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Universidade Regional do Cariri – URCA Centro de Estudos Sociais Aplicados – CESA Unidade Descentralizada de Iguatu – UDI Curso de Ciências Econômicas – 2021.2 Jadiele Viana de Lima Prof.ª Andréa Ferreira da Silva Economia Internacional I Lista 6 – economia global: investimentos diretos 1. Que acontecimentos contribuíam para o aumento da interdependência financeira? As corporações transnacionais são vistas como principais agentes do processo de globalização, uma vez que não devem lealdade a nenhum Estado-Nação e se estabelecem em qualquer parte do mundo em que o mercado ofereça mais vantagens para a expansão de seus negócios. A questão da governabilidade é um dos ângulos fundamentais da questão. Há quem diga que o mercado tende a ser, cada vez mais, o grande soberano, em substituição aos Estados nacionais. Uma das razões para isso é que estaria em curso uma crescente interligação de empresas localizadas em diferentes partes do mundo, transformando as empresas multinacionais em transnacionais e reduzindo a autonomia dos governos na condução da atividade econômica. 2. Qual é a importância da inovação tecnológica para a globalização financeira? Acredita-se que esse processo está em curso e que, no plano econômico, a cada dia, as políticas públicas (governo) perdem relevância, neutralizadas pelas forças incontroláveis do mercado, dada a forte interdependência entre as nações. Há também os que acreditam que o processo de globalização contemporâneo não tenha tido precedentes e que as nações caminham para a interdependência plena dos mercados, logo há quem diga que mediante esse fato, aos poucos, as fronteiras entre as nações desaparecerão. 3. Como o pensamento neoliberal contribuiu para incrementar os fluxos de capitais internacionais? Essa é uma modalidade que envolve a aplicação de valores estrangeiros em companhias brasileiras por meio da abertura de uma filial, fusão, aquisição e outras possibilidades. As empresas investem no Investimento Estrangeiro Direto, pois as mesmas crescem e há um nivelamento das economias de escala em mercados domésticos. Isso promove o aumento da produtividade, geração de riquezas, maior rentabilidade e criação de novos empregos. 4. Por que países menos desenvolvidos sempre foram mais vulneráveis aos acontecimentos externos? O modelo Heckscher- Ohlin, diz que cada nação exportará a commodity intensiva em seu fator abundante de produção e importará aquela que exigir a utilização do seu fator escasso a qual apresenta, consequentemente, maior custo de produção doméstico. O mesmo é uma expansão monetária que causa uma alta no produto e uma queda da taxa de juros no curto prazo, movimentos que causam um aumento do déficit no balanço de https://classroom.google.com/u/1/c/OTE0NDQ5OTU4OTVa pagamentos. Sob taxas de juros flutuantes, a expansão monetária se reduz e os efeitos iniciais sobre o produto desaparecem 5. O que condiciona o volume de reservas mantido pelo Banco Central de um país ? As reservas internacionais são os ativos do Brasil em moeda estrangeira e funcionam como uma espécie de seguro para o país fazer frente às suas obrigações no exterior e a choques de natureza externa, tais como crises cambiais e interrupções nos fluxos de capital para o país. No caso do Brasil, que adota o regime de câmbio flutuante, esse colchão de segurança ajuda a manter a funcionalidade do mercado de câmbio de forma a atenuar oscilações bruscas da moeda local - o real - perante o dólar, dando maior previsibilidade e segurança para os agentes do mercado. Essas reservas, administradas pelo Banco Central, são compostas principalmente por títulos, depósitos em moedas (dólar, euro, libra esterlina, iene, dólar canadense e dólar australiano), direitos especiais de saque junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), depósitos no Banco de Compensações Internacionais (BIS), ouro, entre outros ativos. A alocação das reservas internacionais é feita de acordo com o tripé segurança, liquidez e rentabilidade, nessa ordem, sendo a política de investimentos definida pela Diretoria Colegiada do Banco Central. 6. Porque o Brasil tornou-se vulnerável a ataques especulativos após o Plano Real? A vulnerabilidade veio em decorrência da liberalização da economia e a adoção de um programa de estabilização de combate à inflação atrelado aos fluxos de capitais externos. Esta vulnerabilidade foi inúmeras vezes anunciada e criticada por teóricos de tendências diversas. 7. Quais são as armas do Banco Central diante de um ataque especulativo? Preço transferência é o processo de determinação de preços dos bens e serviços transferidos entre diferentes unidades de uma mesma organização empresarial, com o propósito de maximizar o lucro da organização como um todo e não de suas partes. Para isso, uma das importantes estratégias é minimizar o montante de impostos e tarifas pagas aos governos, que se defendem criando acordos internacionais de combate à evasão fiscal. 8. Explique o diferencia uma crise no balanço de pagamentos atual das que aconteciam no passado. Quando o propósito da transnacional é minimizar o pagamento de tarifas sobre importação, o caminho é subfaturar a exportação, diminuindo a arrecadação do imposto de importação por parte do governo. Note-se que, ao empregar esse expediente, há uma transferência de lucros da fornecedora para a importadora. Logo, o resultado da despesa tributária total vai depender das alíquotas do imposto de renda nos dois países. Se a alíquota for maior no país exportador, o subfaturamento com o propósito de reduzir os gastos com imposto de importação vai ser reforçado por menor pagamento de imposto de renda. Em caso contrário, ou seja, se a alíquota do imposto de renda for menor no país exportador, o subfaturamento do preço, com a intenção de reduzir o pagamento do imposto de importação, pode ser neutralizado por uma maior contribuição por meio do imposto de renda. 9. Explique de que maneira os derivativos podem contribuir para reduzir o risco microeconômico, enquanto ampliam os riscos macroeconômicos. Para analisar a decisão da transnacional entre exportar para o Brasil ou produzir aqui, utilizaremos o exemplo do produto M, do qual o país é importador devido à desvantagem comparativa na sua produção. A decisão é condicionada pelas economias de escala que a empresa possa obter. Vamos supor que tanto a matriz da organização, localizada nos Estados Unidos quanto a subsidiária instalada no Brasil tenham a mesma função de produção. Se a demanda dos consumidores norte-americanos pelo produto M fosse de 200 unidades, para atender a essa demanda, o custo unitário de M seria de US$12. Se a demanda brasileira fosse de 100 unidades de M, o custo unitário seria de US $15. Sob essas condições de demanda, seria preferível à empresa produzir 300 unidades nos Estados Unidos e atender aos dois mercados, exportando 100 unidades para o Brasil. Com isso, o custo unitário passaria para US$ 10 e a empresa teria ganhos de escala, desde que o custo do deslocamento do produto dos Estados Unidos para a Brasil não ultrapassasse US$ 5 por unidade (diferença entre o custo unitário de 100 unidades no Brasil e 300 unidades nos Estados Unidos).
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