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2020 NEF 1 - Introdução à Nefrologia_ As Doenças Glomerulares

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1 - 2020 SUS - SP
O risco de trombose varia entre as causas de síndrome nefrótica, sendo o mais elevado nos pacientes com
A) nefropatia membranosa.
B) nefropatia mesangial.
C) glomeruloesclerose segmentar e focal.
D) glomerulonefrite membranoproliferativa.
E) nefropatia por IgA.
Síndrome nefrótica é definida pela perda maciça de proteínas através da urina — em adultos, > 3,5 g/dia; em crianças, > 50
mg/kg/dia. Dentre as proteínas perdidas, está a antitrombina III, cofator da heparina, a proteína C e a proteína S... Assim, no
paciente nefrótico se instala franco estado de hipercoagulabilidade. Dentre as etiologias da síndrome, aquelas com maior risco
trombótico são a membranosa, a membranoproliferativa e a amiloidose (B, C e E erradas). Mas, em primeiro lugar, fica sem dúvidas
a nefropatia membranosa, com maior incidência de trombose da veia renal, trombose venosa profunda e embolia pulmonar (D
errada). Resposta: A.
Video comentário: 243075
2 - 2020 SUS - SP
Em 40 a 50% dos casos, há hematúria macroscópica acompanhando infecção de vias aéreas superiores (hematúria sinfaringítica). Em
30 a 40%, a hematúria é microscópica com proteinúria leve. Em menos de 10% ocorre síndrome nefrótica ou glomerulonefrite
rapidamente progressiva. O texto refere-se a
A) Nefropatia por IgA.
B) Síndrome de Alport.
C) Amiloidose renal.
D) Glomerulonefrite difusa aguda pós estreptocócica.
E) Glomerulonefrite membranoproliferativa.
Em nefrologia, falar em hematúria sinfaringítica é falar de doença de Berger, condição nosológica também conhecida como
nefropatia por IgA. Sabe-se que "Berger" é a glomerulopatia crônica mais comum do mundo, geralmente (40-50%) se apresentando
como surtos autolimitados de hematúria macroscópica isolada em jovens rapazes. Tais episódios de hematúria podem ser
claramente desencadeados por episódios de infecção de vias aéreas superiores (IVAS), os quais não cursam com o mesmo “período
de incubação” observado na glomerulonefrite pós-estreptocócica — quer dizer, a hematúria aparece concomitantemente ao
quadro de IVAS, o que é conhecido como “nefrite sinfaringítica”. Muitos pacientes (30-40%) têm micro-hematúria “glomerular”
(dismorfismo e/ou cilindrúria hemática) entre os episódios de macro-hematúria, e tal achado se reveste de pior prognóstico em
comparação com os surtos isolados de hematúria macroscópica (pois denotam uma agressão glomerular constante). Minoria dos
portadores (< 10%) pode desenvolver proteinúria nefrótica ou glomerulonefrite rapidamente progressiva. Quando às demais
alternativas, lembremos alguns vínculos clássicos: Alport soma nefropatia com surdez neurossensorial (B errada); amiloidose pode
ser diagnosticada atravé da biópsia com o corante vermelho do Congo (C errada); GNPE, como citado, respeita período de
incubação entre processo infeccioso e surgimento da nefrite (D errada); glomerulonefrite membranoproliferativa é diagnóstico
diferencial de GNPE, pois causa nefrítica e consome complemento. Resposta: A.
Video comentário: 243076
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3 - 2020 HIAE
Considere os pacientes 1, 2 e 3 que apresentam proteinúria variando de 4,5 a 6,2 gramas/dia: Paciente 1: Portador de linfoma de
Hodgkin com uso frequente de anti-inflamatórios não esteroidais. Paciente 2: Índice de massa corpórea de 41 kg/m² e com
nefropatia de refluxo. Paciente 3: Portador do vírus B da hepatite e com carcinomatose. Glomeruloesclerose segmentar e focal,
glomerulonefrite membranosa e nefropatia de lesões mínimas associam-se, respectivamente, aos pacientes
A) 2, 1 e 3.
B) 3, 1 e 2.
C) 2, 3 e 1.
D) 1, 2 e 3.
E) 3, 2 e 1.
A questão cita três pacientes portadores de síndrome nefrótica (proteinúria > 3,5 g/dia) e quer saber quais glomerulopatias
específicas estão mais associadas aos fatores de risco presentes.A glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) está relacionada a
condições como anemia falciforme, HAS, refluxo vesicoureteral, obesidade mórbida, HIV e uso de heroína (paciente 2). A
glomerulonefrite membranosa associa-se a neoplasias sólidas, alguns medicamentos (ex.: captopril, sais de outro e d-penicilamina)
e hepatite viral B (paciente 3). Já a doença por lesão mínima tem como fatores de risco o linfoma de Hodgkin e o uso frequente de
AINEs (paciente 1).Sendo assim, a sequência correta é 2, 3 e 1. Resposta: C. 
Video comentário: 228510
4 - 2020 SCMSP
Um paciente com proteinúria elevada (superior ou igual a 3,5 g/1,73 m² de superfície corpórea/dia no adulto), hipoalbuminemia e
edema possui o diagnóstico mais provável de
A) glomerulonefrite rapidamente progressiva.
B) síndrome nefrítica.
C) síndrome nefrótica.
D) nefropatia por IgA.
E) infecção de trato urinário.
A síndrome nefrótica deve ser entendida como o conjunto de sinais, sintomas e alterações laboratoriais que se desenvolvem
quando, por alguma razão, ocorre aumento patológico da permeabilidade dos glomérulos às proteínas, levando à proteinúria
maciça. Na verdade, define-se proteinúria na faixa nefrótica como aquela superior a 3,5 g/1,73m2/24h, o que equivale a > 3-3,5
g/24h no adulto e > 40-50 mg/kg/24h na criança. Resposta: C.
Video comentário: 236713
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5 - 2020 UNICAMP
Homem, 60a, procura Unidade Básica de Saúde com edema progressivo, urina espumosa e redução do volume urinário há dois
meses. Exame físico: PA= 124x78 mmHg; edema palpebral bilateral, edema sacral +/4+, ascite, edema de membros inferiores ++/4+
até raiz de coxas. Pulmões: murmúrio vesicular diminuído em bases pulmonares. Albuminemia= 2,4g/dL; glicemia= 78mg/dL,
creatinina= 1,4mg/dL, proteinúria de 24 horas= 10 gramas/24horas; Exame sumário de urina: hemácias= 2/campo, leucócitos=
1/campo, proteína +++/4+. OS DIAGNÓSTICOS SINDRÔMICO E NOSOLÓGICO SÃO:
A) Síndrome nefrótica; glomerulonefrite membranosa.
B) Síndrome nefrótica; nefropatia diabética.
C) Síndrome nefrítica; glomerulonefrite de lesões mínimas.
D) Síndrome nefrítica; glomeruloesclerose focal e segmentar.
 
Este paciente tem indícios de glomerulopatia nefrótica: 1. azotemia, indicando que já há perda significativa de função renal, 2.
edema e 3. Proteinúria na faixa nefrótica (> 3,5 g/dia). Não há hematúria “glomerular” ou hipertensão arterial para pensarmos em
síndrome nefrítica (C e D erradas), assim como não há diagnóstico de diabetes mellitus para pensarmos em nefropatia diabética (B
errada). Estatisticamente, o padrão histopatológico mais comum subjacente à síndrome nefrótica idiopática no adulto é a
Glomeruloesclerose Focal e Segmentar (GEFS), mas não há opção contemplando “síndrome nefrótica” e “GEFS”. Assim, como a
glomerulopatia membranosa é o segundo lugar como causa de nefrótica no adulto, ficamos com a alternativa A.
 
Video comentário: 230652
6 - 2020 IAMSPE
A veia gonadal direita mais frequentemente drena para a veia:
A) Mesentérica superior.
B) Lombar.
C) Renal direita.
D) Mesentérica inferior.
E) Cava inferior.
A drenagem das veias gonadais direita e esquerda ocorrem de forma distinta, sendo a veia gonadal esquerda tributária da veia
renal esquerda, enquanto a veia gonodal direita é tributária da veia cava inferior. Assim, a maior dificuldade de drenagem a
esquerda é uma das razões pelas quais há assimetria entre os testículos.
 
Gabarito: Alternativa E.
Video comentário: 234116
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7 - 2020 HIAE
Pré-escolar, três anos, sexo masculino, é levado por seus pais ao pronto-socorro. Os pais notaram que seu filho está menos ativo e
referem que há três dias o menino apresentou quadro de febre (38,5 ºC), vômitos e diarreia. Há um dia está urinando menos, apesar
de boa aceitação hídrica. Exame físico: Regular estado geral, hipocorado 3+/4+, hidratado, acianótico, anictérico, eupneico, irritado e
com dor à palpação abdominal. FC: 150 bpm, FR: 38 irpm, PA: 105 × 60 mmHg. Exames laboratoriais: Dentre as hipóteses diagnósticas
abaixo, a mais provável é
A) púrpura de Henoch-Schönlein.
B) púrpura trombocitopênica trombótica.
C) glomerulonefrite difusa aguda.
D) insuficiência renal crônica.
E) síndrome hemolítico-urêmica.
O quadro é clássico desíndrome hemolítico-urêmica (SHU), uma das principais causas de IRA em crianças < 4 anos... Temos a
tríade: (1) azotemia, (2) anemia, (3) plaquetopenia. A anemia, neste contexto, provavelmente é do tipo hemolítica e
microangiopática, com reticulocitose e presença de esquizócitos no esfregaço de sangue periférico (fragmentos de hemácia ou
"hemácias em capacete"). A SHU representa o protótipo das síndromes de trombose glomerular. O quadro em geral agudo
adquirido, em geral, é desencadeado por um disenteria causada por enterobactérias produtoras de shigatoxinas, sendo a mais
frequente a E. coli sorotipo O157:H7, que secreta uma shigatoxina chamada "verotoxina". A verotoxina causa especificamente lesão
ao endotélio dos capilares glomerulares, desencadendo um processo microtrombótico local. Na formação desses microtrombos
glomerulares sobrevém: (1) IRA, por diminuição da superfície disponível para a filtração glomerular, (2) plaquetopenia, pelo
consumo de plaquetas, (3) anemia hemolítica microangiopática, por fragmentação mecânica das hemácias que tentam passar
pelos capilares semiocluídos. Resposta certa: E.
