Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Área de Treinamento “O lucro do nosso estudo é tornarmo-nos melhores e mais sábios.” (Michel de Montaigne) Você encontrará, nos próximos capítulos, questões dos últimos anos dos concursos de Residência Médica. Leia cada questão com muita atenção e aproveite ao máximo os comentários. Se necessário, retorne ao texto de sua apostila. Sugerimos que você utilize esta Área de Treinamento fazendo sua autoavaliação a cada 10 (dez) questões. Dessa forma, você poderá traçar um perfil de rendimento ao final de cada treinamento e obter um diagnóstico preciso de seu desempenho. Estude! E deixe para responder as questões após 72 horas. Fazê-las imediatamente pode causar falsa impressão. O aprendizado da Medicina exige entusiasmo, persistência e dedicação. Não há fórmula mágica. Renove suas energias e se mantenha cronicamente entusiasmado. Boa sorte! Você será Residente em 2017! Atenciosamente, Dr. Gama Coordenador Acadêmico “Todos nós conhecemos pessoas que, em circunstâncias muito difíceis, como no caso de uma doença terminal ou grave incapacidade física, man- têm uma força emocional admirável. Como sua integridade nos inspira! Nada causa impressão mais forte e duradoura no ser humano do que per- ceber que alguém superou o sofrimento, transcendeu as circunstâncias e abriga e expressa valores que inspiram, enobrecem e dão mais sentido à vida.” Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes Stephen R. Covey SJT Nefrologia 2016 Sumário 1 Questões para treinamento – Conceitos gerais, glomerulopatias primárias e secundárias ........................... 5 2 Gabarito comentado ..................................................................................................................... 51 3 Questões para treinamento – IRA, IRC, tubulopatias, ITU e litíase ..................................................................................122 4 Gabarito comentado .................................................................................................................. 157 5 Questões para treinamento – Distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos ............................................................ 231 6 Gabarito comentado ..................................................................................................................254 646 Questões Comentadas 1 Questões para Treinamento Conceitos gerais, glomerulopatias primárias e secundárias SES-GO – 2016 1. Um paciente com nefropatia diabética já em fase de macroalbuminúria, porém com boa função renal, provavelmente obtivesse maior benefício para con- trole da pressão arterial com o uso de: a) losartana b) losartana + captopril c) nifedipina d) hidralazina ACERTEI ERREI DÚVIDA SES-GO – 2016 2. São sinais, sintomas ou achados laboratoriais da síndrome nefrótica: a) edema de início insidioso, proteinúria maior ou igual a 50 mg/kg/ dia; albumina sérica menor que 2,5 g/dL b) hipercolesterolemia, proteinúria maior ou igual a 50 mg/kg/dia, edema generalizado, oligúria e hematúria c) proteinúria maior ou igual a 40 mg/kg/dia; albumi- na sérica menor que 2,5 g/dL; complemento sérico baixo e ASLO aumentado d) edema de início abrupto, oligúria, hematúria e hipertensão arterial; proteinúria maior ou igual a 50 mg/kg/dia ACERTEI ERREI DÚVIDA UFRN – 2016 3. M.C.S., 5 anos, é levado ao pediatra com quadro de edema que iniciou há cerca de 15 dias, após Infecção de Vias Aéreas Superiores (IVAS) que evoluiu para anasarca. A mãe apresentou resultado de exame de urina (EAS) solicitado pelo médico da Unidade Bá- sica de Saúde que mostrava: pH: 5,5; DU: 1010; Pro- teínas: 4+; nitrito: negativo; leucócitos: 4/campo; he- mácias: 3/campo. O pediatra resolve, então, solicitar novos exames, os quais revelam: Proteinúria de 24 horas = 60 mg/kg/dia; Albumina sérica = 2,2 mg/dL; Complemento sérico = normal; Ureia, creatinina e hemograma normais; Ionograma normal, exceto por hipocalcemia; Raios-x de tórax e PPD normais. Va- cinação estava atualizada (inclusive pneumocócica, gripe e varicela). Após tratamento com melhora do quadro de IVAS, o paciente permanece com o edema, sem nenhum outro sintoma ou alteração no exame físico. Diagnosticada a patologia, e baseado nos exa- mes acima, o pediatra deve iniciar o tratamento com: a) prednisona por 4 a 6 semanas, diariamente b) penicilina benzatina em dose única c) ciclosporina duas vezes ao dia, por 6 meses d) penicilina cristalina de 6/6 horas por 10 dias ACERTEI ERREI DÚVIDA UFRN – 2016 4. São medicações recomendadas para tratamento da nefrite lúpica classe III com crescentes celulares, du- rante a gravidez: Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons. Carlos Drummond de Andrade a) hidroxicloroquina e micofenolato de mofetil b) ciclofosfamida e metotrexato c) hidroxicloroquina e azatioprina d) azatioprina e metrotrexato ACERTEI ERREI DÚVIDA UNITAU – 2016 5. Menino de 4 anos é levado à Unidade Básica de Saúde. Os pais referem que, há alguns dias, ele tem acordado com edema em volta dos olhos. No decorrer do dia, o edema se acumula nas pernas e no períneo. Ao exame físico, encontra-se em anasarca e com pressão arte- rial dentro da normalidade. O exame de urina revela proteinúria 3+, 5 hemácias/campo, cilindros hialinos e granulosos. Em relação a esse quadro, a hipótese diagnóstica mais provável é: a) glomerulonefrite aguda b) nefropatia por IgA c) síndrome hemolítico-urêmica d) infecção do trato urinário e) síndrome nefrótica ACERTEI ERREI DÚVIDA UNESP – 2016 6. Menino de 5 anos apresenta quadro de edema palpebral e de membros inferiores há 3 dias, dispneia há 1 dia e história de ferimento na perna há 3 semanas. Exame fí- sico: peso 21 kg, estatura no percentil 25, PA: 117 × 81 mmHg (PAS e PAD no percentil 99 para idade, sexo e percentil de estatura). FC: 132 bpm, FR: 52 rpm. Edema palpebral e em membros inferiores 2+ em 4+. Crepita- ções difusas. Exames laboratoriais: proteinúria ++; nu- merosas hemácias por campo; ureia: 78 mg/dL; creati- nina: 0,9 mg/dL. Raios-x de tórax: congestão pulmonar e aumento da área cardíaca. O diagnóstico e os exames que devem estar alterados são, RESPECTIVAMENTE, a) glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica; dosa- gem sérica da fração 3 do complemento e da anti- deoxiribonuclease B b) glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica; dosa- gem sérica da fração 4 do complemento e da anti- deoxiribonuclease B c) síndrome nefrótica por lesões mínimas; dosagem sé- rica da albumina e do colesterol e fração VLDL d) síndrome nefrótica por glomerulonefrite membra- no- proliferativa; dosagem sérica da albumina e do colesterol e fração VLDL ACERTEI ERREI DÚVIDA FMABC – 2016 7. F.G.I, 34 anos, previamente hígida procura atendi- mento médico devido edema de membros inferiores e cansaço aos médios esforços. Ao exame físico: Pressão Arterial : 180 × 100 mmHg Descorada ++/4 Ausculta pulmonar com estertoração crepitante em bases. Exames laboratoriais eviden- ciam: Creatinina 2,4 mg/dL (traz exames de 2 meses anteriores com creatinina em 0,7 mg/dL) Urina I com proteinúria e hematúria Proteinúria de 24 horas: 1,8 g em 24 horas Hemoglobina: 8,6 g/dL Ultrassonografia de rins e vias urinárias com rins de tamanho normais e relação corticomedular preservada. Em relação ao quadro acima, assinale a alternativa CORRETA: a) trata-se de um quadro de Síndrome Nefrótica, pro- vavelmente por doença de lesões mínimas, devemos iniciar prednisona 1 mg/kg/dia e indicar biópsia renal b) trata-se de um quadro de Síndrome Nefrítica com provável comportamento de Glomerulonefrite rapi- damente progressiva, devemos pulsar com ciclofos- famida e indicar biópsia renal a depender de respos- ta a imunossupressão c) trata-se de um quadro de Síndrome Nefrítica com provável comportamento de Glomerulonefrite rapi- damente progressiva, devemos pulsar com corticoi- de e indicarbiópsia renal d) trata-se de um quadro de Síndrome Nefrítica por provável glomerulonefrite membranosa, a imunos- supressão não está indicada até melhor elucidação diagnóstica ACERTEI ERREI DÚVIDA AMRIGS – 2016 8. As primeiras manifestações clinicolaboratoriais da nefropatia diabética incluem: a) hiperfiltração glomerular e microalbuminúria b) hematúria microscópica e leucocitúria c) macroalbuminúria e doença renal crônica d) nefrite intersticial crônica e hipertensão e) hipoaldosteronismo hiporreninêmico e acidose tubular renal ACERTEI ERREI DÚVIDA UNIFESP – 2016 9. Paciente de 35 anos de idade, branco, entra no pronto-socorro com queixa de edema em membros inferiores e urina escurecida há uma semana. No exame físico o edema é caracterizado como anasarca e mede-se pressão arterial de 170 × 110 mmHg. Exa- mes complementares são solicitados, detectando-se creatinina de 4,2 mg/dL, urina tipo I que mostra he- matúria 850.000 hemácias/mL com dismorfismo eri- trocitário ++/+++ e proteinúria ausente. A principal hipótese diagnóstica é: a) patologia obstrutiva de trato urinário b) síndrome nefrótico c) síndrome nefrítica d) nefropatia por IgA e) glomerulonefrite rapidamente progressiva ACERTEI ERREI DÚVIDA 6 Nefrologia | Questões para treinamento SJT Residência Médica – 2016 UERJ – 2016 10. Durante uma consulta de rotina, um paciente nefro- pata recebeu a recomendação de que fosse investigada a possibilidade de ter aneurisma intracraniano, devi- do ao relato de falecimento por hemorragia subarac- noidea de dois familiares de primeiro grau, também nefropatas. A provável doença renal desse paciente é: a) doença de Alport b) doença de Berger c) doença renal policística d) síndrome de Goodpasture ACERTEI ERREI DÚVIDA UNICAMP – 2016 11. Homem, 23a, assintomático, procura serviço médi- co por apresentar hematúria após prática de exer- cícios físicos