica, condições febris agudas, gota1, em pacientes com leucemia que 
recebem quimioterapia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
32 
 
 
Figura 22. Cristais de ácido úrico em forma de prisma romboide (esquerda), em forma de 
roseta, oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide (direita). 
Fonte: Próprio autor. 
 
 Leucócitos ou piócitos: Os leucócitos são maiores que as hemácias, mas menores que 
as células epiteliais renais. Frequentemente são esféricos e podem aparentar cor cinza pálida 
ou amarelo-esverdeada, organizando-se isoladamente ou em aglomerados. Os leucócitos 
observados na urina são denominados piócitos e consistem principalmente em neutrófilos, que 
podem ser identificados por seus grânulos e núcleos multilobulados. Uma elevação de 
leucócitos na urina está relacionada a um processo inflamatório no trato urinário ou na região 
adjacente ao mesmo. Algumas vezes, a piúria (piócitos na urina) é observada em situações 
como pancreatite e apendicite, assim como também é observada em condições não 
infecciosas, como glomerulonefrite aguda, nefrite lúpica, acidose tubular renal, desidratação, 
febre, estresse e na irritação não infecciosa de ureter, uretra ou bexiga. A existência de vários 
leucócitos na urina, principalmente quando constituem aglomerados, é um poderoso 
indicativo de infecção aguda, como pielonefrite, uretrite ou cistite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
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Figura 23. Grande quantidade de piócitos formando aglomerados em exame de urina. 
Fonte: Próprio autor. 
 
 Cristais de oxalato de cálcio: Os cristais de oxalato de cálcio são normais de urina 
ácida. A forma mais comum de cristais de oxalato de cálcio di-hidratados é aquela 
reconhecida como “envelope” octaédrico, incolor, ou como duas pirâmides aderidas por meio 
de suas bases. Já a forma menos observada é a mono-hidratada que exibe morfologia ovalada 
ou em halteres. Ambas as formas são birrefringentes sob luz polarizada e frequentemente são 
vistos em aglomerados aderidos ao muco e podem ser semelhantes a um cilindro. O grande 
número desses cristais, especificamente quando existentes em urina recente, indica a 
probabilidade de cálculos renais, porque a maioria destes são constituídos por oxalato. 
 
Figura 24. Presença de cristais de oxalato de cálcio di-hidratado. 
Fonte: Próprio autor. 
 
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 Leveduras: As células de levedura são incolores, lisas, e habitualmente ovoides, com 
paredes duplamente refringentes. Elas podem alterar em tamanho e geralmente possuem 
brotamentos1 e/ou micélios. As leveduras podem ser detectadas nas infecções do trato 
urinário, frequentemente em pacientes com diabetes mellitus, assim como também podem 
estar presentes na urina resultantes de contaminação de origem cutânea ou vaginal. A 
Candida albicans é a levedura mais constantemente encontrada na urina. 
 Muco: Os filamentos mucosos são filamentos delgados, longos e ondulantes de 
estruturas parecidas com fitas, que apresentam estrias longitudinais discretas1 e possuem 
baixo índice refratométrico. Alguns dos filamentos mais largos podem ser confundidos com 
cilindros hialinos. Esses filamentos estão presentes em baixas quantidades na urina normal, 
mas podem estar em altas quantidades quando há irritação do trato urinário ou inflamação.Figura 25. Presença de Piócitos (leucócitos), células leveduriformes e a presença de muco. 
Fonte: Próprio autor. 
4.5. Bioquímica 
 Nos exames bioquímicos, assim como em outros, os resultados são afetados por vários 
fatores, como fisiológicos que devem ser levados em conta ao se interpretar qualquer resultado. 
Dentre estes fatores, temos a idade, a dieta, o estresse, histórico clínico e farmacológico, 
gravidez, etc. É importante entender que resultados anormais nem sempre indicam a presença 
de uma doença, nem que um resultado normal indica sua ausência. 
 No processo de preparação das amostras, são enviados para o setor todos os tubos com 
tampas vermelhas onde temos o soro como principal elemento para análise bioquímica. As 
amostras antes de serem centrifugadas são verificadas se estão hemolisadas ou não. Após estas 
verificações são colocadas na centrífuga para serem, posteriormente, enviadas para o COBAS 
6000. 
 
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Figura 26. Amostras com tampas vermelhas a serem enviadas para o setor de bioquímica e em 
seguida são centrifugadas. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
 Após a centrifugação, as amostras são enviadas para o equipamentos, onde foi separado 
o resultado para uma amostra que chegou com caracteristicas de dislipidemia. 
 Os distúrbios lipídicos são alguns dos problemas metabólicos mais comuns vistos em 
análises clínicas. Eles podem apresentar várias sequelas que incluem: doença arterial 
coronariana (DAC), pancreatite aguda, etc. Algumas causas genéticas da dislipidemia são: 
Hipercolesterolemia, Hiperlipidemia e Hipertrigliceridemia familiar, dentre outros. 
 Na figura 27, temos uma amostra para análise com características de distúbios lipídicos 
(dislipidemia), no qual a mesma foi preparada e analisada pelo equipamento para verificarmos 
os resultados. 
 
