banho de lua livro

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RECURSOS ESTÉTICOS 
MANUAIS
Celio Takashi Higuchi
 
Banho de lua
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Explicar os fundamentos do banho de lua.
  Relacionar os produtos utilizados.
  Descrever o método de aplicação.
Introdução
Na área da estética corporal, um tratamento que existe no mercado há 
bastante tempo e que ainda é muito procurado pelos clientes é o banho 
lua ou banho dourado. Esse é um tratamento que visa a melhorar a 
qualidade da pele e clarear os pelos. No Brasil, o banho de lua é ampla-
mente procurado, principalmente por nosso clima propiciar roupas mais 
leves e temporadas de clima quente. Para realizar esse procedimento, o 
profissional precisa não apenas conhecê-lo e realizá-lo com segurança, 
mas também saber indicá-lo no momento certo.
Neste texto, você vai estudar os fundamentos desse tratamento, os 
produtos utilizados para a sua realização e de que maneira a pele pode se 
beneficiar dele. Também vai ver quando indicar o procedimento ao cliente 
e quais os cuidados deve ter, estando apto a realizar o procedimento de 
maneira segura e eficaz.
Fundamentos: entendendo a pele e seus anexos
A pele, também denominada tecido tegumentar, é considerada o órgão de 
maior complexidade do corpo humano, uma vez que contém células e estru-
turas especializadas que desempenham inúmeras funções primordiais para 
a nossa saúde e sobrevivência. É também o maior órgão, recobrindo toda 
a superfície corporal e permanecendo exposta a diversos agentes nocivos/
danosos ao longo dos anos.
Entre as funções da pele estão a síntese de vitamina D; proteção e imuni-
dade; função sensorial; e a regulação da temperatura corporal. Esse complexo 
órgão encontra-se organizado em duas camadas, epiderme e derme, cada uma 
desempenhando funções específicas.
A camada mais externa da pele é denominada epiderme e tem como prin-
cipal função a proteção do organismo. Nela encontram-se as células epiteliais. 
Por estar em contato com o meio externo, essa camada impermeabiliza a pele, 
controlando a entrada de substâncias e renovando-se constantemente, elimi-
nando células epiteliais e substituindo-as por novas células gradativamente. 
A epiderme é dividida assim: 
  Estrato córneo: é a camada mais externa da epiderme, onde há células 
mortas e células em fase de degeneração, que são eliminadas a cada 
duas semanas. Isso garante a função de barreira protetiva, por meio da 
proteção mecânica, além de manter uma boa concentração de água, o 
que mantém a hidratação da pele.
  Estrato lúcido: esta é uma camada adicional, entre o estrato córneo e 
o granuloso. Está presente apenas na pele mais espessa, como palma 
das mãos e planta dos pés.
  Estrato granuloso: é a camada em que as células epiteliais acumulam 
grânulos, que são responsáveis por impedir a saída de água.
  Estrato espinhoso: nessa camada, as células epiteliais são bem aderidas 
umas às outras, para garantir proteção contra o atrito. 
  Estrato germinativo: também chamada de camada basal, essa é última 
e mais profunda camada da epiderme. Contém células que se encontram 
em grande atividade mitótica e é responsável pela renovação das células 
ao longo das camadas — logo, todas as camadas derivam dessa camada 
basal, e suas células também são chamadas de células-mãe.
As células epiteliais têm um ciclo de vida de aproximadamente 15 dias, 
renovando-se constantemente pela abrasão que a superfície externa da pele 
sofre diariamente. Outras células, provenientes de camadas mais profundas 
da epiderme, vão realizando a substituição celular.
A camada mais profunda da pele, que fica abaixo da epiderme, é chamada 
de derme. Nela ficam estruturas muito importantes, como fibras, nervos, 
vasos linfáticos e sanguíneos, assim como os anexos da pele. Veja na Figura 
1 as camadas da pele e seus anexos.
