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GRUPO SER EDUCACIONAL CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA ESTÁGIO SUPERVISIONADO I GUNAR VINGRE DA SILVA MOTA RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I BELEM 2022 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Exempĺos de tubos utilizados para coleta sanguínea que foram utilizados durante o estágio supervisionado….………………………………………………………..…………….11 Figura 2 – Materiais separadas para preparação de amostras para analise direta……………. 12 Figura 3 – Montagem das lâminas para análise direta (solução translúcida) e direta com utilização de lugol (solução de cor ambar)………………………………………………………………………. ….13 Figura 4 – Exame rápido de sangue oculto, utilizando Imunoensaio cromatográfico rápido para a detecção qualitativa de sangue oculto humano em fezes……………………………………………….14 Figura 5 – MedTeste Sangue Oculto é ste imunocromatográfico rápido para a detecção qualitativa de sangue oculto humano em fezes………………………………………………………………………..15 Figura 6 – Cisto de Endolimax nana visto em um exame parasitológico pelo método direto com uso de lugol…………………………………………………………………………………………………….16 Figura 7 – Cisto uninucleadode E. histolytica e Blastocystis hominis são identificados em um mesmo exame……………………………………………………………………………………………………17 Figura 8 – Cistos de Entamoeba coli e Cisto uninucleadode E. histolytica em uma mesma lâmina.………………………………………………………………………………………..17 Figura 9 – Cistos de Giardia lamblia corados com solução de lugol com uamregião linear central mais corada…………………………………………………………………………………………………...18 Figura 10 – Cistos de Giardia lamblia corados com solução de lugol com uamregião linear central mais corada……………………………………………………………………………………………..18 Figura 11 – Ovos de Trichuris trichiura, causador da tricuríase corado com lugol…………..Xx Figura 12 – Exame rápido de teste oculto em fezes…………………………………………...Xx Figura 13 – Tira de teste para análise de urina. Tiras de testes Medi-Test (esquerda) e testes em urina (direita) ……………………………………………………………………………...Xx Figura 14 – Processo de preparação de amostras para serem centrifugadas para pesquisa de elementos presentes na urina…………………………………………………………………..Xx Figura 15 – Células epiteliais registradas em exame de urina, junto com cristais abundantes...Xx Figura 16 – Cristais de tirosina (mais escuro) e de cistina em amostra de urina………………Xx Figura 17 – Presença de fosfato triplo na urina após sedimentação e uso de lugol…………...Xx Figura 18 – Presença de urato amorfo na urina juntamente com fosfato triplo……………….Xx Figura 19 – Cristais de ácido úrico em forma de prisma romboide (esquerda), em forma de roseta, oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide (direita)……………………….Xx Figura 20 – Grande quantidade de piócitos formando aglomerados em exame de urina…….Xx Figura 21 – Presença de Piócitos (leucócitos), células leveduriformes e a presença de muco…Xx SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4 2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO .................................................................. 5 3 OBJETIVOS E PLANO DE ATIVIDADES ....................................................................... 6 4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ..................................................................................... 7 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 8 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 9 ANEXOS - DOCUMENTOS ................................................................................................. 10 Estágio supervisionado I – Biomedicina 4 1 INTRODUÇÃO O conceito de estágio passou por inúmeras mudanças desde que foi citado pela primeira vez em 1080. Era descrito inicialmente como uma simples atividade de acompanhamento prático a um mestre na Idade Média. Hoje o seu conceito se expandiu e é vinculado a uma atividade curricular prática e obrigatória nos cursos dispostos pelas instituições de ensino, e é ainda regulamentado por uma legislação educacional vigente (BALLÃO et al, 2014). No Brasil, o estágio é regido atualmente pela Lei 11.788, sancionada em 25 de setembro de 2008, que prevê uma série de disposições legais acerca das regras de estágio curricular de estudante, que engloba desde sua definição às obrigações de todas as partes envolvidas, como a instituição de ensino representante do aluno, a parte concedente do estágio, o estagiário e as normas de fiscalização (BRASIL, 2008). O estágio sempre foi considerado como o momento onde os alunos colocarão em prática tudo que aprenderem nas aulas teóricas, e serão capaz de correlacionar os diferentes assuntos aprendido durante o curso, ou seja, os estagiários terão a oportunidade de refletir e observar o desenvolvimento do trabalho que os profissionais do curso pretendido executam. Por fim, acreditamos que o papel do estagiário é buscar na prática do estágio a aplicação dos conhecimentos teóricos, técnicos e profissionalizantes no âmbito de sua formação acadêmica (CALDERANO, 2012, p. 28). O estágio supervisionado I em Análises Clínicas é parte integrante do plano de estudos do Curso de Biomedicina e tem como objectivos gerais de promover a integração no meio profissional e o contacto com os outros profissionais dentro do ambiente de trabalho, além de aplicar os conhecimentos adquiridos no curso num contexto real de trabalho; desenvolver a capacidade de trabalho em equipa e, igualmente, de trabalho autónomo; adquirir a capacidade de organização e de execução das atividades diárias de um laboratório; e promover o contacto com os doentes, aplicando princípios éticos e biosegurança. O estágio supervisionado ocorreu no Laboratório Bio-Diagnóstico (LBD), no período compreendido entre Maio e junho de 2022, onde foram realizadas as seguintes atividades: Fase Pré-Analítica; Parasitologia e Urianálise, com algumas atividades de tipagem e de imunologia. O LBD compreendendo as áreas de Hematologia, Imunologia, Bioquímica, Parasitologia, Hormônios e Urinálise. 5 Estágio supervisionado I – Biomedicina 2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO O Laboratório Bio-Diagnóstico foi fundado no ano de 1986, pelo seu atual gestor, Dr. José Henrique Paiva Araújo, e se especializou na realização de exames de análise clínica e patológica. Atualmente, o laboratório conta com três unidades próprias, sua matriz está localizada no centro da cidade de Belém do Pará, cito na Travessa 3 de maio, n°1269 (entre Av. Governador José Malcher e Av. Magalhães Barata); um posto de atendimento clínico e coleta no bairro de Icoaraci, cito na Travessa São Roque n°676; e um posto de coleta, em seu mais novo endereço, no município de Ananindeua, situada no Supermercado Líder BR-316/Km 02, loja 04 (sub-solo). Além de fazer prestação de serviçoes para diferentes localidades do interios do estado. O principal diferencial do laboratório são seus equipamentos avançados de diagnóstico e mão de obra capacitada, afim de garantir excelência e profissionalismo nos serviços laboratoriais. Tendo entre os equipamentos um Maldi Biotyper Sirius da BUNKER, equipamento capaz de identificar bactérias e fungos causadores de infecções em 20 segundos, com 95% de assertividade. Antes, esse prazo era de 24 a 72 horas, com assertividade de 75% e o O cobas® 6000, produzido pela