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Gerenciamento de Pessoas Competência, comprometimento e identificação das atividades no trabalho Prof. Dr. Jair Gustavo de Mello Torres São José dos Campos, 02 de setembro de 2020 - Pessoas como recursos ou como parceiros da organização? Os novos desafios da gestão de pessoas O contexto geral da Gestão de Pessoas é de que é formado por pessoas e organizações em uma incrível e duradoura interdependência. De um lado, as pessoas passam boa parte de suas vidas trabalhando em organizações. E as empresas dependem das pessoas para poderem funcionar e alcançar o sucesso. O contexto da gestão de pessoas De um lado, o trabalho toma considerável tempo das vidas e dos esforços das pessoas, que dele dependem para a subsistência e sucesso pessoal. Separar o trabalho da existência das pessoas é muito difícil, senão quase impossível, em face da importância e do impacto que provoca nelas. Assim, as pessoas dependem das organizações onde trabalham para atingir seus objetivos pessoais e individuais. Crescer na vida e ser bem-sucedido depende de crescer nelas. O contexto da gestão de pessoas De outro lado, as organizações também dependem direta e irremediavelmente das pessoas para operar, produzir bens e serviços, atender clientes, competir nos mercados e atingir objetivos globais e estratégicos. As organizações jamais existiriam sem as pessoas que lhes dão vida, dinâmica, energia, inteligência, criatividade e racionalidade. O contexto da gestão de pessoas Se as pessoas se caracterizam pelas suas diferenças individuais, também as organizações se caracterizam por uma incrível heterogeneidade. O contexto da gestão de pessoas Elas apresentam uma enorme variedade. Podem ser: • indústrias, • comércios, • bancos, • financeiras, • hospitais, • universidades, • lojas, • prestadoras de serviços, etc. Podem ser grandes, médias e pequenas quanto ao tamanho. Públicas ou privadas quanto à propriedade. O contexto da gestão de pessoas Contudo, organizações e pessoas buscam objetivos próprios e diferentes, que nem sempre coincidem e se ajustam mutuamente. O contexto da gestão de pessoas Todo processo produtivo somente se realiza com a participação conjunta de diversos parceiros articulados, cada qual contribuindo com algum recurso. • Fornecedores: matérias-primas, insumos básicos, serviços e tecnologias. • Acionistas e os investidores (shareholders): capital de risco e investimentos que permitem o aporte financeiro para a aquisição de recursos. • Gestores: conhecimentos, competências e proporcionam decisões e ações que dinamizam a organização. • Clientes e os consumidores: contribuem para a organização adquirindo bens ou serviços e incrementando seu faturamento. • Colaboradores: oferecem seus préstimos e garantem as operações do negócio. O contexto da gestão de pessoas Cada um desses parceiros da organização contribui com algo na expectativa de obter um retorno pela sua contribuição. Modernamente, todos esses parceiros são denominados stakeholders (do inglês stake = interesse e holder = aquele que possui). Os stakeholders estão dispostos a continuar investindo seus recursos na medida em que obtenham retornos e resultados satisfatórios de seus investimentos. O contexto da gestão de pessoas Os principais stakeholders da organização: O contexto da gestão de pessoas Geralmente, as organizações procuram privilegiar os stakeholders mais importantes. Os acionistas e os investidores – os shareholders – eram, até pouco tempo, os mais privilegiados na distribuição e na apropriação dos resultados organizacionais: O contexto da gestão de pessoas Assim, a Gestão de Pessoas se baseia em alguns aspectos fundamentais: • Pessoas como seres humanos: dotados de personalidade própria e profundamente diferentes entre si, com uma história pessoal particular e diferenciada, possuidores de conhecimentos, habilidades e competências indispensáveis à adequada gestão dos demais recursos organizacionais. Pessoas como pessoas, não como meros recursos da organização. O contexto da gestão de pessoas • Pessoas como ativadoras de recursos organizacionais: como impulsionadores da organização e capazes de dotá-la do talento indispensável à sua constante renovação e competitividade em um mundo cheio de mudanças e desafios. As pessoas como fonte de impulso próprio que dinamiza a organização, não como agentes passivos, inertes e estáticos. • Pessoas como parceiras da organização: capazes de conduzir a organização à excelência e ao sucesso. Como parceiros, as pessoas fazem investimentos na organização – como esforço, dedicação, responsabilidade, comprometimento, riscos, etc. – na expectativa de colher retornos desses investimentos – por meio de salários, incentivos financeiros, crescimento profissional, satisfação, carreira, etc. Todo investimento só se justifica quando traz um retorno razoável. O contexto da gestão de pessoas • Pessoas como talentos fornecedores de competências: como elementos vivos e portadores de competências essenciais ao sucesso organizacional. Qualquer organização pode comprar máquinas ou equipamentos, comprar tecnologias para se equiparar aos concorrentes. Isso é relativamente fácil, mas construir competências é extremamente difícil, leva tempo, aprendizado e maturação. • Pessoas como capital humano: como o principal ativo organizacional que agrega inteligência ao negócio da organização, como se verá adiante. O contexto da gestão de pessoas • Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão; • Proporcionar competitividade à organização; • Proporcionar à organização pessoas bem treinadas e bem motivadas; • Aumentar a auto atualização e a satisfação das pessoas no trabalho; • Desenvolver e elevar a qualidade de vida no trabalho (QVT); • Administrar e impulsionar a mudança; • Manter políticas éticas e comportamento socialmente responsável; • Construir a melhor equipe e a melhor empresa. Objetivos da gestão de pessoas A GP refere-se às políticas e às práticas necessárias para administrar o trabalho das pessoas, tais como: • Agregar talentos à organização. • Integrar e orientar talentos em uma cultura participativa, acolhedora e empreendedora. • Modelar o trabalho – seja individual ou em equipe – de maneira a torná-lo significativo, agradável e motivador. • Recompensar os talentos pelo excelente desempenho e pelo alcance de resultados como reforço positivo. • Avaliar o desempenho humano e melhorá-lo continuamente. • Comunicar, transmitir conhecimento e proporcionar retroação intensiva. • Treinar e desenvolver talentos para criar uma organização de aprendizagem. • Proporcionar condições de trabalho e melhorar a qualidade de vida no trabalho. • Manter excelentes relações com talentos, sindicatos e comunidade em geral. • Aumentar as competências dos talentos para incrementar o capital humano da organização e, consequentemente, o capital intelectual. • Incentivar o desenvolvimento organizacional. Processos de Gestão de Pessoas Os seis processos básicos de gestão de pessoas A GP é um conjunto integrado de processos dinâmicos e interativos. Os seis processos básicos de GP são os seguintes: Processos de Gestão de Pessoas Modelo de diagnóstico de gestão de pessoas. Processos de Gestão de Pessoas PRÁTICA TEORIA DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO Educação Formal e Informal Contatos Pessoais Livros / Artigos Treinamento FORMAÇÃO DO CONHECIMENTO Experiência Prática Métodos Científicos de Observação e Análise Habilidades do Administrador Ênfases Administrativas Tarefas Pessoas Tecnologia Estrutura Ambiente •Início século XX : Ford e Taylor-EUA e Fayol – Europa - Linha de montagem e estrutura •Metade do século XX: Desenvolvimento das pessoas e interação com o ambiente •Anos 80: Preocupação com o desenvolvimento tecnológico Frederick W. Taylor 1856 – 1915 Administração Científica Estudo Sistemático de tempos e movimentos Seleçãocientífica do trabalhador Cronometrar os movimentos (tempo-padrão) Salário de acordo com a produção Homo Economicus Ênfase na eficiência Homem de 1ª Classe Ênfase nas tarefas “The one best way” “Time is money” http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Frederick_Winslow_Taylor.menor.jpg Princípios da Administração Científica 1 – Princípio de Planejamento: substituir a improvisação e a atuação empírico-prática, pelos métodos e procedimentos científicos. Substituir a improvisação pela ciência, através do planejamento. 2 – Princípio de Preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões, treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. Preparar também, as máquinas, o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais. 3 – Princípio do Controle: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. 