Video comentário: 228541
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8 - 2020 USP - RP
Menina, 2 anos e 6 meses, com 13 kg, previamente saudável. Há 10 dias teve quadro de diarreia e vômitos com resolução espontânea
dos vômitos em 48 horas, mas manutenção das fezes líquidas com presença de pequena quantidade de sangue escuro a partir do
terceiro dia. Procurou atendimento médico sendo prescrita solução oral para hidratação e ceftriaxone IM, 1 vez ao dia, que a criança
utilizou até ontem com resolução do quadro de diarreia no final da primeira semana. Hoje a mãe notou a criança pálida, muito
prostrada e sem urinar há 12 horas. Exame físico: criança irritada, chorando com lágrimas, edema bipalpebral. Ausculta pulmonar:
MV presente e simétrico com roncos; FR 25 irpm; ausculta cardíaca: 2 BRNF sem sopros, FC 153 bpm; PA 112 x 50 mmHg. Abdome
globoso sem alterações. Saturação de oxigênio em oximetria de pulso = 95%. Exames laboratoriais: hemoglobina = 6,5 g/dL,
hematócrito = 20%, leucócitos = 14.000, plaquetas = 70.000, ureia = 66 g/dL, creatinina = 3,2 g/dL, sódio sérico = 130 mEq/L e potássio
sérico = 6,0 mEq/L. O comprometimento da função renal, nesse cenário diagnóstico, pode ser atribuído a:
A) Necrose tubular aguda.
B) Glomerulonefrite aguda pós infecciosa.
C) Nefrite túbulo intersticial por droga.
D) Microangiopatia trombótica.
Essa criança combina anemia, plaquetopenia e azotemia após quadro de diarreia com sangue: não há como não pensar em
síndrome hemolítico-urêmica (SHU). Lembre que esse quadro, em geral, é ocasionado por trombose glomerular
deflagrada por toxinas bacterianas... A trombose glomerular justifica, diretamente, a azotemia (queda da filtração) e a
plaquetopenia ( consumo plaquetário). Indiretamente, justifica também a anemia - as hemácias, ao passar pelos glomérulos
trombosados e estenosados pelos trombos, acabam se "esfarelando", fenômeno ao qual chamamos anemia hemolítica
microangiopática. Não pensaremos em necrose tubular aguda, já que esta não causa anemia e surgiria em contexto de hipotensão
por hipovolemia (essa paciente não está hipotensa - A errada); glomerulonefrite difusa aguda e nefrite intersticial aguda não
causam anemia também (B e C erradas). Resposta: D.
Video comentário: 237672
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9 - 2020 UNIFESP
Menino, 5 anos de idade, apresentou quadro de faringoamigdalite bacteriana há cerca de 2 semanas, evoluindo há 1 dia com quadro
de edema, hematúria macroscópica e redução de débito urinário. Após atendimento em pronto-socorro foi observada hematúria
com dismorfismo eritrocitário positivo e hipertensão arterial (PA = 140x70 mmHg). Em relação à condição apresentada pelo paciente
assinale a alternativa CORRETA:
A) O intervalo de tempo entre a piodermite e o quadro renal é habitualmente menor do que nos quadros de amigdalite.
B) O manejo do quadro envolve restrição hídrica, corticoide e repouso relativo.
C) A normalização dos níveis de complemento ocorre habitualmente 6 a 8 semanas após o quadro.
D) A tríade característica clássica envolve hipertensão, proteinúria e hematúria.
E) A recuperação completa ocorre em cerca de 60% dos casos.
Esta criança apresenta quadro de síndrome NEFRÍTICA: (1) oligúria; (2) hematúria dismórfica (= nefrítica); (3) edema; e (4)
hipertensão arterial. Veja, de cara, que proteinúria não está entre os sinais cardinais da síndrome (D incorreta). Ora, a principal
causa de síndrome nefrítica na faixa etária entre 2-15 anos é a GNPE (Glomerulonefrite Pós-Estreptocócica), complicação tardia e
não supurativa de infecção de vias aéreas superiores ou da pele relacionada ao estreptococo beta-hemolítico do grupo A. O
diagnóstico desta condição requer: (1) confirmação da hematúria de padrão “glomerular” (dismorfismo e/ou cilindros hemáticos);
(2) hipocomplementemia à custa de consumo da via alternativa do complemento (via do C3) que dura até 8 semanas; (3) período de
incubação compatível, que na GNPE pós-faringoamigdalite gira em torno de 1-2 semanas e, na piodermite, cerca de 2-4 semanas (A
incorreta); e (4) confirmação de infecção estreptocócica recente (ex.: ASLO – antiestreptolisina O positiva ou Streptozyme Test
positivo).
 
O tratamento envolve medidas de suporte: repouso relativo e restrição hidrossalina, além de antibioticoterapia (de preferência com
penicilina) a fim de erradicar a cepa nefritogênica da orofaringe (sem corticoide – B incorreta). Pacientes refratários necessitam de
diuréticos de alça e vasodilatadores como os antagonistas de canais de cálcio. Como nossa amiguinha está com a PA só um
pouquinho aumentada, provavelmente a restrição hidrossalina será suficiente para controlar sua PA. A maioria esmagadora dos
pacientes tem recuperação completa (E incorreta). Resposta: C.
Video comentário: 240353
10 - 2020 USP - SP
Menino, 8 anos de idade, portador de síndrome nefrótica corticodependente, encontra-se internado há dois dias por quadro atual de
descompensação da síndrome, desencadeada por infecção de vias aéreas superiores. Está recebendo albumina humana 20%
intravenosa. Após a infusão de cerca de metade da dose, apresenta queixa de desconforto respiratório. Em sua avaliação clínica,
nota-se FR: 32 ipm, FC: 138 bpm, PA: 140/88 mmHg, Saturação de Oxigênio de 89% em ar ambiente, ausculta de estertores
crepitantes em ambas as bases pulmonares e fígado palpável a 3 cm do rebordo costal direito. Qual é o medicamento indicado neste
momento?
A) Alteplase.
B) Dobutamina.
C) Furosemida.
D) Epinefrina.
Paciente com síndrome nefrótica, em reposição com albumina, um colóide que permite a maior retenção de líquido no espaço
intravascular, apresentando quadro de congestão pulmonar e sistêmica após a administração da droga. Considerando que não há
suspeita diagnóstica de disfunção miocárdica ou evento tromboembólico no momento, não há razão para administração de
inotrópico ou trombolítico. A classe de drogas capaz de reduzir o quadro de congestão apresentado é a dos diuréticos, sendo a
furosemida um diurético de alça de alta potência.
 
Gabarito: Alternativa C.
Video comentário: 232087
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11 - 2020 UERJ
Criança de dois anos, previamente hígida, é levada à emergência devido a quadro de “inchaço no corpo e urina com espuma” nas
últimas 48 horas. Há cerca de duas semanas, o paciente apresentou quadro de resfriado. Ao exame, encontra-se em regular estado
geral, vígil e orientado, anictérico, acianótico, em anasarca e corado com boa perfusão periférica. O aparelho respiratório encontra-se
com murmúrio vesicular abolido em ambas as bases pulmonares, com leve tiragem subcostal; o aparelho cardiovascular está com
ritmo cardíaco regular, bulhas hipofonéticas e sem sopros; abdomên em batráquio, piparote positivo, não sendo possível palpação de
massas ou visceromegalias devido ao edema. FC = 100bpm, FR = 50irpm, PA = 90 x 50mmHg e SatO₂ = 95%. Os exames
complementares mostram hemograma e leucograma normais; ureia = 20mg/dL, creatinina = 0,6mg/dL, sódio =150mEq/L, potássio =
5mEq/L, proteínas totais = 4g/dL (albumina = 2,0g/dL / globulinas = 2,0g/dL), colesterol total = 300mg/dL; a urianálise apresenta
proteinúria 4+/4+, sem hematúria e com cilindros hialinos. Aponte o diagnóstico sindrômico.
A) RESPOSTA
B)
C)
D)
E)
Esse paciente tem provável síndrome nefrótica: há anasarca, proteinúria de 4+, hipoalbuminemia e hipercolesterolemia. Apenas
para lembrar: síndrome nefrótica – diferentemente do que prega o conceito clássico de "síndrome", isto é, "conjunção de sinais e
sintomas" – fica definida quando a proteinúria é maior que determinado ponto de corte; nas crianças, esse limiar é de 50
mg/kg/dia. Em resumo, conceitualmente falando, a clínica apresentada pela criança do enunciado até sugere o diagnóstico, mas a
confirmação, em tese, é laboratorial.
Video comentário: 233513
12 - 2020 UERJ
Criança de dois anos, previamente hígida, é levada à emergência devido a quadro de “inchaço no corpo e urina com espuma” nas
últimas 48 horas. Há cerca de duas semanas, o paciente apresentou quadro de resfriado. Ao exame, encontra-se em regular estado
geral, vígil e orientado, anictérico, acianótico, em anasarca e corado com boa perfusão periférica. O aparelho respiratório encontra-se
com murmúrio vesicular abolido em ambas as bases pulmonares, com leve tiragem subcostal; o aparelho cardiovascular está com
ritmo cardíaco regular, bulhas hipofonéticas e sem sopros; abdomên em batráquio, piparote positivo, não sendo possível palpação de
massas ou visceromegalias devido ao edema. FC = 100bpm, FR = 50irpm, PA = 90 x 50mmHg e SatO₂ = 95%. Os exames
complementares mostram hemograma e leucograma normais; ureia = 20mg/dL, creatinina = 0,6mg/dL, sódio = 150mEq/L, potássio =
5mEq/L, proteínas totais = 4g/dL (albumina = 2,0g/dL / globulinas = 2,0g/dL), colesterol total = 300mg/dL; a urianálise apresenta
proteinúria 4+/4+, sem hematúria e com cilindros hialinos. Cite a lesão glomerular mais comumente encontrada para a síndrome
apresentada.
A) RESPOSTA
Esse paciente tem provável síndrome nefrótica: há anasarca, proteinúria de 4+, hipoalbuminemia e hipercolesterolemia.
Provavelmente, caso fosse feita a coleta de urina dessa criança em 24 horas, haveria mais que 50 mg/kg/dia de proteína. Nas
crianças entre 1 e 8 anos, a síndrome nefrótica é idiopática e a lesão histopatológica é conhecida como doença por lesão mínima
(DLM) ou glomerulopatia de alteração mínima ou doença de Nil ou nefrose lipoide. Como curiosidade, a biópsia renal dos
portadores, se analisada somente pela microscopia óptica, costuma ser normal, exceto por alguns casos em que intensa lipidúria
promove infiltração gordurosa nas células do túbulo proximal, justificando a alcunha “nefrose lipoide”. A alterações típicas desta
condição são visualizadas apenas na microscopia eletrônica: fusão e apagamento dos processos podocitários). Cabe lembrar que,
em príncipio, não se indica biópsia renal em casos “típicos” de síndrome nefrótica na faixa etária citada, pois na imensa maioria das
vezes o diagnóstico clínico estará correto (DLM) e o tratamento, feito com corticoide, tem excelentes resultados.
