LANNA, Marcos As aldeias nas aldeias e fora delas

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ESTUDO DIRIGIDO 06: LANNA, Marcos. As aldeias: nas aldeias e fora delas. In: Novos Estudos CEBRAP, n. 41, Março de 1995. Ed. CEBRAP. São Paulo. 
1. Explique de que forma Lanna vê os antropólogos como herdeiros de uma tradição de dominação.
Marcos Lanna trabalha a relação da antropologia com o colonialismo e a construção do objeto antropológico, vistas para ele como pouco estudadas. Para ele não basta destacar o antropólogo como individuo, em relação aos informantes e ao local da pesquisa, é preciso que se aborde a entrada do antropólogo no campo. Dessa forma, para Lanna o surgimento da antropologia, a prática antropológica e as reflexões sobre o “outro”, construiram a colonização e fez com que ela se tomasse os rumos que tomou. E, por fim, demonstra que o etnógrafo nem sempre é um agente transformador, mas as vezes, ainda que de maneira contingente, ele assume uma posição de inferioridade.
2. Diga quais são os pontos, segundo Lanna, que aproximam e distanciam o estruturalismo do interpretativíssimo. 
Lanna pensa que a corrente estruturalista e a interpretativista se incumbem de desmontar dicotomias da antropologia, e o que ele procura no seu artigo é o entendimento sobre como o colonialismo se relaciona intrinsecamente com a antropologia, interferindo na criação do objeto e dessa forma produz uma reflexão sobre a sociedade contemporânea. Uma semelhança entre a postura de Lévi-Strauss e as correntes interpretativistas e pós-modernas, é a existência da crítica à sociedade moderna, mas ao mesmo tempo eles não aceitam fazer uma condenação deles próprios. Diferente da tradição estruturalista, a antropologia americana ao desenvolver o trabalho é indiferente ao problema da dicotomia sujeito e objeto. Segundo Lana a antropologia intepretativista identificou com mais cuidado a identificação dos antropólogos com as ordens sociais presentes no campo. Lanna acredita que o interpretativismo é alvo da crítica, ao contrario do que ocorre no estruturalismo.