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NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA @larirodrigues.b 1 Oxidação de Aminoácidos e Ciclo da Ureia Proteínas são degradadas em aminoácidos; Aminoácidos: da dieta ou da reciclagem de proteínas (não podem ser armazenados); Primeira etapa da degradação é a remoção do nitrogênio; Amônio gerado é convertido em uréia (mamíferos); Esqueletos de carbono (α-cetoácidos) são convertidos em intermediários do metabolismo central; Carnívoros: até 90% das necessidades de energia (aas da dieta!!) Herbívoros: pequena fração da energia Plantas: raramente oxidam aminoácidos Nitrogênio é reaproveitado (reciclagem). Condições: Reciclagem de proteínas (turnover), em que alguns aas liberados pela hidrólise de proteínas são necessários à biossíntese de novas proteínas; Aminoácidos ingeridos em excesso: degradação oxidativa pois aas não podem ser armazenados; Durante o jejum prolongado e diabetes não tratada: hidrólise de proteínas e aas como fonte de energia, pois os carboidratos estão indisponíveis ou são utilizados de forma inadequada. Enzimas proteolíticas: clivagem no sistema digestivo – aas livres; Pró-enzimas ou zimogênios: ativados após a clivagem proteolítica; As proteínas ingeridas são degradadas a peptídeos e aminoácidos no TGI. A entrada de proteínas no estômago provoca a secreção de um hormônio chamado gastrina pela mucosa gástrica. Isso leva a secreção de HCL pelas células parietais de glândulas gástricas e também de pepsinogênio pelas células principais das glândulas gástricas. Introdução Aminoácidos glicogênicos Carboidratos Monossacarídeos Glicose Piruvato Aminoácidos cetogênicos Acetil-CoA β-oxidação Ácidos graxos Glicerol Desaminação oxidativa Lipídeos Amônia Proteínas Ciclo da Ureia Fosforilação oxidativa (Cadeia de transporte de elétrons) Ciclo do ácido cítrico ATP Ureia Oxidação de Aminoácidos (animais) Degradação de Proteínas da Dieta Val-(Asp)4-Lys-Ile- NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA @larirodrigues.b 2 O pepsinogênio é um zimogênio, ele torna-se pepsina gástrica pela ação do baixo pH do HCL. Então ele será responsável, a pepsina ativa, por hidrolizar ligações peptídicas no lado amino de aminoácidos aromáticos, clivando cadeias polipeptídicas longas em uma mistura de polipeptídeos menores. Quando o bolo alimentar chega ao instestino, o pH baixo deste bolo alimentar promove a secreção de um hormônio chamado secretina para o sangue que induz a secreção de bicarbonato pelo pâncreas para aumentar o pH no instestino delgado para próximo de 7. A entrada de aminoácidos no duodeno leva (além da excreção da secretina) à excreção de outro hormônio, o colecistoquinina e consequente secreção de outras enzimas pancreáticas (tripsinogênio, quimotripsinogênio e as procarboxipeptidases A e B. No instestino existem enteropeptidases, que vão converter os zimogênios em enzimas ativas (ex.: tripsinogênio vai virar tripsina). No pâncreas existem os zimogênios e uma proteína inibidora para que os zimogênios não se transformem em formas ativas ainda no pâncreas, para evitar a pancreatite. Enzimas (especificidade das proteases): Pepsina – terminal amino dos aminoácidos (Phe, Tyr e Trp); Tripsina – terminal carboxílico dos aminoácidos (Arg e Lys); Quimiotripsina – terminal carboxílico dos aminoácidos (Phe, Tyr, Trp, Leu, Glu e Asp); Elastase – terminal carboxílico dos aminoácidos (Ala, Ser e Gly); Aminopeptidases – amino terminal de todos os aminoácidos; Carboxipeptidases – A (atuam no terminal de aminoácidos hidrofóbicos), B (atuam no terminal carboxílico dos aminoácidos Arg e Lys). N e C dos aminoácidos seguirão caminhos diferentes com vias conectadas. Esqueletos de carbono: passos para entrar CAC. NH4+: reutilizada e o excesso é excretado como uréia, amônia ou ácido úrico (maioria da energia já foi retirada). Esse processo catabólico de aminoácidos acontece majoritariamente no fígado. Digestão de Proteínas Visão geral do catabolismo de aminoácidos NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA @larirodrigues.b 3 Catabolismo do Grupos Amino Diferentes aminotransferases catalisam a transferência de grupos aminos dos aminoácidos para o α-cetoglutarato, para formar glutamato e um α-cetoácido: transaminação; O piridoxal fosfato (PLP-coenzima da piridoxina ou vitamina B6) é o grupo prostético das aminotransferases, participa da transferência dos grupos amino para o α-cetoglutarato (coenzima). Depois que o glutamato recebeu o grupamento amino dos aminoácidos diversos, ele vai perder. Nos hepatócitos (células do fígado), o Glu é transportado do citosol para o interior das mitocôndrias, onde ocorre desaminação oxidativa: O glutamato vai perder o grupamento amino regenerando o α-cetoglutarato. A enzima que faz a reação é a glutamato