Figura 27. Amostras com possível dispilidemia e resultado após análises. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
Podemos observar que o HDL (lipoproteína de alta densidade) apresentou valores de 18,97 
mg/dL, sendo que os valores aceitáveis estão entre 35 e 40 mg/dl. O valor encontrado para o 
triglicerídeos foi de 1093,8 mg/dL, sendo limítrofe entre 150 e 200 mg/dl e, preferivelmente, 
valores abaixo de 150 mg/dL. O colesterol total apresentou valores abaixo de 190 mg/dl. 
Portanto, com base nos resultados temos uma dislipidemia do tipo hipertrigliceridemia 
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provavelmente do tipo IV, com possíveis causas originadas por diabete melito, excesso de 
alcool, insuficiencia renal crônica ou, até mesmo, pelo uso de medicamentos. 
 
4.6. Imunologia 
Aqui é apresentado os resultados referentes ao testes de imunologia para o fator reumatoide e 
Antiestreptolisina (ASO). A amostra foi preparada para realizar uma contra prova do teste de 
ASO e fator reumatoide. 
Figura 28. Teste para validação de ASO e fator reumatóide. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
Na figura 28, temos a verificação de teste para ASO e fator reumatóide, onde podemos 
ver a positividade para o teste reumatóide com a cor rosada para a posição 2 e resultados 
negativo para o ASO. 
Um segundo procedimento, foi realizar o teste de VDRL no qual foi feito uma diluição 
de ¼ no qual foi suficiente para identificar a positividade do teste. As amostras são preparadas 
e colocadas em uma lâmina e levadas ao agitador, para, em seguida, serem avaliadas via 
microscópio ótico. 
 
 
 
 
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Figura 29. Teste para positividade para VDRL diluido a 1/8 em lâmina. 
 
Fonte: Próprio autor. 
O VDRL, é um dos testes não treponêmicos utilizados rotineiramente no 
imunodiagnóstico da sífilis, sendo importante a verificação por observação micoscópica para 
confirmação dos resultados. Por apresentar uma reação de floculação e sua sensibilidade variar 
de acordo com o estágio da sífilis, em alguns casos faz-se necessário a diluição seriada do soro. 
Na figura 30, temos os resultados para o teste no qual, mesmo a partir da lâmina da figura 29, é 
possível verificar a formação de flocação na amostra, sendo confirmado posteriormente. 
 
Figura 30. Analise de amostra de soro para VDRL com positividade confirmada. 
 
Fonte: Próprio autor. 
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
 A partir do estágio supervisionado, podemos nos preparar melhor para o mercado de 
trabalho a partir do aprimoramento das habilidades e rotina dentro de um laboratóruio de 
análises clínicas. Considero que a expericncia durante o estágio esta sendo muito válida e 
extremamente enriquecedora. Apesar de apresentar apenas os setores de triagem, uroanálise e 
parasitologia, a quantidade de observações foram bastante satisfatórias dentrop deste modesto 
período. Atualmente estou no setor de bioquímica e após serei encaminhado para a 
microbiologia, acredito que até o início do estágio II (01 de agosto de 2022), uma vez que 
devido ao surto de COVID que retornou à cidade e as férias de funcionários, e tendo o setor de 
bioquímica como o mais prejudicado, acabei ficando mais em um setor que em outro. 
 Em cada setor por qual passei, os técnicos mostraram um empenho em apresentar os 
diferentes elementos em cada observação, tirando todas as dúvidas que poderiam aparecer. 
Apesar do meu contato com a bioquímica esta acontecendo a mais de 5 dias (após a saída da 
uroanálise no dia 10/06/2022) e seu espetacular processo de automatização a partir do 
equipamento Cobas 6000, minha admiração pelo setor de parasitologia e uroanálise estão a 
frente. 
 Acredito que a formação durante a graduação das disciplinas estudadas foram de grande 
importância na realização deste estágio, sendo que o livro de bioquímica clínica, é um exemplo 
do reconhecido valor diante dos conteúdos estudados. Contudo, livros referentes ao sétimo 
semestre não foram possíveis de se adquirir junto a instituição. 
 Quanto ao estágio, o papel da instituição foi um pouco falho, uma vez que os fomos 
encaminhados para os laboratório com mais de 1,5 mês de atraso, o que prejudicou a realização 
das atividades em sua total plenitude. Acredito que o tempo a ser contabilizado para os alunos 
deveria ser a partir do momento que iniciasse o estágio, diante destes contratempos pelo qual a 
instituição acabou por atrasar nossa indicação. 
 Por fim, os setores que não sejam possível de estagiar durante este primeiro momento, 
serão contemplados durante o estãgio supervisionado II, uma vez que continuarei estgiando no 
mesmo local. Durante esse período, meu amadurecimento, tanto profissional quanto pessoal, 
esta sendo extremamente importante para para o desenvolvimento como biomédico. 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
 
 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - CONSULTAS ANVISA, 
Disponível em 
<https://consultas.anvisa.gov.br/api/consulta/produtos/25351122502201659/anexo/T138489
72/nomeArquivo/Instru%C3%A7%C3%A3o%20de%20Uso_MedTeste%20Sangue%20Ocu
lto_.pdf?Authorization=Guest.>. Acessado em 15 de junho de 2022. 
 
BALLÃO, C.M.; COLOMBO, I.M. Histórico e aplicação da legislação de estágio no Brasil. 
Educar em revista. Curitiba, Brasil, 2014. 
 
BRASIL, LEI FEDERAL - ESTÁGIO 11.788, de 25.09.2008; 
 
CALDERANO, M. A. Estágio curricular: concepções, reflexões teórico-práticas e 
proposições. Juiz de Fora: Ed. UFJ, 2012. 
 
FERREIRA, M. U. Parasitologia Contemporânea. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 
 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
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