Video comentário: 233514
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13 - 2020 UERJ
Criança de dois anos, previamente hígida, é levada à emergência devido a quadro de “inchaço no corpo e urina com espuma” nas
últimas 48 horas. Há cerca de duas semanas, o paciente apresentou quadro de resfriado. Ao exame, encontra-se em regular estado
geral, vígil e orientado, anictérico, acianótico, em anasarca e corado com boa perfusão periférica. O aparelho respiratório encontra-se
com murmúrio vesicular abolido em ambas as bases pulmonares, com leve tiragem subcostal; o aparelho cardiovascular está com
ritmo cardíaco regular, bulhas hipofonéticas e sem sopros; abdomên em batráquio, piparote positivo, não sendo possível palpação de
massas ou visceromegalias devido ao edema. FC = 100bpm, FR = 50irpm, PA = 90 x 50mmHg e SatO₂ = 95%. Os exames
complementares mostram hemograma e leucograma normais; ureia = 20mg/dL, creatinina = 0,6mg/dL, sódio = 150mEq/L, potássio =
5mEq/L, proteínas totais = 4g/dL (albumina = 2,0g/dL / globulinas = 2,0g/dL), colesterol total = 300mg/dL; a urianálise apresenta
proteinúria 4+/4+, sem hematúria e com cilindros hialinos. Aponte o tratamento medicamentoso preconizado.
A) RESPOSTA
A combinação de achados desse paciente sugere síndrome nefrótica: anasarca, proteinúria de 4+/4+, hipoalbuminemia e
hipercolesterolemia. Provavelmente, caso fosse feita a coleta de urina dessa criança em 24 horas, haveria mais que 50 mg/kg/dia
de proteína. Nas crianças entre 1 e 8 anos, a síndrome nefrótica é idiopática na maioria das vezes e a lesão histopatológica é
conhecida como doença por lesão mínima... O tratamento é feito com corticoterapia e tem excelentes resultados. A dose da
prednisona é de 60 mg/m2/dia (máximo de 80 mg/dia), por 4-6 semanas, com redução paulatina e suspensão dentro de dois
meses.
Video comentário: 233515
14 - 2020 UERJ
Criança de dois anos, previamente hígida, é levada à emergência devido a quadro de “inchaço no corpo e urina com espuma” nas
últimas 48 horas. Há cerca de duas semanas, o paciente apresentou quadro de resfriado. Ao exame, encontra-se em regular estado
geral, vígil e orientado, anictérico, acianótico, em anasarca e corado com boa perfusão periférica. O aparelho respiratório encontra-se
com murmúrio vesicular abolido em ambas as bases pulmonares, com leve tiragem subcostal; o aparelho cardiovascular está com
ritmo cardíaco regular, bulhas hipofonéticas e sem sopros; abdomên em batráquio, piparote positivo, não sendo possível palpação de
massas ou visceromegalias devido ao edema. FC = 100bpm, FR = 50irpm, PA = 90 x 50mmHg e SatO₂ = 95%. Os exames
complementares mostram hemograma e leucograma normais; ureia = 20mg/dL, creatinina = 0,6mg/dL, sódio = 150mEq/L, potássio =
5mEq/L, proteínas totais = 4g/dL (albumina = 2,0g/dL / globulinas = 2,0g/dL), colesterol total = 300mg/dL; a urianálise apresenta
proteinúria 4+/4+, sem hematúria e com cilindros hialinos. Enumere três causas secundárias infecciosas importantes para o
diagnóstico diferencial dessa síndrome.
A) RESPOSTA
A combinação de achados desse paciente sugere síndrome nefrótica: anasarca, proteinúria de 4+/4+, hipoalbuminemia e
hipercolesterolemia. Provavelmente, caso fosse feita a coleta de urina dessa criança em 24 horas, haveria mais que 50 mg/kg/dia
de proteína. Nas crianças entre 1 e 8 anos, a síndrome nefrótica é idiopática na maioria das vezes e a lesão histopatológica é
conhecida como doença por lesão mínima. Quando a banca solicita "causas secundárias infecciosas importantes para o diagnóstico
diferencial dessa síndrome", objetiva avaliar se você conhece causas infecciosas de síndrome nefrótica. Dentre elas, pode-se citar:
hepatite B / hepatite C / HIV / sífilis (a forma congênita é importante causa no primeiro ano de vida) / citomegalovírus /
mononucleose infecciosa / malária / toxoplasmose / tuberculose / esquistossomose e filariose. Lembre que glomerulonefrite pós-
estreptocócica, embora possa ter componente nefrótico, é causa clássica de síndrome nefrítica e que, a rigor, não representa
doença infecciosa - na verdade, trata-se de complicação não supurativa da infecção por certas cepas de S. pyogenes...
Video comentário: 233516
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15 - 2020 UNIRIO
Homem de 45 anos apresenta trombose de veia renal. Esta é uma complicação relacionada a que distúrbio do rim?
A) Nefrite intersticial.
B) Síndrome nefrótica.
C) Síndrome nefrítica.
D) Estenose da artéria renal.
E) Nefropatia obstrutiva.
Nosso sistema hemostático vive em "eterna balança" entre fatores pró e anticoagulantes. Um dos nossos principais anticoagulantes
endógenos é a heparina. A antitrombina III auxilia a função hemostática da heparina... Qualquer estado de deficiência deste
cofator pode conduzir à hipercoagulabilidade. É exatamente o que acontece na síndrome nefrótica: perda de antitrombina III na
urina e hipercoagulabilidade. Outros fatores podem contribuir para este quadro,como a redução dos níveis e/ou atividade das
proteínas C e S, hiperfibrinogenemia, comprometimento da fibrinólise e ainda maior agregação plaquetária. Enfim, o estado de
hipercoagulabilidade da síndrome nefrótica frequentemente resulta em trombose das veias renais. Algumas doenças que causam
síndrome nefrótica têm maior associação ao desenvolvimento de trombose de veia renal, enquanto outras raramente manifestam
esta complicação; as principais são: glomerulopatia membranosa (primeiro lugar), a glomerulonefrite membranoproliferativa e a
amiloidose. Resposta: B.
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16 - 2020 UFF
Na infância até 90% dos casos de síndrome nefrótica correspondem a causas primárias ou idiopáticas, apresentando a maioria boa
resposta ao uso de corticoterapia. Para diagnosticar essa patologia, além de proteinúria, é necessário observar as seguintes
alterações:
A) hipercolesterolemia, hipoalbuminemia e hipertensão.
B) escórias nitrogenadas, edema e hiperalbuminemia.
C) edema, hematúria e lipidúria.
D) edema, hipoalbuminemia e hipercolesterolemia.
E) edema, hipertensão e hematúria.
A grande maioria dos casos de síndrome nefrótica na infância, especialmente na faixa etária entre 1-8 anos, é devida à doença de
lesões mínimas idiopática, uma condição altamente cortico-responsiva. Seu quadro clínico costuma ser o de uma síndrome
nefrótica "pura" e clássica, isto é, além de proteinúria maciça, o paciente apresenta edema, hipoalbuminemia e hipercolesterolemia.
HAS e hematúria são achados esperados na síndrome nefrítica, e não na nefrótica. Resposta: D.
Video comentário: 254922
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17 - 2020 FJG
São dados laboratoriais característicos da glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica:
A) Dosagem sérica do complemento (C3) aumentada; cilindro hemático na urina; proteinúria moderada a intensa.
B) Proteinúria leve a moderada; cilindro hemático na urina; dosagem sérica do complemento (C3) diminuída.
C) Antiestreptolisina O (ASLO) elevado; proteinúria maciça; hipogamaglobulinemia.
D) Cilindro hemático na urina; hipoalbuminemia; colesterol sérico aumentado.
As principais alterações laboratoriais da glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica incluem: hematúria macroscópica ou
microscópica; cilindros hemáticos, hialinos, granulosos e leucocitários, sendo os hemáticos sugestivos de hematúria glomerular;
proteinúria, raramente em níveis nefróticos (> 50 mg/kg/ dia); complemento sérico reduzido em quase a totalidade dos casos;
antiestreptolisina O (ASLO) elevado, dependendo do local da infecção e do sorotipo infectante. Lembrar que proteinúria intensa,
hipoalbuminemia e hipercolesterolemia são alterações referentes à síndrome nefrótica. 
Resposta: letra B.
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18 - 2020 UFF
Escolar, sete anos, é levado ao consultório pelos pais com início agudo de urina de cor amarronzada, mal-estar inespecífico e edema
periorbitário. O paciente é previamente hígido, sem dados relevantes na história familiar. A pressão arterial é de 135 x 80 mmHg, não
apresentando outras alterações no exame físico. Os pais apresentam exames laboratoriais com os seguintes resultados: sódio = 140
mEq/L; potássio = 4,0 mEq/L; creatinina = 0,4 mg/dL. EAS com densidade urinária = 1.010; pH = 6,0; hemácias = 3+, proteínas = 1+,
com > 100 hemácias por campo e presença de cilindros hemáticos. Dentre as alternativas a seguir, a próxima etapa mais apropriada
no diagnóstico desse paciente é:
A) Coleta de urina de 24 horas para quantificação da proteinúria.
B) Biópsia renal.
C) Dosagem de complemento (C3, C4 e CH50).
D) Teste genético para doença renal.
E) Nível de imunoglobulina A sérica.
Um escolar se apresenta com quadro de edema, hipertensão (PA de 135x80 mmHg em uma criança de 7 anos) + hematúria (urina
amarronzada, EAS com > 100 hemácias/campo), compatível com o diagnóstico de síndrome nefrítica, cuja principal causa na
infância é a glomerulonefrite difusa aguda pós-estreptocócica (GNDA). Dentre os exames complementares, a dosagem do
complemento sérico é obrigatória para o diagnóstico de GNDA. Seus valores encontram-se diminuídos em 95 a 98% dos casos. A
normalização de seus níveis ocorre em 4 a 8 semanas e é um marcador importante de prognóstico e diagnóstico diferencial.
Como a GNDA é nefropatia de evolução favorável, a biópsia renal só está indicada quando houver suspeita clínica de que o padrão
anatomopatológico não seja de proliferação endotelial e mesangial (alternativa B errada). A proteinúria é útil para o diagnóstico de
síndrome nefrótica, assim como o nível de imunoglobulina A sérica, que pode ser obtido com a realização de eletroforese de
proteínas (alternativas A e E erradas). Por fim, o teste genético não é necessário neste caso, pois a etiologia do quadro já está
definida (alternativa D errada).
Resposta: letra C.
Video comentário: 237440
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19 - 2020 UFPI
Para avaliar a função renal, o(s) exame(s) seria(m):
A) Creatinina.
B) Taxa de filtração glomerular.
C) Creatinina e Taxa de filtração glomerular.
D) Ureia e Creatinina.
E) Microalbuminúria de 24h.
Questão estranha, mas há uma certa lógica aqui... O marcador mais utilizado na prática para avaliar a função renal é o nível de
creatinina sérica que, no paciente estável, é empregado em fórmulas matemáticas para estimar a taxa de filtração glomerular.