4 – Princípio da Execução: distribuir as atribuições e responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada. Henry Ford 1863 - 1947 •Linha de Montagem; •5 dólares por dia •8 horas de trabalho •US$ 500.00; •Carro preto. Princípios de Ford •INTENSIFICAÇÃO: diminuir o tempo de produção, com a rápida colocação do produto no mercado. •ECONOMICIDADE: reduzir ao mínimo o volume de estoque de matéria-prima em transformação. •PRODUTIVIDADE: aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período. Anúncio da Ford MILHÕES DE PEÇAS IGUAIS. Os métodos de produção em massa permitem fabricar milhões de peças idênticas, de tal precisão que podem ser interpermutadas entre si. Esta técnica tornou possível a Ford fabricar em um mês a quantidade de armamentos que, anteriormente requeria um ano. Henry Ford foi o criador, com sua própria indústria,deste sistema de produção em massa, fazendo possível a aquisição de bons automóveis a baixo preço. Algum dia, após o restabelecimento da paz, a capacidade de produção que a guerra incrementou, poderá dedicar-se a fabricação de produtos mais belos e de maior valia para beneficiar a humanidade. Robotização da mão de obra; Linha de montagem sem alternativas de outro modelo; Busca EXAUSTIVA da quantidade (qualidade?); Visão voltada para o produto e não para o mercado; Sistema não permitia inovações e adaptações ao mercado; Excessos no controle de pessoal... Críticas sobre o Fordismo PRINCÍPIOS DA PRODUÇÃO EM MASSA PEÇAS PADRONIZADAS TRABALHADOR ESPECIALIZADO • Máquinas Especializadas • Sistema Universal de Fabricação • Controle da Qualidade • Simplificação das Peças e do Processo Produtivo • Uma Única Tarefa ou Pequeno Número de Tarefas • Posição Fixa dentro de uma Seqüência de Tarefas • O Trabalho vem até o Trabalhador • As Peças e Máquinas ficam no Posto de Trabalho FORDismo:PRODUÇÃOADM. CIENTÍFICA ORGANIZAÇÃO: GM TAYLOR, FORD E SLOAN • Ênfase na eficiência do Processo Produtivo e na Economia de Recursos • Tempos e Movimentos • Divisões autônomas para cada produto (unidade de negócios) • Administração central define objetivos e cobra resultados • Um produto para cada tipo de cliente • Linha de montagem “móvel” • Especialização do trabalhador • Verticalização centralização-controle de todos os fornecimentos) • Um produto para todos (modelo T) Abordagem Mecanicista Estudos de tempo e movimento Seleção científica do trabalhador Determinação do método de Trabalho (The Best way) Lei da fadiga Plano de Incentivo salarial Padrão de produção Supervisão funcional Condições Ambientais De trabalho Máxima eficiência Maiores Lucros e salários Empresa Função Comercial Função Financeira Função de Segurança Função de Contabilidade Função Técnica Função de Administração Previsão Organização Comando Coordenação Controle Funções Administrativas: integração das outras cinco funções; coordenam e sincronizam as demais funções da empresa produção de bens ou serviços inventários registros, balanços proteção e preservação dos bens e pessoas compra venda e troca procura e gerência de capitais Teoria Clássica da Administração 01. Divisão do Trabalho 08. Centralização 02. Autoridade e Responsabilidade 09. Cadeia Escalar 03. Disciplina 10. Ordem 04. Unidade de Comando (só 1 chefe) 11. Equidade 05. Unidade de Direção 12. Estabilidade e duração no cargo 06. Subordinação dos interesses 13. Iniciativa individuais aos interesses gerais 14. Espírito de Equipe 07. Remuneração do Pessoal Princípios Gerais da Administração Evolução da estrutura organizacional e principais funções e cargos. As estruturas organizacionais são complexas para serem transmitida verbalmente. Utiliza-se então, o organograma que para visualizar a posição e a relação existente entre os diversos órgãos. Organogramas das Organizações • É o processo de integrar objetivos e atividades de unidades de trabalho separadas (departamentos) com a finalidade de alcançar os objetivos da organização • Sem coordenação os departamentos e as pessoas perdem a visão de seus papéis dentro da organização e são tentadas a buscar seus próprios interesses pessoais, não priorizando os objetivos organizacionais Coordenação Hierarquia de Autoridade O ponto de partida para coordenar as organizações é o projeto de um sistema de autoridade, estabelecendo uma hierarquia que indique quais as posições responsáveis, quais atividades e quais as relações de subordinação ou de relação que devem existir. Definição de Regras e Procedimentos Devem ser elaborados de forma a permitir que os empregados enfrentem rápida e independentemente tarefas rotineiras Formas de Coordenação Planos e Objetivos A realização e execução de planos pode assegurar que todas as unidades trabalhem em direção aos mesmos objetivos gerais. Sistema de Informação Vertical São meios através dos quais os dados são transmitidos para cima e para baixo na hierarquia da organização (normativas, circulares internas, memorandos) Centralização Concentração de autoridade e decisões