intensos. Exame físico: PA: 140 × 100 mmHg, FC: 88 bpm, FR: 16 irpm. Análise sedimento urinário: pH 5.5, densidade: 1020, glicose negativa, proteína +3/+4, hemácias 100.000/mm³, leucócitos: 20/mm³; Ureia: 40 mg/dL, creatinina: 0,89 mg/dL. O diagnóstico é: a) síndrome nefrótica b) nefropatia por IgA c) glomerulonefrite pós estreptocócica d) glomerulonefrite membranoproliferativa ACERTEI ERREI DÚVIDA AMP – Clínica Médica – 2016 12. Paciente de 46 anos de idade, com 4 semanas de evo- lução de febre, associada a dispneia. Sem comorbida- des. Nega uso de drogas injetáveis. Ao exame apre- senta sopro diastólico em foco tricúspide. Realizou ecocardiograma com vegetação valvar de 2 cm. He- moculturas demonstraram em duas amostras cresci- mento de enterococos. Rotina de urina demonstrou hematúria e proteinúria++. Sobre o caso acima, qual é a patogenia principal da alteração renal? a) depósito de complexos imunes circulantes b) lesão direta por toxinas bacterianas c) microembolia séptica para o parênquima renal d) crioglobulinemia e) hiperfiltração glomerular ACERTEI ERREI DÚVIDA UFF – Clínica Médica – 2016 13. A redução de mortalidade na crise renal esclerodér- mica a curto prazo está relacionada com advento de: a) bloqueadores dos canais de cálcio b) betabloqueadores c) nitratos d) bloqueadores alfa-adrenérgicos e) inibidores da enzima conversora da angiotensina ACERTEI ERREI DÚVIDA UFG – Clínica Médica – 2016 14. Paciente do sexo masculino, de 19 anos, deu entrada no pronto-socorro com queixa de febre não diária, apre- sentando anasarca, lesões eritematopapulares em região palmoplantar. Os exames laboratoriais mostraram al- bumina: 2,8 g/dL, colesterol: 250 mg/dL, EAS com PTN +++/4+, hemácias 12.000, proteinúria de 24 horas 3,7 g/24 h, creatinina: 0,9 mg/dL, C3 e C4 normais, VDRL reagente 1/64, FTA-ABS positivo, FAN reagente 1/40, padrão nuclear pontilhado fino, anti-DNA negativo. Realizada biópsia renal, que mostrou espessamento de membrana basal e presença de espículas na microscopia óptica. A imunofluorescência foi positiva apenas para IgG e C3, com padrão granular. O diagnóstico sindrô- mico, etiológico e histológico, respectivamente, é: a) síndrome nefrótica, LES, glomerulonefrite proliferativa difusa classe IV b) síndrome nefrítica, LES, glomerulonefrite proliferativa focal classe III c) síndrome nefrótica, sífilis, glomerulonefrite membrano- proliferativa d) síndrome nefrótica, sífilis, glomerulonefrite membranosa ACERTEI ERREI DÚVIDA UFG – Clínica Médica – 2016 15. Quanto ao acometimento renal, no mieloma múltiplo (MM), a) a amiloidose primária (AA) é a manifestação renal mais frequente com presença de proteinúria nefrótica b) a nefropatia por cilindros resulta da filtração de ca- deias leves monoclonais pelos glomérulos, da sua precipitação com a proteína de Tamm-Horsfall no néfron distal e obstrução c) a depleção de volume é um fator agravante, pois ela aumenta o fluxo tubular e diminui a concentração de cadeia leve d) a hipercalcemia deve ser tratada com diurético tiazí- dico e hidratação ACERTEI ERREI DÚVIDA UNICAMP – Clínica Médica – 2016 16. Homem de 24 anos queixa-se de inchaço nas pernas. Ex.físico: PA: 195 × 105 mmHg, edema frio depressí- vel e simétrico nos MMII até quase o joelho. Conta que três irmãos fazem dialise, não sabe porquê. Ex. lab. (sangue): Creatinina: 2.4 mg/dL, Ureia: 28 mg/ dL, ClCr: 60 mL/min/1.73 m². Ex. urina: Proteinas: 4+, Hemácias: 25/campo, Proteinuria de 24 horas: 8.4 g. A utilização de três medicamentos de grupos farmacológicos diferentes reduziram a pressão para 160/90 mmHg. O exame anatomopatológico da bióp- sia renal deve mostrar: Assinale o CORRETO: a) glomeruloesclerose segmentar e focal b) glomerulonefrite aguda c) nefrite intersticial crônica d) nefropatia membranosa ACERTEI ERREI DÚVIDA 7 1 Conceitos gerais, glomerulopatias primárias e secundárias SJT Residência Médica – 2016 UNICAMP – Clínica Médica – 2016 17. Uma paciente de 43 anos apresenta hipertensão arte- rial de início recente. A história pregressa e interroga- tório complementar não apresentaram dados dignos de nota. O exame do sedimento urinário é normal, exceto por hematúria microscópica. Os exames bio- químicos e hemograma são normais. O exame ultras- sonográfico renal mostra múltiplas coleções liquidas parenquimatosas. O diagnóstico mais provável deste paciente é: a) rim espongiomedular b) carcinoma renal bilateral c) tuberculose renal d) doença renal policística ACERTEI ERREI DÚVIDA UNICAMP – Clínica Médica – 2016 18. Paciente de 35 anos tem hematúria recorrente ma- croscópica que ocorre frequentemente após quadros gripais. Fora isto, o seu exame físico e história não apresentam nada digno de nota. Os exames labora- toriais também são normais exceto o sedimento uri- nário, que apresenta hematúria microscópica. Qual o diagnóstico mais provável? a) síndrome de Alport b) doença antimembrana basal glomerular c) nefropatia por IgA d) glomerulonefrite crescêntica ACERTEI ERREI DÚVIDA UNESP – Clínica Médica – 2016 19. Mulher de 26 anos, portadora de lúpus eritematoso sistêmico há 6 anos, sem sinais sistêmicos de ativi- dade há 5 anos, em uso de prednisona 5 mg em dias alternados. Há 2 meses, refere inchaço nas pernas e manchas no rosto, além de dores articulares esporá- dicas. Houve aumento da proteinúria (de 0,18 para 4,3 g/24 h), sem alteração importante da creatinina (de 0,8 para 0,9 mg/dL) e sem aumento dos títulos de Ac anti-DNA e consumo de complemento sérico. Foi submetida à biópsia renal que evidenciou nefrite lú- pica classe III, com altos índices de atividade e 12% de crescentes celulares. As modificações iniciais neces- sárias para o tratamento são aumento do corticoide para 1 mg/kg e a) hidroxicloroquina 400 mg ao dia b) associação da azatioprina 3 mg/kg c) pulsos mensais endovenosos com ciclofosfamida 0,5-1,0 g/m² por 6 meses d) rituximab 1000 mg 15/15 dias porduas doses ACERTEI ERREI DÚVIDA UFSC – Clínica Médica – 2016 20. Paciente do sexo masculino, 31 anos, é atendido em consulta ambulatorial queixando-se de urina “aver- melhada” nas últimas duas semanas. Refere episódio de faringite recente com uso de azitromicina. Nega dor abdominal, disúria ou alterações no volume uri- nário atual. Quando interrogado, recorda-se que sua urina ficou “mais escura” no ano passado na ocorrên- cia de uma amigdalite, mas atribuiu ao antibiótico que usou, com melhora espontânea. Exame físico normal. São solicitados os exames: hemograma, função renal, eletrólitos, coagulograma e USG de rins/vias uriná- rias. Os resultados são normais, exceto o parcial de urina: pH= 5; densidade= 1,018; ausência de glicose, cilindros ou proteínas; hemácias/campo= 224.000. Presença de hemácias dismórficas. Com relação à principal hipótese diagnóstica para a hematúria apre- sentada pelo paciente e às características associadas a essa doença, assinale a alternativa CORRETA. a) monitorar durante três meses pela suspeita de uma doença glomerular de curso benigno b) alertar para a evolução esperada para IRC, encami- nhando ao nefrologista c) iniciar IECA e prednisona para evitar o desenvolvi- mento de proteinúria d) solicitar anti-HIV pela suspeita de doença renal imunomediada pelo vírus e) internar para a realização de biópsia renal ACERTEI ERREI DÚVIDA UFRN – Clínica Médica – 2016 21. Um paciente de 26 anos de idade encontra-se inter- nado na enfermaria da Nefrologia do HUOL devido a síndrome nefrótica. O paciente não apresenta an- tecedentes mórbidos conhecidos, nega uso de medi- cações, mas refere comportamento promíscuo: tem múltiplas parceiras em situação de risco e, constan- temente, não faz uso de preservativo. O paciente apresentou pesquisas de autoanticorpos negativas, glicemias normais e complementos normais. A opção que melhor relaciona a investigação sorológica para infecções crônicas e o padrão glomerular encontrado na histopatologia renal para esse caso clínico é a) VDRL positivo e glomerulonefrite membranoproli- ferativa b) anti-HCV positivo e nefropatia membranosa c) Hbsag positivo e doença de lesões mínimas d) sorologias negativas e GESF ACERTEI ERREI DÚVIDA UFRN – Clínica Médica – 2016 22. São medicações recomendadas para tratamento da nefrite lúpica classe III com crescentes celulares, du- rante a gravidez: a) hidroxicloroquina e azatioprina b) ciclofosfamida e metotrexato c) hidroxicloroquina e micofenolato de mofetil d) azatioprina e metrotrexato ACERTEI ERREI DÚVIDA 8 Nefrologia | Questões para treinamento SJT Residência Médica – 2016 UFPR – Clínica Médica – 2016 23. Paciente do sexo masculino, 27 anos de idade, vem ao ambulatório com queixa de “urina com sangue” há 1 dia, iniciada durante treinamento para evento espor- tivo. Já teve 3 episódios semelhantes: em 2000, 2001 e 2007, também após atividade física. Nega doenças na infância. Nega uso de drogas ou medicamentos. Ao exame físico, apresenta: PA = 120/75 mmHg; FC = 68 bpm; afebril; sem lesões de pele e sem edema pe- riférico. Dados laboratoriais: creatinina = 0,7 mg/dL; hemograma sem alterações. ASO, C3, C4 e CH50 em níveis normais. Parcial de urina: hematúria = +++; proteinúria = traços. Esse quadro clínico e laborato- rial é compatível com: a) glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica b) nefropatia por IgA c) nefropatia membranosa d) síndrome hemolítica-urêmica e) glomeruloesclerose focal e segmentar ACERTEI ERREI DÚVIDA UERJ – Clínica Médica – 2016 24. Uma paciente de 52 anos com artrite reumatoide so- ropositiva desenvolveu proteinúria progressiva man- tendo cor e volume urinários inalterados, assim como as dosagens de ureia e creatinina séricas. Foi levanta- da a hipótese de amiloidose renal, cuja confirmação diagnóstica pode ser tentada através da realização preferencial de biópsia do seguinte sítio: a) gordura abdominal b) medula óssea c) linfonodo d) baço ACERTEI ERREI DÚVIDA UERJ – Clínica Médica – 2016 25. Uma paciente de 25 anos refere histórico de febre reu- mática na infância. No último ano, procurou auxílio médico devido à dispneia aos esforços, quando foi evidenciada a presença de estenose mitral. Há cerca de um mês, realizou tratamento dentário, desenvol- vendo, em seguida, quadro de emagrecimento, febre moderada, sudorese noturna, esplenomegalia e peté- quias subconjuntivais. Sua urina tornou-se escura e espumosa, e sua creatinina sérica atingiu 2,2 mg/dl. A forma mais provável de glomerulopatia, nesse caso, é: a) membranosa b) lesão mínima c) membranoproliferativa d) glomeuloesclerose segmentar e focal ACERTEI ERREI DÚVIDA UERJ – Clínica Médica – 2016 26. Uma paciente com história de síndrome de Sjögren de longa data foi recentemente avaliada para um declí- nio evidenciado em sua função renal, tendo sido de- monstrada a existência de nefrocalcinose. A condição que provavelmente resultou nessa complicação é: a) vasculite renal b) acidose tubular renal c) refluxo vesicoureteral d) glomerulonefrite crônica ACERTEI ERREI DÚVIDA SURCE – Clínica Médica – 2016 27. Um paciente 50 anos procura o ambulatório para ava- liação de proteinúria. Ao exame físico, apresentava pressão arterial de 120/80 mmHg e anasarca. Creatina sérica de 1,0 mg/dL e o sumário de urina evidenciava proteína ++, hemoglobina +. Proteinúria de 24h: 3,8 g. A biópsia renal é mostrada na figura ao lado. Nesse contexto, a conduta mais adequada seria: a) tratamento sintomático b) monoterapia com corticoide c) ciclosporina com corticoide d) ciclosfosfamida com corticoide ACERTEI ERREI DÚVIDA SCSP – Clínica Médica – 2016 28. Mulher de 18 anos foi atendida com anasarca. Ao exa- me físico encontrava-se hipocorada +/4+. Exames: hemoglobina 9,4 g%; plaquetas 98.000 mm3; albumi- na 2,1 g%; creatinina 1,0 mg%. Colesterol total 364 mg%; complemento C3 52 mg/dl (referência: 88 a 201 mg/dl); FAN 1/1280; anti-DNA positivo; Urina I com proteínas (4+) e hematúria; proteinúria de 24h = 12,2g. Nesta paciente, qual provável lesão renal? a) glomerulonefrite membranosa b) glomerulonefrite por lesão mínima c) nefrite intersticial d) glomerulonefrite rapidamente progressiva e) nefropatia por IgA ACERTEI ERREI DÚVIDA PUC/PR – Clínica Médica – 2016 29. Paciente de 54 anos, sexo feminino, apresenta púrpu- ra palpável em membros inferiores, artralgia e neuro- patia periférica. Na admissão, apresentou os seguin- tes exames laboratoriais: creatinina 3,4 mg/dL, ureia 110 mg/dL, parcial de urina com proteinúria de 1.000 mg/L, hemácias 40/campo e leucócitos 2/campo. Pro- teinúria de 24 horas: 4,6 g. Foram solicitados alguns exames de investigação e realizada biópsia renal. So- bre o caso, assinale a alternativa CORRETA. 9 1 Conceitos gerais, glomerulopatias primárias e secundárias SJT Residência Médica – 2016 a) a manifestação renal da paciente é considerada uma indicação para início de terapia imunossupressora ao invés de se utilizar isoladamente a terapia dire- cionada para a doença de base b) o achado histológico renal mais frequente é a glome- ruloesclerose segmentar e focal, caracterizada pelo aspecto em duplo contorno da alça capilar glomerular devido ao espessamento da membrana basal c) a detecção de crioglobulinas séricas é essencial para o correto diagnóstico do caso, havendo uma associação estreita entre criócrito e manifestações clínicas d) possível infecção pelo vírus da hepatite C e B e in- fecção pelo HIV devem ser investigadas juntamente com a dosagem de complemento, que se apresenta tipicamente com níveis normais e) a doença renal na crioglobulinemia ocorre em me- nos de 10% dos pacientes, porém, não influencia o prognóstico do paciente ACERTEI ERREI DÚVIDA PUC/PR – Clínica Médica – 2016 30. Paciente masculino de 50 anos de idade procurou o pron- to atendimento com quadro de hipertensãode início re- cente, associado a edema em membros inferiores e urina espumosa, evoluindo com oligúria nas últimas 24 horas. Refere que, há cerca de um ano, vem apresentando epi- sódios de rinorreia sanguinolenta, sempre tratando como sinusite com antibióticos, porém sem melhora do quadro. Sobre o caso, assinale a alternativa CORRETA. a) o quadro clínico atual do paciente sugere uma sín- drome nefrítica (hipertensão, edema e urina espu- mosa sugerindo proteinúria) associada à sinusite de repetição. Pode se tratar de uma granulomatose com poliangeíte. Os exames mais importantes a serem pedidos no pronto atendimento incluem radiografia de seios da face e ANCA b) o quadro clínico atual do paciente sugere uma sín- drome nefrítica (hipertensão, edema e urina espu- mosa sugerindo proteinúria) associada à sinusite de repetição. Pode se tratar de lúpus eritematoso sistê- mico e o exame mais importante a ser solicitado no pronto atendimento é o fator antinúcleo c) o quadro clínico atual do paciente sugere uma sín- drome nefrítica (hipertensão, edema e urina espu- mosa sugerindo proteinúria) associada à sinusite de repetição. Pode se tratar de uma granulomatose com poliangeíte. Nesse caso, o paciente deve ser orienta- do a procurar um reumatologista, pois não há nada que possa ser feito no pronto atendimento d) o paciente pode receber alta do pronto atendimento e ser encaminhado para unidade básica de saúde, onde deverá ser iniciado tratamento para hipertensão arterial e para rinite alérgica, para evitar os episódios de sinusite e) o quadro clínico atual do paciente sugere uma sín- drome nefrítica (hipertensão, edema e urina espu- mosa sugerindo proteinúria) associada à sinusite de repetição. O quadro de oligúria pode indicar uma insuficiência renal aguda. Pode se tratar de granulo- matose com poliangeíte. Os exames mais importan- tes a serem pedidos no pronto atendimento incluem creatinina, ureia, potássio e parcial de urina ACERTEI ERREI DÚVIDA PUC/PR – Clínica Médica – 2016 31. Assinale a alternativa CORRETA em relação ao trata- mento das glomerulopatias primárias: a) o tratamento inicial recomendado para a nefropatia membranosa é a terapia imunossupressora, baseada no uso de corticosteroides alternado com um agen- te alquilante, como o clorambucil, independente do grau de proteinúria e da função renal b) a amidalectomia está indicada na nefropatia por IgA (ou doença de Berger) nos casos de recaídas fre- quentes ou de não resposta ao tratamento imunos- supressor convencional c) o bloqueio do sistema renina angiotensina aldos- terona (SRAA), por meio do uso de um inibidor da enzima conversora da angiotensina (IECA) ou de um bloqueador do receptor da angiotensina II (BRA), é recomendado apenas para os pacientes com proteinúria não nefrótica d) os corticosteroides devem ser usados para o tratamen- to inicial da síndrome nefrótica secundária à doença de lesão mínima tanto em crianças como em adultos e) a ciclosporina é efetiva na indução da remissão da proteinúria em pacientes com glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF), sendo pouco frequente a ocorrência de relapso após sua retirada ACERTEI ERREI DÚVIDA INCA – Clínica Médica – 2016 32. Os pacientes portadores de HIV podem evoluir com acometimento renal e sua principal manifestação ne- frológica é denominada nefropatia relacionada ao HIV. Esta nefropatia consiste histopatologicamente em uma: a) glomerulopatia membranoproliferativa b) glomerulopatia membranosa c) glomeruloesclerose focal e segmentar d) glomeruloesclerose mesangial ACERTEI ERREI DÚVIDA GHC – Clínica Médica – 2016 33. Em relação à microalbuminúria, assinale a alternati- va CORRETA: a) a dosagem, na urina de 24 horas, é muito mais ade- quada que em amostra isolada b) é patognomônica da nefropatia diabética c) sempre precede a hipertensão nos pacientes com diabete tipo 1 d) quando presente no diabete tipo 2, sugere que há lesão endotelial e que o risco de morte por doença cardiovascular é maior e) quando ocorre nos pacientes com diabete tipo 1, é irreversível, evoluindo em alguns anos para proteí- nuria e insuficiência renal crônica ACERTEI ERREI DÚVIDA GHC – Clínica Médica – 2016 34. Paciente do sexo masculino, 56 anos, previamente hígido, apresenta-se na emergência com edema ge- neralizado de início há 3 semanas, referindo “urina 10 Nefrologia | Questões para treinamento SJT Residência Médica – 2016 com espuma”. Ao exame físico apresenta PA 110/60 mmHg, crepitantes em bases pulmonares, pequeno volume de ascite e edema 4+/4 em membros inferio- res. Avaliação laboratorial inicial demonstra creati- nina sérica de 0,8 mg/dL, albumina sérica de 2 mg/ dL e EQU com 3+ de proteínas. Ecografia do apare- lho urinário mostra rins de tamanho e ecogenicidade normais. Com relação ao diagnóstico provável deste paciente é INCORRETO afirmar: a) o diagnóstico definitivo não depende da realização de biópsia renal b) o manejo inicial deve contar com profilaxia para eventos tromboembólicos c) está indicada realização de rastreamento para neo- plasias pela associação com a doença renal d) pode ocorrer remissão espontânea da doença em cerca 25% dos casos e) hepatite B e uso de anti-inflamatórios não esteroides devem ser pesquisados ACERTEI ERREI DÚVIDA GHC – Clínica Médica – 2016 35. Na síndrome nefrótica está INCORRETO afirmar que: a) é um fator de risco para tromboembolismo venoso b) a trombose de veia renal ocorre mais frequentemen- te na glomerulosclerose segmentar e focal c) em crianças, a doença de lesões mínimas é a mais frequente, enquanto que nos idosos predomina a ne- fropatia membranosa d) pode estar presente na amiloidose e na nefropatia diabética e) é uma das manifestações possíveis da nefrite lúpica ACERTEI ERREI DÚVIDA GHC – Clínica Médica – 2016 36. Qual das seguintes patologias renais NÃO costuma es- tar associada com a