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37 38 39 CENTRO UNIVERSITÁRIO ARAGUAIA - UNIARAGUAIA 2ª Edição – 2020 É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio e para qualquer fim. Obra protegida pela Lei de Direitos Autorais. DIRETORIA GERAL Professor Mestre Arnaldo Cardoso Freire DIRETORIA FINANCEIRA Professora Adriana Cardoso Freire DIRETORIA ACADÊMICA Professora Ana Angélica Cardoso Freire DIRETORIA ADMINISTRATIVA Professor Hernalde Menezes DIRETORIA PEDAGÓGICA: Professora Mestra Rita de Cássia Rodrigues Del Bianco VICE-DIRETORIA PEDAGÓGICA Professor Mestre Hamilcar Pereira e Costa COORDENAÇÃO GERAL DO NÚCLEO DE TECNOLOGIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Professor Mestre Leandro Vasconcelos Baptista COORDENAÇÃO GERAL DOS CURSOS TÉCNICOS Professor Doutor Ronaldo Rosa Júnior REVISÃO E APROVAÇÃO DE CONTEÚDO Professor Doutor Ronaldo Rosa Júnior REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA Professor Rafael Souza Simões COORDENAÇÃO E REVISÃO TÉCNICA DE PRODUÇÃO DE CONTEÚDO AUDIOVISUAL PARA EaD, TV E WEB Professora Doutora Tatiana Carilly Oliveira Andrade COORDENAÇÃO DE EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO DO CONTEÚDO TEXTUAL Bruno Adan Vieira Haringl CENTRO UNIVERSITÁRIO ARAGUAIA - UNIARAGUAIA Unidade Centro – Polo de Apoio Presencial Endereço: Rua 18 nº 81 - Centro - Goiânia-GO, CEP: 74.030.040 Fone: (62) 3224-8829 Unidade Bueno Endereço: Av. T-10 nº 1.047, Setor Bueno - Goiânia-GO, CEP: 74.223.060 Fone: (62) 3274-3161 Unidade Passeio das Águas Av. Perimetral Norte, nº 8303, Fazenda Caveiras - Goiânia-GO, CEP: 74445-360 Fone: (62) (62) 3604-9500 Site Institucional www.uniaraguaia.edu.br NÚCLEO DE TECNOLOGIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Polo Goiânia: Unidade Centro Correio eletrônico: coord.ead@faculdadearaguaia.edu.br 40 A AUTORA ELAINE NICOLODI Professora no Centro Universitário UniAraguaia e na Secretaria de Estado da Educação de Goiás. Licenciada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO); Especialista em Leitura e Produção de Texto pela Universidade Federal de Goiás (UFG); Mestre em Educação (PUC-GO) e Doutora em Educação (UFG). E-mail: elainearaguaia12@hotmail.com. 41 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 42 UNIDADE III – TEXTOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS ................................................... 43 1. CARACTERÍSTICAS DO TEXTO TÉCNICO ........................................................................ 43 1.1 Virtudes do Texto Técnico ......................................................................................... 43 1.2 Defeitos do Texto Técnico ......................................................................................... 44 1.3 Tipos de Redação Técnica ......................................................................................... 44 2. GÊNEROS ACADÊMICOS ...................................................................................................... 46 2.1 Resenha ............................................................................................................................... 46 2.2 Ensaio ................................................................................................................................... 50 2.3 Memorial ............................................................................................................................... 50 2.4 Resumo Expandido ........................................................................................................... 51 2.5 Pôster Acadêmico ........................................................................................................ 51 2.6 Relatório ............................................................................................................................... 53 2.8 Artigo Científico ................................................................................................................. 55 ATIVIDADE III ........................................................................................................... 58 REFERÊNCIAS......................................................................................................... 