no topo da organização Descentralização Movimento inverso ao da centralização Formas de Coordenação Vantagens As decisões são tomadas mais rapidamente Tomadores de decisão são os que têm mais informação Motivação decorrente da participação do processo decisório Excelente treinamento para administradores médios Desvantagens Pode ocorrer falta de informação e coordenação entre os departamentos Maior custo para seleção e treinamento de administradores médios Risco de Subobjetivação: defesa da área em detrimento da organização As políticas podem variar nos diversos departamentos Descentralização: autoridade de decisão nos níveis mais baixos Vantagens Decisões tomada por administradores que possuem visão global Tomadores de decisão mais treinados Decisões mais condizentes com os objetivos organizacionais Elimina esforços duplicados de vários tomadores de decisão Especialização de funções como compras e tesouraria Desvantagens Decisões tomadas distante dos fatos Decisões tomadas distantes das pessoas Comunicação demorada, de maior custo Envolvimento de intermediários possibilita erros de comunicação Centralização: autoridade para tomar decisões, próxima ao topo A administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos, a fim de alcançar seus objetivos. é decidir de forma antecipada o que deverá ser feito para atingir um determinado objetivo ou meta. Estes são os elementos da Administração que constituem o chamado processo administrativo. PROCESSOS ORGANIZACIONAIS • Planejamento geral – utilizado, em geral, de forma permanente; • Planejamento especial – é dotipo que, ao se atingir o objetivo, não é mais utilizado. • O Processo de Planejamento tem por objetivo prever fatos que provavelmente ocorrerão de forma a criar um futuro desejável coordenando os fatos entre si. Planejamento O resultado final do processo de planejamento é a elaboração de planos. Esse processo pode ser resumido em: I.Avaliação do ambiente (SWOT); II.Definição de objetivos a serem atingidos – Nesta etapa são definidos os resultados finais desejados; III.Definição da forma de execução – Nesta etapa são definidos os meios e recursos a serem utilizados; IV.Definição das formas de controle. Planejamento Definir missão Formular objetivos Definir os Planos para alcançá-los Programar atividades Designar as pessoas Coordenar os esforços Comunicar Motivar Liderar Orientar O Processo Administrativo Dividir o trabalho Designar as atividades Agrupar as atividades em órgãos e cargos Alocar recursos Definir autoridade e responsabilidade Definir padrões Monitorar o desempenho Avaliar o desempenho Ação corretiva PLANEJAMENTO DIREÇÃOORGANIZAÇÃO CONTROLE • Ser autocrático: – Encara a autoridade com ressentimento. O método autocrático canaliza sua agressividade, orientando suas energias para fins construtivos. – A pessoa dependente. Esse tipo sente necessidade de uma autoridade de pulso firme. Seu senso de dependência lhe dá uma sensação de insegurança, de estar solto no ar Atitudes de Liderança Ser democrático: o A pessoa que colabora naturalmente. O subordinado geralmente trabalha melhor quando orientado pelo método democrático. o O indivíduo que se adapta aos grupos com facilidade. o Menor necessidade de direção, pois encara seu trabalho essencialmente como um trabalho de grupo e está satisfeito. Níveis de Influência da Estrutura Organizacional Nível Estratégico Nível Tático Nível Operacional Planejamento Estratégico Planejamento Tático Planejamento Operacional • Distribui a autoridade; • Distribui as atividades entre setores e cargos (responsabilidade); • Especificação de um sistema de comunicação 48 Estruturas - Finalidade Permite alcançar os objetivos organizacionais 49 Estruturas Tradicionais 50 Estruturas Inovativas Tentativas para delinear formas estruturais que operem com a flexibilidade necessária e estimulem as pessoas da organização. MECANICISTA • Alto nível de especialização; • Foco nos meios; • Delineamento detalhado das funções (direitos / obrigações) • Foco no controle, autoridade e comunicação; • Interação vertical; • Foco na lealdade e obediência; • Foco no conhecimento interno da empresa. ORGÂNICA • Mudança constante das tarefas individuais; • Sistemas de controle baseados o consenso entre as pessoas (menos em instrumentos); • Autoridade móvel em função da capacidade para executar a tarefa; • Integração horizontal e vertical; • Informação e conselho substituem instruções e decisões; • Voltadas para o ambiente externo. 