Então a melhor resposta é a letra C? Diríamos que não... Lembre-se que as fórmulas para estimativa da TFG só podem ser usadas
no paciente com função renal estável, ou seja, não são úteis na avaliação de função renal do paciente com injúria renal aguda! Ora,
o enunciado não especifica se estamos lidando com portadores de DRC ou IRA... Na IRA, o único parâmetro laboratorial utilizado é
a creatinina (o outro é um parâmetro clínico: a diurese horária)... Enfim, a moral da história é a seguinte: considerando a população
de doentes renais como um todo (agudos e crônicos), o único parâmetro de avaliação da função renal que serve nos dois cenários é
realmente a creatinina! Assim, a "melhor" resposta, por este ponto de vista (ponderado, concorda?) é a letra A.
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20 - 2020 AMP
Lactente de 2 anos com edema iniciado em face há uma semana e agora por todo o corpo. Ganho de peso de 3kg no período.
Exames mostram urina com proteinúria ++++, colesterol de 320mg/dl, albumina sérica de 1,5g/dl, ureia e creatinina normais.
Apresenta na evolução dor abdominal importante, febre e sinais de peritonite. Qual o agente mais provável do quadro abdominal?
A) Pneumococo.
B) Estafilococo.
C) Pseudomonas.
D) Escherichia coli.
E) Klebsiella pneumoniae.
Esse paciente tem provável síndrome nefrótica: há anasarca, proteinúria de 3+, hipoalbuminemia e hipercolesterolemia. Os
portadores da síndrome têm risco aumentado de infecções por germes encapsulados, principalmente pela deficiência de
imunoglobulina do tipo IgG e componentes da via alternada do complemento, perdidos através dos glomérulos. Nesses pacientes,
tais germes costumam causar quadros espontâneos de peritonite – sim, estamos falado de peritonite bacteriana espontânea (PBE).
O Streptococcus pneumoniae (pneumococo) é o germe mais envolvido, seguido pela Escherichia coli. Resposta: A.
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21 - 2020 SUS - BA
Mulher, 54 anos de idade, dá entrada na UPA com queixa de edema difuso, há 2 meses. Nega comorbidades ou uso de medicações.
Ao exame, apresenta-se com edema periorbitário bilateral, afebril, hipocorada +1/4+, com FC: 80bpm, PA: 130X80mmHg. Ausculta
cardiorrespiratória sem alterações. Nota-se presença de hiperemia cutânea em mama esquerda, onde se palpa nódulo irregular,
endurecido, de cerca de 3x4cm indolor, em quadrante lateral superior. Abdome semigloboso, com maciez móvel presente. Edema
+3/4+ em membros inferiores. Realizados exames laboratoriais, com Hb: 11,5g/dl, leucócitos: 5800/mm³, plaquetas: 200mil/mm³, Cr:
0,9mg/dl, Ur: 26mg/dl, Na: 136mEq/l, K: 3,7mEq/l, BT: 1,0mg/dl, albumina: 2,2g/dl, Colesterol total: 320mg/dl e Triglicérides:
300mg/dl, Glicemia: 90mg/dl. Sumário de urinacom proteinúria 3+/3 e cilindros hialinos. Iniciado diurético de alça. De acordo com o
quadro descrito, indique o diagnóstico sindrômico mais provável e o achado laboratorial necessário para sua confirmação.
A) RESPOSTA
Diversos parâmetros clínicos e laboratoriais são úteis na avaliação diagnóstica de um paciente com quadro sindrômico compatível
com síndrome nefrótica, tais como anasarca, evento trombótico, hipoalbuminemia, aumento do colesterol e triglicerídeos e urina I
com proteinúria. No entanto, o exame necessário à confirmação diagnóstica, é a dosagem da proteinúria de 24 horas que, em
adultos, deve ser superior a 3,5 g em 24 horas.
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22 - 2020 SES - PE
Um paciente de 62 anos, previamente hígido, foi trazido para a emergência, com rebaixamento do nível de consciência. Familiares
relatavam que ele vinha há uma semana com edema generalizado. Ao exame físico, ele apresentava níveis pressóricos muito
elevados (PA 220 x 160 mmHg), edema de face e membros, sem sinais focais no exame neurológico. O único antecedente relevante
era um episódio de erisipela cerca de 30 dias antes do início do quadro atual. Qual dos achados abaixo provavelmente NÃO seria
encontrado nesse caso?
A) Proteinúria = 4 g/24 horas.
B) Níveis séricos de C3 reduzidos.
C) Altos títulos de antiestreptolisina O
D) Hemácias dismórficas no sumário de urina.
E) Cilindros hemáticos.
O paciente se apresenta com um quadro de edema e HAS grave (provável encefalopatia hipertensiva). A história de piodermite
estreptocócica recente (últimas quatro semanas), sugere fortemente a possibilidade de Glomerulonefrite Pós-Estreptocócica
(GNPE). Lembre-se que a GNPE é uma doença típica da faixa etária entre 5-15 anos, grupo em que o prognóstico tende a ser
benigno... Pacientes com idade > 20 anos, especialmente os idosos, isto é, aqueles com idade > 60 anos, costumam ter prognóstico
progressivamente mais grave, cursando com lesão renal mais intensa, tipicamente na forma de uma síndrome de Glomerulonefrite
Rapidamente Progressiva (GNRP). Lembre-se que neste cenário é esperada a presença de proteinúria maciça, quer dizer, na faixa
nefrótica (> 3,5 g/dia). Logo, o gabarito inicial da banca (letra A) não condiz com a realidade prática desses doentes... A GNPE se
caracteriza por consumo de complemento, especialmente da via alternativa (via do C3), além de apresentar hematúria de padrão
glomerular (hemácias dismórficas e/ou cilindros hemáticos no sedimento urinário) em praticamente 100% dos casos... Vale lembrar
que a antiestreptolisina O (ASLO) é menos sensível no caso de piodermites estreptocócicas como marcador sorológico de infecção
recente (positividade de aproximadamente 50% apenas). Porém, eventualmente, altos títulos deste anticorpo são detectados. Logo,
QUESTÃO SEM RESPOSTA CERTA, devidamente ANULADA pela banca!
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23 - 2020 SUS - BA
Mulher, 54 anos de idade, dá entrada na UPA com queixa de edema difuso, há 2 meses. Nega comorbidades ou uso de medicações.
Ao exame, apresenta-se com edema periorbitário bilateral, afebril, hipocorada +1/4+, com FC: 80bpm, PA: 130X80mmHg. Ausculta
cardiorrespiratória sem alterações. Nota-se presença de hiperemia cutânea em mama esquerda, onde se palpa nódulo irregular,
endurecido, de cerca de 3x4cm indolor, em quadrante lateral superior. Abdome semigloboso, com maciez móvel presente. Edema
+3/4+ em membros inferiores. Realizados exames laboratoriais, com Hb: 11,5g/dl, leucócitos: 5800/mm³, plaquetas: 200mil/mm³, Cr:
0,9mg/dl, Ur: 26mg/dl, Na: 136mEq/l, K: 3,7mEq/l, BT: 1,0mg/dl, albumina: 2,2g/dl, Colesterol total: 320mg/dl e Triglicérides:
300mg/dl, Glicemia: 90mg/dl. Sumário de urina com proteinúria 3+/3 e cilindros hialinos. Iniciado diurético de alça. De acordo com o
quadro descrito, indique o diagnóstico histopatológico mais provável para a síndrome e a doença de base associada à síndrome.
A) RESPOSTA
B)
C)
D)
E)
Diversos parâmetros clínicos e laboratoriais são úteis na avaliação diagnóstica de um paciente com quadro sindrômico compatível
com síndrome nefrótica, tais como anasarca, evento trombótico, hipoalbuminemia, aumento do colesterol e triglicerídeos e urina I
com proteinúria. No entanto, o exame necessário à confirmação diagnóstica é a presença de proteinúria acima de 3,5 g em 24
horas. No caso apresentado, o fator de risco associado ao desenvolvimento desta glomerulopatia é a presença de neoplasia
mamária. Dessa forma, sabemos que o tipo histológico de síndrome nefrótica mais comumente relacionado ao adenocarcinoma de
mama é a glomerulonefrite membranosa.
Video comentário: 230125
24 - 2020 SUS - BA
Mulher, 54 anos de idade, dá entrada na UPA com queixa de edema difuso, há 2 meses. Nega comorbidades ou uso de medicações.
Ao exame, apresenta-se com edema periorbitário bilateral, afebril, hipocorada +1/4+, com FC: 80bpm, PA: 130X80mmHg. Ausculta
cardiorrespiratória sem alterações. Nota-se presença de hiperemia cutânea em mama esquerda, onde se palpa nódulo irregular,
endurecido, de cerca de 3x4cm indolor, em quadrante lateral superior. Abdome semigloboso, com maciez móvel presente. Edema
+3/4+ em membros inferiores. Realizados exames laboratoriais, com Hb: 11,5g/dl, leucócitos: 5800/mm³, plaquetas: 200mil/mm³, Cr:
0,9mg/dl, Ur: 26mg/dl, Na: 136mEq/l, K: 3,7mEq/l, BT: 1,0mg/dl, albumina: 2,2g/dl, Colesterol total: 320mg/dl e Triglicérides:
300mg/dl, Glicemia: 90mg/dl. Sumário de urina com proteinúria 3+/3 e cilindros hialinos. Iniciado diurético de alça. De acordo com o
quadro descrito, cite a medicação (classe da droga) de primeira escolha, nesse momento, para retardar a evolução do quadro
sindrômico.
A) RESPOSTA
Essa paciente tem síndrome edemigênica... Do ponto de vista de diagnóstico diferencial, há que se pensar em causas hepáticas,
renais e cardíacas - o sumário de urina nos mostra claramente que deve ser a proteinúria nefrótica o motivo da anasarca. Dados
que corroboram esse diagnóstico são a hipoalbuminemia e a hiperlipidemia. O tratamento farmacológico dos pacientes nefróticos
tem como principal objetivo reduzir a perda urinária de proteínas, tendo em vista que proteinúria nefrótica é altamente tóxica para
o sistema tubular renal. Assim, devemos prescrever fármacos que reduzam a pressão de filtração glomerular - os dois principais
agentes são os inibidores da ECA (iECA) e os bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina 2 (BRA). Ambos chegam a esse objetivo
reduzindo o estímulo vasoconstricctor à arteríola eferente, isto é, diminuindo os efeitos da angiotensina 2 sobre aquele vaso. Os
BRA agem diretamente nos receptores da angiotensina 2; os iECA inibem a transformação de angiotensina 1 em angiotensina 2.
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25 - 2020 HFA
No que concerne às glomerulopatias primárias, julgue o item a seguir. As glomerulopatias podem se manifestar com hematúria,
hipertensão, edema e proteinúria discreta, caracterizando uma síndrome nefrótica.
A) CERTO.
B) ERRADO.
A assertiva apresentada está incorreta. A síndrome nefrótica é definida por proteinúria acima de 3,5 g em 24 horas, para os adultos,
e acima de 50 mg/kg/dia, para crianças. Por conta da proteinúria maciça, que define a síndrome, surgem vários distúrbios, como
susceptibilidade a infecções, estado de hipercoagulabilidade, anemia ferropriva refratária etc. Resposta: B.