síndrome pulmão-rim: a) síndrome de Goodpasture b) glomerulopatia membranosa c) granulomatose com angeite d) sindrome de Churg-Strauss e) crioglobulinemia ACERTEI ERREI DÚVIDA Atenção: O texto a seguir refere-se às questões 37 e 38. F.G.I, 34 anos, previamente hígida procura atendi- mento médico devido edema de membros inferio- res e cansaço aos médios esforços. Ao exame físico: pressão arterial: 180 × 100 mmHg descorada ++/4; Ausculta pulmonar com estertoração crepitante em bases. Exames laboratoriais evidenciam: creatinina 2,4 mg/dL (traz exames de 2 meses anteriores com creatinina em 0,7 mg/dL), urina I com proteinúria e hematúria, proteinúria de 24 horas: 1,8 g em 24 ho- ras, hemoglobina: 8,6 g/dL. Ultrassonografia de rins e vias urinárias com rins de tamanho normais e rela- ção corticomedular preservada. FMABC –Clínica Médica – 2016 37. Em relação ao quadro acima, assinale a alternativa CORRETA: a) trata-se de um quadro de Síndrome Nefrótica, pro- vavelmente por doença de lesões mínimas, devemos iniciar prednisona 1 mg/kg/dia e indicar biópsia renal b) trata-se de um quadro de Síndrome Nefrítica com provável comportamento de Glomerulonefrite rapi- damente progressiva, devemos pulsar com ciclofos- famida e indicar biópsia renal a depender de respos- ta a imunossupressão c) trata-se de um quadro de Síndrome Nefrítica com provável comportamento de Glomerulonefrite rapi- damente progressiva, devemos pulsar com corticoi- de e indicar biópsia renal d) trata-se de um quadro de Síndrome Nefrítica por prová- vel glomerulonefrite membranosa, a imunossupressão não está indicada até melhor elucidação diagnóstica ACERTEI ERREI DÚVIDA FMABC – Clínica Médica – 2016 38. Ainda sobre o caso acima, assinale a alternativa CORRETA: a) caso a dosagem de complemento (C3 e C4) vie- rem normais a nefrite lúpica é a principal hipótese diagnóstica b) caso a dosagem de complemento (C3 e C4) vierem baixas ficamos como principais hipótesesa ne- fropatia por IgA, glomerulopatia membranosa ou pós-infecciosa c) caso a dosagem de complemento (C3 e C4) vierem normais ficamos como principais hipóteses a glome- rulonefrite pós-infecciosa, nefrite lúpica ou mem- branoproliferativa d) caso a dosagem de complemento (C3 e C4) vierem baixas ficamos como principais hipóteses a glome- rulonefrite pós-infecciosa, nefrite lúpica ou mem- branoproliferativa ACERTEI ERREI DÚVIDA FMABC – Clínica Médica – 2016 39. Em relação ao achado de imunofluorescência de uma biópsia renal com quadro de crescentes podemos ter três achados: a linear, ausência de imunocomplexos ou granular. Assinale a alternativa CORRETA frente ao exposto: a) um padrão ausente de imunocomplexos é compatí- vel com vasculite ANCA mediadas b) um padrão granular é compatível com anticorpo an- timembrana basal glomerular 11 1 Conceitos gerais, glomerulopatias primárias e secundárias SJT Residência Médica – 2016 c) um padrão linear é compatível com nefrite lúpica, pós-infecciosa ou nefropatia por IgA d) um padrão granular é compatível com vasculite ANCA mediada ACERTEI ERREI DÚVIDA FMABC – Clínica Médica – 2016 40. T.G.R, 4 anos, iniciou quadro de síndrome nefrótica com valores de complemento (C3 e C4) normais, assi- nale a alternativa CORRETA: a) glomerulonefrite membranosa é a principal hipóte- se e sorologia para hepatite B deve ser solicitada b) a biópsia renal é mandatória para guiar conduta c) devido valores normais de complemento devemos biópsiar para diferenciar de um quadro de glomeru- lonefrite pós-infecciosa d) doença de lesões mínimas é a principal hipótese diag- nóstica e deve-se iniciar prednisona 1 mg/kg/dia ACERTEI ERREI DÚVIDA IAMSPE – Clínica Médica – 2016 41. Baseado na fisiopatologia da síndrome nefrótica, as- sinale a alternativa CORRETA. a) a dieta do paciente que mantém função renal nor- mal deve ser normossódica e hiperproteica b) pelo fato de a maior parte da albumina ser excreta- da para a urina nas 24 a 48h que se sucedem à sua administração, esse tratamento deve ser reservado para aqueles pacientes com evidências clínicas de depleção profunda do volume intravascular c) já que o volume plasmático sempre está expandido, os diuréticos devem ser sempre usados para evitar hipertensão e insuficiência renal aguda d) não é comprovada a eficiência do uso de uma com- binação de diuréticos para obter o efeito desejado (por exemplo, diuréticos que atuem em dois sítios diferentes, como clortalidona e furosemida) e) infusões de albumina permitem aumentar a pressão oncótica do plasma e podem, dessa maneira, expan- dir o volume plasmático, devendo sempre ser utili- zadas, porém reduzem a eficácia dos diuréticos ACERTEI ERREI DÚVIDA IAMSPE – Clínica Médica – 2016 42. Sobre as afirmações a seguir, assinale a alternativa INCORRETA. a) a biópsia renal é um método diagnóstico sempre in- dicado frente a um paciente com hematúria benigna recorrente b) proteinúria > 3,0 g/dia, edema, hipercolesterolemia e hematúria não macroscópica são achados compa- tíveis com síndrome nefrótica c) pode-se fazer avaliação quantitativa da proteinúria pelo índice proteinúria/ creatininúria em determi- nado período de tempo (< 24h) d) proteinúrias < 3,0 g/dia são observadas tanto em do- enças glomerulares quanto em doenças de túbulos intersticiais e) síndrome nefrítica, síndrome nefrótica e hematúria recorrente são manifestações clínicas de um pacien- te com doença glomerular ACERTEI ERREI DÚVIDA IAMSPE – Clínica Médica – 2016 43. Sobre as afirmativas a seguir, assinale a alternativa INCORRETA. a) a nefropatia por IgA tem como característica princi- pal a evolução rápida para insuficiência renal b) a glomerulopatia membranosa e a glomeruloescle- rose segmentar e focal são as principais causas de síndrome nefrótica em adultos c) em pacientes com Glomerulonefrite PósEstreptocó- cica (GNPS) e nefropatia por IgA, a proteinúria é, em geral, pouco intensa d) a dosagem do anticorpo antiestreptolisina O pode orientar o diagnóstico na suspeita de GNPS; é um exame de baixa sensibilidade quando se trata de in- fecções cutâneas e) à microscopia óptica não se encontram alterações quando se trata de glomerulopatia por lesões mínimas ACERTEI ERREI DÚVIDA Grupo Hospitalar Conceição – 2015 44. A endocardite bacteriana pode provocar lesão renal. O achado MAIS frequente encontrado é: a) infarto renal tromboembólico b) glomerulonefrite pauci-imune c) glomerulonefrite membranoproliferativa d) glomerulopatia membranosa e) lesões mínimas ACERTEI ERREI DÚVIDA Grupo Hospitalar Conceição – 2015 45. Paciente masculino, 16 anos de idade, relata início há quatro dias de edema em face, predominantemente bipalpebral, além de edema em membros inferiores. Refere episódio de amigdalite três semanas antes, tratada com amoxicilina. Na chegada estava com TA 160/100 mmHg; exames demonstraram creatinina 0,5 mg/dL, consumo da fração três do complemento, hematúria microscópica e índice proteinúria-creati- ninúria em amostra de 0,8. Com relação à provável patologia associada, é correto afirmar, EXCETO: a) biópsia renal caracteriza-se por depósitos subepite- liais de imunocomplexos (humps) b) a presença de proteinúria indica necessidade de tra- tamento com corticoide c) espera-se elevação dos títulos de antiestreptolisina O d) estreptococos nefritogênicos do grupo A associam- -se ao quadro descrito e) a evolução esperada é de recuperação completa em 3-6 semanas ACERTEI ERREI DÚVIDA 12 Nefrologia | Questões para treinamento SJT Residência Médica – 2016 Hospital da Polícia Militar – 2015 46. Marque a alternativa INCORRETA em relação às al- terações encontradas na síndrome nefrótica: a) hiperlipidemia b) proteinúria c) hipoalbuminemia d) hipervolemia ACERTEI ERREI DÚVIDA UNAERP – 2015 47. Paciente de 24 anos apresenta-se com edema generaliza- do, proteinúria de 4500 mg/24 horas, urina I com cilin- dros hemáticos, albumina 3,2 mg% e creatinina sérica 1,8 mg%, FAN positivo. A biópsia renal mostra 60% dos glomérulos com proliferação endocapilar e/ou extraca- pilar, 5% dos glomérulos esclerosados, e a imunofluo- rescência apresenta depósitos imunes subendoteliais. O tratamento inicial mais indicado para esta paciente é: a) pulso único de corticoide intravenoso seguido de corticoterapia oral em doses altas por seis meses b) pulso mensal de corticoide e ciclofosfamida intra- venosos por seis meses, acompanhado de corticoide oral em dose reduzida c) ciclofosfamida oral e corticoide oral por seis meses d) pulsos de ciclofosfamida e azatioprina intravenosos e) o uso de corticoide oral deve ser suficiente para con- trole do quadro ACERTEI ERREI DÚVIDA SURCE – 2015 48. Uma criança de 5 anos de idade dá entrada na enfer- maria de Pediatria por apresentar urina escura, oligú- ria, edema periorbital e cefaleia. No final da segunda semana de internamento, ainda apresenta: hipertensão arterial de leve intensidade, hematúria glomerular, proteinúria, C3 diminuído, ureia e creatinina normais. Qual a hipótese diagnóstica mais provável? a) nefropatia por IgA b) glomerulonefrite pós-infecciosa c) glomerulonefrite membranoproliferativa d) glomerulopatia da Púrpura de Henoch-Schonlein ACERTEI ERREI DÚVIDA AMIRGS – 2015 49. São causas de proteinúria: I) asculite. II) Glomerulonefrite. III) Nefrite intersticial por anti-inflamatório não es- teroide. Quais estão corretas? a) apenas II b) apenas III c) apenas I e II d) apenas II e III e) I, II e III ACERTEI ERREI DÚVIDA FAMBC – Clínica Médica – 2015 50. Como se avalia sinais precoces de lesão renal na doen- ça renal do diabetes? a) microalbuminúria de 24 horas b) creatinina sérica c) relação albumina/creatinina em amostra isolada de urina d) urina tipo I com urocultura ACERTEI ERREI DÚVIDA FAMBC – 2015 51. Assinale aalternativa que melhor representa a sequ- ência fisiopatológica do desenvolvimento