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SeparaçãoÊdosÊpoderes As primeiras bases para a tripartição dos poderes veio de Aristóteles, na obra política, na qual o filósofo falava da existência de três diferentes funções do poder de um soberano. Aristóteles descrevia que essas funções estavam presentes na figura de uma única pessoa, nesse caso, o soberano, já que o mesmo era detentor de absoluto poder (editava o ato geral, aplicava-o ao caso concreto e também resolvia os litígios eventuais decorrentes da aplicação da lei). L'ÉtatÊ c'est moi Montesquieu aprimorou a teoria de Aristóteles ao falar que essas funções estariam conectadas a três órgãos distintos, autônomos e independentes entre si. A teoria do francês surgiu como uma contraposição ao absolutismo e acabou servindo como base para movimentos como as revoluções americana e francesa. Nessa teoria não era permitido que um único órgão QualÊaÊfinalidadeÊdaÊ separação? O principal fundamento é preservar a liberdade individual, combatendo a concentração de poder, ou seja, a tendência "absolutista" de exercício do poder político pela mesma pessoa ou grupo de pessoas. O Estado que estabelece a separação dos poderes evita o despotismo e assume feições liberais. Isso significa que na base da separação de poderes encontra-se a tese da existência de nexo causal entre a divisão do poder e a liberdade individual. A separação para alcançar esse objetivo impõe a colocação e o consenso de várias autoridades estatais na tomada de decisões, e estabelecem mecanismos de fiscalização e responsabilidade recíproca doas poderes estatais segundo a teoria dos freios e contrapesos (objetivo de evitar abuso de poder). Um exemplo dessa teoria são: Art. 5º: "XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito"; O poder Judiciário pode rever atos de determinada CPI (legislativo) que extrapolem o postulado da reserva constitucional de jurisdição quando, por exemplo, o seu presidente expede um mandado de busca e apreensão em total violação do art 5º, XI; • Art. 52, I: compete privativamente ao Senado Federal (legislativo) processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República (executivo) nos crimes de reponsabilidade; • Art. 53, parágrafo 1º, c/c o art. 102, I, b: eventual condenação pelo STF (judiciário) de parlamentar federal corrupto (legislativo) que se vale de seu cargo para indevidamente enriquecer (cf. julgamento do denominado "mensalão" na AP 470); • Art. 62: as medidas provisórias adotadas pelo Presidente da República (executivo) poderão ser rejeitadas pelo Congresso Nacional (legislativo); • OrganizaçãoÊdosÊpoderesÊ(LarissaÊAlves) FunçõesÊtípicasÊeÊatípicas Órgão FunçãoÊtípica FunçãoÊatípica legislativo Legislar Fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial do executivo Natureza Executiva: ao dispor sobre sua organização, promovendo cargos, concedendo férias, licenças a servidores... Natureza Jurisdicional: o Senado julga o Presidente da República nos crimes de responsabilidade executivo Prática de atos de chefia de Estado, chefia de governo e atos de administração Natureza Legislativa: o Presidente da República, por exemplo, adota medida provisória, com força de lei Natureza Jurisdicional: o Executivo julga, apreciando defesas e recursos administrativos judiciário Julgar (função jurisdicional), dizendo o direito no caso concreto e dirimindo os conflitos que lhe são levados, quando da aplicação da lei Natureza Legislativa: regimento interno de seus tribunais Natureza Executiva: administra ao conceder licenças e férias aos magistrados e serventuários Função legislativa: consiste na edição de regras gerais, abstratas, impessoais e inovadoras da ordem jurídica, denominada leis. Função executiva: resolve os problemas concretos e individualizados, de acordo com as leis; não se limita à simples execução das leis; comporta prerrogativas, e nela entram todos os atos e fatos jurídicos que não tenham caráter geral e impessoal; é cabível dizer que a função executiva se distingue em função do governo e função administrativa. Função jurisdicional: tem por objeto aplicar o direito aos casos concretos a fim de dirimir conflitos de interesse. ImpropriedadeÊdaÊexpressãoÊ"tripartiçãoÊdeÊ poderes" Porque o poder é uno, indivisível e indelegável. Ele é um só que se manifesta por meio de órgãos que exercem funções. Poder: emana do povo e é uno, indivisível e indelegável;• Função: é um modo do Estado manifestar a sua vontade;• Órgão: são os instrumentos que o Estado usa para exercitar as funções.• Todos os atos que são praticados pelo Estado vem de um Poder uno, indivisível e indelegável. Os poderes são independentes entre si, cada um atuando dentro da parcela de competência; PrincípioÊdaÊindelegabilidadeÊdeÊatribuições:Êas atribuições não serão passadas de um Poder para o outro, ou seja, um órgão só poderá exercer atribuições de outro ou de natureza típica de outro quando houver expressa previsão e pode ser diretamente quando houver delegação por parte do poder constituinte originário, como ocorre, por exemplo, com as leis delegadas do art. 68, cuja atribuição é delegada pelo Legislativo ao Executivo A CF/88 erigiu que o art. 60, parágrafo 4, III é uma cláusula pétrea a separação dos poderes IndependênciaÊdosÊpoderesÊeÊaÊ indelegabilidadeÊdeÊatribuições
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