60 42 APRESENTAÇÃO Caro acadêmico, na intenção de uma formação ampliada, este curso será oferecido na modalidade de educação a distância, considerando que o uso da internet, bem como das mais diferentes redes sociais, faz parte do cotidiano da sociedade atual. Desse modo, pretende-se oferecer a você uma alternativa para o estudo em qualquer local que esteja com acesso ao computador/à internet, flexibilizando seu tempo para os estudos. Durante um semestre, estaremos distantes fisicamente, mas conectados para discutirmos, de modo consciente, a importância de mais uma disciplina que faz parte de sua matriz curricular. A disciplina Língua Portuguesa Aplicada abrange o estudo de textos relativos às várias modalidades discursivas, incluindo as etapas de elaboração, aspectos técnicos e redação; interpretação e elaboração de trabalhos de cunho técnico- científicos. Desse modo, é importante que você atinja os seguintes objetivos ao completar esta disciplina: compreender a importância da linguagem para a satisfação das necessidades humanas de interação; aprofundar os conhecimentos em relação ao processo de leitura e interpretação; conhecer a estrutura das diferentes modalidades discursivas, com ênfase para a linguagem técnico-científica; fundamentar os conteúdos estudados por meio da elaboração de esquemas, resumos, resenhas, ensaio, memorial, relatório. Para que você consiga tais objetivos, a disciplina de Língua Portuguesa Aplicada apresentará os seguintes conteúdos: na Unidade I, trataremos da Leitura de Diferentes Tipos e Gêneros Textuais; na Unidade II, Leitura e Síntese Textual; e na Unidade III, discorreremos sobre Textos Técnico-Científicos. Para uma boa realização desta disciplina, preparei com dedicação as aulas que serão utilizadas por você a partir deste momento. Conto com sua leitura atenta e pormenorizada. Bom trabalho! Bom semestre. Um abraço, a autora. 43 UNIDADE III – TEXTOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS Para a escrita de um texto técnico-científico, é necessário ficar atento às regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e utilizar sempre uma escrita formal, na gramática culta da língua e vocabulário adequado. A seguir, será apresentado a respeito da redação técnico-científica. 1. CARACTERÍSTICAS DO TEXTO TÉCNICO Em sua obra Como escrever textos técnicos, Oliveira e Motta (2005) apresentam que é preciso levar em consideração algumas características específicas do texto técnico, chamadas de ‘virtudes do texto técnico”, conforme serão descritas a seguir. 1.1 Virtudes do Texto Técnico Quanto aos aspectos da redação técnica, é necessário que o texto apresente alguns elementos, conforme será demonstrado nos itens que seguem. a) PUBLICIDADE – perfil do público-alvo: o leitor é técnico ou leigo no assunto? Qual o nível de conhecimento do leitor a respeito do tema e qual a sua capacidade decisória na hierarquia organizacional? O trabalho a ser produzido é de circulação interna? b) FORMALIDADE – cuidar da seleção vocabular, da escolha do tipo de linguagem a ser utilizado e do controle da quantidade de informações a serem prestadas. Termos técnicos específicos somente quando houver conhecimento prévio do leitor ou explicados. c) IMPESSOALIDADE – uso da 1ª pessoa do plural ou da voz passiva (Entende-se); economia severa no emprego de adjetivos e advérbios (juízos de valor). d) OBJETIVIDADE – o que realmente quero dizer: manter o foco nas necessidades informacionais do leitor;respeitar o conhecimento prévio sobre o assunto abordado; controlar a quantidade de informações a serem prestadas; utilizar gráficos, fotos, tabelas e figuras, capazes de enriquecer o conteúdo a ser desenvolvido; organizar informações de maneira a evitar que o leitor perca tempo com detalhes irrelevantes 44 e, portanto, dispensáveis; trabalhar adequadamente a especificidade: o leitor não é obrigado a adivinhar intenções comunicativas. e) CLAREZA – facilitar o acesso à informação; evitar jargões e termos técnicos; reduzir o tempo para a compreensão: manter a ordem direta (sujeito, predicado, complemento), informações em ordem lógica, separe ações e procedimentos distintos em parágrafos distintos. 