da glome- rulosclerose diabética: a) microalbuminúria – macroalbuminúria – aumento do ritmo de filtração glomerular – perda do ritmo de filtração glomerular b) macroalbuminúria – microalbuminúria – aumento do ritmo de filtração glomerular – perda do ritmo de filtração glomerular c) não existe uma sequência fisiopatológica para a enti- dade em questão d) aumento de ritmo de filtração glomerular – microal- buminúria – macroalbuminúria – perda do ritmo de filtração glomerular ACERTEI ERREI DÚVIDA FAMBC – 2015 52. B.P.M. 55 anos, masculino. Diabético tipo II diag- nosticado há cinco anos, tabagista. Procura seu atendimento devido a “exame de creatinina altera- do”. Traz resultado de proteinúria em 3,2 g/24 horas, fundo de olho com retinopatia diabética prolifera- tiva, sedimento urinário sem hematúria, hemoglo- bina glicada em 8%, creatinina sérica em 2,3 mg/dL (Clearance calculado em aproximadamente 60 mL/ min./1,73 m²), LDL colesterol em 170 mg/dL. Ao exame físico se apresenta com valor de Pressão Ar- terial (PA) aferido em 150 x 100 mmHg. Frequência cardíaca em 80 bpm sinusal. IMC 35 kg/m². Dentre as medidas para redução de progressão da provável glomerulosclerose diabética, a mais apropriada se- gundo o último KDIGO são: a) o alvo de hemoglobina glicada ideal é abaixo de 7,5% b) perda de peso é defendida devido à proteção a fa- tores de risco cardiovasculares, porém não existe evidência sobre seu impacto no retardo da doença renal crônica c) neste caso, devido à presença de proteinúria acima de 30 mg/24 horas o alvo pressórico ideal é menor ou igual a 130 x 80 mmHg d) frente à insuficiência renal o uso de drogas que blo- queiam o sistema renina-angiotensina-aldosterona está contraindicado ACERTEI ERREI DÚVIDA 13 1 Conceitos gerais, glomerulopatias primárias e secundárias SJT Residência Médica – 2016 FMJ – 2015 53. Paciente com 18 anos passou a apresentar urina de cor avermelhada. Na investigação inicial, o exame que deve ser inicialmente solicitado para afastar a possi- bilidade de doença glomerular é: a) pesquisa de BAAR na urina b) uretrocistografia miccional c) ultrassonografia de rins e vias urinárias d) urocultura e) dismorfismo eritrocitário ACERTEI ERREI DÚVIDA HIVS – 2015 54. Qual dos achados abaixo é menos provável de ser encontrado em um paciente com glomerulonefrite pós-estreptocócica? a) edema b) hemácias dismórficas na urina c) hipertensão arterial d) proteinúria maior ou igual a 50 mg/kg/dia e) oligúria ACERTEI ERREI DÚVIDA UNESP – 2015 55. Menino de 11 anos apresenta há três dias edema em face, cefaleia, diminuição da diurese e, há 1 dia, falta de ar. Exame físico: peso acima do percentil 95 para idade e sexo, PA 190 x 120 mmHg, edema em pálpe- bras e em membros inferiores, crepitações e poucos sibilos à ausculta pulmonar, fígado palpável a 4 cm do rebordo costal direito. Exames laboratoriais: urina I com proteína ++ e 25 a 30 hemácias por campo. O diagnóstico e a conduta são, respectivamente: a) crise hipertensiva secundária à obesidade e insufici- ência renal por hipertensão maligna; furosemida e nitroprussiato de sódio intravenosos b) síndrome nefrítica aguda com insuficiência cardíaca e encefalopatia hipertensiva; furosemida e nitro- prussiato de sódio intravenosos c) síndrome nefrótica com insuficiência renal aguda e ede- ma pulmonar; albumina intravenosa e captopril oral d) edema agudo de pulmão por insuficiência cardíaca congestiva pela hipertensão secundária à obesidade furosemida intravenosa e captopril oral ACERTEI ERREI DÚVIDA UNIOESTE – 2015 56. Todas as alternativas abaixo são causas de hematúria glomerular, EXCETO: a) glomerulonefrite pós-infecciosa b) nefropatia por IgA c) síndrome hemolítico-urêmica d) necrose tubular aguda e) doença de Goodpasture ACERTEI ERREI DÚVIDA UNITAU– 2015 57. Paciente do sexo feminino, 30 anos, procurou a uni- dade de emergência municipal devido a quadro de febre (38,5 °C) aferida em casa, astenia e oligúria nos últimos três dias. Em sua história clínica, foi referi- do que, há oito dias, procurou a Unidade Básica de Saúde próxima de sua casa, com queixas urinárias, sendo recomendado o uso de sulfametoxazol/trime- toprim para infecção urinária baixa. O exame físico de entrada evidenciou: rash cutâneo, de característica eritematopapular nas regiões da face, do tórax e do abdome; pressão arterial de 140 x l00 mmHg; tempe- ratura axilar de 38,2 °C. Exames laboratoriais: Hema- tócrito = 34%; hemoglobina = 10,5 g%; leucograma =14.000/mm³ (60 Segm/4 Bast/ 22 Linfo / 12 Eos/ 2 Mono); ureia = 100 mg%; creatinina = 3,0 mg%; Na+ = 137; K+ = 5,2; CL- = 112 mEq/L; FAN - negativo; uri- na: 10 piócitos/campo; hemácias 20/campo; cilindros granulosos e hemáticos ausentes; bactériuria escassa; clearance de creatinina = 40 mL/min.; proteinúria = 1,3 g/24h. Esses dados são sugestivos de: a) pielonefrite aguda complicada com insuficiência renal b) nefropatia por IGA c) nefrite intersticial aguda d) nefrite secundária, devido à doença exantemática e) nefrite por lúpus induzido por droga ACERTEI ERREI DÚVIDA Santa Casa-BH – 2015 58. Paciente do sexo feminino com 25 anos de idade, diagnosticada com Lúpus Eritematoso Sistêmico e nefrite classe IV em biópsia renal de base, persis- tiu com proteinúria nefrótica, apesar da melhora significativa de função renal e de parâmetros soro- lógicos, além de normalização de componentes do complemento, após concluir curso de terapia imu- nossupressora de indução de remissão, constituída por esteroide e ciclofosfamida. Nova biópsia renal, realizada poucos meses após a conclusão da terapia de indução de remissão, em razão da persistência da proteinúria nefrótica, mostra alteração de classe his- tológica da nefrite lúpica. Considerando o caso descrito assinale a alternativa que apresenta para qual classe ocorreu a migração: a) nefrite lúpica classe II b) nefrite lúpica classe III c) nefrite lúpica classe VI d) nefrite lúpica classe V ACERTEI ERREI DÚVIDA UEPA – 2015 59. Paciente com 45 anos, sexo masculino, ex-usuário de drogas injetáveis, hipertenso, faz acompanhamento com hepatologista devido ser portador de Hepatite C 14 Nefrologia | Questões para treinamento SJT Residência Médica – 2016 em programação para iniciar terapêutica específica. Marcadores para hepatite B e HIV = não reagentes. Nos exames laboratoriais, evidenciada hematúria e proteinúria no exame de urina, além de insuficiência renal (Creatinina = 2,0 mg/dL); FAN = negativo; C3 = 45 mg/dL (86 – 184 mg/dL); C4 = 21mg/dL (20-58 mg/dL); Crioglobulinas = positivo; ANCA “p” e “c” = negativo; Proteinúria de 24h = 1,8 g/24h; USG rins e vias urinárias = rins de tamanho normais, com dis- creto aumento de ecogenicidade. Encaminhado para o nefrologista, o mesmo solicitou biópsia renal. O re- sultado histopatológico mais esperado é: a) glomerulonefrite membranoproliferativa b) glomerulonefrite membranosa c) glomeruloesclerose segmentar e focal d) doença de lesões mínimas e) nefropatia da IgA ACERTEI ERREI DÚVIDA UFG – Clínica Médica – 2015 60. A biópsia renal de um paciente de 60 anos que apre- senta síndrome nefrótica de início recente revela glomerulonefrites membranosas. Trata-se, assim, de uma glomerulopatia que: a) apresenta tipicamente níveis não muito elevados de proteinúria, portanto, de complicações relacionadas à síndrome nefrótica grave, como tromboses e infec- ções, que são pouco frequentes b) tem como primeira opção de tratamento o uso iso- lado de corticosteroide por um período mínimo de seis meses c) indica, pelo diagnóstico histológico, início de trata- mento imunossupressor imediato, pois tipicamente apresenta um prognóstico renal ruim d) apresenta na biópsia espessamento da membrana basal, espículas e depósitos subepiteliais, podendo ser normal nos estágiosiniciais ACERTEI ERREI DÚVIDA UFG – 2015 61. Homem de 20 anos apresenta queixas de hemoptise, dispneia e perda rápida da função renal. Evoluiu com hemorragia pulmonar severa e necessidade de terapia dialítica. A biópsia renal evidenciou glomerulone- frite difusa proliferativa, com presença de crescentes celulares e depósitos lineares de IgG em alças capila- res glomerulares. Considerando a principal hipótese diagnóstica para o quadro clínico em questão, a con- duta terapêutica específica mais indicada a ser inicia- da, entre as opções, é: a) metilprednisolona b) rituximab c) metilprednisolona e ciclosporina d) plasmaférese ACERTEI ERREI DÚVIDA UFPI – 2015 62. Proteinúria altamente seletiva é mais provável ocorrer na: a) glomerulopatia por lesões mínimas b) nefrite lúpica c) nefropatia diabética d) glomerulonefrite rapidamente progressiva e) nefrite intersticial aguda ACERTEI ERREI DÚVIDA UFF – 2014 63. Consiste causa de mioglobinúria, com teste positivo para sangue na urina: a) tumor vesical b) tumor ureteral c) rabdomiólise d) carcinoma de células renais e) hipertensão maligna ACERTEI ERREI DÚVIDA UFSC – Clínica Médica – 2014 64. Paciente masculino, 26 anos, procura o ambulatório de clínica médica com história de hematúria. Refe- re que apresentou dois episódios de urina vermelha, sem outras alterações. Nega dor lombar. Nega uso de medicações. É realizado um exame de urina que mos- tra dismorfismo eritrocitário e cilindros hemáticos. Em relação ao caso, assinale a alternativa CORRETA. a) trata-se de hematúria glomerular b) é mandatório exame de imagem dos rins e vias uriná- rias para determinar o sítio da hematúria c) a biópsia renal está contraindicada d) não é necessária investigação adicional devido à faixa etária do paciente e) a ausência de sintomas de IVAS descarta nefropatia por IgA ACERTEI ERREI DÚVIDA PUC-RS – Clínica Médica – 2014 65. Homem, 50 anos, apresenta urina de cor rosa quando em repouso. Qual componente da urina causou pro- vavelmente este achado? a) bilirrubinas