HITACHI e Roche, o qual possibilita a obtenção de um tempo de resposta adequado a cada laboratório, otimização do tempo dos operadores do sistema, fluxos de trabalho controlados, capacidade de processar amostras de urgência, testes reflexo- automáticos,simplificação das manutenções, resultando em pouca intervenção pelo operador. Assim, permite ao laboratório oferecer uma elevada qualidade do serviço prestado aos doentes, mesmo sob grande pressão para respostas rápidas e com qualidade. O laboratório processa mais de 200 amostras por dia, com rapida execução, devido aos equipamentos de análises clínicas. As amostras são coletadas nos pontos de coletas do próprio laboratório e, também, são coletadas de outros laboratório que solicitam os servcições. Também chegam amostras do interior do estado do Pará e todos os resultados são enviados por e-mail, por acesso via web site ou enviadas impressas para as localidades no interior do estado. Todas são identificadas através de etiquetas de código de barras coladas nos tubos e posteriormente registadas no sistema de informática. As amostras são transportadas por Assistentes Operacionais (AO) em malas fechadas próprias. O período de duração do estágio corresponde a 300 h, dendo início em 17 de maio e finalizando em 27 de julho de 2022, com entrada no local do estágio às 13 h e finalizando às 18 h, totalizando cinco horas diárias, como um total de 30 h/semana. Durante aos sábados, foram realizadas algumas coletas no laboratorio de analises clínicas. Até o presente momento, 6 Estágio supervisionado I – Biomedicina serão apresentados apenas os locais pelo os quais passei durante, uma vez que o atraso em iniciar as atividades deu-se por conta da indicação do local a ser indicado pela coordenação de estágio da instituição. Todos os estagiários ficam na triagem e após sçao encaminhados ao setor designado pela preceptora. A preceptora chefe é biomédica e especialista em microbiologia e imunologia Jennyfer Rodrigues, o qual fica responsável por todo o plano de trabalho dos estagiários. No laboratório Bio-Diagnóstico, a coleta é realizada por uma enfermeira nos postos de coleta, meu estágio concentrou-se mais nas atividades laboratóriais na matriz do grupo, sendo realizada algumas coletas. 7 Estágio supervisionado I – Biomedicina 3 OBJETIVOS E PLANO DE ATIVIDADES Os objectivos do presente trabalho são fazer uma apresentação dos locais de estágio, assim como metodologia utilizada nos vários equipamentos e, ainda, o controlo de qualidade interno e a avaliação externa da qualidade. Conhecer os parasitos intestinais e identificar os microorganismos patogênicos nas secreções fecais, além de avaliar se existe ou não a presença de sangue oculto, quando solicitado nos exames. Apresentar os resultados de bioquímica e imunologia os quais tive contato. 3.1. Triagem Receber os diferentes tipos de amostras e separar para envio a cada setor. 3.2. Coleta identificar os procedimentos e as técnicas para a identificação, coleta, preparo, armazenamento e transporte de amostra de sangue; 3.3. Urianálise Analisadas as características gerais da urina, como volume, cheiro e coloração. Além de pesquisar elementos anormais e exame de sendimentoscopia no exame miscroscópico de urina. 3.4 Parasitologia realização de exames parasitológicos de fezes para o diagnóstico de enteroparasitoses; conhecer helmintos, protozoários e suas morfologias. 3.5 Bioquímica 3.6. Imunologia O objetivo específico: 1) Realizar a triagem do material e encaminhas para os diferentes setores; 2) Realizar coleta sanguínea; 3) No setor de parasitologia conhecer os métodos utilizados e diagnosticas os parasitos intestinais que foram observados; 4) Pesquisa de sangue oculto nas fezes; 5) Realizar e preparar amostras de urina a fim de se identificar os diferentes tipos de 8 Estágio supervisionado I – Biomedicina cristais presente na amostra. 6) Apresentar outros testes que foram realizados além das atividades corriqueiras; 7) Utilizar equipamento para analise bioquímica e preparação de amostras; 8) realizar exames de imunologia. 9 Estágio supervisionado I – Biomedicina 3.4. Plano de atividade Tabela 1. Plano de trabalho de triagem do estágio supervisionado. Atividade Período Metodologias Utilização de EPIs 17/05 - 10/06 uso de touca, jaleco, sapato fechado, luvas e óculos de proteção Triagem das amostras 17/05 - 10/06 Separar todas as amostras que chegam para análise por tipo de amostra (sangue, urina e fezes) Identificação 17/05 - 10/06 Organizar por nome de laboratório, ou localidade ou, até mesmo, por solicitante Encaminhamento 17/05 - 10/06 Deixar cada amostra com o tecnico responsável pela análise Tabela 2. Plano de trabalho de coleta do estágio supervisionado realizado somente aos sábados. Atividade Período Metodologias Utilização de EPIs 18/06 – 25/06 – 02/07 – 09/07 – 16/07 – 23/07 uso de touca, jaleco, sapato fechado, luvas e óculos de proteção Coleta sanguínea 18/06 – 25/06 – 02/07 – 09/07 – 16/07 – 23/07 Realização de acompanhamento ou coleta sanguínea sob supervisão. Identificação 18/06 – 25/06 – 02/07 – 09/07 – 16/07 – 23/07 identificar por nome de laboratório, ou localidade ou, até mesmo, por solicitante. Encaminhamento 18/06 – 25/06 – 02/07 – 09/07 – 16/07 – 23/07 Deixar cada amostra com o tecnico responsável pela análise Tabela 3. Plano de trabalho de Urianálise do estágio supervisionado. Atividade Período Metodologias Utilização de EPIs 30/05 - 10/06 uso de touca, jaleco, sapato fechado, luvas e óculos de proteção Preparação das amostras 30/05 - 10/06 Colocar as amostras de urinas em um tubo de ensaio Exame físico 30/05 - 10/06 Observar a cor, volume e aspecto da urina 10 Estágio supervisionado I – Biomedicina Exame químico 30/05 - 10/06 Tira reagente para determinação semiquantitativa de 10 parâmetros em urina: glicose, bilirrubina, cetona, densidade, sangue, pH, proteína, urobilinogênio, nitrito e leucócitos Exame microscópico 30/05 - 10/06 identificar padrões relacionados à presença de leucócitos, hemácias, células epiteliais, cilindros, filamentos de muco, cristais, sais amorfos, leveduras, espermatozoides, parasitas e bactérias. Tabela 4. Plano de trabalho de Parasitologia do estágio supervisionado. Atividade Período Metodologias Utilização de EPIs 17/05 - 27/05 uso de touca, jaleco, sapato fechado, luvas e óculos de proteção Método direto; 17/05 - 27/05 Uso de lugol e soro fisiológico Identificação 17/05 - 27/05 Observação em microscópio óptico a presença de parasitos intestinais Pesquisa de sangue oculto 17/05 - 27/05 avalia a presença de pequenas quantidades de sangue nas fezes, que podem não ser visíveis a olho nu. Tabela 5. Plano de trabalho de bioquímica do estágio supervisionado. Atividade Período Metodologias Utilização de EPIs 13/06 - 01/07 uso de touca, jaleco, sapato fechado, luvas e óculos de proteção Preparação da amostra 13/06 - 01/07 Uso de lugol e soro fisiológico Etiquetagem das amostras 13/06 - 01/07 Observação em microscópio óptico a presença de parasitos intestinais Utilização do equipamento COBAS 6000 13/06 - 01/07 avalia a presença de pequenas quantidades de sangue nas fezes, que podem não ser visíveis a olho nu. 11 Estágio supervisionado I – Biomedicina Tabela 6. Plano de trabalho de imunologia do estágio supervisionado. Atividade Período Metodologias Utilização