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Figura 1. Camadas da pele e seus anexos.
Fonte: Soutor e Hordinsky (2015).
Entre os anexos da pele, temos as glândulas sudoríparas e sebáceas, com 
funções de controle de temperatura corporal e controle da lubrificação, res-
pectivamente; as unhas; e os folículos pilosos. Os folículos pilosos são estru-
turas importantes da derme, tendo funções de proteção térmica e mecânica 
do organismo, uma vez que cada folículo piloso dá origem a um pelo. Os 
folículos pilosos encontram-se distribuídos por todo o corpo, com exceção 
da superfície palmar e plantar.
Os pelos têm inúmeras funções no organismo humano: defesa nas áreas de 
orifícios, proteção contra a radiação ultravioleta e função sensitiva, em virtude 
de sua inervação. Os pelos são formados por uma parte livre (visível a olho 
nu), uma haste, uma porção intradérmica e a raiz. O componente principal do 
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pelo é a queratina, que é formada por uma importante cadeia de aminoácidos, 
garantindo resistência e flexibilidade. A Figura 2 mostra a estrutura do pelo.
Figura 2. Estrutura do pelo.
Fonte: Rivitti (2014).
Os pelos não crescem continuamente, há uma alternância de fases com períodos de 
crescimento e outros de repouso. A cor dos pelos é determinada pela quantidade de 
melanina existente, que varia em cada indivíduo e sofre alterações decorrentes do 
processo de envelhecimento (FASSHEBER et al., 2018).
Alguns fatores estão relacionados ao crescimento dos pelos, como fatores 
nutricionais, hormonais e emocionais, e há diferenças significativas entre 
homem e mulher. A média de crescimento é de 0,4 mm por dia.
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O processo pelo qual o pelo adquire coloração é denominado melanogênese. 
Nesse processo, há a formação de melanina no interior dos melanócitos, e é 
a melanina que confere cor ao pelo. Os melanócitos encontram-se na raiz do 
pelo e possuem organelas especializadas, chamadas de melanossomos ou 
melanossomas. 
Dentro dos melanossomos ocorrem inúmeros processos bioquímicos, nos 
quais o aminoácido tirosina sofre ação da enzima tirosinase. Na presença do 
oxigênio molecular, a tirosinase oxida a tirosina em dopa (dioxifenilalanina) 
e esta em dopaquinona. A partir daí, uma cadeia de reações irá culminar nos 
melanossomos cheios de melanina, que irão entrar nas células denominadas 
queratinócitos, que levarão a melanina até a superfície do pelo, garantindo 
cor a ele.
Além de suas funções fisiológicas primordiais, a pele e seus anexos apre-
sentam-se também com uma relevante estrutura na área estética, uma vez que 
ela é uma das estruturas responsáveis pela aparência do ser humano.
Como funciona o banho de lua
A procura por tratamentos estéticos que melhorem a aparência e beleza da 
pele e que promovam sua manutenção ou recuperação vem aumentando nos 
últimos anos. Surgem assim inúmeros tratamentos estéticos que, associados 
a área da cosmetologia, visam a melhorar a aparência da pele e seus anexos, 
garantindo melhorias na autoimagem e na qualidade de vida do cliente. 
Entre os tratamentos corporais procurados atualmente, encontra-se o banho 
de lua, também chamado por alguns autores de banho dourado (OLIVEIRA, 
2014).
O banho de lua tem por objetivo primordial o clareamento dos pelos do 
corpo por meio da aplicação de produtos cosméticos e técnicas específicas. 
Além do clareamento dos pelos, esse tratamento promove renovação da pele, 
eliminando células mortas por meio de esfoliação, e hidratação, garantindo 
uma pele mais suave e hidratada.