desidrogenase (presente na matriz mitocondrial de mamíferos). Reação de oxirredução. Única enzima que pode aceitar NAD ou NAD(P) como aceptor de elétrons. Essa reação vai ser favorecida por excesso de ADP (quando o organismo precisa de energia). Inibida por GTP. Reação de transdesaminação = aminotransferase + Glu desigrogenase. Tecido muscular: rico em piruvato (produto da glicólise muscular) que pode receber amônio do glutamato para formar alanina, por ação da alanina aminotransferase; Alanina é transportada até o fígado para recuperação do piruvato e biossíntese de glicose; Glicose retorna ao músculo; Amônio é excretado como uréia no fígado. Aminotransferases: transferência de grupos amino Desaminação Oxidativa Ciclo da Glicose-Alanina NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA @larirodrigues.b 4 Músculo em contração vigorosa: anaerobiose e lactato a partir de piruvato; Nessa contração rigorosa também pode haver produção de amônia pela degradação proteica; Recuperação do lactato no fígado (Gliconeogênese); Ciclo de Cori e Ciclo da Alanina: economia de esqueletos de carbono e aumento da eficiência na geração de energia pelo músculo. Reciclagem é tarefa do fígado! Nos animais ureotélicos a NH3 atinge a mitocôndria dos hepatócitos e será convertida em UREIA. A ureia é produzida a partir da amônia por 5 etapas enzimáticas. Inicia na mitocôndria e termina no citosol. Fase mitocondrial: Carbamoil-Pi-sintetase I Ativa NH4+; Isoenzima I comprometida com o ciclo da ureia; Isoforma II gera carbamoil-Pi para síntese de pirimidinas no citoplasma; Ciclo de Cori Excreção do amônio no fígado: Ciclo da Ureia NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA @larirodrigues.b 5 Fase citoplasmática: Carbamoil-P vai doar o grupamento carbamoil à ornitina, formando a citrulina, liberação de fosfato na mitocôndria, reação catalisada pela enzima ornitina-transcabamoilase; A citrulina formada passa pro citosol; O aspartato também passa da mitocôndria para o citosol; Aspartato reage com a citrulina e gera arginino succinato. Requer ATP. Reação catalisada pela enzima arginino- succinato-sintetase. O aspartato é responsável por doar o grupamento amino ao arginino succinato; Arginino succinato é clivado pela enzima arginino-succinase em fumarato e arginina. Única reação reversível do ciclo. O fumarato produzido é convertido em malato e volta para a mitocôndria pro Ciclo do Ácido Cítrico. A arginase do citosol vai clivar a arginina, produzindo ureia e oritina. (hidrólise); A ureia é o produto final de excreção. E a ornitina volta à mitocôndria para originar um novo ciclo da ureia. O Fumarato (citosólico) → malato (entra namatriz mitocondrial); Aspartato (mitocondrial) → transportado para o citosol → doador de N no ciclo da ureia; Essas reações constituem a lançadeira aspartato-argininosuccinato, que fornecem elos metabólicos entre vias separadas, pelos quais os grupos amino e os esqueletos de carbono dos aas são processados. Fumarato produzido no ciclo da ureia é um intermediário do CAC: interconexão entre os ciclos - “BICICLETA DE KREBS”. O custo é substancialmente reduzindo pelo acoplamento do transporte de equivalentes redutor na forma de NADH para a mitocôndria pela lançadeira Malato- aspartato. 1 NADH = 2,5 ATP na fosforilação oxidativa Dois níveis: Expressão das enzimas do ciclo (enzimas são mais expressas em pessoas que ingerem mais proteína ou que estão em jejum prolongado (falta carboidrato e o organismo precisa oxidar os aminoácidos para gerar energia). Conexões entre o Ciclo da Ureia e o Ciclo de Krebs Ciclo da Ureia: custo energético Regulação do Ciclo da Ureia NUTRIÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA @larirodrigues.b 6 E pessoas que não comem proteínas produzem níveis mais baixos de enzimas do ciclo da ureia. Regulação alostérica pelo N- acetilglutamato da enzima que forma carbamoil-fosfato. Isso indica que há excesso de glutamato e é necessário o ciclo da ureia para excretar o grupamento amino como ureia. Dieta rica em proteínas ou processo de desnutrição severa: alta velocidade de produção das 5 enzimas envolvidas no ciclo da ureia! Convergência dos 20 aas em seis intermediários do CAC: (catabolismo dos aminoácidos rende 10-15% da energia extraída pelo organismo) Acetoacetil-CoA, acetil-CoA (cetogênicos: produção de corpos cetônicos); Piruvato, α-cetoglutarato, succinil-CoA, fumarato, oxaloacetato (glicogênicos: convertidos em glicose e glicogênio). Destinos dos α-cetoácidos: Oxidação completa (organismos com dieta rica em proteínas); Biossíntese de glicose (durante jejum prolongado); Produção de copos cetônicos (produção de energia para tecidos extra-hepáticos). Destino do esqueleto de C de Aminoácidos: Vias de oxidação dos aminoácidos
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