de EPIs 04/07 - 27/07 uso de touca, jaleco, sapato fechado, luvas e óculos de proteção preparações antigênicas 04/07 - 27/07 Uso de lugol e soro fisiológico Separação das amostras 04/07 - 27/07 Separação do sangue de acordo com sua utilização (sangue totalou soro) Pesquisa de antígenos, anticorpos e imunoflorescência 04/07 - 27/07 Exames e técnicas laboratoriais para a detecção de anticorpos ou antígenos Estágio supervisionado I – Biomedicina 12 4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 4.1. A triageme coleta No processo de triagem, as materiais que chegam dos laboratório da cidade de Belém e dos municípios vizinhos são separados em três grandes grupos: Fezes, urina e sangue. As fezes são separadas em exames parasitológicos e de sangue oculto; a urina é colocadas em frascos para exames físicos, químicos e de sedimento. O sangue é separado conforme a cor de cada tampa, ou seja: 1) tubos de tampa vermelha são enviados para exames de sorologia e bioquímica, podem estar com o sem um ativador de coágulo e sem gel separado; 2) tudos de tampa amarela são enviados para exames de bioquímica, sorológicose de imunologia, apresentam um ativador de coágulo e um gel separador; 3) tubo de tampa lilás apresenta em seu interior EDTA (ácido etilenodiamino tetra- acético) e são enviados para se realizar homogramas e contagem de plaquetas; 4) tubo de tampa azul apresenta o citrato de sódio que é um anticoagulante utilizado para obtenção de plasma para provas de coagulação; 5) tubos com tampas cinza apresenta anticoagulante e um estabilizador em diferentes versões: EDTA + Fluoreto de Sódio, Oxalato de Potássio + Fluoreto de Sódio, Heparina Sódica + Fluoreto de Sódio, Heparina Lítica + Iodoacetato. 6) tubo de tampa amarela são utilizadas para testes de tipagem sanguínea ou preservação celular. 7) tubo de tampa verde apresentam as paredes internas são revestidas com Heparina, com estabilidade por até 48 horas. Utilizados para testes bioquímicos. 8) um tubo de transporte é utilizado quando se faz coleta em pacientes que não podem ir ate o posto de coleta. Após a separação, todas as amostras são etiquetadas de acordo com a solicitação do médico e encaminhada para as estações de trabalho. Após a etiquetação, deve-se fazer uma nova conferencia, mas desta vez, entre a etiqueta gerada e a solicitação médica. Estágio supervisionado I – Biomedicina 13 Figura 1. Exempĺos de tubos utilizados para coleta sanguínea que foram utilizados durante o estágio supervisionado. Fonte: Próprio autor. É mostrado a mesa com alguns tubos que são utilizados pelos postos de coletas (a), alguns tubos utilizados e que são separados de acordo com a bancada de analálises clínica (b, c e f), tubos de transportes (e), e amostras que chegam do interio do estado para serem analisadas (d). A separação das fezes é feita a partir da determinação de sangue oculto e exame parasitário, e por fim a urina é feira a coleta de cada amostra e colocada em tubo de ensaio para análise física, química e de sedimentação. 4.2. Parasitologia No setor de parasitologia as amostras são recolhidas e analisadas por solicitante. Todas as amostras vem dos laboratório da região metropolitana e do interior do estado (figura 2). As amostras podem vir a partir de coleta direta, para pesquisa de sangue oculto ou com líquidos conservantes (MIF (mertiolato iodeto formalina). As amostras que são analisadas por método direto ou a fresco com uso direto de lugol: trata-se de um exame qualitativo, o qual se realiza a observação direta de pequena quantidade da amostra fecal no microscópio óptico sem qualquer método de enriquecimento. Fezes preservadas são úteis para a detenção de cistos de protozoários e de ovos e larvas de helmintos, mas a pesquisa de trofozoítos deve ser feita, pelo método direto, com fezes frescas, não preservadas. Figura 2. Materiais separadas para preparação de amostras para analise direta. Estágio supervisionado I – Biomedicina 14 Fonte: Próprio autor. 4.2.1. Exame Direto a Fresco O exame Direto a Fresco é um procedimento simples e eficiente para o estudo das fezes, permitindo o diagnóstico dos protozoários (trofozoítas e cistos) e dos helmintos (ovos, larvas e pequenos adultos). As preparações a fresco são obtidas diretamente da amostra biológica (fezes) e requer o mínimo de material 2 miligrama (mg) para cada método de exame. No exame a fresco, coloca-se uma gota de soro fisiológico (salina) sobre uma lâmina e dilui com um palito, uma pequena porção de fezes, de modo que fique homogêneo e transparente (FERREIRA, 2012). A analise deve ser examinada através da objetiva do microscópio de pequeno aumento (10x) e com pequena intensidade de luz, a confirmação dos parasitas deve ser realizado com a objetiva de grande aumento (40x). 4.2.1. - Exame Direto com uso de lugol No exame direto sob coloração de Lugol, o exame é preparado de modo semelhante ao anterior substituindo-se o soro fisiológico pela solução de Lugol, cobrindo-se com uma lamínula examinando a amostra biológica através de microscópio óptico, os esfregaços deveram ser sistemática e completamente examinadas através da objetiva do microscópio de pequeno aumento (10x) e com pequena intensidade de luz, a confirmação dos parasitas deve ser realizado com a objetiva de grande aumento (40x), sendo confeccionadas três lâminas para análise (FERREIRA, 2012). Durante a preparação das amostras, utilizarou-se em uma mesma lâmina a solução de soro fisiológico e de lugol. Na figura 3 mostramos a esquerda a preparação de lâminas com soro fisiológico (parte superior da lâmina) e com a solução em lugol (parte inferior da lâmina). Após colocarmos a soluções sobre a lâmina, coletamos uma pequena porção de fezes e misturamos com as soluções, para em seguida utilizar uma lamínula sobre cada amostra (figura 3, imagem à direita). Em seguida, todas as amostras são analisadas em miscroscópio óptico. Figura 3. Montagem das lâminas para análise direta (solução translúcida) e direta com utilização de lugol Estágio supervisionado I – Biomedicina 15 (solução de cor ambar). Fonte: Próprio autor. 4.2.3. Exame parasitológico com o uso de conservante (MIF - mercúrio, iodo e formol) Ate o presente momento, o método de conservante que mais foi analisado no laboratório, foi o método de conservação utilizando mercúrio, iodo e formol (MIF). As amostras são conservar à temperatura entre 15-30°C até a realização dos exames e são enviadas para o laboratório no mesmo dia de sua entrega. Sempre tomando cuidado para evitar a exposição da solução à luz solar direta e qualquer outra fonte de calor ou ignição. Neste tipo de exame, a solução conservante deve cobrir a amostra completamente, portanto, não colocar a amostra em excesso no interior do coletor. Após o início das coletas, manter o coletor fechado e em geladeira; devendo seguir as orientações do médico. 