1.2 Defeitos do Texto Técnico Quanto aos defeitos de um texto técnico estão a repetição desnecessária de palavras, o uso de ambiguidades (a leitura que deixa duplo sentido, com mais de um entendimento possível – Maria pediu que Pedro pegasse sua mala. Mala de quem? De Maria ou de Pedro?), a falta de clareza, a cacofonia, o eco (neste estudo, de repente, encontra-se principalmente), o lugar comum, chavão (frase feita), clichês (“Abrir com chave de ouro”; “Debruçar-se sobre um tema”). CACOFONIAS 1.3 Tipos de Redação Técnica Entre os tipos de texto fazem parte da redação técnica estão a Correspondência Oficial (comunicação entre órgãos do serviço público ou autárquico) – ofício, memorando, despacho, e-mail, ata, aviso, carta, circular, relatório, requerimento. Esses textos comumente aparecem em atividades técnico- administrativas de organizações privadas. Entre os textos técnico-científicos estão os relatórios de visitas técnicas, os laudos e pareceres. No meio corporativo, a atividade escrita exige habilidade técnica, além disso, tem-se utilizado cada vez mais a comunicação virtual. por cada porcada a boca dela cadela ela tinha latinha 45 [...] Redigir vai além do aprendizado da gramática e do conhecimento tecnológico, porque um texto é mais do que palavras frias em frases bem organizadas digitadas no celular. Um texto carrega a cultura das pessoas envolvidas na comunicação, da corporação e do próprio meio usado para conexão. Todos esses elementos influenciam a maneira como escrevemos o conteúdo do que escrevemos no trabalho (SALVADOR, 2015, p. 10). Independente de qual for a finalidade do texto, deve-se privilegiar a impessoalidade, o uso da norma padrão da língua, a clareza, a concisão, a elegância, utilizando os pronomes de tratamento adequados, bem como a gentileza nas saudações e despedidas, apesar da formalidade exigida. QUADRO 3 - Descrição dos princípios básicos da redação técnico-científica TIPO CARACTERÍSTICA DESCRIÇÃO ESTILO DE REDAÇÃO Brevidade Concretude Consistência Impessoalidade Precisão Simplicidade • afirmativas compactas e claras; • evitar substantivos abstratos e sentenças vagas; • usar termos correntes e aceitos; • visão objetiva dos fatos, sem envolvimento pessoal; • usar linguagem precisa (correspondência entre a linguagem e o fato comunicado); • texto sem complicações e explicações longas PROPRIEDADES DO TEXTO Clareza Coerência Direção Objetividade Seletividade • redação clara, compreendida na 1ª leitura; • as partes do texto são interligadas; • indicar o caminho que vai seguir (unidade de pensamento); • imparcialidade na redação; • priorizar conteúdos importantes. Fonte: SANTOS, Antônio. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 3. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. No quadro, foram apresentados os cuidados necessários quanto à escrita técnico-científica. Desse modo, procure respeitar o estilo desse tipo de redação, com a escolha lexical, o uso apropriado de termos específicos, a atenção às normas da língua padrão. “Ninguém escreve a sua primeira versão e se dá por satisfeito. É preciso reler, identificar problemas e reestruturar muitas vezes até que o texto chegue a corresponder aos objetivos iniciais e possa cumprir sua função de forma adequada” (GARCEZ, 2012, p. 20). Por isso, escrever esse tipo de texto exige um planejamento adequado, releitura e revisão antes de disponibilizá-lo a seus interlocutores. 46 2. GÊNEROS ACADÊMICOS No decorrer de um curso superior, é exigido que os acadêmicos leiam e escrevam variados gêneros textuais. Essa atividade é considerada por muitos estudantes como bastante difícil. Muitos se acham incapazes, dizem que não aprenderam a escrever em fases anteriores da vida acadêmica. Na obra da pesquisadora Zina O’Leary, atuante em países como Austrália e Nova Zelândia, ela fala do “desafio da escrita” dos projetos de pesquisa, mas pode ser considerado, também, em outros gêneros: “Ao encarar a escrita como um processo de comunicação, você reconhece que a boa escrita exige considerações de seus leitores. [..] é preciso que você prenda o pensamento das pessoas (O’LEARY, 2019, p. 445). Por isso, serão apresentados aqueles gêneros que costumam ser mais solicitados pelos professores. 