O banho de lua também pode ser utilizado para fins de relaxamento, uma 
vez que são utilizadas técnicas de massagem e relaxamento durante a reali-
zação do procedimento. Inúmeras pessoas se beneficiam dessa técnica como 
uma preparação para outros tratamentos estéticos, pois a renovação celular 
proporcionada pelo banho de lua prepara a pele para receber outros tipos de 
tratamento, servindo como um pré-tratamento estético. 
Existem algumas contraindicações para a realização do tratamento com 
banho de lua, que devem ser consideradas ao se propor o tratamento ao cliente. 
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Gestantes, pacientes com lesões ativasna pele, como infecções, com trombose 
venosa profunda ou com alergia aos componentes dos cosméticos a serem utili-
zados no tratamento devem ser contraindicados. Algumas regiões corporais são 
contraindicadas por serem áreas hipersensíveis, como a face e áreas genitais. 
A presença de varizes somente é contraindicada em casos graves, quando estiverem 
presentes em grande quantidade e apresentarem grosso calibre, ou ainda se estiverem 
associadas a episódios de trombose venosa profunda.
Procedimento de banho de lua
O banho de lua consiste na associação de algumas técnicas, que são as seguin-
tes: higienização da pele, esfoliação, clareamento ou descoloração dos pelos 
e hidratação. O tempo de duração de uma sessão é variável, pois depende do 
número de regiões que o paciente deseja clarear. A técnica pode ser realizada 
em membros superiores, inferiores e tronco. Uma sessão que envolva todas 
as regiões tem duração aproximada de 1 hora e 30 minutos.
Durante o procedimento, as soluções cosméticas agem no mecanismo de 
coloração do pelo. A descoloração que ocorre no processo de banho de lua é 
desencadeada por um mecanismo denominado oxidação. Esse processo atua 
nos melanossomos que estão dentro dos queratinócitos que se encontram na 
camada mais externa da epiderme, a camada córnea.
A Figura 3 mostra as organelas celulares melanossomos, onde ocorre o 
processo de melanogênese. Essas organelas estão, inicialmente, dentro dos 
melanócitos, células onde ocorre a produção da melanina e o seu armazena-
mento inicial.
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A solução resultante da mistura da água oxigenada (peróxido de hidrogênio) 
e do pó descolorante (persulfato de potássio) permite que haja um processo de 
oxidação da amônia existente no pó descolorante. A amônia abre a cutícula 
capilar e permite que o oxigênio seja liberado, agindo no interior dos mela-
nócitos, precursores da cor do pelo, descolorindo-os. 
A quantidade de solução a ser preparada dependerá diretamente dos locais 
de aplicação, podendo variar bastante. Entretanto, a mistura sempre será 
composta por duas medidas de água oxigenada para uma medida de pó des-
colorante. Para facilitar, utilize sempre a mesma colher dosadora. 
Esse processo vai ocorrer apenas na parte visível do pelo, por isso não 
ocorre um clareamento de toda a estrutura do pelo. Sendo assim, à medida 
que o pelo cresce são necessárias novas aplicações para descolori-lo.
O tratamento com banho de lua é um tratamento seguro; entretanto, assim 
como todos os tratamentos estéticos corporais, é necessário que se realize 
uma avaliação do cliente antes da realização do procedimento, garantindo a 
segurança tanto do cliente quanto do profissional (LOPES et al., 2017). A ava-
liação deve ser realizada, obrigatoriamente, antes da realização do tratamento. 
Devem ser questionados os objetivos do cliente, os hábitos e estilo de vida, e os 
problemas de saúde, e deve ser feita avaliação física. Apenas depois disso será 
possível elaborar um plano de tratamento (ANDRADE; CECHINEL, 2017).
Figura 3. É dentro dos melanossomos que ocorre o processo de melanogênese, responsável 
pela coloração do pelo.
Fonte: Rivitti (2014).
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As informações declaradas pelo cliente na avaliação/prontuário são confidenciais e é 
responsabilidade do profissional garantir o seu sigilo.