4.2.4. Pesquisa de Sangue oculto Neste tipo de exame, vamos avaliar a partir de testes rápido se há a pressão de sangue oculto nas fezes, uma vez que indica possíveis sangramento no trato digestivo que, por sua vez, pode ser sinal de colite, úlceras e, em casos mais graves, câncer de colorretal. Este tipo de exame é importante, uma vez que no Brasil, o câncer no cólon e no reto é o 3º tipo de câncer mais comum em homens e o 2º em mulheres. Quando diagnosticado no início, as chances de sucesso no tratamento aumentam para cerca de 90%. Este exame, funciona como uma espécie de “triagem”, para verificar se é realmente necessária a colonoscopia, para investigar eventuais problemas que podem estar relacionados à presença de sangue nas fezes. Estágio supervisionado I – Biomedicina 16 Figura 4. Exame rápido de sangue oculto, utilizando Imunoensaio cromatográfico rápido para a detecção qualitativa de sangue oculto humano em fezes. Fonte: Próprio autor. O MedTeste Sangue Oculto (figura 4) é um teste imunológico cromatográfico rápido para a detecção qualitativa de baixos níveis de sangue humano oculto em fezes. O teste utiliza o ensaio duplo de anticorpos em sanduíche para detectar seletivamente o sangue oculto nas fezes em concentrações de 50 ng/ml ou superior, ou 6 μg/g de fezes.Além disso, diferente dos testes baseados no Guáiaco, a precisão do teste não é afetada pela dieta dos pacientes (ANVISA, 2022) Na figura 5. são mostrados os procedimentos para se fazer ananalise de sangue oculto, onde se o aplicador do coletor de amostras é inserido aleatoriamente sobre a amostra fecal em pelo menos 3 pontos diferentes. Em seguida é colocado no tubo coletor e agite vigorosamente o tubo para misturar a amostra ao tampão de extração. Após dois minutos, invertemos o tubo e transfira 2 gotas inteiras da amostra extraída (aproximadamente 80μL) para a área da amostra (S) no cassete de teste e inicie o temporizador. No processo de interpretação dos resultado, temos as seguinte situações: 1) POSITIVO: Duas linhas aparecem. Uma linha colorida deverá aparecer na região da linha de controle (C) e outra linha colorida deve aparecer na região da linha de teste (T); 2) NEGATIVO: Uma linha colorida aparece na região da linha de controle (C). Nenhuma linha aparece na região da linha de teste (T); e INVÁLIDO: A linha de controle não aparece. Repasse o procedimento e repita o teste com um novo teste. Estágio supervisionado I – Biomedicina 17 Figure 5. MedTeste Sangue Oculto é ste imunocromatográfico rápido para a detecção qualitativa de sangue oculto humano em fezes. Fonte: Consultas Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2022. 4.2.5. Análise Bioquímica Nos testes bioquímicos iremos investigar o funcionamento metabólico do organismo e medir quimicamente possíveis alterações. Os principais exames realizados pelo equipamento COBAS 6000 estão relacionados aos níveis de glicose, colesterol, triglicerídeos, proteínas, enzimas, uréia e função hepática. Os exames de dosagem hormonais, também, são eralizados com o equipamento, como paraas dosagens de PSA (Antígeno Prostático Específico) e TSH (Hormônio Estimulador da Tireóide). Para garantir a qualidade e a integridade dos resultados dos exames, é utilizado o controle de qualidade recomendado para o uso do equipamento COBAS 6000. Vale reassaltar que existe apenas 2 equipamentos do tipo na cidade de Belém do Pará. Figura 6. Equipamento COBAS 6000 utilizado para análises bioquímicas. Fonte: Próprio autor. O sistemas informatizado para utilização conta com um ambiente integrado para indicação dos exames a serem realizados. Todos os resultados são enviados para um computador e avaliados pelo chefe Estágio supervisionado I – Biomedicina 18 do laboratório. O ambiente integrado pode ser personalizado e apresenta duas abas principais para a analise, uma para bioquímica e outra para imuno/hormônio. Figura 7. Ambiente integrado do COBAS 6000. A esquerda temos as opções para testes bioquímicos e a direta testes de homônios. Fonte: Próprio autor. 4.2.5. Análise Imunologia Neste setor, realizamos os testes sorológicos a fim de identificar doenças relacionadas a alterações na imunidade e respostas contra infecções. Utilizamos técnicas de soroaglutinação e imunofluorescência. Neste setor foram realizados, pricipalmente testes de tipagem sanguínea, Anti- Estreptolisin (ASO), Proteína-C reativa (PCR), fator reumatóide e VDRL. Figura 8. Material utilizado para avaliação e acompanhamento de doenças inflamatórias e infecciosas. Fonte: Próprio autor. 4.3. INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO. PARASITOLOGIA 4.3.1. Parasitologia Durante o estágio supervisionado, até o presente momento, foram identificados alguma elementos no exames de fezes, os quais serão apresentados. Endolimax nana: Os cistos medem de 5 a 12µm de tamanho. Quando corados pela solução de lugol são ovais ou esféricos, com citoplasma apresentando coloração verde-clara. Contém quatro núcleos pouco visíveis, em virtude de seu pequeno tamanho. Nas preparações coradas (hematoxilina férrica, Estágio supervisionado I – Biomedicina 19 tricrômico), o cariossoma é grande e irregular, membrana nuclear fina e ausência de cromatina periférica na membrana nuclear. No citoplasma às vezes poidem ser vistos corpos cromatóides pequenos e ovóides. Figura 9. Cisto de Endolimax nana visto em um exame parasitológico pelo método direto com uso de lugol. Fonte: Próprio autor. Cisto uninucleadode E. histolytica: Os cistos são esféricos e raramente ovais, medindo de 10 a 20µm de diâmetro (média de 12 µm). Apresentam um a quatro núcleos com cariossoma pequeno e central, ocasionalmente excêntrico.A membrana nuclear é revestida de grânulos cromáticos distribuídos de forma regular. Inicialmente, os cistos apresentam um núcleo grande, situando-se perto da margem do cisto, deslocado por um vacúolo de glicogênio. Os corpos cromatóides podem estar presentes no citoplasma em forma de bastonetes com as extremidades arredondadas. Podemos observar que na coloração pela solução de lugol, temos o vacúolo de glicogênio corado em castanho-avermelhado. Blastocystis hominis: é um protozoário pleomórfico, apresentando quatro formas morfológicas: vacuolar, granular, amebóide e cística. A forma vacuolar é esférica, às vezes com aspecto irregular, caracterizada por um grande vacúolo central (corpo central) que é ligeiramente refringente, com citoplasma deslocado para a periferia, contendo alguns grânulos e com um a quatro núcleos. O tamanho médio da forma vacuolar é de 4 a 15 µm de diâmetro, mas pode variar de 2 a 200 µm de diâmetro. Estágio supervisionado I – Biomedicina 20 Figura 10. Cisto uninucleadode E. histolytica e Blastocystis hominis são identificados em um mesmo exame. Fonte: Própriop autor. Cistos de Entamoeba coli: Os cistos são esféricos, raramente ovais, medindo de 10 a 35µm de tamanho. Apresentam um a oito núcleos com cariossoma grande e excêntrico; a parede cística é espessa. Corado pela solução de lugol, o citoplasma tem tonalidade amarelo-ouro. Tanto os cistos quanto os trofozoítos podem ser encontrados nas fezes, sendo que os primeiros, conforme o grau de desenvolvimento, à medida que o número de núcleos aumenta, o diâmetro nuclear e a quantidade de cromatina do cisto reduzem. É uma ameba comensal, ou seja, não causa doenças. Na figura 8 temos a esquerda imagem fotografada da lente do microscópio e a direita uma imagem ampliada da região onde elas se encontram. Figura 11. Cistos de Entamoeba coli e Cisto uninucleadode E. histolytica em uma mesma lâmina. Fonte: Próprio autor. Cistos de Giardia lamblia: Os cistos medem de 8-20 µm de comprimento por 7-10 µm de largura, são ovais ou elipsóides, e às vezes, esféricos, com membrana fina. No seu interior encontram-se Estágio supervisionado