2.1 Resenha A resenha é um texto diferente do resumo, uma vez que este é para sintetizar as ideias principais do autor, ao passo que aquela, além da síntese, pretende apresentar opinião, posicionamento sobre a obra lida. No início de uma resenha, encontramos informações sobre o contexto e o tema do livro resenhado. Em seguida, o(s) objetivo(s) da obra resenhada. Antes de apontar os comentários do resenhista sobre a obra, é importante apresentar a descrição estrutural da obra resenhada. Isso pode ser feito por capítulos ou agrupamento de capítulos. Depois, encontramos a apreciação do resenhista sobre a obra. Aliás, é importante que haja tanto comentários positivos quanto negativos. Finalmente, a conclusão, em que o autor deverá explicitar/reafirmar sua posição sobre a obra resenhada (MACHADO; LOUSADA; ABREU-TARDELLI, 2004, p. 42). Sendo assim, é imprescindível fazer uma leitura detalhada do livro a ser resenhado, atentando-se para os procedimentos de leitura, esquema e resumo, já apresentados anteriormente, para só então proceder ao posicionamento final. Para que você possa compreender melhor sobre a produção de uma resenha, leia cuidadosamente o exemplo a seguir, para que você se familiarize com esse tipo de produção textual. 47 TEXTO 7: A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ‘PASSADA A LIMPO’1 BUENO, Wilson da Costa. Comunicação empresarial, da rádio peão às mídias sociais. São Paulo: Metodista, 2014. 239 p. Comunicação empresarial, da rádio peão às mídias sociais é o novo livro do jornalista, professor universitário e consultor Wilson Bueno. A edição, lançada pela editora Metodista em 2014, compila uma série de questões sobre Comunicação Organizacional, a começar pela releitura conceitual, passando pelo viés dos públicos internos, relacionamento com a imprensa, práticas de governança e sustentabilidade, além das redes sociais, a partir da verve crítica de um dos mais importantes pesquisadores brasileiros em Comunicação. O prefácio é de Jorge Duarte, respeitado pesquisador e profissional de Comunicação na Embrapa. Seja em sala de aula na pós-graduação, em eventos, artigos acadêmicos, em seus blogs ou livros, Bueno critica com veemência o fato de a Comunicação Empresarial ser utilizada, muitas vezes, “como instrumento de manipulação”, contrariando a ética, a transparência e até mesmo a comunidade. No primeiro capítulo, intitulado “Os conceitos e práticas estão de cabeça para baixo”, Bueno diz que está na hora de revisar o estilo adotado na Comunicação Empresarial. Para ele, teoria e prática estão completamente desalinhadas, ao passo que a Comunicação deveria passar por três elos fundamentais: estar ligada ao planejamento estratégico e em sintonia com a gestão e a cultura organizacional; respaldar-seem pesquisas e em inteligência de Marketing; e conhecer de forma profunda os stakeholders envolvidos. Bueno não teme chamar de não-profissionais as ações desmedidas das empresas em relação a seus funcionários, tornando estes ativos “atingíveis” cada vez que ousam pensar diferente de seus líderes. Ele fala ainda que outra questão frequente é a falta de políticas de Comunicação para empresas e elogia, nesta parte do livro, pelo menos meia dúzia de organizações que levam a Comunicação com rigor e seriedade (mas você vai ter que descobrir quais são, lendo você mesmo!). Sua fala contra as montadoras que vivem fazendo recalls ou empresas que vivem poluindo o meio ambiente enquanto patrocinam causas ambientais, pode dar 1 ENDO, Ana Claudia Braun. A comunicação empresarial ‘passada a limpo’. Intercom, Rev. Bras. Ciênc. Comun. v. 38, n. 1, São Paulo, Jan./June 2015. 