A cosmetologia no banho de lua
Para executar o tratamento adequado e de acordo com as necessidades do 
paciente, o uso de cosméticos é essencial. No Brasil, o uso de produtos cos-
méticos é regulamentado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sani-
tária). Antes da utilização de qualquer produto cosmético, é importante que o 
profi ssional consulte o site da Anvisa e verifi que se o produto possui registro 
e os demais requisitos para sua utilização, garantindo assim a segurança do 
cliente e do profi ssional.
Para reduzir o risco de lesões decorrentes do uso inadequado de alguns 
produtos, de sua formulação e de sua finalidade de uso, a Anvisa estabeleceu 
uma classificação de risco, que divide os cosméticos em produtos de grau 1 
e de grau 2.
Os produtos de grau 1 são considerados produtos com propriedades 
básicas ou elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária 
e não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas 
restrições de uso. Os produtos de grau 2 incluem os produtos de higiene 
pessoal, cosméticos e perfumes. Eles possuem indicações específicas, cujas 
características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como 
informações e cuidados, modo e restrições de uso.
No protocolo do banho de lua, a maioria dos produtos são de grau 1, apenas 
a solução clareadora de pelos é classificada como grau 2, pela presença de 
água oxigenada.
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Quer ver a lista completa dos produtos classificados segundo o risco pela Anvisa? 
Acesse o link a seguir e confira.
https://goo.gl/ZgKJwB
Você pode conferir também algumas informações importantes da área da cosmetologia 
no site da Associação Brasileira de Cosmetologia, na aba legislações. Disponível em:
https://goo.gl/CVyrrV
Produtos utilizados no banho de lua
Para a realização do banho de lua, são utilizados alguns cosméticos, e cada um 
apresenta uma função específi ca no cuidado e tratamento da pele. A seguir estão 
descritos os principais produtos utilizados no banho de lua e as suas funções.
Loção antisséptica: a loção antisséptica é aplicada na pele com objetivo de 
remover quaisquer sujidades, produtos ou resíduos de poluição. No caso do 
tratamento com banho de lua, a aplicação pode ser realizada apenas nas mãos 
e pés, para um maior conforto do cliente, uma vez que não há necessidade de 
fazer a limpeza da pele do cliente antes do protocolo banho de lua.
Óleo protetor ou creme de parafi na: o uso de um óleo ou do creme de para-
fi na tem por objetivo criar uma barreira lipídica protetora na pele do cliente. 
Assim, a posterior aplicação de novos produtos não agredirá a pele. Entre os 
óleos mais indicados para esse fi m está o óleo de amêndoas, por ser mais leve e 
hipoalergênico, podendo ser usado em clientes com peles sensíveis. O óleo ou 
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https://goo.gl/ZgKJwB
https://goo.gl/CVyrrV
o creme de parafi na vai evitar que o cliente se queixe de ardor ou queimação 
na pele durante a aplicação dos demais produtos.
Solução clareadora de pelos: neste caso, será utilizada uma solução que 
associa peróxido de hidrogênio (água oxigenada cremosa volume 30 ou 40) 
ao persulfato de potássio (pó descolorante), na proporção de duas medidas de 
água oxigenada para uma medida de pó descolorante. A mistura desses dois 
produtos terá um efeito despigmentador, clareando o pelo.
Sabonete: limpa a pele, por ter efeito desengordurante e detergente. É impor-
tante sempre priorizar a escolha de sabonetes com pH mais próximo da pele, 
entre 5 a 6. No caso dos tratamentos corporais, é interessante evitar sabotes 
em barra e preferir sabonetes na forma líquida ou de espuma, para facilitar 
o procedimento.
Esfoliante: os produtos cosméticos com função de esfoliação agem eliminando 
o estrato córneo da pele, estimulando a produção de novas células. Como 
esfoliantes físicos, podem ser utilizadas algumas sementes de frutas, óxido 
de alumínio ou grânulos de polietileno.
Hidratante: o cosmético hidratante irá atuar aumentando a hidratação da pele. 