I – Biomedicina 21 dois ou quatro núcleos situados próximos aos pólos, axonemas, um número variável de fibrilas e corpos escuros em forma de meia-lua. Os cistos, quando corados, podem apresentar uma nítida retração do citoplasma (a membrana fica destacada do citoplasma). Quando corados pela solução de lugol, os cistos podem apresentar citoplasma com coloração esverdeada, pardo-esverdeada (azeitona), castanho– amarelado e com uma região linear central mais corada. Figura 12. Cistos de Giardia lamblia corados com solução de lugol com uamregião linear central mais corada. Fonte: Próprio autor. Esteatorréia: é considerada um estado ou sintoma caracterizado pela presença de lipídios em quantidade excessiva nas fezes, associada há uma descoloração, aumento de volume e odor fétido também presente nas fezes. Entre os parasitas mais frequentemente observados que possuem eficiência na capacidade de causar tal patogenia, destacam-se os helmintos da família Ancylostomidae (Ancylostoma duodenale e Necator americanus), Ascaris lumbricoides e o Strongyloides stercoralis, além principalmente do protozoário Giardia lamblia. Figura 13. Quantidade excessiva nas fezes conhecida como Esteatorréia.Fonte: Próprio autor. Ovos de Trichuris trichiura: Os ovos de Trichuris trichiura apresentam aspecto típico de bandeja Estágio supervisionado I – Biomedicina 22 ou de um pequeno barril, com saliências mucóide e transparente nas duas extremidades; possuem dupla membrana que envolve a massa de células germinativas. Os ovos ingeridos eclodem e entram nas criptas do intestino delgado como larvas. Após amadurecerem por 1 a 3 meses, os vermes migram para o ceco subindo até o cólon, no qual se unem à mucosa superficial, se acasalam e colocam ovos. Figura 14. Ovos de Trichuris trichiura, causador da tricuríase corado com lugol. Fonte: Próprio autor. O teste de sangue oculto: Foi realizado a partir de testes rápidos, para a confirmação de presença de sangue nas fezes. Nos testes realizados durante o estágio, não foi possível observar a olho nu a presença de sangue nas fezes, sendo necessario a avaliação por métodos reagentes. Figura 15. Exame rápido de teste oculto em fezes. Fonte: Próprio autor. 4.4. Urianálise Estágio supervisionado I – Biomedicina 23 Os rins desempenham importante papel na excreção de várias substâncias assim como na manutenção da pressão osmótica do plasma tendo como produto final a formação da urina que é constituída por água, compostos inorgânicos (sódio, potássio, fosfatos, amônia e outros) e orgânicos (ureia, ácido úrico, creatinina) provenientes da alimentação e do metabolismo orgânico (ANDRADE et al, 2010). O sistema urinário tem como principal função eliminar os produtos finais (resíduos) do metabolismo, principalmente ur eia, creatinina e ácido úrico, recolhidos da corrente sanguínea e excretados em forma de urina. É responsável também pelo controle do equilíbrio hídrico e pela remoção de resíduos tóxicos ou drogas induzidas pelo corpo. Esse sistema consiste de rins, ureteres, uretra e bexiga (GONÇALVES et al, 2015). A urinálise se mantém como parte integrante do exame do paciente e isso se deve a duas características, as quais podem explicar a persistência dessa popularidade: a amostra de urina é de obtenção rápida e coleta fácil e a urina fornece informações sobre as principais funções metabólicas do organismo, por meio de exames laboratoriais simples. 4.4.1. Exame físico Analise macroscópica para determinar o volume, a coloração, o aspecto (turvação) e a densidade. A análise da cor e do aspecto é percebida através da inspeção. A cor padrão normal da urina é amarela, podendo atingir variações de tonalidades de pálida a âmbar. Diversas colorações podem ser vistas de acordo com alterações na urina, como: cor rósea, vermelha ou castanha, devido à presença de eritrócitos, hemoglobina ou mioglobina; cor acastanhada pela presença de bilirrubinas, carotenos; marrom escuro com presença de porfirina, melanina e coloração de alimentos. Quanto ao aspecto, a urina pode ser classificada em límpida, ligeiramente turva ou turva, devido à precipitação de fosfatos amorfos (urina alcalina), precipitação de uratos amorfos (urina ácida) ou pela presença de bactérias, leucócitos ou eritrócitos. Podendo também ser classificada em urina leitosa (quilúria), que ocorre em situações de oclusão dos vasos linfáticos pélvicos. 4.4.2. Exame químico com a utilização de tiras de testes Nesta prática, mergulha-se a tira de teste em uma amostra de urina homogeneizada, retiramos o excesso de urina e, à medida que se espera o tempo especificado para que ocorra a reação e comparar a cor da tira com a tabela de cores no pote. As tiras teste são uma determinação semiquantitativa de doze parâmetros na urina, são eles: 1. Ácido Ascórbico: Este teste envolve a descolorização do reagente de Tillmann. A presença do ácido ascórbico causa a mudança da área de cor do teste azul-verde para laranja. A presença do ácido ascórbico causa a mudança da área de cor do teste de azul-verde para laranja. 2. Glicose: Este teste é baseado na reação enzimática que ocorre entre glicose oxidase, peroxidase e cromogênio. Quantias baixas de glicose são Estágio supervisionado I – Biomedicina 24 normalmente excretados na urina. As concentrações de glicose menores que 100 m g/dl, lidos em 10 ou 30 segundos, podem ser considerados anormais se os resultados são consistentes. 3. Bilirrubina: Na urina normal, nenhuma bilirrubina é detectável mesmo sendo utilizados os métodos mais sensíveis. Até quantias de traços de bilirrubina exigem investigação adicional. Resultados atípicos (cores diferentes daquelas mostradas nos blocos de cor negativa ou positiva junto ao gráfico de cores) pode indicar que a billirrubina derivada dos pigmentos da bílis estão presentes na amostra de urina e estão possivelmente, mascarando a reação da bilirrubina. 4. Quetone: Este teste é baseado na reação das quetonas com nitropussida e ácido acetoacético que produz uma mudança na cor variando de rosa claro para resultados negativos e uma cor rosa escuro ou vermelho para resultados positivos. As quetonas normalmente não estão presentes na urina. Os níveis detectáveis da quetona podem 5. ocorrer na urina durante stress fisiológico, jejum, gravidez e exercício físico em demasia. Em dietas com restrição de alimentos ou em outras situações de metabolismo de carboidrato anormais, as quetonas aparecem na urina em concentração excessivamente alta antes da elevação do soro da quetonas. 6. Densidade Específica: Determina a gravidade de urina específica entre 1,000 e 1,030. 7. Sangue: Este teste é baseado na atividade da peroxidase da hemoglobina que cataliza a reação da cumene-hidroperoxida e 3,3',5,5' de tetrametilbenzidina. A cor resultante var ia de laranja até verde para azul escuro. Quaisquer áreas verdes ou desenvolvimento da cor verde na área do reagente dentro de 60 segundos é significante e a amostra de urina deverá ser examinada a parte. 8. pH: Este teste é baseado no sistema duplo de indicação que dá um largo alcance de cores que cobrem o alcance de pH urinário por inteiro. As cores mudam de laranja para amarelo e verde para azul. O alcance esperado em amostras de urina de r ecém-nascidos é um pH de 5 a 7. O alcance esperado em amostras de urina normal é pH de 4,5 a 8, com um resultado médio de pH é 6. 