b) porfirinas c) urocromos d) creatinina ACERTEI ERREI DÚVIDA UFPR – 2014 66. Um paciente alcoolista de 54 anos é encontrado incons- ciente em sua casa. Levado ao pronto-socorro, detecta- -se creatinina sérica de 8,4 mg/dL (um mês atrás: 0,7 mg/dL), fita reagente urinária (dipstick) com pH de 5 e positiva para sangue, sedimento urinário com cilindros granulares e ausência de hemácias. O diagnóstico é de: a) síndrome hepatorrenal b) injúria renal aguda pré-renal 15 1 Conceitos gerais, glomerulopatias primárias e secundárias SJT Residência Médica – 2016 c) lesão tubular aguda secundária a sepse d) rabdomiólise e) nefropatia intersticial alérgica ACERTEI ERREI DÚVIDA HMSJ – Nefrologia – 2014 67. Em relação ao achado que caracteriza síndrome ne- frítica mais apropriadamente, assinalar a alternativa CORRETA: a) proteinúria > 3 gramas/dia b) função renal normal c) presença de hematúria no exame de urina d) ausência de cilindros urinários e) hipoalbuminemia ACERTEI ERREI DÚVIDA HPM-MG – 2014 68. Uma criança de 7 (sete) anos apresenta-se na consul- ta em pronto atendimento com edema bipalpebral de início súbito e relato de urina escura. Medida de PA 120 x 60 mmHg. O exame de urina mostra hematúria com cilindros hemáticos. Qual a principal hipótese diagnóstica? a) infecção do trato urinário b) síndrome nefrótica c) glomerulonefrite difusa aguda d) intoxicação medicamentosa ACERTEI ERREI DÚVIDA UFPR – Clínica Médica – 2014 69. Um jovem de 17 anos, previamente saudável, foi aten- dido com quadro de edema ascendente e urina cor de chá forte há 3 dias. Sem histórico de trauma ou sinto- mas urinários. Há 10 dias apresentou quadro de impe- tigo em MMII e foi medicado com penicilina benzatina 1.200.000 UI. PA = 160/100 mmHg; edema discreto de pálpebras; edema de MMII 2+/4+. Não há evidência de derrames cavitários. Parcial de urina: hemoglobina = +++/4+; proteínas = +/4+; hemácias = 300/mm³. Sobre o quadro clínico descrito, identifique como verdadei- ras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas: ( ) Nessa síndrome há presença de hemoglobina e he- mácias na urina, com proteinúria não significativa. ( ) A análise microscópica da urina desse paciente revelará hemácias dismórficas. ( ) O consumo de complemento persiste por cerca de 8 meses. ( ) Adultos podem evoluir com cronificação. Em crian- ças, o prognóstico é excelente. Assinale a alternativa que apresenta a sequência cor- reta, de cima para baixo. a) V – F – V – F b) F – F – V – V c) V – F – V – F d) F – V – F – V e) V – V – F – V ACERTEI ERREI DÚVIDA INCA – Clínica Médica – 2014 70. Paciente apresentando proteinúria maciça, hiperten- são, hipercolesterolemia, hematúria leve, hipoalbu- minemia e edema. Em relação ao quadro descrito, é correto afirmar que: a) trata-se de síndrome nefrítica b) o uso de medicamentos para redução do colesterol está contraindicada c) o uso de anticoagulantes deve ser indicado em casos de complicações trombóticas venosas d) o uso de anticoagulantes está contraindicado ACERTEI ERREI DÚVIDA UNICAMP – Clínica Médica – 2014 71. Mulher de 31 anos queixa-se de urina avermelhada. Notou essa alteração quando estava gripada. Não apresenta outras queixas atuais nem anteriores. Não há história familiar de doença renal. Exame físico: Pressão arterial = 110 x 70 mmHg, FC = 68 bat/min, sem edemas. Exames: hematúria, com dismorfismo eritrocitário e proteinúria (0,7 g/L). Ureia = 68 mg/ dL, creatinina = 1,45 mg/dL. Assinale o CORRETO: a) a paciente tem síndrome nefrítica b) trata-se de pielonefrite associada a cálculo renal c) devem ser solicitados o anti-HIV e anti-VHC d) trata-se de glomerulonefrite difusa aguda (GNDA) ACERTEI ERREI DÚVIDA UFF – Clínica Médica – 2014 72. Mulher de 40 anos, tabagista, na menopausa, realiza EAS urinário como parte de exame admissional. Está assintomática, nega comorbidades e não faz uso de medicações diárias. O EAS mostra 20 a 30 eritrócitos por campo com presença de hemácias dismórficas. Restante do exame está normal. Dentre as alternati- vas, a causa mais provável para essa alteração é: a) tumor nas vias urinárias b) nefrolitíase c) infecção urinária d) sangramento genital e) nefropatia por IgA ACERTEI ERREI DÚVIDA Hospital Nª Sª das Graças – Clínica Médica – 2014 73. Paciente de 13 anos de idade, sexo masculino, com his- tória de edema em região de olhos e membros inferio- res há cerca de 2 semanas, chegou a usar anti-histamí- nico como tratamento empírico de angioedema. Há 7 dias apresenta urina avermelhada e progressivamente em menor quantidade. Teve quadro de faringite há cerca de 3 semanas: Pressão arterial: 150 x 90 mmHg. 16 Nefrologia | Questões para treinamento SJT Residência Médica – 2016 Frequência cardíaca: 86 bpm. Aparelho respiratório: MV+, sem RA. Aparelho cardiovascular: 2BRNF, sem sopros. Trato gastrointestinal: plano, flácido, RHA+, DB negativo. Laboratório: hematúria +++/4+, protei- núria 2 g/24 horas. Qual o diagnóstico mais provável e a conduta terapêutica inicial? a) nefrite lúpica, dieta hipossódica, repouso, diuretico- terapia e anti-hipertensivos b) GN crioglobulinêmica, dieta hipossódica, corticote- rapia, diureticoterapia e anti-hipertensivos c) GN pós-estreptocóccica; dieta hipossódica, repouso, diureticoterapia e anti-hipertensivos d) GN pós-estreptocóccica; dieta hipossódica, cortico- terapia, imunossupressores e repouso e) nefropatia por IgA; repouso, corticoterapia e imunos- supressores ACERTEI ERREI DÚVIDA PUC-RS – 2014 74. Em caso de síndrome nefrítica por glomerulonefrite pós-infecciosa na criança, são esperados os seguintes resultados de exames laboratoriais: a) proteinúria maciça – leucocitúria – diminuição de C3 b) hematúria – hiponatremia – aumento de C3 c) proteinúria maciça – hiponatremia – diminuição de C4 d) leucocitúria– hipernatremia – aumento de C4 e) hematúria – hiponatremia – diminuição de C3 ACERTEI ERREI DÚVIDA SURCE – Clínica Médica – 2014 75. Paciente de 70 anos, do sexo masculino, procurou atendimento médico devido a edema generalizado, de início há três meses, perda de peso e mudança do há- bito intestinal. Os exames solicitados revelaram: urina: proteinúria 4+, hematúria 2+ (5 hemácias por campo), proteinúria de 24 horas de 8 g; creatinina plasmática = 1,0 mg/dL, hipoalbuminemia; e sangue oculto nas fe- zes positivo. O diagnóstico mais provável é: a) síndrome nefrótica por glomerulopatia membranosa b) síndrome nefrótica por glomerulosclerose segmentar e focal c) síndrome nefrótica por glomerulonefrite membrano- proliferativa d) síndrome nefrótica por glomerulonefrite proliferativa mesangial ACERTEI ERREI DÚVIDA PUC-PR – Clínica Médica – 2014 76. Paciente com diagnóstico de câncer de pulmão, com linfadenopatia hilar e mediastinal, emagrecido, apre- senta subitamente edema generalizado. No parcial de urina apresenta proteinúria ++++ e proteinúria de 24 horas = 5 g, sem sinais de hematúria. A função renal está preservada (TFG estimada de 90 mL/min). Apre- senta albumina sérica de 2,2 g/L e colesterol total de 300 mg/dL. A biópsia renal mostra espessamento de membrana basal glomerular e depósitos de imunoglo- bulina e complemento à imunofluorescência. Este caso de síndrome nefrótica provavelmente se relaciona à: a) glomerulonefrite membranosa b) glomerulonefrite pós-estreptocócica c) nefropatia diabética d) necrose tubular aguda e) glomeruloesclerose segmentar e focal ACERTEI ERREI DÚVIDA UFPR – 2014 77. Dois pacientes são internados por apresentar edema e aumento de creatinina sérica. O primeiro é um ho- mem de 48 anos, com creatinina dosada há um mês de 0,9 mg/dL e atualmente de 2,6 mg/dL, cuja biópsia renal demonstrou a formação de crescentes extraca- pilares em mais de 50% dos glomérulos. O segundo é uma jovem de 16 anos de idade, com creatinina de 1,8 mg/dL (anterior: 0,6 mg/dL) e com cilindros grandes e amarronados visualizados no sedimento urinário. Os diagnósticos mais prováveis desses pacientes são, respectivamente: a) síndrome nefrótica e glomerulonefrite de lesões mínimas b) nefroesclerose maligna e necrose tubular aguda c) glomerulonefrite crônica e nefrite intersticial aguda d) glomerulonefrite rapidamente progressiva e necrose tubular aguda e) glomerulonefrite crescêntica e insuficiência renal pós-renal ACERTEI ERREI DÚVIDA Unificado-SC – 2014 78. Em relação à síndrome nefrótica, é correto afirmar: a) insuficiência renal é muito frequente b) crioglobulinemia, glomerulonefrite pós-estreptocó- cica e Lúpus são causa de síndrome nefrótica com níveis de complemento sérico elevados c) púrpura de Henoch-Shönlein, poliarterite nodosa e granulomatose de Wegener são causas de síndrome nefrótica com complemento sérico baixo d) na síndrome nefrótica, a proteinúria é tipicamente < 3 g e a dislipidemia é incomum e) nefropatia membranosa idiopática e esclerose glo- merular focal segmentar são as causas mais comuns ACERTEI ERREI DÚVIDA HMSJ – Nefrologia – 2014 79. Paciente de 25 anos apresenta diagnóstico de glome- ruloesclerose segmentar e focal primária. Quais dos seguintes achados são mais prováveis de serem obser- vados nesse paciente? a) edema generalizado, hipertensão arterial sistêmica, hipoalbuminemia e presença de leucócitos na urina com urocultura negativa b) edema generalizado, hipoalbuminemia, dislipidemia e proteinúria 17 1 Conceitos gerais, glomerulopatias primárias e secundárias SJT Residência Médica – 2016 c) hipertensão arterial sistêmica, hipoalbuminemia, dis- lipidemia e hematúria d) edema generalizado, dislipidemia, hiperuricemia e hematúria macroscópica e) hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, hiperuri- cemia e proteinúria ACERTEI ERREI DÚVIDA USP-RP – 2014 80. ID: Homem, 49 anos de idade. HMA: há 2 meses ini- ciou tratamento para hanseníase com dapsona, ri- fampicina e clofazimina. Após a