Essa ação pode ser desempenhada de três maneiras diferentes: por oclusão, 
por umectação e por emoliência. Um mesmo cosmético pode ser utilizado de 
uma ou mais maneiras de hidratação, dependendo dos ativos utilizados na 
formulação. Os agentes hidratantes por oclusão atuam impedindo a perda de 
água pelo estrato córneo da pele (camada mais superfi cial da pele), criando 
uma fi na película protetora. Normalmente, são hidratantes em forma de emul-
sões e podem ter como princípio ativo a parafi na, o óleo mineral, a lanolina 
e os derivados do silicone. Os hidratantes por umectação agem por meio de 
alguns ativos que atraem a água para próximo deles, comoo colágeno. E os 
hidratantes que agem por emoliência atuam aproximando as células umas das 
outras na camada córnea, evitando a perda de água; exemplos são a glicerina, 
o ácido hialurônico e o pantenol.
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A escolha dos cosméticos dependerá da avaliação realizada anteriormente. Existe 
uma gama de produtos cosméticos no mercado especiais para peles sensíveis, secas 
ou oleosas, assim como produtos hipoalergênicos (com menor risco de alergias). A 
escolha correta do cosmético é primordial para um bom resultado do tratamento.
É essencial que o profissional teste todos os produtos cosméticos a serem utilizados no 
tratamento fazendo teste de contato ou patch test. O profissional coloca uma pequena 
quantidade do produto na região do antebraço do cliente e aguarda um período para 
verificar se o cliente apresenta algum processo inflamatório decorrente da exposição 
à substância externa. O período de espera do teste depende de cada produto e da 
empresa fabricante, por isso é importante ler as orientações dos produtos e realizar o 
teste antes da aplicação, visando a reduzir o risco de alergias.
Protocolo de tratamento banho de lua: 
programando os cuidados com o cliente
A palavra protocolo é utilizada na ciência como um plano de cuidados, uma 
receita para se chegar ao objetivo fi nal do tratamento. No caso do procedimento 
de banho de lua, pode-se encontrar diversos protocolos diferentes, de acordo 
com a empresa produtora dos cosméticos, com a avaliação do paciente, etc. 
Dessa maneira, não existe apenas um protocolo fi xo, e mesmo com um mesmo 
paciente é possível se fazer mudanças de acordo com a situação clínica dele.
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O prontuário é um recurso essencial para que você, futuro profissional, possa traçar 
um plano de tratamento mais correto, reduzindo o risco de não atingir os objetivos 
propostos. E lembre-se de que não existe apenas um protocolo para cada tratamento, 
os protocolos são produzidos individualmente, com base na avaliação que consta 
no prontuário.
Entretanto, o tratamento corporal com banho de lua segue alguns princípios 
básicos, considerando a condição a ser tratada e alguns passos que devem estar 
contemplados no protocolo a ser utilizado. 
Além da importância da avaliação e da definição do melhor protocolo, é 
importante que a sala de procedimentos também esteja pronta para receber o 
cliente. Entre os itens a serem utilizados para a aplicação do banho de lua estão 
maca, luvas, lençol descartável, cubetas, gaze, pincel, espátulas descartáveis, 
toalha descartável e papel filme (opcional).
A seguir, você pode ver uma sugestão de protocolo de banho de lua:
1. Posicionamento do cliente: o cliente iniciará o tratamento na posição de 
decúbito dorsal (deitado de barriga para cima), de preferência com roupas 
de banho ou roupas que mantenham a área a ser tratada descoberta. 
2. Fase de higienização: inicie realizando a aplicação da solução antis-
séptica, com auxílio de uma gaze, na planta dos pés e na palma das 
mãos, para remover quaisquer sujidades.