9. Proteína: Esta reação é baseada em um fenômeno conhecido como “erro proteíco” de indicadores de pH onde um indicador que está altamente cheia de solução-tampão mudará de cor na presença de proteínas (ânions) como o indicador que libera íons de para a proteína. Em um pH constante, o desenvolvimento de qualquer cor verde é devido à presença da Estágio supervisionado I – Biomedicina 25 proteína. 10. Urobilinogênio: Este teste é baseado em uma reação de Enhrlich modificada entre p-dietilaminobenzaldeído e ácido urobobilinogênio em ácido fortemente médio que produz um a cor rosa. O Urobilinogênioé um dos maiores combinações produzidas em hemesíntese e é uma substância normal na urina. 11. Nitrito: Este teste depende da conversão de nitrato para nitrite pela ação da bactéria negativa de Gram na urina. Em um ácido médio, o nitrito na urina reage com ácido p-arsanílico para formar um composto diazônico. Os composto diazônio forma um par com o 1N-(1-naptil)-etilenediamine para produzir uma cor rosa. 12. Leucócitos: Este teste revela a presença de granulócito esterases. Um esterases parte de um pirazole derivado de um aminoácido para liberar hidroxi prirazole derivado. Este pirazole então reage com o sal diazônio que produz uma cor bege-rosa para vermelho. Figura 16. Tira de teste para análise de urina. Tiras de testes Medi-Test (https://www.medicalexpo.com/) (esquerda) e testes em urina (direita) Fonte: Tiras de testes Medi-Test (esquerda) e próprio autor (direita). 4.4.3. Exame microscópico A sedimentoscopia possui a finalidade de identificar e, ocasionalmente, quantificar vários https://www.medicalexpo.com/ Estágio supervisionado I – Biomedicina 26 componentes figurados, como: leucócitos, hemácias, células epiteliais, bactérias, cilindros, cristais e fungos. Além disso, é um processo de grande demanda que necessita de atividade laboratorial manual acentuada, é pouco uniforme e acarreta um maior custo aos laboratórios porque é fundamental a presença de mão de obra qualificada para se alcançarem resultados confiáveis. 4.4.3.1. Cristais normais de urina ácida 1. Ácido Úrico - Os cristais de ácido úrico são normais de urina ácida e possuem diversas formas, Eventualmente, podem apresentar seis faces, sendo est a forma confundida com cistina (os cristais de cistina são incolores). A presença desses cristais não exibe importância clínica, visto que pode ser de ocorrência natural do organismo. Porém, dentre as condições patológicas nas quais esses cr istais são encontrados na ur ina incluem o elevado metabolismo de purina, síndrome de Lesch-Nyhan, nefrite crônica, condições febris agudas, gota, em pacientes com leucemia que recebem 2. quimioterapia. 3. Cristais de oxalato de cálcio - Os cristais de oxalato de cálcio são normais de urina ácida. Patologias: A presença desses cristais não exibe importância clínica, visto que pode ser de ocorrência natural do organismo, principalmente depois da ingestão de alimentos ricos em oxalato, como tomate, laranjaealho. Dentre algumas situações patológicas em que esses cristais podem se apresentar em grandes quantidades incluem diabetes mellitus, doença renal crônica grave, doença hepática e intoxicação por etilenoglicol. 4. Cristais de urato amorfo - Os cristais de urato amorfo são normais de urina ácida e seapresentam como grânulos castanho-amarelados. Eles podem ser exibidos em grumos e podem parecer com cilindros granulosos. São visualizados geralmente em amostras que tenham sido refrigeradas e formam um sedimento rosa característico. A presença desses cristais não exibe importância clínica, visto que pode ser de ocorrência natural do organismo. 5. Cristais d e urato de sódio - Os cristais de urato de sódiosão normais de urina ácidae se apresentamcomo formas cristalinas ou amorfas. São vistos como agulhas amareladas ou incolores, ou prismas delgados ou organizados em feixes ou agrupamentos(forma de roseta). A presença desses cristais não exibe importância clínica, visto que pode ser de ocorrência natural do organismo. Estágio supervisionado I – Biomedicina 27 4.4.3.2. Cristais normais de urina alcalina 1. Cristais de biurato de amônio - Os cristais debiurato de amônio são normais de urina alcalina e apresentam formas esféricas com a presença de espículas irregulares (representado como “maçã espinhosa”) e possuem coloraçãocastanho-amarelado. A presença desses cristais não exibe importância clínica, mas quase sempre são encontrados em amostras não recentes e podem ser r elacionados com a existência de amônia gerada por 2. bactérias que metabolizam a ureia. 3. Cristais de carbonato de cálcio - Os cristais de carbonato de cálcio são normais de urina alcalina. São pequenos, incolores e apresentam forma esférica ou em haltere. Esses cristais podem se acumular, o que os torna parecido com material amorfo, porém são diferenciados pela formação de dióxido de carbono gasoso quando é adicionado ácido acético. A presença desses cristais não exibe importância clínica. 4. Cristais d e fosfato amorfo - Os cristais de fosfato amorfo são normais de urina alcalina e possuem aparência granulosa, semelhante aos uratos amorfos. São incolores ou escuroseconstantemente encontrados na urina em uma configuração amorfa e não cristalina. A presença desses cristais não exibe importância clínica. 5. Cristais de fosfato de cálcio - Os cristais de fosfato de cálciosão normais de urina alcalina epossuem conformação de prismas longos, incolores e quepodem apresentar uma extremidade delgada. A presença desses cristais não exibe importância clínica, apesar de o fosfato de cálcio ser um constituinte comum de cálculos renais. 6. Cristais de fostato triplo - Os cristais de fosfato triplo são normais de urina alcalinae se apresentamna forma de prisma, que recorda uma “tampa de caixão”. A presença desses cristais não exibe importância clínica, porém são observados em urinas que possuem bactérias que metabolizam a ureia. Além disso, dentre as condições patológicas nas quais podem ser encontrados incluem pielonefrite crônica, cistite crônica, hiperplasia da próstata, além de casos quando a urina é retida na bexiga. As amostras são centrifugadas em tubo cônico uma quantidade de urina, geralmente estipulada entre 10 e 15mL, durante 5 minutos com 450 rpm. Após a centrifugação, deve restar no tubo um a quantidade uniforme de urina (geralmente 0,5 ou 1,0 ml) a ser usada para nova suspensão do sedimento, desprezando o sobrenadante. Coloca-se uma gota de sedimento da ressuspensão numa lâmina de microscópio e observar ao microscópio com a objetiva de 10x e posteriormente com a 40x. Estágio supervisionado I – Biomedicina 28 Figura 17. Processo de preparação de amostras para serem centrifugadas para pesquisa de elementos presentes na urina. Fonte: Próprio autor. 4.4. INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO. URIANÁLISE Durante o estágio supervisionado, até o presente momento, foram identificados alguma elementosno exames de urina, os quais serão apresentados. Células epiteliais: São registradas como raras, poucas, muitas e a grupadas, não em números reais por campo de grande aumento. Das células epiteliais, as mais importantes são as dos túbulos renais porque, quando sua quantidade é grande, há indício de necrose tubular, são im portantes na rejeição do enxerto renal. Sua presença traduz a existência de doenças c ausadoras de lesão tubular, entre as qu ais pielonefrite, reações tóxicas, infecções virais, rejeição de transplante e efeitos secundários da glomerulonefrite (STRASINGER, 2000 - STRASINGER, S usan King. Urinálise e flu idos biológicos . 