Video comentário: 250090
26 - 2020 HFA
No que concerne às glomerulopatias primárias, julgue o item a seguir. A doença de lesão mínima predomina em crianças e
manifesta-se tipicamente com síndrome nefrótica.
A) CERTO.
B) ERRADO.
Como sabemos, a principal causa de síndrome nefrótica na faixa etária pediátrica é a doença por lesão mínima, responsável por
cerca de 85% dos casos. Inclusive, as crianças acometidas normalmente não são nem submetidas à biópsia para confirmação
diagnóstica; o tratamento com corticoides é iniciado empiricamente. Além dos achados típicos de uma síndrome nefrótica
(hipoalbuminemia, proteinúria maciça, anasarca, hiperlipidemia), o paciente não costumaapresentar insuficiência renal e pode
haver associação com fenômenos atópicos. Resposta: A.
Video comentário: 250091
27 - 2020 HFA
No que concerne às glomerulopatias primárias, julgue o item a seguir. A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana e a
obesidade são causas de glomeruloesclerose segmentar e focal.
A) CERTO.
B) ERRADO.
Olha como o autor foi pouco cuidadoso na elaboração do enunciado... Ele começa falando sobre glomerulopatias PRIMÁRIAS, isto
é, glomerulopatias sem causa específica definida, não relacionadas a uma doença de base, e na sequência pergunta sobre o padrão
histopatológico glomerular associado à infecção pelo HIV e à obesidade. Apesar de ambas as condições de fato se associarem à
GESF, no caso seria a GESF SECUNDÁRIA, e não primária. Questão sem lógica, que merecia ter sido anulada! O gabarito da banca foi
"certo". Tá certo.
Video comentário: 250092
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28 - 2020 HFA
No que concerne às glomerulopatias primárias, julgue o item a seguir. A nefropatia por lgA é considerada como a glomerulopatia
mais comum mundialmente e pode se manifestar com síndrome nefrótica, proteinúria maciça e anasarca.
A) CERTO.
B) ERRADO.
A nefropatia por IgA, também conhecida como doença de Berger, é considerada a glomerulopatia crônica PRIMÁRIA mais comum
do mundo, podendo se manifestar por meio de amplo espectro clínico, que inclui alterações urinárias assintomáticas, como
hematúria isolada, passando por graus mais intensos de lesão glomerular, com proteinúria (que pode atingir a faixa nefrótica) e
evoluir em alguns casos para insuficiência renal (rapidamente progressiva ou crônica). Logo, assertiva CERTA.
Video comentário: 250093
29 - 2020 UFPI
Cilindros gordurosos, lipidúria e aumento na excreção urinária de proteínas, é mais provável ocorrer na condição de:
A) Pielonefrite aguda.
B) Necrose tubular aguda.
C) Síndrome nefrótica.
D) Hipertensão renovascular.
E) Uropatia obstrutiva.
Qual é a síndrome que associa perda excessiva de proteínas através da urina e que promove, secundariamente, intensa lipidúria?
Diferentemente de quase todas as demais síndromes da prática médica, a nefrótica se define unicamente pelo achado laboratorial
de proteinúria maciça – em crianças, "proteinúria maciça" é definida como > 50 mg/kg/dia; em adultos, > 3,5 g/24h. Dentre as
proteínas perdidas, estão as lipoproteínas plasmáticas que carreiam triglicérides e colesterol – LDL, HDL, VLDL... A perda excessiva
de lipoproteínas exerce intenso estímulo à produção hepática dessas entidades, o que acaba gerando hiperlipidemia e lipidúria. A
excreção de lipídios através da urina se manifesta, no exame de urina, pela presença de cilindros graxos. Em relação às demais
opções: pielonefrite aguda se manifestaria por febre, dor lombar e disúria, além de leucocitúria (A errada); necrose tubular aguda,
por azotemia e cilindros granulosos (B errada); hipertensão renovascular causaria hipocalemia (D errada); por fim, uropatia
obstrutiva é causa de azotemia (E errada) – nenhuma dessas condições é causa de proteinúria maciça. Resposta: C.
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30 - 2020 UFPB
Sobre a Síndrome Nefrótica, é CORRETO afirmar:
A) A retinopatia ocorre em aproximadamente 60% dos diabéticos tipo 1 com nefropatia.
B) A amiloidose primária é uma das causas de síndrome nefrótica e, classicamente, provoca hepatomegalia, esplenomegalia e
redução do volume do coração, ocasionando, mais comumente, insuficiência cardíaca sistólica.
C) A albuminúria da nefropatia diabética, normalmente, sucede o declíneo da taxa de filtração glomerular.
D) Os inibidores da enzima conversora de angiotensina são benéficos para inibir a perda de proteínas pelos rins e nunca
desencadeiam piora da função renal.
E) As complicações da síndrome nefrótica podem incluir trombose da veia renal e outros eventos tromboembólicos, infecção,
deficiência de vitamina D, desnutrição proteica e toxicidade de algumas drogas devido à diminuição das suas ligações às proteínas.
Vejamos as opções sobre síndrome nefrótica: A - incorreta. A retinopatia diabética é mais comum que a "doença renal diabética",
atual nomenclatura da nefropatia pelo diabetes; B - incorreta. A amiloidose, doença de depósito, causa aumento da espessura das
paredes cardíacas e, mais comumente, disfunção diastólica; C - incorreta. Do ponto de vista funcional e clínico, repercussão renal
do diabetes se caracteriza, inicialmente, por hiperfiltração, quando a lesão propriamente dita ainda nem foi estabelecida. Ela surge,
em seguida, com duas fases: a fase inicial se caracteriza pela excreção urinária de albumina moderadamente aumentada (30-299
mg/g de creatinina) e a fase avançada pela excreção urinária de albumina muito aumentada (≥ 300 mg/g de creatinina). Esta última
fase também é a fase relacionada à doença renal crônica (creatinina sérica ≥ 1,5 mg/dl), quando os pacientes evoluem rapidamente
(4-6 anos) para doença renal terminal e diálise; D - incorreta. Os inibidores da enzima conversora, ao reduzir a proteinúria,
contribuem para a preservação da função renal em diabéticos. Porém, como podem desmantelar o mecanismo de adaptação renal
à hipovolemia, os IECA são causa eventual, sim, de piora da função dos rins; E - correta. Na síndrome nefrótica, há, por definição,
perda renal maciça de proteínas, o que desencadeia várias complicações. São exemplos: a perda de anticoagulantes endógenos,
como a antitrombina III, predispõe e fenômenos trombóticos; a perda de fatores do complemento e de anticorpos, ao surgimento
de infecções; a perda da proteína carreadora de vitamina D, à deficiência dessa vitamina...
Resposta: E.
Video comentário: 225847
31 - 2020 HUBFS/HUJBB
Paciente SDN, 70 anos, encontra-se em investigação etiológica para quadro de edema generalizado. Em sua consulta trouxe os
seguintes exames: creatinina 1 mg/dl, colesterol total 300 mg/dl, triglicerídeo 400 mg/dl, albumina sérica 1g/dl, glicose 80 mg/dl,
urina EAS com 3+ de proteinúria e sem hematúria, complemento normal, proteinúria de 24h de 8g. Ao exame físico, paciente
encontra-se normotenso, peso 70kg e edema assimétrico de membros inferiores (direito > esquerdo) com presença de sinal de
Homans à direita. O diagnóstico sindrômico do caso e a complicação ocorrida são, respectivamente,
A) glomerulonefrite rapidamente progressiva e tromboembolismo pulmonar.
B) síndrome nefrítica e erisipela de MID.
C) nefrite túbulo-intersticial e granulomatose de Wegener.
D) alteração urinária mínima e ruptura de tendão Aquileu.
E) síndrome nefrótica e trombose venosa profunda.
Paciente em investigação por síndrome edemigênica, sendo evidenciada hipoalbuminemia, que ocasiona redução da pressão
coloidosmótica intravascular e extravasamento de líquido para o interstício. A etiologia para o quadro é a perda renal (urinária) de
proteínas em faixa nefrótica, o que em conjunto com a hipercolesterolemia apresentada, caracteriza a síndrome nefrótica. Dentre
os tipos histológicos dessa síndrome, o que possui maior relação com neoplasia e evento trombótico, que deve ser suspeitada pelo
edema assimétrico, é a glomerulopatia membranosa, sendo esta a principal hipótese para o quadro.
 
Gabarito: Alternativa E.
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32 - 2020 SURCE
Criança, 4 anos, sexo feminino, apresenta edema em face e tosse há dois dias, sem febre. Exame físico: bom estado geral, edema
palpebral bilateral. PA: 135x95mmHg. Ausculta cardíaca: Bulhas rítmicas, normofonéticas FC: 98bpm. Ausculta respiratória:
crepitações em bases bilateralmente. Abdome: edema de parede abdominal, fígado a 3 cm do rebordo costal direito; edema (+2/4+)
em membros inferiores. Exames laboratoriais: Sumário de urina: pH: 5,5, densidade 1025, proteína: ++, hematúria: ++, leucócitos:
20/campo. Ureia: 20mg/dL, creatinina: 0,5mg/dL. A hipótese diagnóstica mais provável e o marcador laboratorial a ser solicitado são,
respectivamente:
A) Síndrome nefrótica/proteinúria de 24 horas.
B) Glomerulonefrite difusa aguda/dosagem sérica de complemento.
C) Hipertensãoarterial renovascular/ultrassom Doppler de artérias renais.
D) Infecção do trato urinário/urinocultura com teste de sensibilidade antimicrobiana.
Criança que subitamente desenvolve hipertensão arterial, edema e hematúria seguramente está fazendo um quadro de
Glomerulonefrite Difusa Aguda (GNDA), pois o que ela apresenta nada mais é do que uma síndrome nefrítica (conjunto de sinais e
sintomas que apontam para a ocorrência de inflamação do tufo capilar glomerular – A errada). Sabe-se que o grande protótipo de
GNDA nesta faixa etária é a Glomerulonefrite Pós-Estreptocócica (GNPE), uma complicação tardia e não supurativa da infecção por
cepas nefritogênicas do estreptococo beta-hemolítico do grupo A de Lancefield, o S. pyogenes. Vale lembrar que, por se tratar de
complicação tardia da infecção estreptocócica, às vezes não há qualquer sinal clínico de sua ocorrência quando da instalação do
quadro de GNPE, e muitos pacientes podem não recordar que tiveram uma estreptococcia (não raro discreta) nas últimas semanas.
Nesta condição, é esperada a queda de complemento por até oito semanas, achado que corrobora o diagnóstico. Não há febre e
outros comemorativos inflamatórios para pensarmos em infecção urinária; a hipertensão renovascular não causa edema da monta
que foi descrito para essa criança (C errada)... Resposta: B.