3. Fase de proteção: utilize luvas e faça a aplicação do creme de parafina 
ou do óleo, empregando movimentos circulares das mãos na parte ante-
rior da pele do paciente, nos locais onde será realizada a descoloração 
dos pelos. Você pode utilizar uma espátula, no caso da parafina, ou as 
próprias mãos, no caso do óleo. Deixe o óleo/creme de parafina agir 
por aproximadamente 20 minutos.
4. Fase de descoloração: utilize uma cubeta para fazer a preparação da 
solução clareadora, usando luvas e espátulas descartáveis. Depois, 
aplique a solução na pele do paciente com um pincel. A aplicação deve 
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ser feita com o auxílio de um pincel, primeiro na direção do crescimento 
do pelo e depois em todos os demais sentidos, de modo que todas as 
regiões do pelo recebam o produto descolorante. A aplicação deve 
sempre ser iniciada na região em que o cliente tiver maior quantidade 
de pelos e pelos de coloração mais escura. Deixe agir até obter a colo-
ração desejada. É preciso considerar que o tempo varia de acordo com 
a cor do pelo do cliente. Normalmente, o tempo de ação da solução 
descolorante é, em média, 20 minutos. 
 ■ Nesta fase, em virtude de a solução descolorante ter um odor mais 
forte, é opcional a oclusão das áreas com filme plástico, para maior 
conforto do cliente.
5. Fase de limpeza da solução descolorante: após o pelo atingir a colo-
ração desejada, remova a solução com toalhas higiênicas descartáveis 
umedecidas com água morna, até a completa remoção do produto.
6. Fase de esfoliação: após a descoloração dos pelos, utilize o produto 
cosmético escolhido e faça a aplicação. O esfoliante deve ser aplicado 
com as mãos com movimentos circulatórios, iniciando nos pés em 
direção ao tronco. 
7. Fase de limpeza do esfoliante: utilize gaze umedecida em água morna 
ou toalhas higiênicas para remover completamente o produto esfoliante 
da pele.
8. Fase de hidratação e massagem: nesta fase, a pele do cliente já está 
renovada pela esfoliação e os pelos estão descoloridos, prontos para 
receberem uma hidratação. Utilize o hidratante escolhido. Você pode 
associar a hidratação da pele com uma massagem relaxante na parte 
anterior do corpo do cliente. Pode também utilizar outras modalidades 
de massagem, não necessariamente a relaxante, sugerindo a aplicação 
de drenagem linfática, massagem modeladora ou apenas a aplicação 
do hidratante, dependendo das necessidades do cliente. 
9. Repita o procedimento na parte posterior do corpo do cliente, na posi-
ção de decúbito ventral, realizando a aplicação da solução clareadora, 
higienização, esfoliação, higienização do esfoliante e hidratação. 
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Na possibilidade de o cliente poder tomar banho no local de aplicação do protocolo, 
você pode sugerir o banho após a aplicação da solução clareadora e após a aplicação 
do esfoliante. Há a possibilidade de fazer a aplicação na posição em pé ou iniciando na 
região posterior do corpo, dependendo do protocolo estabelecido pelo profissional 
(OLIVEIRA, 2014).
Acessando o link a seguir, você pode ver outro exemplo de protocolo de banho de lua.
https://goo.gl/4Te6Yn
1. Qual camada da pele recebe 
direta e imediatamente os efeitos 
do banho de lua no momento 
da realização da esfoliação e da 
aplicação da solução clareadora?
a) Camada espinhosa.
b) Camada córnea.
c) Camada granulosa.
d) Camada lúcida.
e) Camada germinativa.
2. O banho de lua utiliza uma solução 
descolorante que será aplicada 
na pele do cliente. Como age a 
solução descolorante sobre o pelo?
a) A solução descolorante 
age quebrando o pelo e 
provocando sua queda.
b) A solução descolorante tem 
efeito definitivo sobre o pelo.
c) A solução descolorante clareia 
apenas a superfície do pelo 
(pelo visível) e não é definitiva.
d) A solução descolorante deverá 
ser aplicada diariamente.
e) A solução descolorante deve ser 
aplicada no ambiente domiciliar.