3.ed. São P aulo: Premier, 2000.). Estágio supervisionado I – Biomedicina 29 Figura 18. Células epiteliais registradas em exame de urina, junto com cristais abundantes. Fonte: Próprio autor. Cristais de cistina: Os cristais de cistina são refringentes, incolores, hexagonais, com bordas iguais ou desiguais. Podem ser exibidos isoladamente, sobrepostos ou em agrupamentos. Geralmente apresentam aspecto em camadas ou laminado. Os cristais de cistina são encontrados na urina de pessoas que herdam um distúrbio metabólico que impede a reabsorção de cistina pelos túbulos renais (cistinúria). Além disso, as pessoas que possuem cistinúria possuem tendência a formar cálculos renais, principalmente em idade precoce Cristais de tirosina: Os cristais de tirosina são observados como finas agulhas refringentes, delgadas, que se organizam em agrupamentos ou feixes. Frequentemente os agrupamentos são vistos na coloração negra, principalmente no centro, todavia podem exibir coloração amarela quando há presença de bilirrubina. Geralmente são observados em conjunto com cristais de leucina, em amostras com resultado positivo em testes químicos para a bilirrubina. Os cristais de tirosina estão presentes em disfunção hepática grave e são encontrados também em doenças hereditárias do metabolismo de aminoácidos, principalmente a tirosinemia Estágio supervisionado I – Biomedicina 30 Figura 19. Cristais de tirosina (mais escuro) e de cistina em amostra de urina. Fonte: Próprio autor. Cristais de fostato triplo: Os cristais de fosfato triplo são normais de urina alcalina e se apresentam na forma de prisma, que recorda uma “tampa de caixão”, possuem de três a seis lados, que geralmente contém extremidades oblíquas. São também incolores e birrefringentes sob luz polarizada e podem se precipitar em forma de samambaia ou pena. A presença desses cristais não exibe importância clínica, porém são observados em urinas que possuem bactérias que metabolizam a ureia. Além disso, dentre as condições patológicas nas quais podem ser encontrados incluem pielonefrite crônica, cistite crônica, hiperplasia da próstata, além de casos quando a urina é retida na bexiga. Figura 20. Presença de fosfato triplo na urina após sedimentação e uso de lugol. Fonte: Próprio autor. Cristais de urato amorfo: Os cristais de urato amorfo são normais de urina ácida e se apresentam como grânulos castanho-amarelados. Eles podem ser exibidos em grumos e podem parecer com cilindros granulosos. São visualizados geralmente em amostras que tenham sido refrigeradas e formam um sedimento rosa característico. A presença desses Estágio supervisionado I – Biomedicina 31 cristais não exibe importância clínica, visto que pode ser de ocorrência natural do organismo. Figura 21. Presença de urato amorfo na urina juntamente com fosfato triplo. Fonte: próprio autor. Cristais de ácido úrico: Os cristais de ácido úrico são normais de urina ácida e possuem diversas formas, mas as mais proeminentes são de prisma romboide, losango (plana com quatro lados), oval com extremidade pontiaguda (forma de limão), e em roseta, que compõe os cristais agrupados. Eventualmente, podem apresentar seis faces, sendo esta forma confundida com cistina (os cristais de cistina são incolores). Geralmente, os cristais de ácido úrico apresentam coloração amarela ou castanho-avermelhada e essa variação de cor depende da espessura que o cristal possui, de maneira que cristais extremamente finos podem ser incolores. A presença destes critais podemos relatar as condições patológicas nas quais esses cristais são encontrados na urina incluem o elevado metabolismo de purina, síndrome de Lesch-Nyhan, nefrite crônica, condições febris agudas, gota1, em pacientes com leucemia que recebem quimioterapia. Estágio supervisionado I – Biomedicina 32 Figura 22. Cristais de ácido úrico em forma de prisma romboide (esquerda), em forma de roseta, oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide (direita). Fonte: Próprio autor. Leucócitos ou piócitos: Os leucócitos são maiores que as hemácias, mas menores que as células epiteliais renais. Frequentemente são esféricos e podem aparentar cor cinza pálida ou amarelo-esverdeada, organizando-se isoladamente ou em aglomerados. Os leucócitos observados na urina são denominados piócitos e consistem principalmente em neutrófilos, que podem ser identificados por seus grânulos e núcleos multilobulados. Uma elevação de leucócitos na urina está relacionada a um processo inflamatório no trato urinário ou na região adjacente ao mesmo. Algumas vezes, a piúria (piócitos na urina) é observada em situações como pancreatite e apendicite, assim como também é observada em condições não infecciosas, como glomerulonefrite aguda, nefrite lúpica, acidose tubular renal, desidratação, febre, estresse e na irritação não infecciosa de ureter, uretra ou bexiga. A existência de vários leucócitos na urina, principalmente quando constituem aglomerados, é um poderoso indicativo de infecção aguda, como pielonefrite, uretrite ou cistite. Estágio supervisionado I – Biomedicina 33 Figura 23. Grande quantidade de piócitos formando aglomerados em exame de urina. Fonte: Próprio autor. Cristais de oxalato de cálcio: Os cristais de oxalato de cálcio são normais de urina ácida. A forma mais comum de cristais de oxalato de cálcio di-hidratados é aquela reconhecida como “envelope” octaédrico, incolor, ou como duas pirâmides aderidas por meio de suas bases. Já a forma menos observada é a mono-hidratada que exibe morfologia ovalada ou em halteres. Ambas as formas são birrefringentes sob luz polarizada e frequentemente são vistos em aglomerados aderidos ao muco e podem ser semelhantes a um cilindro. O grande número desses cristais, especificamente quando existentes em urina recente, indica a probabilidade de cálculos renais, porque a maioria destes são constituídos por oxalato. Figura 24. Presença de cristais de oxalato de cálcio di-hidratado. Fonte: Próprio autor. Estágio supervisionado I – Biomedicina 34 Leveduras: As células de levedura são incolores, lisas, e habitualmente ovoides, com paredes duplamente refringentes. Elas podem alterar em tamanho e geralmente possuem brotamentos1 e/ou micélios. As leveduras podem ser detectadas nas infecções do trato urinário, frequentemente em pacientes com diabetes mellitus, assim como também podem estar presentes na urina resultantes de contaminação de origem cutânea ou vaginal. A Candida albicans é a levedura mais constantemente encontrada na urina. Muco: Os filamentos mucosos são filamentos delgados, longos e ondulantes de estruturas parecidas com fitas, que apresentam estrias longitudinais discretas1 e possuem baixo índice refratométrico. Alguns dos filamentos mais largos podem ser confundidos com cilindros hialinos. Esses filamentos estão presentes em baixas quantidades na urina normal, mas podem estar em altas quantidades quando há irritação do trato urinário ou inflamação.Figura 25. Presença de Piócitos (leucócitos), células leveduriformes e a presença de muco. Fonte: Próprio autor. 