dose supervisionada, apresentou dor lombar bilateral, contínua, sem febre e que levou à interrupção do tratamento. O tratamen- to foi reiniciado há 10 dias evoluindo novamente com dor lombar, acompanhada de náuseas, vômitos, eva- cuações pastosas e oligúria. Nega disúria e polaciúria. EF: edema em tornozelos ++/4+; pressão arterial: 140 x 90 mmHg; abdome sem dor à palpação, sem visce- romegalias e sinal de Giordano negativo. ES: creatinina: 8,5 mg/dL; ureia: 270 mg/dL; sódio: 138 mEq/L; potássio: 5,7 mEq/L. EI: ultrassonografia mostra rins com aumento de volume. A alteração urinária mais compatível é: a) cilindros céreos b) eosinofilúria c) proteinúria de cadeia leve d) cristais amorfos ACERTEI ERREI DÚVIDA Leia o caso a seguir para responder às questões 81 e 82. W. T. S., 62 anos, do sexo masculino, branco, motoris- ta de táxi, natural e residente em São Paulo, hiperten- so, diabético tipo 2, com microalbuminúria. Exame físico: IMC: 30,7 kg/m2, PA: 160/100 mmHg, FC: 84 bpm, FO com espasmo segmentar. Sem altera- ções ao exame CV. Resultados dos exames laboratoriais: HbA1c: 8,5%, traços de proteína na urina, relação albumina/creatini- na (ACR): 85 mg/g Cr, taxa de filtração glomerular es- timada: 50 mL/min, ureia: 22 mg/dL, creatinina sérica: 1,35 mg/dL, glicemia aleatória: 144 mg/dL, colesterol total: 212 mg/dL HDL: 30,8 mg/dL, triglicerídeos: 204 mg/dL. Eletrólitos: normais, TSH: 6,5. UFG-GO – Clínica Médica – 2014 81. Esse paciente: a) tem insuficiência renal estágio II, devido à presença de proteinúria b) apresenta insuficiência renal estágio II, devido à re- dução do clearance da creatinina c) é portador de proteinúria grau I, dada a quantidade de proteína na urina d) apresenta microalbuminúria que não requer aborda- gem especial, pois faz parte da evolução do diabetes ACERTEI ERREI DÚVIDA UFG-GO – Clínica Médica – 2014 82. Para esse paciente: a) a metformina deve ser excluída do tratamento b) a meta ideal de PA é abaixo de 140 x 90 mmHg c) o uso de pelo menos um medicamento que bloqueie o sistema renina angiotensina deve ser prescrito, se não houver contraindicação d) o uso de betabloqueador está contraindicado ACERTEI ERREI DÚVIDA UFG-GO – Clínica Médica – 2014 83. Considere o caso de um paciente de 35 anos, do sexo masculino com síndrome nefrótica primária, em que as causas secundárias foram excluídas. Biópsia renal, ilustrada na figura abaixo. A microscopia óptica demonstra colapso segmentar de alças capilares, expansão da matriz mesangial e aderên- cia à capsula de Bowman. Neste caso, o diagnósti- co e o tratamento são, respectivamente: a) lesões mínimas e ciclofosfamida b) glomerulosclerose segmentar e focal e corticosteroide c) glomerulonefrite membranosa e corticoide mais ci- clofosfamida d) glomerulonefrite membranoproliferativa e ciclosporina ACERTEI ERREI DÚVIDA UFG-GO – Clínica Médica – 2014 84. A proteinúria, além de ser um marcador de lesão re- nal na doença renal crônica, também contribui para a perda progressiva da função renal, devido à: a) formação de cilindros intratubulares b) ativação de PAI1 (inibidor ativador de plasminogênio) c) produção de mediadores inflamatórios como endotelina1 d) perda da seletividade da membrana ACERTEI ERREI DÚVIDA UERJ – Clínica Médica – 2014 85. Dentre as etiologias infecciosas mais comuns de glo- merulonefrite, encontra-se: a) Schistosoma mansoni b) Chlamydia 18 Nefrologia | Questões para treinamento SJT Residência Médica – 2016 c) HTLV-1 d) CMV ACERTEI ERREI DÚVIDA UERJ – Clínica Médica – 2014 86. Em um paciente com uma glomerulopatia crônica, a detecção de microalbuminúria merece a considera- ção de que: a) indica disfunção renal em estágio avançado b) possui boa correlação com a presença de proteinúria no EAS c) indica a possibilidade de haver lesão microvascular extrarrenald) leva à lenta depleção da albumina sérica, ocasionan- do hipoalbuminemia ACERTEI ERREI DÚVIDA UNICAMP – Clínica Médica – 2014 87. Mulher, 52 anos, diabética tipo 2 há 18 anos e hiper- tensa há 6 anos. Queixa-se de inchaço nas pernas e face, além de falta de ar. Refere uso de anti-inflamató- rios uma vez por semana por dor em joelhos. Ao exa- me: PA = 180 x 100 mmHg, FC = 74 bpm, eupneica. Peso = 101 kg (habitual 92 kg), edema extremidades (+3/4), edema periorbitário. Ausculta pulmonar com MV abolido em bases. Exames laboratoriais: U = 68, Cr = 2,32 (Cr = 1,4 de 5 meses atrás), Albumina = 1,9, K+ = 5,3, Na+ = 142. Urina I com proteínuria + 4. Pro- teinúria 24 horas: 13 g/24 horas. Assinale a alternativa CORRETA. a) a paciente tem nefrite intersticial aguda por uso crô- nico de anti-inflamatórios não esteroidais, devendo ser feita pesquisa de eosinófilos na urina b) a paciente tem síndrome nefrótica por diabetes, devendo ser solicitado fundo de olho e US de rins e vias urinárias c) a paciente tem síndrome nefrótica por amiloidose, devendo ser feita biópsia renal d) a paciente tem síndrome nefrótica por nefropatia membranosa, devendo ser feita biópsia renal e pes- quisa de neoplasias malignas ocultas ACERTEI ERREI DÚVIDA Albert Einstein – Clínica Médica – 2014 88. Homem de 46 anos de idade apresenta-se numa con- sulta ambulatorial de retorno com queixa de emagre- cimento, anorexia, astenia, febre intermitente e artral- gias há cerca de 4 semanas. Também refere tosse seca e cansaço a médios esforços. Ao exame clínico apre- senta-se em regular estado geral, temperatura: 37,9ºC, PA: 106 x 78 mmHg, frequência cardíaca: 96 bpm, corado, hidratado, anictérico, eupneico, acianótico. Presença de púrpura palpável em membros inferiores, sem outros achados significativos ao exame clínico. A radiografia de tórax mostrou infiltrado inespecífico bilateralmente. Os exames laboratoriais mostraram hemoculturas: negativas, proteína C reativa: 236 mg/L (nL até 5,0 mg/L); FAN: negativo, ANCA: positivo. O acometimento renal típico desse paciente deve ser: a) isquemia glomerular e múltiplos infartos renais b) tubulopatia por depósitos densos c) múltiplos microaneurismas de artérias de médio ca- libre na arteriografia renal d) glomerulonefrite pauci-imune, crescêntica e) glomerulonefrite por anticorpo antimembrana basal ACERTEI ERREI DÚVIDA UNESP – Clínica Médica – 2014 89. Mulher de 26 anos é acompanhada por lúpus eritema- toso sitêmico há 3 anos. Faz uso de antimalárico e corti- coide em dose baixa. Inicia quadro de edema em MMII, associado à hematúria dismórfica, proteinúria (2,4 g/24 horas). Foi submetida à biópsia renal para elucidação diagnóstica: material contendo 24 glomérulos com pro- liferação mesangial difusa, proliferação endocapilar em 8 glomérulos, havendo crescentes celulares segmentares em 6 destes. Microscopia de imunofluorescência posi- tiva para imunoglobulinas e frações do complemento, com padrão granular em alças e mesângio. A descrição apresentada classifica a nefrite lúpica dessa paciente em: a) classe I – alterações mesangiais mínimas b) classe II – alterações proliferativas mesangiais c) classe III – glomerulonefrite lúpica focal d) classe IV – glomerulonefrite lúpica difusa e) classe V – glomerulonefrite lúpica membranosa ACERTEI ERREI DÚVIDA Santa Casa-SP – 2014 90. Menino de quatro anos apresenta história de edema pro- gressivo há 20 dias, com diminuição da diurese. Inicial- mente foi prescrito um antialérgico, porém, como não houve melhora e a mãe observou surgimento de edema escrotal, resolveu procurar um pronto-socorro. Ao exame físico: bom estado geral, anasarca sem dispneia, pressão arterial normal, edema periorbitário importante, ascite, edema acentuado de membros inferiores e murmúrio ve- sicular diminuído em ambas as bases pulmonares. Quais dos exames abaixo são imprescindíveis para que se confir- me o diagnóstico sindrômico desta doença? a) dosagem de anti-estreptolisina O e urina tipo I b) complemento total e frações e urina tipo I c) FAN e anti-DNA d) colesterol Total e frações, ureia e creatinina e) eletroforese de proteínas plasmáticas e proteinúria de 24 horas ACERTEI ERREI DÚVIDA FMABC – 2014 91. Assinale a alternativa que melhor representa a sequên- cia fisiopatológica do desenvolvimento da glomerulos- clerose diabética. 19 1 Conceitos gerais, glomerulopatias primárias e secundárias SJT Residência Médica – 2016 a) aumento de ritmo de filtração glomerular – micro- albuminúria – macroalbuminúria – perda do ritmo de filtração glomerular b) microalbuminúria – macroalbuminúria – aumento do ritmo de filtração glomerular – perda do ritmo de filtração glomerular c) macroalbuminúria – microalbuminúria – aumento do ritmo de filtração glomerular – perda do ritmo de fil- tração glomerular d) não existe uma sequência fisiopatológica para a en- tidade em questão ACERTEI ERREI DÚVIDA UFSC – 2014 92. Paciente feminina, 18 anos, procura a emergência de- vido a edema de membros inferiores de caráter ascen- dente e progressivo, que iniciou há cinco dias. Relata quadro de febre de 38,5ºC, diária, acompanhada de calafrios, há cerca de duas semanas. Chega à emergên- cia em regular estado geral, FC 110 bpm; PA 110/60 mmHg; temperatura 38,9ºC. Ausculta pulmonar lim- pa, ausculta cardíaca com sopro diastólico +/4 em foco mitral, abdome plano, sem sinais de ascite, membros inferiores com edema simétrico ++/4 até raiz de coxa; presença de lesões subungueais tipo petéquias no 3º e 4º quirodáctilos direitos. São solicitados alguns exa- mes laboratoriais: Creatinina 1,4 mg/dL; Ureia 32 mg/dL; Potássio 3,8 mEq/L; Albumina sérica 3,2 g/ dL; VHS 120; hemocultura com crescimento de cocos gram-positivos; Parcial de urina: hemácias 26.000; proteínas ++; cilindros hemáticos: 1.000. Assinale a alternativa que apresenta as hipóteses diagnósticas MAIS PROVÁVEIS em relação ao caso. a) síndrome nefrítica / glomerulonefrite pós-estreptocócica b) síndrome nefrótica / lúpus