48 uma ideia errônea do profissional que está atrás deste discurso inflamado e apimentado. Pessoalmente, Bueno exala tranquilidade e fez do compromisso com a ética e a transparência a sua “bandeira”, não se deixando intimidar por organizações que as descumprem. O fato principal é que Bueno mais uma vez chama a atenção de gestores – bem como das escolas de Comunicação que formaram estes profissionais e nem sempre os prepararam para liderança – para que exerçam o papel que lhes cabe. No capítulo 2, Bueno fala sobre “A comunicação com os públicos internos”, começando pela escassez de líderes, passando pelo crescente assédio moral e até mesmo pela inexplicável demissão de funcionários premiados. Mais uma vez, Bueno reafirma a necessidade de uma cultura de Comunicação e a necessidade de as empresas ouvirem seus empregados, desafiando o que muitas vezes pode ser visto como “perigoso” para a maioria das organizações. Vale a pena ler as recomendações do professor sobre o ambiente ideal de uma intranet, que reproduza adequadamente a cultura da organização e promova a segmentação devida aos seus públicos de interesse. Se você pensa que Bueno não “larga do pé” de organizações de petróleo que dizem acreditar no Marketing verde, da indústria tabagista ou ainda da indústria de biotecnologia que aposta nos transgênicos, não perde por esperar o que Bueno fala da mídia brasileira no terceiro capítulo, intitulado “Conversando com a imprensa e com os jornalistas”. Na verdade, ele questiona não apenas a formação dada pelas universidades aos futuros jornalistas, como os interesses que rondam todo o sistema de produção da notícia, por parte das redações ou da assessoria de imprensa. Bueno elogia os bons assessores e critica os empresários de Comunicação que não se valem do profissionalismo, mas veem a informação como um negócio e manipulação de opinião e interesse. Ele valoriza também o surgimento das redes sociais e a cultura ponto.com, que trazem novas possibilidades de diálogo. Também valoriza o trabalho exercido pelos veículos regionais e, mais uma vez, diz que “a comunicação empresarial está precisando de um banho de ética”, como costuma dizer. Por fim, Bueno enfatiza a importância do papel na assessoria de imprensa – como estrategista e gestor de informação – bem como a necessidade do desenvolvimento do media training e a emergência das mídias sociais. 49 Na parte 4, intitulada “Praticando a governança e a sustentabilidade”, o autor afirma que os discursos da sustentabilidade precisam ser legitimados pela prática nas organizações e ressalta o papel dos educadores quanto à responsabilidade que têm para a formação das futuras gerações, não só com a disseminação de informações e conhecimentos, mas com a defesa de princípios e valores. Quanto à mídia, chama sua atenção mais uma vez: “infelizmente, a imprensa brasileira continua enxergando os grandes projetos apenas pelo olhar míope do faturamento das empresas”, referindo-se a seguir aos muitos cases patrocinados por agências e empresas, utilizados para promover a conhecida “limpeza de imagem”. Para ele, “a mídia brasileira, apesar também de seu discurso verde e de sua pretensa disposição em defender a sustentabilidade e a responsabilidade social, é predadora por excelência, porque na prática vive a reboque de anunciantes sem escrúpulos”. Bueno começa a parte 5 do livro “Convivendo com o burburinho das redes sociais” de forma bem irreverente: “o ‘agora’ já é muito tarde nas redes sociais”. Segundo o autor, “muitas empresas e organizações andam assustadas com a aceleração do processo de circulação de informações que caracteriza os novos tempos, particularmente com a ação frenética, muitas vezes virulenta, das redes e das mídias sociais”, uma vez que elas “legitimam a comunicação e o marketing em tempo real”. Para quem já conhece bem o autor, este é um bom começo para entender como um texto irreverente e uma crítica inteligente podem desnudar a Comunicação praticada pelas organizações. Agora que você já viu um bom exemplo, poderá iniciar a produção de resenhas de algumas obras indicadas nos referenciais bibliográficos das disciplinas já estudadas. 50 2.2 Ensaio Na escrita acadêmica, o estudante precisa utilizar uma linguagem culta, clara e objetiva. É importante que saiba escolher o texto adequado, bem como apresente autonomia para escrever, ou seja, após uma dedicação dispendida durante a leitura, chegou o momento de escrever com sua autoria sobre os temas requisitados. Um destes textos que exige um rigoroso estudo antes de sua produção é o ensaio teórico. No ensaio, há maior liberdade por parte do autor, no sentido de defender determinada posição sem que tenha de apoiar no rigoroso e objetivo aparato de documentação empírica e bibliográfica [...]