Video comentário: 234057
33 - 2020 SES - DF
Certo paciente de 10 anos de idade apresenta-se com febre e artrite. Além disso, apresenta episódio prévio comprovado de infecção
estreptocócica. Seu eletrocardiograma demonstrava um intervalo PR maior que 0,2 ms e o ecocardiograma estava normal. Apresenta
hemograma de 9.5 g/dL, ferritina sérica de 12 microgramas/L e RDW era aumentado. No que se refere a esse caso clínico e aos
conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir. Podem ocorrer glomerulopatias nesse paciente.
A) CERTO
B) ERRADO
Afirmativa CORRETA. Temos um paciente com relato de infecção estreptocócica prévia (não fica claro se faringoamigdalite ou se
infecção cutânea) evoluindo com quadro sugestivo de febre reumática. Nesse sentido, nosso paciente encontra-se sob risco de
glomerulonefrite pós-estreptocócica, uma sequela renal tardia da infecção por cepas específicas de estreptococo beta-hemolítico
do grupo A. O mecanismo fisiopatogênico envolve deposição de imunocomplexos glomerulares e a apresentação clínica pode
variar de quadros completamente assintomáticos, passando por síndrome nefrítica clássica (hipertensão arterial, hematúria e
edema) e chegando, em raros casos, à disfunção renal, encefalopatia hipertensiva e edema agudo de pulmão.
 
Resposta: A.
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34 - 2020 UFSC
Um escolar, 8 anos, trazido pela mãe à emergência devido a urina cor marrom e inchaço nos olhos. Há 8 dias iniciou edema
periorbitário súbito bilateral matutino, evoluindo com dor abdominal difusa, oligúria e hematúria macroscópica. Nega episódios
anteriores. Relata uso de amoxicilina devido à faringoamigdalite há 15 dias. Ao exame físico: Tax: 37,7°C, PA: 130x80 mmHg (p90
112x73 mmHg), hipertrofia e hiperemia de amigdalas (Brodsky grau 3), edema de região orbital bilateral, parede abdominal,
suprapúbica, escrotal, pré-tibial. Ganho de 5 kg de peso em 10 dias. Com base na história clínica e exame físico, a sua principal
hipótese diagnóstica é:
A) Colestase.
B) Síndrome nefrótica.
C) Doença de Kawasaki.
D) Glomerulonefrite difusa aguda.
E) Reação anafilactoide ao antibiótico.
Escolar com quadro de síndrome nefrítica, composta pela associação de hipertensão + hematúria + edema. Sabe-se que, nesta faixa
etária, a grande etiologia é a glomerulonefrite pós-estreptocócica - lembre que o período de incubação entre a faringoamigdalite
estreptocócica e a GNPE é de 1 a 3 semanas. Não há por que pensar em colestase (a coloração alterada da urina é por conta da
hematúria – A errada). Síndrome nefrótica, em geral, não causa hipertensão arterial (B errada). Essa criança não tem nada para
Kawasaki, além da febre (B errada). Na reação anafilactoide, espera-se outros comemorativos, como urticaria, angioedema,
broncoconstrição, hipotensão – resumidamente, é reação semelhante à anafilaxia – daí o nome – mas independentemente de IgE (E
errada). Resposta: D.
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35 - 2020 UFPI
João, 5 anos, é trazido ao pronto socorro por sua mãe com queixa de que sua urina está reduzida e escura há 3 dias. Ao exame físico,
a criança encontra-se em regular estado geral, PA 150/90 (P90 106/70, P95 110/74) com leve edema palpebral, com ausculta cardíaca
normal e com estertores à ausculta pulmonar. Baseado neste caso clínico, assinale a opção CORRETA.
A) A principal hipótese diagnóstica para João é síndrome nefrítica. A principal causa na pediatria é GESF (glomeuloesclerose
segmentar e focal). A criança deve fazer biópsia para confirmar a hipótese e, caso confirme, iniciar tratamento com corticoide.
B) A principal hipótese diagnóstica para João é síndrome nefrótica. A principal causa de síndrome nefrótica em criança é lesão
histológica mínima, a qual costuma ter uma boa resposta ao corticoide.
C) A principal hipótese diagnóstica é síndrome nefrótica. Para confirmação diagnóstica deve-se solicitar sumário de urina para
documentar a presença de hematúria, função renal para avaliar o grau de comprometimento renal e ASLO para comprovar a infecção
prévia pela bactéria.
D) A principal hipótese é síndrome nefrítica. Em crianças, esta doença ocorre predominantemente como uma complicação supurativa
durante infecções de pele ou orofaringe causadas por cepas nefritogênicas do Staphilococcus
E) A principal hipótese nesse caso é síndrome nefrítica. A melhor conduta para o paciente é interná-lo, restringir sal e água, iniciar
diurético e fazer penicilina benzatina para evitar disseminação das cepas nefritogênicas para a comunidade.
Diante de um pré-escolar com quadro de hipertensão, hematúria e edema, a primeira hipótese diagnóstica de síndrome nefrítica
(alternativas B e C erradas), sendo a glomerulonefrite difusa aguda pós-estreptocócica (alternativa A errada) a principal causa na
infância. Caracteriza-se fundamentalmente por processo inflamatório de origem imunológica que acomete todos os glomérulos
de ambos os rins. É considerada, juntamente com a febre reumática, sequela tardia e não supurativa de estreptococcia (alternativa
D errada). Voltando ao caso clínico, vemos que a criança em tela apresenta a complicação mais frequente da doença, que é a
congestão circulatória. Caracteriza-se por sinais clínicos de hipervolemia que, no caso clínico, foi evidenciado pela presença de
estertores na ausculta pulmonar. Logo, este paciente deverá ser tratado sob internação hospitalar e, além de restrição de sal e
água, objetiva-se reduzir a hipervolemia com administração de furosemida 1 a 5 mg/kg/dia,  assistência ventilatória se necessária e
erradicação do estreptococo com a apllicação de penixilina benzatina.
Resposta: letra E.
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36 - 2020 UFPI
Sobre síndrome nefrótica, assinale a opção INCORRETA.
A) A principal causa de síndrome nefrótica em criança é lesão histológica mínima, a qual é idiopática e costuma ter uma boa resposta
ao corticoide, mas tem uma taxa significativa de recaídas.
B) A síndrome nefrótica em crianças caracteriza-se por proteinúria nefrótica, edema, hipoalbuminemia, hipertensão e hematúria.
C) São indicações de biópsia na síndrome nefrótica: idade menor de 1 ano, início na puberdade, córtico-resistência, piora progressiva
da função renal.
D) Na síndrome nefrótica ocorre perda da barreira de carga da membrana basal glomerular, o que resulta em perda seletiva de
albumina, redução da pressão oncótica intravascular e extravasamento de líquido para o terceiro espaço.
E) São indicações de albumina na síndrome nefrótica: anasarca importante, edema escrotal, oligúria, derrame pleural e ascite
volumosa.
Vamos avaliar as alternativas referentes a síndrome nefrótica (SN) na infância: A) CORRETA! Na infância, 80 a 90% dos casos
correspondema SN primária ou idiopática. Destas, as principais variantes histopatológicas são a lesão histológica mínima (LHM) e a
glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF), sendo que a primeira apresenta boa resposta ao corticoide, apesar de alguns casos
evoluirem com refratariedade. Os portadores de LHMcorticorresistentes ou que evoluem para perda da função renal, em regra,
demonstram em padrão de GESF biópsias renais posteriores. B) ERRRADA! Hipertensão e hematúria são características da síndrome
nefrítica. A SN caracteriza-se essencialmente pela presença de proteinúria maciça de caráter nefrótico e hipoalbuminemia (≤ 2,5
g/dL), enquanto o quadro completo inclui edema, hiperlipidemia e lipidúria. C) CORRETA! As principais indicações de biópsia da SN
na infância incluem: crianças com idade < 1 ano ou > 10 anos (ou início da puberdade); hematúria macroscópica ou hematúria
microscópica persistente; hipertensão grave; disfunção renal; hipocomplementenemia; sintomas extrarrenais (p.ex., exantema,
púrpura); síndrome nefrótica corticorresistente; planejamento de introdução de inibidores de calcineurina (ciclosporina, tacrolimo);
e para avaliação periódica de potencial nefrotoxicidade. D) CORRETA! Na SN, a excreção de grandes quantidades de proteína
através da barreira de ultrafiltração glomerular  seria decorrente de agravos diversos sobre seus componentes, determinando
aumento da permeabilidade às proteínas plasmáticas. Contribuem para esse fato a perda de cargas elétricas negativas da
membrana basal glomerular, que resulta em perda seletiva de albumina, redução da pressão oncótica intravascular e
extravasamento de líquido para o terceiro espaço. E) CORRETA! A albumina é indicada nos quadros edemas volumosos, persistentes
ou refratários, incluindo anasarca importante, edema escrotal, oligúria, derrame pleural e ascite volumosa.
Resposta: letra B.
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37 - 2020 UFSC
Em relação à Síndrome Nefrótica Idiopática da infância, é correto afirmar que:
A) A maioria dos casos ocorre com lesões glomerulares específicas relacionadas com alguma patologia de base.
B) A Síndrome Nefrótica chamada “lesão mínima” apresenta relação íntima com infecção estreptocócica.
C) Na eletroforese de proteína observam-se, frequentemente, hipoalbuminemia e hipergamaglobulinemia.
D) À microscopia óptica observam-se apenas anormalidades histológicas mínimas.
E) Por definição cursa com proteinúria maciça (> 50 mg/kg/dia) e hipocolesterolemia.
Em mais de 85% das vezes, a síndrome nefrótica idiopática na infância é causada pela Doença de Lesões Mínimas (DLMi), isto é,
uma condição sem associação etiológica definida (A e B erradas). Apesar de haver hipoalbuminemia e perda de fatores humorais de
defesa (como componentes do complemento e alguns subtipos de imunoglobulina), em geral não se observa franca
hipogamaglobulinemia, pois algumas subfrações específicas (ex.: alfa-2 globulina) aumentam de forma acentuada, "compensando"
a queda de outras subfrações (ex.: alfa-1 globulina). Os níveis TOTAIS de gamaglobulinas costumam se manter ESTÁVEIS, sem altas
e baixas expressivas (C errada). Por definição ocorre proteinúria maciça (> 50 mg/kg/dia em crianças) e HIPERcolesterolemia (E
errada). A banca havia dado como gabarito inicial a letra D, mas esta opção TAMBÉM ESTÁ ERRADA! O exame de microscopia óptica
é tipicamente NORMAL na DLMi. Ainda que alguns casos se notem alterações discretas, como depósitos lipídicos nas células do
epitélio tubular (principalmente no TCP) - a chamada lipiodose tubular - as biópsias desses pacientes são majoritariamente
NORMAIS quando analisadas pela técnica microscópica convencional (logo, D errada). Alterações expressivas, vale lembrar, serão
observadas no exame de microscopia eletrônica, como a fusão e o apagamento dos processos podocitários... Questão sem
resposta certa, devidamente ANULADA pela banca!
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38 - 2020 HCG
Qual dos achados microscópicos a seguir, no exame de urina, é mais indicativo de glomerulonefrite?