3. Antes do procedimento, é 
importante realizar uma avaliação 
do cliente para verificar suas 
condições de saúde, uma vez 
Banho de lua14
https://goo.gl/4Te6Yn
que existem contraindicações ao 
tratamento. São contraindicações 
para o banho de lua:
a) Presença de irritações na 
pele, como foliculites. 
b) Pelos escuros na região de 
membros inferiores.
c) Exposição ao sol posterior à 
aplicação do banho de lua.
d) Idosos, mesmo em bom 
estado de saúde.
e) Pré-tratamento estético 
para preparar a pele. 
4. O banho de lua age diretamente 
sobre um dos anexos da pele, 
os pelos. Sobre os pelos, 
é correto afirmar que:
a) Seu crescimento depende de 
vários fatores, incluindo fatores 
hormonais e nutricionais. 
b) Seu ciclo de crescimento 
é constante, não havendo 
diferença na velocidade 
de crescimento entre 
homens e mulheres.
c) Apresentam função de 
aumentar o atrito da pele.
d) Crescem em média 4 mm por dia.
e) Os fatores nutricionais 
não interferem no 
crescimento do pelo.
5. A Anvisa classifica os cosméticos 
com base nos riscosque eles 
apresentam tanto ao profissional 
quanto ao cliente. No banho de 
lua, utilizamos a água oxigenada, 
classificada como produto de 
risco grau 2. Isso significa que: 
a) É um produto simples, que 
não necessita de maiores 
cuidados em seu manuseio.
b) Apresenta propriedades básicas 
e elementares, não necessitando 
de muitas informações 
para seu uso adequado.
c) É um produto que possui 
indicação específica, exigindo 
comprovação de segurança 
e restrições em seu uso.
d) Por sua classificação, pode ser 
utilizada sem maiores restrições 
no ambiente domiciliar.
e) Mesmo apresentando indicação 
específica, não necessita de 
comprovação de eficácia e 
segurança, uma vez que se 
trata de um cosmético.
15Banho de lua
ANDRADE, G.; CECHINEL, L. R. Anatomofisiologia aplicada à estética. Porto Alegre: Sa-
gah, 2017.
FASSHEBER, D. et al. Disfunções dermatológicas aplicadas à estética. Porto Alegre: Sagah, 2018.
LOPES, F. M. et al. Introdução e fundamentos da estética e cosmética. Porto Alegre: Sagah, 2017.
OLIVEIRA, A. L. De esteticista para esteticista: diversificando os protocolos faciais e cor-
porais na área da estética. São Paulo: Matrix, 2014.
RIVITTI, E. A. Manual de dermatologia clínica de Sampaio e Rivitti. São Paulo: Artes Mé-
dicas, 2014.
SOUTOR, C.; HORDINSKY, M. Dermatologia clínica. Porto Alegre: AMGH, 2015. (Lange).
Leituras recomendadas
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<http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos>. Acesso em: 01 ago. 2018.
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anvisa.gov.br/documents/106351/107910/Guia+para+Avalia%C3%A7%C3%A3o+de
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SANTOS, A. C. dos. Fibra capilar, agentes de coloração e descoloração: química, mecanimos 
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em Tricologia)- Faculdade Faserra, Manaus, 2017. Disponível em: <http://portalbiocur-
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TRICOLOGIA. [201-?]. Disponível em: <www.tricologia.com.br>. Acesso em: 01 ago. 2018.
VERSAGI, C. M. Protocolos terapêuticos de massoterapia: técnicas passo a passo para 
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http://anvisa.gov.br/documents/106351/107910/Guia+para+Avalia%C3%A7%C3%A3o+de
http://sos.com.br/ohs/data/docs/235/1-Fibra_Capilar_Agentes_de_ColoraYYo_e_Desco-
http://www.tricologia.com.br/
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.