. De fato, o ensaio não dispensa o rigor lógico e a coerência de argumentação e por isso mesmo exige grande informação cultural e muita maturidade intelectual. Daí muitos dos grandes pensadores preferirem esta forma de trabalho para expor suas ideais científicas ou filosóficas (SEVERINO, 2012, p. 206-7). Desse modo, o conhecimento prévio do tema e as leituras de fontes variadas contribuirão no momento da produção de um texto mais completo. Nas atividades de escrita solicitadas no meio acadêmico, é bastante comum a escolha de ensaios curtos: "[...] um texto que exponha ou discuta ideias sobre um determinado tema e que tenha um tamanho variável entre quatro e dez parágrafos" (MORENO; GUEDES, 2004, p. 27). Diferente de um ensaio documentado, ensaio documentado, que é “um trabalho escrito que se baseia em conhecimentos adquiridos através de pesquisa bibliográfica” (MORENO; GUEDES, 2004, p. 35). 2.3 Memorial Além da formalidade, muito comum em quase todos os textos acadêmicos, há uma modalidade que utiliza uma linguagem mais pessoal e subjetiva – o memorial. Memorial é um depoimento escrito relativo à lembrança, à vivência de alguém; memórias. Deve conter um breve relato sobre a história de vida pessoal, profissional e cultural do memorialista. Por isso mesmo é escrito com o uso da primeira pessoa. [...] Trata-se de um importante recurso para o levantamento de dados, durante o curso universitário, com vista à elaboração do trabalho de concussão de curso (TCC) do acadêmico. Modernamente, tem sido também solicitado o ‘memorial descritivo’ por empresas públicas ou privada como opção ou substituto do curriculum vitae (OLIVEIRA, 2011, p. 129). 51 Não é muito habitual as instituições cobrarem o memorial como trabalho final de curso. No entanto, em processos seletivos de pós-graduação strictu senso (mestrados e doutorados), é bastante comum ver essa modalidade de produção textual ser exigida. 2.4 Resumo Expandido Em eventos acadêmicos, de divulgação científica, seminários, simpósios, congressos, entre outros, é bastante comum solicitar a apresentação de trabalhos no Modelode Resumo Expandido para publicação em Anais, bem como em alguns periódicos científicos. Nesse resumo devem estar presentes o Título, o(s) Autor(es), a Introdução, a Metodologia, os Resultados e a Discussão, a Conclusão e as Referências; além das Palavras-chave (de 3 a 5), Sua extensão deve ser de, no mínimo, três páginas e, no máximo, seis. Quanto às normas de apresentação, segue o estabelecido pela ABNT (2003), entretanto, é preciso ficar atento a algumas especificidades solicitadas em cada evento/instituição. 2.5 Pôster Acadêmico Para a apresentação de trabalhos, costuma-se solicitar o pôster científico. Nele devem constar o Título, o(s) Autor(es), a Introdução, a Metodologia, os Resultados e a Discussão, a Conclusão e as Referências. Por se tratar de divulgação de pesquisa (concluída ou em andamento), os elementos não verbais (visuais) são bastante importantes, como gráficos, tabelas, figuras, fotos. Sua impressão costuma ser nas seguintes medidas: 0,8m x 1m; 0,9 m x 1,2m; 1m x 1,5m. O título deve ter fonte tamanho, no mínimo, 60, e os demais elementos, no mínimo, 40. Títulos, subtítulos e seções devem ser escritos com letras maiúsculas e em negrito. Observe o exemplo a seguir. 52 53 2.6 Relatório Os diversos conceitos de relatório sempre têm em vista o relato oral ou a exposição escrita e a relação dos principais fatos colhidos por comissão ou pessoa encarregada de estudar determinado tema. Relatório é, pois, a narração ou descrição verbal ou escrita, ordenada e mais ou menos minuciosa, daquilo que se viu, ouviu ou observou. Na obra Língua Portuguesa: noções básicas para cursos superiores, Andrade e Henriques (2010) afirmam que Um Relatório deve ser redigido em linguagem simples, objetiva e correta, não se admitindo construções rebuscadas, torneios de linguagem. O indispensável é organizar o pensamento, torná-lo claro e expressá-lo, de preferência, em linguagem denotativa (ANDRADE; HENRIQUES, 2010, p. 146). O Relatório pode ser usado para expor dados já levantados sobre uma pesquisa científica. Ainda podem ser apresentadas as atividades realizadas durante o estágio