A) Neutrófilos.
B) Cilindros hemáticos.
C) Células transicionais.
D) Cristais de oxalato.
Questão sem grandes dificuldades. Diariamente, células epiteliais que compõem a parede da alça de Henle secretam uma proteína
conhecida como “glicoproteína de Tamm-Horsfall”. Não precisa decorar o nome – basta entender o conceito: esta proteína segue o
fluxo urinário e acaba se depositando nos túbulos contorcidos distais e túbulos coletores, originando uma superfície “pegajosa” em
seu interior. Ora, se determinada condição permite a presença e circulação de células no interior dos túbulos, estas células – sejam
hemácias, leucócitos ou mesmo células do epitélio tubular – acabam aderindo à superfície e formando cilindros, que
eventualmente descamam e podem ser visualizados no exame de urina. Diversos cilindros celulares podem surgir em função de
glomerulite, mas apenas os hemáticos são específicos, pois não costumam ocorrer em outras situações. Os cilindros leucocitários
podem ser encontrados na pielonefrite aguda bacteriana ou em outras nefrites tubulointersticiais; além de achados eventuais nas
glomerulonefrites. Assim, reforce o conceito: cilindros hemáticos, em prova, são praticamente patognomônicos de glomerulite.
Resposta: B.
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39 - 2020 HUBFS/HUJBB
Menino de 6 anos de idade, previamente hígido, apresenta edema periorbital, oligúria e urina avermelhada há 2 dias. Levado por sua
mãe à UPA com quadro de tosse, frequência respiratória de 40 incursões por minuto, tiragem intercostal e subcotal e sibilância na
ausculta pulmonar. Pressão arterial acima do P95 para idade, saturação de 92% em ar ambiente. Em relação ao quadro descrito, a
conduta imediata mais adequada é
A) nebulização de ataque com fenoterol (3 nebulizações com intervalo de 20 minutos entre elas) e prednisona via oral, 2 mg/kg.
B) reposição de albumina humana endovenosa seguida de diurético de alça 1-2 mg/kg endovenoso.
C) oxigenioterapia com máscara de Venturi a 50% e iniciar antibioticoterapia com ceftriaxona na primeira hora.
D) pulsoterapia com metilprednisolona 30 mg/kg/dia, manter por 3 dias consecutivos.
E) oxigenioterapia com ventilação não invasiva e furosemida 2 mg/kg endovenosa.
Diante de uma criança com quadro de hipertensão + oligúria + edema + hematúria, a nossa principal hipótese diagnóstica é
glomerulonefrite pós-estreptocócica. Dentre as medidas envolvidas no tratamento, tais como antibioticoterapia para erradicação
do estreptococo, restrição hídrica ou uso de hipotensores, temos que lembrar que antes de tudo, devemos estabilizar clinicamente
o paciente. No caso clíncio em tela, é evidente que o menor está com insuficiência respiratória, sendo a nossa prioridade de
tratamento neste momento. Logo, objetiva-se introduzir assistência ventilatória (oxigenoterapia e/ou ventilação mecânica) e, para
evitar progressão do desconforto, reduzir a hipervolemia com administração de furosemida 1 a 5 mg/kg/dia.
Resposta: letra E.
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40 - 2020 HCG
M.C., do sexo feminino. de cinco anos, apresenta quadro edema insidioso há dois duas semanas que, há dois dias, evoluiu para
anasarca. Além disso, a mãe refere que a urina apresenta-se na cor de coca-cola, com espuma, e informa que o volume urinário é
normal. Ao exame físico, apresenta-se anasarcada com pressão arterial abaixo do percentil 90. Abdome com presença de ascite.
Aparelho respiratório sem alterações. Frequência respiratória:16 irpm, sem tiragem. Peso seco: 22 kg; peso atual: 26 kg. Trouxe
alguns exames que mostram: hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, hipoalbuminemia C3 e C4 normais. Ureia e creatinina
adequadas para idade. EAS com proteinúria de 3+, hemoglobina positivo 4+, leucócitos:5.000/ml e hemácias > 1.000.000/ml.
Proteinúria de 24 horas: 1.300 mg/24 horas; volume: 950 ml. Nesse caso, qual é a conduta médica?
A) Iniciar prednisolona na dose de 1 mg/kg/dia.
B) Iniciar prednisolona na dose de 2 mg/kg/dia.
C) Iniciar furosemida na dose de 6 mg/kg/dia.D) Indicar biópsia renal.
Na faixa etária entre 1-8 anos, a maioria dos casos de síndrome nefrótica é representada pela doença de lesões mínimas idiopática.
Tanto é assim que, na ausência de alterações que sugiram a existência de outra doença (isto é, se não houver nada "de estranho"
em relação ao quadro clássico de DLMi), o tratamento é instituído empiricamente, sem necessidade de biópsia renal... Analisando o
caso em tela, podemos concluir o seguinte: tem algo muito estranho nele, concorda? Essa hematúria acentuada não faz parte do
quadro típico de DLMi... Logo, temos que pensar na possibilidade de um diagnóstico alternativo, sendo indicado, portanto, realizar
biópsia renal. Resposta: letra D.
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41 - 2020 PUC - SP
Carlos, 44 anos, previamente saudável, vem apresentando inchaço em membros inferiores há 4 meses. Há 1 mês, o inchaço
progrediu para o resto do corpo. Embora continue a alimentar-se de maneira saudável, seu peso corporal aumentou 12 kg nos
últimos 2 meses. Sua PA atual é de 108/68 mmHg. Seus exames laboratoriais mostraram: INR= 1,0; bilirrubinas normais;
Colesterol=330 mg/dL; Triglicérides=440 mg/dL e Albumina sanguínea= 2,8 g/dL. Entre as alternativas abaixo, qual representa um
resultado de laboratório mais compatível com a principal hipótese diagnóstica de Carlos?
A) Proteína em amostra isolada de urina de 300 mg/dL.
B) Creatinina plasmática superior a 7,0 mg/dL.
C) Hemácias em amostra isolada de urina de 120.000 hemácias/mL.
D) Relação ureia/creatinina inferior a 5 em amostra urinária.
Diante de um paciente com síndrome edemigênica, hipoalbuminemia e hipertrigliceridemia, é provável que estejamos diante de
um quadro de síndrome nefrótica, que pode ser confirmada pela dosagem de proteínas urinárias acima de 3,5 g/24h. Assim, a
única alternativa que representa uma alteração encontrada em todos os pacientes com síndrome nefrótica, é a proteinúria em
amostra isolada acima de 300 mg/dL.
 
Gabarito: Alternativa A.
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42 - 2020 HIS
"Homem, 45 anos de idade, previamente hígido, há 3 meses com edema progressivo, atualmente em membros inferiores, superiores
e em face, principalmente ao acordar. Nos últimos três dias, relata dispneia aos esforços. Ao exame clínico: bom estado, corado,
hidratado, anictérico, acianótico, afebril, eupneico, edema periorbital bilateral. Frequência cardíaca = 88 batimentos/minuto;
frequência respiratória = 18 incursões/minuto; Saturação de O₂ = 95%, em ar ambiente, repouso. Pressão arterial = 118 x 82 mmHg.
Ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares reduzidos em bases, com estertores. Sem sinais de desconforto respiratório. Edema
de membros inferiores simétricos, 2+/4+, compressível. Semiologia cardíaca e abdominal sem alterações. Realizados os seguintes
exames complementares: Hb = 13,5 g/dL; Leucócitos: 7.450/mm³, com diferencial sem alterações; Plaquetas: 228 mil/mm³; Creatinina:
0,77 mg/dL; Ureia: 34 mg/dL; Sódio: 143 mEq/L; Potássio: 4,1 mEq/dL; Proteina Total: 5,8 g/dL Albumina: 2,3 g/dL; Relação
proteína/creatinina urinária: 6g/g; Hb glicada: 5,2%; sorologias para Hepatite B, C, HIV e sífilis negativas. Fator antinúcleo, C3, C4 e
eletroforese de proteínas sem alterações. Colesterol total: 256 mg/dL (VR < 190 mg/dL); Triglicérides: 188 mg/dL (VR < 150 mg/dL).
TSH e T4L sem alterações. O próximo passo para investigação diagnóstica da causa de edema deste paciente será realizar:"
A) Ecocardiograma transtorácico
B) Cateterismo cardíaco direito
C) Tomografia computadorizada de tórax
D) Ultrassonografia hepática com fibroscan
E) Biópsia renal
Pessoal, temos um paciente com síndrome nefrótica (observem a relação proteína/creatinina urinária e os sinais clinicolaboratoriais
como edema, hipoalbuminemia e hipercolesterolemia). O próximo passo para estabelecer a causa deve ser a biópsia renal.
Resposta: E.
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43 - 2020 CMC
Constitui causa extra glomerular de hematúria:
A) Síndrome hemolítica urêmica.
B) Nefropatia por IgA.
C) Hipercalciúria.
D) Exercício físico.
Alterações metabólicas como hiperuricosúria e hipercalciúria levam a hematúria de origem não glomerular. 
Resposta: letra C. 
 
Note que as outras causas citadas levam a hematúria de origem glomerular.
Video comentário: 244564
44 - 2020 HIS
Menino, 4 anos de idade, trazido ao pronto-socorro devido a estar com diarreia e febre baixa há 7 dias. Nos primeiros dias a diarreia
era aquosa, e nos últimos 3 dias passou a apresentar sangue e muco. Há um dia com diminuição importante da diurese. Ao exame
físico: sonolento, com mucosas secas, hepatoesplenomegalia, petéquias em membros inferiores e face. Após estabilização clínica,
foram coletados exames, cujos resultados evidenciaram: Creatinina: 1,8 mg/dL; Ureia: 74,0 mg/dL; Potássio: 5,9 mEq/L; Sódio: 143
mEq/L; Hb: 6,7 g/dL; Ht: 14,0%; leucócitos: 17.000/mm3 ; plaquetas: 43.000/mm3 ; Proteína C reativa aumentada. Quais exames
complementares são necessários para confirmar a hipótese diagnóstica de Síndrome Hemolítica Urêmica?
A) Prova de fragilidade osmótica e fator de von Willebrand.
B) Atividade de ADAMTS 13 e fator de von Willebrand.
C) Prova de fragilidade osmótica e pesquisa de leucócitos nas fezes.
D) Exame funcional de fezes e coagulograma.
E) Esfregaço de sangue periférico, reticulócitos e coprocultura.