4.5. Bioquímica Nos exames bioquímicos, assim como em outros, os resultados são afetados por vários fatores, como fisiológicos que devem ser levados em conta ao se interpretar qualquer resultado. Dentre estes fatores, temos a idade, a dieta, o estresse, histórico clínico e farmacológico, gravidez, etc. É importante entender que resultados anormais nem sempre indicam a presença de uma doença, nem que um resultado normal indica sua ausência. No processo de preparação das amostras, são enviados para o setor todos os tubos com tampas vermelhas onde temos o soro como principal elemento para análise bioquímica. As amostras antes de serem centrifugadas são verificadas se estão hemolisadas ou não. Após estas verificações são colocadas na centrífuga para serem, posteriormente, enviadas para o COBAS 6000. Estágio supervisionado I – Biomedicina 35 Figura 26. Amostras com tampas vermelhas a serem enviadas para o setor de bioquímica e em seguida são centrifugadas. Fonte: Próprio autor. Após a centrifugação, as amostras são enviadas para o equipamentos, onde foi separado o resultado para uma amostra que chegou com caracteristicas de dislipidemia. Os distúrbios lipídicos são alguns dos problemas metabólicos mais comuns vistos em análises clínicas. Eles podem apresentar várias sequelas que incluem: doença arterial coronariana (DAC), pancreatite aguda, etc. Algumas causas genéticas da dislipidemia são: Hipercolesterolemia, Hiperlipidemia e Hipertrigliceridemia familiar, dentre outros. Na figura 27, temos uma amostra para análise com características de distúbios lipídicos (dislipidemia), no qual a mesma foi preparada e analisada pelo equipamento para verificarmos os resultados. Figura 27. Amostras com possível dispilidemia e resultado após análises. Fonte: Próprio autor. Podemos observar que o HDL (lipoproteína de alta densidade) apresentou valores de 18,97 mg/dL, sendo que os valores aceitáveis estão entre 35 e 40 mg/dl. O valor encontrado para o triglicerídeos foi de 1093,8 mg/dL, sendo limítrofe entre 150 e 200 mg/dl e, preferivelmente, valores abaixo de 150 mg/dL. O colesterol total apresentou valores abaixo de 190 mg/dl. Portanto, com base nos resultados temos uma dislipidemia do tipo hipertrigliceridemia Estágio supervisionado I – Biomedicina 36 provavelmente do tipo IV, com possíveis causas originadas por diabete melito, excesso de alcool, insuficiencia renal crônica ou, até mesmo, pelo uso de medicamentos. 4.6. Imunologia Aqui é apresentado os resultados referentes ao testes de imunologia para o fator reumatoide e Antiestreptolisina (ASO). A amostra foi preparada para realizar uma contra prova do teste de ASO e fator reumatoide. Figura 28. Teste para validação de ASO e fator reumatóide. Fonte: Próprio autor. Na figura 28, temos a verificação de teste para ASO e fator reumatóide, onde podemos ver a positividade para o teste reumatóide com a cor rosada para a posição 2 e resultados negativo para o ASO. Um segundo procedimento, foi realizar o teste de VDRL no qual foi feito uma diluição de ¼ no qual foi suficiente para identificar a positividade do teste. As amostras são preparadas e colocadas em uma lâmina e levadas ao agitador, para, em seguida, serem avaliadas via microscópio ótico. Estágio supervisionado I – Biomedicina 37 Figura 29. Teste para positividade para VDRL diluido a 1/8 em lâmina. Fonte: Próprio autor. O VDRL, é um dos testes não treponêmicos utilizados rotineiramente no imunodiagnóstico da sífilis, sendo importante a verificação por observação micoscópica para confirmação dos resultados. Por apresentar uma reação de floculação e sua sensibilidade variar de acordo com o estágio da sífilis, em alguns casos faz-se necessário a diluição seriada do soro. Na figura 30, temos os resultados para o teste no qual, mesmo a partir da lâmina da figura 29, é possível verificar a formação de flocação na amostra, sendo confirmado posteriormente. Figura 30. Analise de amostra de soro para VDRL com positividade confirmada. Fonte: Próprio autor. Estágio supervisionado I – Biomedicina 38 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir do estágio supervisionado, podemos nos preparar melhor para o mercado de trabalho a partir do aprimoramento das habilidades e rotina dentro de um laboratóruio de análises clínicas. Considero que a expericncia durante o estágio esta sendo muito válida e extremamente enriquecedora. Apesar de apresentar apenas os setores de triagem, uroanálise e parasitologia, a quantidade de observações foram bastante satisfatórias dentrop deste modesto período. Atualmente estou no setor de bioquímica e após serei encaminhado para a microbiologia, acredito que até o início do estágio II (01 de agosto de 2022), uma vez que devido ao surto de COVID que retornou à cidade e as férias de funcionários, e tendo o setor de bioquímica como o mais prejudicado, acabei ficando mais em um setor que em outro. Em cada setor por qual passei, os técnicos mostraram um empenho em apresentar os diferentes elementos em cada observação, tirando todas as dúvidas que poderiam aparecer. Apesar do meu contato com a bioquímica esta acontecendo a mais de 5 dias (após a saída da uroanálise no dia 10/06/2022) e seu espetacular processo de automatização a partir do equipamento Cobas 6000, minha admiração pelo setor de parasitologia e uroanálise estão a frente. Acredito que a formação durante a graduação das disciplinas estudadas foram de grande importância na realização deste estágio, sendo que o livro de bioquímica clínica, é um exemplo do reconhecido valor diante dos conteúdos estudados. Contudo, livros referentes ao sétimo semestre não foram possíveis de se adquirir junto a instituição. Quanto ao estágio, o papel da instituição foi um pouco falho, uma vez que os fomos encaminhados para os laboratório com mais de 1,5 mês de atraso, o que prejudicou a realização das atividades em sua total plenitude. Acredito que o tempo a ser contabilizado para os alunos deveria ser a partir do momento que iniciasse o estágio, diante destes contratempos pelo qual a instituição acabou por atrasar nossa indicação. Por fim, os setores que não sejam possível de estagiar durante este primeiro momento, serão contemplados durante o estãgio supervisionado II, uma vez que continuarei estgiando no mesmo local. Durante esse período, meu amadurecimento, tanto profissional quanto pessoal, esta sendo extremamente importante para para o desenvolvimento como biomédico. 39 Estágio supervisionado I – Biomedicina REFERÊNCIAS AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - CONSULTAS ANVISA, Disponível em <https://consultas.anvisa.gov.br/api/consulta/produtos/25351122502201659/anexo/T138489 72/nomeArquivo/Instru%C3%A7%C3%A3o%20de%20Uso_MedTeste%20Sangue%20Ocu lto_.pdf?Authorization=Guest.>. Acessado em 15 de junho de 2022. BALLÃO, C.M.; COLOMBO, I.M. Histórico e aplicação da legislação de estágio no Brasil. Educar em revista. Curitiba, Brasil, 2014. BRASIL, LEI FEDERAL - ESTÁGIO 11.788, de 25.09.2008; CALDERANO, M. A. Estágio curricular: concepções, reflexões teórico-práticas e proposições. Juiz de Fora: Ed. UFJ, 2012. FERREIRA, M. U. Parasitologia Contemporânea. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. Estágio supervisionado I – Biomedicina 40
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