51 Tradicionais x Inovativas FUNCIONAL • Maior especialização; • Aumento da capacidade técnica (troca de experiência e construção de memória técnica); • Foco no aperfeiçoamento técnico; • Melhoria da qualidade técnica do trabalho; • Maior satisfação da equipe técnica ; • Melhor utilização dos RH e materiais; • Existência de um “chefe”; • Melhor resultado do processo administrativo POR PROJETOS • Maior diversificação do técnicos; • Maior satisfação dos técnicos (amplia visão); • Maior integração entre as áreas técnicas do projeto; • Melhor atendimento a prazos; • Melhor atendimento ao cliente; • Alivia a alta administração; • Centralização da autoridade e responsabilidade por projeto; • Maior facilidade e eficiência na administração dos projetos integrados. 52 Estruturas funcional x Estrutura por projetos Tendências contemporâneas em gestão empresarial & Princípios da Gestão Empresarial Empreendedora Gestão da Empresa A partir da década de 1990 o ambiente de negócios se tornou mais complexo. Fenômenos econômicos e sociais de alcance mundial estão reestruturando o ambiente empresarial. Grande desafio desta última década – levar a todos os níveis hierárquicos e funcionais, da alta gerência ao piso de fábrica, a incorporação de novos modelos, técnicas, instrumentos, atitudes e comportamentos necessários a mudanças, inovações e a sobrevivência sadia e competitiva no mercado. A globalização da economia, alavancada pela “TI” e da comunicação, é uma realidade inescapável. As chamadas novas tecnologias, bem como as novas formas de organização do trabalho, tem colocado os métodos tradicionais de gestão das empresas no banco dos réus. O ambiente de negócios sofre constantes transformações: As mudanças na gestão empresarial são necessárias e não mais uma opção. nas bases da concorrência, mudanças significativas no perfil dos clientes e suas relações com as empresas com o surgimento de novos modelos de gestão, Gerir hoje envolve uma gama muito mais abrangente e diversificada de atividades do que no passado. Nesse ambiente, a diferença entre sucesso e fracasso, entre lucro e falência, entre o bom e o mau desempenho está no melhor uso dos recursos disponíveis para atingir os objetivos focados. Interdisciplinaridade (equipes) O QUE É GESTÃO HOJE? O gestor hoje precisa estar apto a perceber, refletir, decidir e agir, em condições totalmente diferentes das de antes. Complexidade (variáveis) Exigüidade (tempo) Multiculturalidade (culturas) Inovação (oportunidades e ameaças) Competitividade (competidores – produtos substitutos) O modelo de gestão estratégica leva a empresa a realizar um diagnóstico situacional, destacando oportunidades e ameaças, bem como forças e fraquezas, a fim de cruzar estas realidades e descobrir suas inter-relações. A partir desse processo é possível direcionar o foco da empresa para o estabelecimento de visão de futuro, missão organizacional, desafios estratégicos e estratégias gerais que nortearão os rumos do negócio para o curto, médio e longo prazos. TIPOS DE GESTÃO GESTÃO ESTRATÉGICA Este modelo leva a empresa a se adequar a realidade de mercado, reduzindo o grau de incerteza para o alcance de melhores resultados. O modelo de gestão participativa, é o modelo de gestão que mais se adapta ao novo homem da sociedade do conhecimento. A mudança ocorrida na sociedade do início do século XX até o momento atual, graças principalmente aos avanços tecnológicos e científicos, ampliaram as áreas do conhecimento, tornando o homem moderno mais informado e exigente. Este processo teve como principal conseqüência o deslocamento do poder que antes era concentrado, tanto na sociedade como nas organizações. GESTÃO PARTICIPATIVA A gestão participativa necessita de um modelo cultural extremamente democrático e aberto, onde impere a confiança em todos os níveis. Um conjunto de valores baseados em princípios com os quais todos concordam. Na concepção holística, não só as partes de cada sistema se encontram no todo, mas os princípios e leis que regem o todo se encontram em cada uma das partes e todos os fenômenos ou eventos se interligam e se interpenetram, de forma global: tudo é interdependente. É sobre o contexto de entrelaçamento, de integração, de totalidade que se deva falar em gerenciamento holístico. GESTÃO HOLÍSTICA É a partir da visão holística da administração que as empresas tradicionais incorporam preocupações com a administração ecológica. Um empreendedor de sucesso tem a capacidade de transformar desafios em oportunidades, o que não é uma missão simples no universo empresarial. O empreendedor é aquela pessoa que busca a solução para os problemas, que transforma sonhos