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QUEIXA CRIME - PROCESSO PENAL II

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO __º JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITERÓI DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
Pedro, (nacionalidade), solteiro, engenheiro civil, inscrito no CPF sob o nº xxx.xxx.xxx.xx, RG nº xxxxx, residente e domiciliado (endereço), da cidade de Niterói/RJ, por meio de sua advogada que a esta subscreve, cujo o instrumento de procuração com poderes especiais segue anexo, vem respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, oferecer.
QUEIXA CRIME
Em face de Helena, (nacionalidade), solteira, (profissão), inscrita no CPF sob o nº xxx.xxx.xxx.xx, RG nº xxxxx, residente e domiciliada (endereço), da cidade de Niterói/RJ, pelos fundamentos e fatos a seguir expostos.
DOS FATOS 
O querelante a cima citado, começou a planejar uma comemoração em uma churrascaria da cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, no dia 16/04/2016, data está em que iria comemorar o seu aniversário. Por ser adepto ao uso de redes sociais, escolheu, por ser mais cômodo e prático, realizar o convite por meio de uma lista de contatos de uma delas, onde lá encontravam a maioria de seus amigos, parentes e colegas de trabalho.
Por uma infeliz coincidência, um de seus contatos desta lista, veio a ser sua vizinha e ex-namorada, Helena, que ao receber o convite e tomar conhecimento do evento decidiu publicar uma mensagem extremamente agressiva no perfil de Pedro.
A querelada em questão, disse as seguintes palavras: “não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha” e, com o propósito de prejudicar Pedro perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, “ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo”!
No momento em que meu cliente leu tais acusações, ficou extremamente constrangido e envergonhado, pois estava acompanhado de três amigos (Marcos, Miguel e Manoel). Como o ocorrido o deixou totalmente desestabilizado emocionalmente, o entusiasmo em que ele estava de realizar a comemoração foi cessado e a festa não veio a acontecer.
Por tamanho dano à sua honra, o querelante instaurou inquérito policial para maiores averiguações.
DO DIREITO
De acordo com o artigo 139 do Código Penal:
“Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo a sua reputação:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 ano, e multa.”
O referido artigo aponta que um simples fato sendo ele verídico ou não, vindo ele a causar danos à honra do sujeito a quem o fato se refere, constitui crime de menor potencial ofensivo, ou seja, crimes onde a pena máxima não ultrapasse dois anos.
Como o caso citado a cima, é evidente que a querelada usou de sua publicação em uma rede social pública, para denegrir e abalar a honra do querelante, onde lhe acusa de praticar atos que desabonem sua conduta.
Vale apontar que o artigo 141, inciso III:
“Art. 141 – As penas cominadas neste Capitulo aumentam-se de 1/3 (um terço), se qualquer dos crimes é cometido:
III – na presença de várias, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria;”
De acordo com os fatos apontados, a querelada usou de uma rede social para promover tais acusações, onde sem muito empenho tem um alcance maior de pessoas, em especial, colegas de trabalho, ocorrendo assim, divulgação exagerada e desnecessária.
Cabe também dar ênfase ao artigo 145 do Código Penal, onde aponta que este tipo penal, é procedente mediante Ação Penal Privada. 
DOS PEDIDOS:
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência, procedendo a autuação da presente queixa crime, citando assim a querelada para responder os termos a presente ação penal, sob pena de revelia.
Por fim, nos termos do artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal, que seja fixado ao fim, valor mínimo de indenização.
Termos em que,
Pede deferimento. 
Niterói, 16 de Agosto de 2016
_______________________
Advogado
(OAB)

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