eritematoso sistêmico c) síndrome nefrótica / nefropatia por IgA d) síndrome nefrítica / doença antimembrana basal glomerular e) síndrome nefrítica / endocardite bacteriana ACERTEI ERREI DÚVIDA HMSJ – Nefrologia – 2014 93. Sobre as causas associadas com lesão glomerular que podem ocasionar síndrome nefrótica e/ou síndrome nefrítica, analisar os itens abaixo: I. Nefropatia diabética pode ser descartada em um paciente com diagnóstico de diabete melito não insulino dependente ou tipo 2 há menos de 1 ano. II. Câncer de mama deve ser investigado em mulhe- res com mais de 65 anos que se apresentam com síndrome nefrótica por glomerulonefrite mem- branosa. III. A glomeruloesclerose segmentar e focal é a lesão característica da nefropatia associada ao vírus da imunodeficiência humana (HIV). Está(ão) CORRETO(S): a) somente o item I b) somente o item II c) somente os itens I e III d) somente os itens II e III e) todos os itens ACERTEI ERREI DÚVIDA HMSJ – Nefrologia – 2014 94. Homem de 47 anos, com nefropatia diabética e do- ença renal crônica, com uma taxa de filtração glome- rular estimada de 45 mL/min/1,73 m2, vai para revi- são ambulatorial. Apresenta-se assintomático. Refere estar seguindo a dieta e realizando atividade física. No entanto, continua fumando 15 cigarros por dia. As medicações em uso são glibenclamida 5 mg/dia, enalapril 5 mg 2 vezes ao dia, sinvastatina 10 mg/dia, furosemida 40 mg/dia. O seu índice de massa corpo- ral é de 24 kg/m2 e sua pressão arterial é de 150/100 mmHg. Os exames revelam glicemia de jejum 90 mg/dL, hemoglobina glicosilada 8,7%, potássio 5,0 mEq/L, colesterol total 257 mg/dL, HDL colesterol 35 mg/dL, LDL colesterol 150 mg/dL, triglicerídeos 110 mg/dL. Exame de urina mostra 2+ proteína e índice proteína/creatinina 1,2. Assinalar a alternativa que apresenta a conduta mais adequada a ser tomada a partir do caso descrito:a) adicionar losartana para duplo bloqueio do siste- ma reninaangiotensina com o objetivo de reduzir a pressão arterial para < 120 x 80 mmHg e diminuir proteinúria. Aumentar glibenclamida 5 mg para duas vezes ao dia, aumentar sinvastatina para 20 mg/dia e encaminhar o paciente para um programa de ajuda para parar de fumar b) suspender o enalapril devido aos níveis de potássio e iniciar amlodipina 5 mg duas vezes ao dia com o objetivo de controlar a pressão arterial. Intensificar a dieta para diabete melito e aumentar sinvastatina para 20 mg/dia. Encaminhar o paciente para um programa de ajuda para parar de fumar c) adicionar losartana para duplo bloqueio do siste- ma renina-angiotensina com o objetivo de reduzir a pressão arterial para < 120 x 80 mmHg e diminuir proteinúria. Manter as demais condutas e repetir os exames em três meses d) aumentar o enalapril para 10 mg duas vezes ao dia com o objetivo de reduzir a pressão arterial para 120 x 80 mmHg e diminuir proteinúria. Aumentar glibenclami- da 5 mg para duas vezes ao dia, aumentar sinvastatina para 20 mg/dia e encaminhar o paciente para um pro- grama de ajuda para parar de fumar e) adicionar hidralazina 25 mg em três tomadas diá- rias com o objetivo de reduzir a pressão arterial para 140 x 90 mmHg. Aumentar glibenclamida 5 mg para duas vezes ao dia, aumentar sinvastatina para 20 mg/dia e encaminhar o paciente para um programa de ajuda para parar de fumar ACERTEI ERREI DÚVIDA 20 Nefrologia | Questões para treinamento SJT Residência Médica – 2016 UFPR – 2013 95. Na figura abaixo, a flecha está apontando para qual estrutura anatômica? a) processo podocitário b) endotélio c) mesângio d) célula mesangial e) célula parietal ACERTEI ERREI DÚVIDA UFPR – 2013 96. No que se refere à fisiologia renal normal, considere as seguintes afirmativas: 1. No capilar glomerular, a pressão hidrostática é an- tagonizada pela pressão oncótica. 2. A autorregulação da filtração glomerular depende unicamente da angiotensina II. 3. Os néfrons justaglomerulares possuem alças de Henle mais curtas, e não estão relacionados à ma- nutenção da hiperosmolaridade da medula renal. 4. O túbulo proximal é responsável pela reabsorção de 60% do sódio e 90% do bicarbonato filtrados no glomérulo. Assinale a alternativa CORRETA. a) somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras b) somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras c) somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras d) somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras e) as afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras ACERTEI ERREI DÚVIDA UFG/GO – 2013 97. Quando se utiliza o meio de contraste iodado, há ne- cessidade de interromper antes e após o exame radio- lógico o uso da seguinte medicação: a) ciclofosfamida b) paracetamol c) metformina d) azitromicina ACERTEI ERREI DÚVIDA Albert Einstein – Clínica Médica – 2013 98. Na investigação de nefropatias, a cintilografia com gálio pode mostrar lesão patognomônica de: a) nefrite intersticial b) síndrome de Goodpasture c) doença de Berger d) nefropatia membranosa e) glomeruloesclerose segmentar e focal ACERTEI ERREI DÚVIDA UFG/GO – 2013 99. Paciente internado na enfermaria com queixa de ane- mia apresentou unhas de Lindsay. Qual exame seria importante solicitar, nesse caso? a) potássio b) PSA c) creatinina d) gama-GT ACERTEI ERREI DÚVIDA Albert Einstein – Clínica Médica – 2013 100. São doenças que cursam com eosinofilúria, EXCETO: a) prostatite aguda b) amiloidose renal c) doença renal ocasionada por embolização de colesterol d) nefrite intersticial aguda e) glomerulonefrite rapidamente progressiva ACERTEI ERREI DÚVIDA UFPR – Clínica Médica – 2013 101. Numere a coluna da direita de acordo com sua corres- pondência com a coluna da esquerda. 1. Qualquer situação de proteinúria 2. Doença renal crônica estágio 4/5 ou obstrução 3. Glomerulonefrite aguda pós-infecciosa 4. Injúria renal aguda 5. Nefrite lúpica ( ) Cilindros hialinos ( ) Cilindros granulosos ( ) Sedimento urinário ativo (telescopado) ( ) Cilindros hemáticos ( ) Cilindros céreos Assinale a alternativa que apresenta a numeração cor- reta da coluna da direita, de cima para baixo. a) 2 – 1 – 3 – 4 – 5 b) 4 – 1 – 2 – 5 – 3 c) 1 – 3 – 2 – 4 – 5 d) 5 – 4 – 3 – 2 – 1 e) 1 – 4 – 5 – 3 – 2 ACERTEI ERREI DÚVIDA 21 1 Conceitos gerais, glomerulopatias primárias e secundárias SJT Residência Médica – 2016 INCA/RJ – Clínica Médica – 2013 102. O elemento do sedimento urinário que é típico da do- ença renal crônica e, provavelmente, reflete a existência de fibrose intersticial e dilatação tubular é o cilindro: a) leucocitário b) granuloso largo c) granuloso não pigmentado d) granuloso de pigmento acastanhado ACERTEI ERREI DÚVIDA Albert Einstein – Clínica Médica – 2013 103. Nos pacientes com necrose tubular aguda é mais provável o encontro na análise microscópica da urina de cilindros: a) granulares e hialinos b) epiteliais e leucocitários c) granulares e epiteliais d) lipoides e leucocitários e) hialinos e hemáticos ACERTEI ERREI DÚVIDA Albert Einstein – 2013 104. Homem de 28 anos, procura o ambulatório, por apre- sentar no último ano quatro episódios de hematúria franca, não acompanhada de dor abdominal. O último episódio ocorreu concomitante a quadro de faringite. A PA é de 160 × 90 mmHg. O restante do exame clíni- co é normal. Laboratorialmente creatinina de 1,57 mg/ dL, sedimento urinário mostrando cilindros hemáticos e proteinúria de 24 horas de 1,4 gramas. A ultrassono- grafia de rins e vias urinárias é normal. Eletrólitos, gli- cemia, hemograma e complemento normais. FAN, anti- -HIV e sorologias para hepatites virais: não reagentes. A principal hipótese diagnóstica é: a) granulomatose de Wegener b) tuberculose renal c) nefropatia por IgA d) hipernefroma e) trombose de veia renal ACERTEI ERREI DÚVIDA Albert Einstein – 2013 105. Um menino, com 8 anos de idade, apresenta quadro de diminuição de diurese, edema e hipertensão arterial. Há 4 semanas apresentara infecção de pele generaliza- da, tratada com medicamentos tópicos. Entre as alte- rações nos exames, observa-se diminuição nos níveis da fração 3 do complemento (C3). A principal hipótese diagnóstica a faixa etária mais comumente afetada e o prognóstico dessa criança são, respectivamente: a) nefropatia de Berger (IgA) − 7 a 18 anos – evolução para hipertensão arterial crônica em todos os casos b) nefropatia de Berger (IgA) − 7 a 18 anos – evolução para insuficiência renal crônica em 30% dos casos c) glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica − 3 a 7 anos − evolução para hipertensão arterial crônica em 20% dos casos d) glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica − 3 a 5 anos − evolução para hipertensão arterial crônica em 50% dos casos e) glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica − 5 a 12 anos − cura em 95% dos casos ACERTEI ERREI DÚVIDA UFRN – 2013 106. E. M. S., 7 anos, sexo masculino, é levado ao pronto-so- corro por sua mãe por apresentar história de edema há 2 dias, cansaço e falta de ar. Nega ter tido febre. Ao exa- me, é percebido edema ++/4+ em face, abdome e mem- bros inferiores, taquicardia, ortopneia, estertores em bases pulmonares, pressão arterial = 140 x 90 mmHg e fígado a 4 cm do rebordo costal direito. O diagnóstico e a conduta apropriada são, respectivamente: a) glomerulonefrite difusa aguda complicada; diurético de alça em altas doses b) glomerulonefrite complicada; nifedipina oral c) crise aguda de asma; adrenalina subcutânea d) crise aguda de asma; corticoide intravenoso e nebu- lização com fenoterol ACERTEI ERREI DÚVIDA UFRN – 2013 107. São consideradas indicações para internação por glo- merulonefrite difusa aguda: a) encefalopatia hipertensiva e edema b) congestão cardiopulmonar e hipertensão c) insuficiência renal aguda e congestão cardiopulmonar d) insuficiência renal aguda
Compartilhar