Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
c Copyríght 2007 byjubela Livros Ltda c Copyríght 2007by Maríeta Prata de Lima Dias (Organizadora) Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida sem autorização prévia c escrita de Jubela Livros Ltda. Novembro de 2007 Produção: Ensino Profíssional Editora Editor Responsável: Fábio Luís Dias Organização: Maríeta Prata de Lima Dias Design da Capa: Tarlei E. de Oliveira Diagramação: Tarlei E. de Oliveira Direitos reservados por Jubela Livros Ltda. Rua Botja Castro, 25 Cidade A. E. Carvalho - São Paulo - SP Cep: 08223-340 Telefone: (11) 2026-4053 Fax: (11) 2026-4051 E-mail da Editora: editor@ensinoprofissionai.com.br Homepage: www. ensinoprofissional. com. br Dias, Marieta Prata de Lima (Org.) Língua e literatura ; discurso pedagógico / Marieta Prata de Lima Dias (org.) - São Paulo: Ensino Profissional, 2007. 258 p. 16 X 23 Vários autores Bibliografia ISBN 978-85-99823-08-6 1. Língua 2. Literatura 3. Estudos literários 4. Linguagem 5. Teoria do Discurso 6. Pedagogia I. Título CDU: 400 800 Atendimento ao Consumidor suporle@ensinoprofissional.com.br SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 7 1.® Parte TEXTO, ARQUITEXTO E ARQUIDISCURSO: SUBSÍDIOS PARA A LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Cidmar Teodoro Pais 15 OS CONTRÁRIOS E OS CONTRADITÓRIOS NAS RELAÇÕES LEXICAIS: ASPECTOS PEDAGÓGICOS Maria Aparecida Barbosa 25 MOVIMENTO NA HISTÓRIA: PROCESSO DE GRAMATIZAÇÃO BRASILEIRA E HISTÓRIA DA GRAMÁTICA Tânia Pitombo-Oliveira 37 2.® Parte HETEROGENEIDADE LINGÜÍSTICA: GESTOS DE INTERPRETAÇÃO ESBOÇADOS POR PROFESSORES DE PORTUGUÊS Marinez Santina Nazzari e Maria Inês Pagiiarini Cox 51 LEITURA E PRODUÇÃO DO DISCURSO ARGUMENTATIVO ESCRITO: LINGUAGEM E ENSINO Maria Rosa Petroni 77 GÊNERO/4/Í77GO CIENTÍFICO EM CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO Marieta Prata de Lima Dias 99 A PARÁFRASE NO DISCURSO CIENTÍFICO Maria Margarida de Andrade 115 A AURORA DOS DEUSES Uma defesa da mitocrítica PAULO SÉRGIO MARQUES Doutorando UNESF/CAPES O surgimento da antropologia, a partir das pesquisas dos primeiros cientistas sociais na virada do século XIX para o XX, e o contato da etnologia com povos e culturas ditas - originalmente - "primitivas" ou - modernamente - "ágrafas", restituiu ao mito o status de linguagem viva e reguladora de outras linguagens na produção cultural das sociedades. Como tal, críticos e estetas começaram a perceber no mito uma possível matriz estrutural e formal regendo não só as manifestações literárias populares e folclóricas das grandes civilizações, mas também a produção e a leitura da escritura poética ao longo da história da arte e da literatura cultivadas nos cânones clássicos do Ocidente. Como observou o folclorista russo Eleazar Mosséievitch Meletínski, "as interpretações modernas do mito colocam em primeiro plano o mito (e o ritual) como certa forma ou estrutura abrangente, capaz de personificar os traços mais fundamentais do pensamento humano e do comportamento social, bem como da prática artística" (1987, p. 5). Em conseqüência dessa aproximação entre a mitologia e a crítica e a teoria literárias, desenvolveu-se, para atender à urgência de "aprofundar a interpretação do mito nos limites dessa interação" (MIELIETINSKU1987, p. 5), uma profusão de pesquisas sobre a estrutura dos mitos e sua relação com outras dimensões da expressão humana, como a religião, a psicologia, a organização social e a própria produção estética, na forma das narrativas populares e folclóricas. São basilares os estudos de pesquisadores como CarI Gustav Jung, Mircea Eliade, Joseph Campbell, Claude Lévi-Strauss, entre outros, e de toda a tradição folclorista russa, de VIadimir Propp a Lotman, Uspenskij, Ivanov e Tynjanov, culminando na própria doutrina de Meletínski, este já situado no limite entre o folclorismo e a crítica literária, ao contrário de seus predecessores, mais dedicados às pesquisas etnológicas. A exemplo de Meletínski, inspirada nas conquistas científicas da etnologia do mito, cresce uma corrente de críticos e teóricos da literatura ocupados em 1. As traduções brasileiras das obras de Meletínski apresentam diferenças na grafia do sobrenome do autor. Para evitar confusões, optei, na referência geral, por uma única grafia - "MeletfnskT -, que é a mais freqüente nas traduções, tanto brasileiras quanto portuguesas, e reservei a forma "Mielietinski" apenas para referir as citações da obra A poética do mito, de maneira a manter ali a fidelidade do registro bibliográfico. 193
Compartilhar