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LOUISE GABRIELA SILVA MASCARENHAS PESQUISA SOBRE O ARTIGO 1.848 DO CÓDIGO CIVIL SALVADOR 2021 UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR- UCSAL ESTUDANTE: LOUISE GABRIELA SILVA MASCARENHAS PROFESSORA: REGINALDA PARANHOS RIBEIRO LEITE DE BRITO DISCIPLINA: DIREITO CIVIL - SUCESSÕES PESQUISA SOBRE O ARTIGO 1.848 DO CÓDIGO CIVIL PESQUISA SOBRE O ARTIGO 1.848 DO CÓDIGO CIVIL SALVADOR 2021 ARTIGO 1.848 DO CÓDIGO CIVIL – HERDEIROS NECESSÁRIOS Os herdeiros necessários são os descendentes (filho, neto, bisneto) os ascendentes (pai, avô, bisavô) e o cônjuge, eles possuem o direito a parte legítima que corresponde a 50% dos bens do testador. No momento da abertura da sucessão é realizado um cálculo para obter o percentual sobre a herança líquida, isto é, após a quitação das dívidas e as despesas com o funeral. A outra parte do acervo hereditário é livre para a escolha do testador, denominada parte disponível, o testador pode deixar para quem quiser, inclusive para um ou alguns dos herdeiros necessários. A instituição do herdeiro poderá vir gravada com cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade. A inalienabilidade inclui as outras duas, por força do artigo 1911 do Código Civil, no caso de desapropriação dos bens gravados com essas cláusulas, o valor da indenização também será gravado com estas, o mesmo acontece no caso de venda ou troca do bem gravado, que aliás só pode ocorrer com autorização judicial observada a necessidade do interessado. quanto aos frutos e rendimentos do bem gravado. Entende-se que só são impenhoráveis por cláusula expressa, não cabendo a inalienabilidade com relação a eles. É evidente que deles poderá o herdeiro usufruir e dispor livremente, cabe ainda acrescentar que o testador poderá instituir condomínio entre herdeiros e os legatários por um período não superior a cinco anos, no que diz respeito à interpretação dos testamentos, segundo artigo 1899 do Código Civil quando a cláusula testamentária for passível de interpretações diferentes prevalecerá a que melhor assegure a vontade real do testador. Em determinados casos, porém, pode ser que prevaleça a vontade declarada, a fim de por exemplo, beneficiar herdeiros de boa-fé, sendo o caso concreto que determinará qual vontade real declarada deve prevalecer. Como regra será a real, todavia pode ser declarada de acordo com as circunstâncias, sendo testamento um negócio jurídico gratuito a sua interpretação nunca será ampliativa. O artigo 1.848 do Código civil diz o seguinte: Art. 1.848. Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o testador estabelecer cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima. § 1o Não é permitido ao testador estabelecer a conversão dos bens da legítima em outros de espécie diversa. § 2o Mediante autorização judicial e havendo justa causa, podem ser alienados os bens gravados, convertendo-se o produto em outros bens, que ficarão sub-rogados nos ônus dos primeiros. Diferente do disposto no código revogado o titular do patrimônio não pode negar que o filho tome posse da sua parte da legítima através de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade de seu patrimônio por completo, exceto se houver justa causa, devendo ser mencionado no testamento para avaliação do juiz competente. Bem como, não admite que que o titular converta a legítima em bens ou direitos diversos. A legítima uma vez que seja falecido o autor da herança, é passada imediatamente para os herdeiros necessários pela partilha, então o testador não tem esse poder sobre o legítimo. Mediante autorização judicial e havendo justa causa que justifique o ato, podem ser alienados bens gravados convertendo se o produto em outros bens que ficarão sub-rogados no ônus dos primeiros. Então se caso tenha sido gravado por testamento algum bem que foi deixado para os herdeiros esse bem tecnicamente se ele está gravado por inalienabilidade, não pode ser vendido, entretanto se um dos herdeiros estiver em estado de necessidade, e tendo um bem, pode ser apresentada uma justificativa para vender e comprar um outro bem que substitua e com excedente poder prover as necessidades básicas, então o juiz pode autorizar a alienação de bens inalienáveis apresentando a justa causa em juízo. Em suma, a impenhorabilidade, implica que o bem, recebido por testamento ou por doação, não mais poderá ser penhorado por dívida do novo proprietário; a incomunicabilidade implica que aquele bem não se comunicará com qualquer outro patrimônio, ou seja, permanecerá somente no patrimônio da pessoa beneficiada; e a inalienabilidade implica que o bem não poderá ser alienado pelo beneficiado em hipótese alguma. (NETO, Jaime Rodrigues de Almeida) REFERÊNCIAS JUSBRASIL. Disponível em: < https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10603698/artigo-1848-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 > Acesso em 01 mai. 2021. DIREITOCOM. Disponível em: < https://www.direitocom.com/codigo-civil-comentado/artigo-1848#:~:text=1.848.,em%20outros%20de%20esp%C3%A9cie%20diversa. > Acesso em: 01 mai. 2021. CONJUR. Disponível em: < https://www.conjur.com.br/2018-set-30/processo-familiar-companheiros-sao-herdeiros-necessarios-ou-facultativos > Acesso em: 01 mai. 2021.
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