em realidade, decide por si e pela empresaa melhor estratégia de penetração e posicionamento no mercado, determina o produto e o público-alvo e arregaça as mangas para alcançar os objetivos e metas traçados. GESTÃO EMPREENDEDORA GESTÃO EMPREENDEDORA As características que um empreendedor deve ter são: Aperfeiçoamento contínuo Muita leitura Atualização sobre o mercado e tendências Vontade de trabalhar além do habitual Dedicação Paixão Comunicação com as pessoas e empresas Visão holística Criatividade Vontade de vencer Persistência para aprender cada vez mais Não hesitar nos erros COMO MELHORAR A GESTÃO ? Estratégia e transformação organizacional (visão prospectiva e sistêmica) Arquitetura organizacional e orientação a processos Aprendizado organizacional (coletivo permanente) Processo de decisão Os elementos necessários para que as pessoas em posição de responsabilidade pela gestão possam atingir seus objetivos organizacionais são: Qualidade e marketing (expectativas e percepção dos clientes internos e externos) Gestão de projetos Controle orçamentário Cultura organizacional (valores e práticas) Strees e qualidade de vida Estratégias Empresariais O grande motor dessa evolução rápida foi o crescente nível de exigências das empresas, que queriam cada vez mais embasamento para orientar suas ações, proteger sua posição no mercado e crescer. CONCEITUANDO ESTRATÉGIA - A ESTRATÉGIA NOS NEGÓCIOS ESTRATÉGIA COMPETITIVA Diferenciação – investimento em imagem, tecnologia, assistência técnica, distribuição, pesquisa e desenvolvimento, recursos humanos, pesquisa de mercado, qualidade, etc., com a finalidade de criar diferenciais para o consumidor. Custo –esforços na busca de eficiência produtiva, na ampliação do volume de produção e na minimização de gastos Foco – escolha de um alvo restrito, no qual, por meio da diferenciação ou do custo, a empresa se especializará atendendo a segmentos ou nichos específicos. ESTRATÉGIAS DE CRESCIMENTO O crescimento interno é conseguido por meio do aumento das vendas, da capacidade de produção e da força de trabalho. Integração vertical: crescimento por meio da aquisição de outras organizações num canal de distribuição. Exemplo: Nas décadas de 1970 e 1980, muitas empresas que estavam envolvidas principalmente na exploração e na extração de petróleo bruto decidiram adquirir refinarias e redes de distribuição. Foram os casos da Shell e da BP. Integração horizontal: crescimento por meio da aquisição de empresas concorrentes numa mesma linha de negócios ESTRATÉGIA E OS “CLUSTERS” COMPETITIVOS concentração de empresas que se comunicam por possuírem características semelhantes e coabitarem no mesmo local. Elas colaboram entre si e, assim, se tornam mais eficientes. 1970 1959 1960 1954 1950 1967 1973 Fonte: ANFAVEA Elaboração do autor GESTÃO ESTRATÉGICA Estabelecer a missão organizacional e os objetivos gerais Formular estratégias que permitam a organização combinar os pontos fortes e fracos com as oportunidades e ameaças do ambiente Realizar atividades de controle estratégico para assegurar que os objetivos gerais da organização sejam atingidos A FUNÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Instrumento de gestão para as organizações na atualidade, no qual o gestor e sua equipe estabelecem os parâmetros que direcionarão a organização da empresa, a condução da liderança, assim como o controle das atividades. O DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO Por meio deste a organização municiará das informações que irão nortear o seu direcionamento estratégico e se antecipar às mudanças para agir em seus ambientes internos e externos. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO http://2.bp.blogspot.com/_sGJn19VuGxM/SlOAb-phrlI/AAAAAAAACEE/aK-nY12MJdc/s1600-h/300px-SWOT_pt_svg.png A ANÁLISE EXTERNA: AMBIENTE GERAL E DE NEGÓCIO Pode-se dividir o ambiente organizacional em dois grandes grupos: Macroambiente ou ambiente geral: composto por variáveis mais gerais que influenciam a empresa indiretamente (inflação, índices de preços, taxa de desemprego etc.); Microambiente ou ambiente interno do setor: variáveis que interferem na gestão cotidiana da empresa (relacionamento interpessoal, gestão de fluxos fianceiros, etc.) As oportunidades são fatores do ambiente geral ou da indústria que, se bem aproveitados, podem fornecer uma vantagem competitiva para a empresa. As ameaças são fatores que podem vir a perturbar o funcionamento da empresa, causando dificuldades para a sua gestão e desempenho.
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