A questão constrói todo um quadro clinicolaboratorial de síndrome hemolítico-urêmica (SHU) e entrega o diagnóstico "de
bandeja"... Enfim: como confirmar SHU, que é causada por trombose glomerular? Não existe um exame que, isoladamente, sele tal
diagnóstico. Portanto, o que devemos fazer é procurar elementos da síndrome: lembre que a SHU é causa de anemia hemolítica
microangiopática - portanto, encontraremos reticulocitose e esquizócitos no sangue periférico. Além disso, tal condição surge na
vigência de infecção por Escherichia coli, especialmente a cepa O157:H7, germe que libera toxinas Shiga-like capazes de causar a
trombose dos glomérulos - assim, coprocultura é elemento importante para a investigação. Prova de fragilidade osmótica é
utilizada no diagnóstico de esferocitose hereditária, mas não de SHU (A e C erradas). A atividade do ADAMTS-13 é importante para
diagnosticar púrpura trombocitopênica trombótica (B errada). O exame funcional das fezes serve para avaliar a atividade dos
órgãos do trato digestivo - é capaz de diagnosticar, por exemplo, insuficência pancreática e nada tem a ver com SHU... Resposta: E.
Video comentário: 228026
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45 - 2020 CMC
Faça a associação correta da glomenulonefrite e a etiologia: I - Lesão mínima; II - Glomeruloesclerose; III - Nefropatia membranosa; a
- Linfoma de Hodgkin. b - HIV. c - Hepatite B
A) I - c; II - b; III - a
B) I - a; II - b; III - c
C) I - b; II - a; III - c
D) I - b; II - c; III - a
É importante que estejamos treinados, nas provas, a identificar a associação entre o exame histopatológico dos rins com causas de
síndrome nefrótica. Assim, por exemplo, a doença por lesão mínima pode ser causada pelo uso de anti-inflamatórios não
esteroidais ou linfoma de Hodgkin. Já a glomeruloesclerose focal e segmentar pode ser secundária à infecção pelo HIV, à anemia
falciforme, ao uso de heroína... Por fim, a nefropatia membranosa está associada ao uso de captopril, à hepatite B e a algumas
neoplasias sólidas. Resposta: B.
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46 - 2020 HASP
Escolar de seis anos é levado à emergência devido à queixa de “pés e olhos inchados” há 48 horas. História patológica pregressa:
piodermite há três semanas. O exame físico revela bom estado geral; edema palpebral bilateral e de membros inferiores ++/4+;
ausculta cardiovascular dentro da normalidade, ausculta respiratória normal e exame do abdome sem alterações; pressão arterial
sistólica entre os percentis 95 e 99. Os resultados dos exames laboratoriais são: exame de urina apresentando hematúria e
proteinúria; ureia e creatinina séricas normais; anemia normocítica leve; proteínas totais e frações normais; colesterol normal;antiestreptolisina O (ASO) não reator; C3 diminuído. Em relação a esse quadro, é correto afirmar que:
A) Hematúria, anemia normocítica, ASO negativo e PA normal caracterizam a síndrome hemolítico urêmica atípica.
B) ASO negativa afasta a possibilidade de glomerulonefrite pós-infecção estreptocócica.
C) No caso relatado está indicada a inclusão de penicilina ao esquema terapêutico inicial.
D) As culturas da pele e da orofaringe são fundamentais para confirmação do diagnóstico.
Criança com idade entre 5-15 anos, apresentando hematúria, edema, hipertensão (PA acima do p95 para sexo e idade) e consumo
de C3, tudo isso aparecendo 3 semanas após um quadro de piodermite. Qual é a hipótese diagnóstica? GNPE. Por que o ASO foi
negativo? Porque na GNPE pós-piodermite a sensibilidade é de somente 50% (oxidases presentes no subcutâneo degradam
rapidamente a estreptolisina-O, não dando tempo para o sistema imune do paciente reagir a sua presença). Vamos às alternativas...
A síndrome hemolítico-urêmica é caracterizada por IRA, anemia hemolítica microangiopática (esquizócitos no sangue periférico) e
plaquetopenia. Ademais, como vimos, o paciente ESTÁ hipertenso (A errada); ASO negativa não afasta GNPE pós-impetigo. O
melhor marcador é o anti-DNAse B (B errada); apesar de não influir no curso da GNPE, a antibioticoterapia anti-estreptocócica (que
pode ser feita com penicilina) está sempre indicada! Sua finalidade é garantir a erradicação da cepa nefritogênica do corpo do
paciente (C correta); culturas para detectar o estreptococo beta-hemolítico do grupo A até podem ser solicitadas, mas sua
sensibilidade é baixa e um resultado negativo não afasta o diagnóstico de GNPE! A sorologia com pesquisa de anticorpos
antiexoenzimas estreptocócicas representa o meio preferencial de confirmação de infecção recente e, como vimos, o marcador de
escolha no pós-impetigo é o anti-DNAse B. Logo, as culturas não são "fundamentais" (D errada). A melhor resposta aqui seria a letra
C. A banca havia dado como gabarito a letra A, mas em vez de acertar o gabarito resolveu anular a questão...
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47 - 2020 PUC - SP
Francisco, três anos, sexo masculino, é trazido por seus pais à emergência, pois parece pálido e menos ativo do que o habitual.
Relatam que há dois dias vem apresentando diarreia com um pouco de sangue, febre de 38,5°C, vômitos, e que está urinando pouco.
Exame físico: acentuada palidez, irritabilidade, pouco responsivo e com acentuada dor à palpação abdominal. No exame físico
apresenta FC: 130bpm, FR: 40 ipm, PA: 85x55mmHg. Exames laboratoriais: Hb: 6g/dl, Ht: 25,6%, leucometria: 15.000/mm³ (bastões
15%, segmentados 65%); plaquetas: 75.000/mm3, Na+: 135mEq/L, K+: 3,8mEq/L, creatinina: 5,2mg/dl, uréia: 108 mg/dl. EAS: 35
hemácias/campo. A hipótese mais provável é:
A) Glomerulonefrite aguda.
B) Púrpura de Henoch-Schonlein.
C) Leucemia linfoblástica aguda.
D) Síndrome hemolítico-urêmica.
Criança com quadro de diarreia com sangue e muco, associado a quadro de anemia aguda grave com plaquetopenia e oligúria,
deve-se pensar obrigatoriamente em síndrome hemolítico-urêmica, causa de anemia hemolítica microangiopática! Nesta, a
trombose dos glomérulos é a causa da destruição das hemácias, da plaquetopenia (consumo plaquetário) e da lesão renal aguda.
Neste caso, para que as hemácias consigam passar pelos capilares trombosados, elas acabam sofrendo deformação excessiva, a
ponto de se romperem. As evidências laboratoriais são elevação de reticulócitos, hiperbilirrubinemia indireta, aumento da LDH e
presença de esquizócitos no esfreagaço do sangue periférico. A conduta é suporte clínico. A glomerulonefrite aguda cursa com
hipertensão, diferentemente do que ocorreu com o lactente em tela (alternativa A errada). A clínica do paciente não é compatível
com o diagnóstico de púrpura de Henoch-Schonlein, pois faltou o quadro clínico de púrpura (alternativa B errada). A leucemia
aguda, embora causa anemia e plaquetopenia, não é classicamente causa de lesão renal aguda (alternativa C errada).
Resposta: letra D.
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48 - 2020 HPEV
Homem, 21 anos de idade, com antecedente de doença celíaca, refere urina avermelhada há 2 semanas. Relata episódios
semelhantes anteriormente. Concomitantemente, apresentou febre baixa, congestão nasal e odinofagia, apresentando melhora com
analgésicos comuns. Nega história familiar de doenças renais. Nega artralgia, alterações cutâneas, oftalmológicas, auditivas e outras
alterações urinárias. Exame clínico sem alterações. Sedimento urinário (Urina 1) com hematúria 1+. A hipótese diagnóstica para o
caso é:
A) Glomeruloesclerose segmentar e focal
B) Nefropatia por IgA
C) Glomerulonefrite membranoproliferativa
D) Púrpura de Henoch-Schönlein
Paciente de 21 anos manifesta hematúria contomitantemente a infecção de vias aéreas superiores, isto é, tem a associação
conhecida como síndrome sinfaringítica, achado altamente sugestivo de doença de Berger, a nefropatia por IgA. A
glomeruloesclerose focal e segmentar é a principal causa de síndrome nefrótica (SN) e geralmente não causa hematúria (A errada).
Glomerulonefrite membranoproliferativa é outra etiologia de SN (C errada). Púrpura de Henoch-Schönlein é causa de hematúria,
mas acompanhada de lesões purpúricas sem trombocitopenia (D errada). Resposta: B.
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49 - 2020 PUC - SP
Com relação à Síndrome nefrótica, qual a relação esperada em amostra isolada de urina da relação proteína/creatinina, para
identificar proteinúria nefrótica?
A) 0,2 mg/mg
B) 0,2 a 0,5 mg/mg.
C) 1 mg/mg.
D) > 1mg/mg.
O elemento central na definição de síndrome nefrótica é a proteinúria maciça, caracterizada por valores > 3.5 g/dia em adultos ou >
50 mg/kg/dia em crianças. Classicamente, a quantificação da proteinúria é feita através de sua dosagem na urina de 24h, porém,
dadas as dificuldades práticas de se obter tal exame com confiabilidade, é válido estimar a proteinúria diária por meio da relação
proteína/creatinina em amostra urinária isolada. Em adultos, uma relação > 3.5 g de proteína/g de creatinina equivale à proteinúria
nefrótica. Em crianças, de acordo com o tratado da Sociedade Brasileira de Pediatria (importante referência de prova - esta questão
caiu na prova de Pediatria), valores > 2 mg de proteína/mg de creatinina equivalem à proteinúria nefrótica. Logo, questão sem
resposta certa, que teve como gabarito a letra D, mas, ao nosso ver, merecia ter sido anulada...
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50 - 2020 SCMSJC
Um menino de 05 anos, com atraso na fala, apresenta hematúria macroscópica. Audiometria revela perda auditiva bilateral para altas
frequências. Qual a principal hipótese diagnóstica?
A) Síndrome de Berger.
B) Síndrome de Goodpasture.
C) Síndrome de Alport.
D) Síndrome de Batter.
Vamos relembrar: O síndrome de Alport (SA) é uma patologia hereditária. Um defeito no colagénio tipo IV, origina um envolvimento
generalizado das membranas basais, em particular as dos glomérulos renais. A progressão da doença renal é mais grave em
doentes do sexo masculino. Estes apresentam precocemente hematúria na infância, frequentemente surdez neuro-sensorial ( a
disacusia é tipicamente bilateral, simétrica e progressiva, sendo confirmada pelo exame audiométrico) e habitualmente evoluem
para doença renal terminal no início da terceira década de vida, podendo apresentar ou não anomalias oculares. Ou seja, um pre
escolar com hematúria macroscópica e perda auditiva bilateral possui a Síndrome de Alport. Portanto, o nosso gabarito é a letra C.
Vale lembrar que na síndrome de Berger apesar de haver hematúria, não há acometimento auditivo.
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51 - 2020 FAMEMA
Escolar, sexo masculino, 5 anos, foi internado com edema generalizado de evolução de dez dias. Ao exame: edema facial, mucosas
coradas, PA = 90 x 60 mmHg, abolição do murmúrio vesicular nas bases e ascite. Exames laboratoriais: ureia: 15 mg%; creatinina: 0,6
mg%; exame simples de urina com proteína ++++/4

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