supervisionado, propiciando apontar as experiências profissionais vivenciadas na prática durante um estágio, inter-relacionando-as aos aspectos teóricos aprendidos durante um curso. Nas organizações, é comum a solicitação de relatórios, Os relatórios administrativos têm o objetivo de fornecer à administração elementos para avaliar o desempenho por setor, proporcionar informações para planejamentos, melhorar o controle das operações em curso e favorecer a tomada de decisões, corrigindo distorções e calculando a rentabilidade (ANDRADE, 2011, p. 37). Os relatórios também são utilizados para apresentar laudos técnicos, perícias, auditorias e visitas técnicas, por isso é importante ficar sempre atento sobre qual é a finalidade do trabalho que você está realizando. Nesses casos, o relatório técnico pretende informar o resultado de um trabalho de observação/fiscalização. Por esse motivo, ele precisa ser bem elaborado e bem escrito, apresentando os fatos constatados e registrando os de maior relevância, podendo apresentar sugestões e recomendações. 54 2.7 Seminário Equivocadamente, muitos professores universitários trocam suas aulas expositivas por atividades que eles chamam de ‘seminário’. Ou seja, apenas distribuem textos ou partes de conteúdos para que os estudantes façam suas aulas expositivas. Segundo Severino (2012, p. 89), “o objetivo último do seminário é levar todos os participantes a uma reflexão aprofundada de determinado problema, a partir de textos e em equipe”. Isso quer dizer que, para a realização de um bom seminário acadêmico, é preciso haver preparação por parte do professor e dos estudantes, sendo escolhido um coordenador para tal atividade. Sendo assim, conforme Severino (2012), há um roteiro geral para o desenvolvimento do seminário, que será apresentado no Quadro 4. Quadro 4 - Esquema geral de desenvolvimento do seminário Atividade Responsável Introdução do seminário Professor Apresentação das orientações gerais para o procedimento a ser adotado pelos participantes e cronograma das atividades do dia Coordenador do seminário Breve introdução do tema do seminário Coordenador do seminário Esclarecimentos relacionados ao texto-roteiro para o seminário (já entregue anteriormente aos grupos) Coordenador do seminário Atividades a serem realizadas durante o seminário coordenadas pelo coordenador do seminário Todos os participantes Apresentação introdutória à discussão geral da reflexão pessoal Coordenador do seminário Síntese final Professor Fonte: adaptado de Severino (2012, p. 97). Desse modo, o seminário como atividade em grupo precisa ser desenvolvido com bastante seriedade, pois o estudo pormenorizado do texto-roteiro exige preparação antecipada do tema e busca por soluções de problemáticas encontradas durante a leitura de estudo. No dia – ou nos dias – da realização do seminário, todos os participantes devem estar envolvidos nas discussões. 55 2.8 Artigo Científico Antes de iniciar a produção de um artigo acadêmico, é muito importante que você leia esse tipo de texto. Em sua obra Como ler artigos científicos, o Ph.D. Italo de Souza Aquino (2014) aborda a respeito da leitura deste gênero textual. Ler artigos científicos é algo muito relevante. Além do fator social- global, você é o primeiro a se beneficiar. Esse tipo de leitura serve de combustível para ir mais longe na vida acadêmica e profissional. [...] Ler, porém, é a fundação para todas as modalidades da produção científica. Um grande currículo, de um grande pesquisador, tem como fundamento o tempo dedicado à leitura, antes e durante a pesquisa. Ao ler artigos científicos o estudante, professor ou pesquisador, está construindo um ambiente satisfatório para que sua empreitada na pesquisa seja de sucesso (AQUINO, 2014, p. 4). Para aprimorar a sua leitura de textos científicos, serão apresentadas algumas etapas que você deverá cumprir nesta leitura, conforme será exposto a seguir. Em relação à estrutura de um artigo científico, é preciso verificar as partes mais importantes. Na Introdução, o leitor deverá observar o que está sendo pesquisado, ou seja, qual é o objeto de estudo. É necessário, também, saber por que a pesquisa é relevante e o que foi problematizado a respeito do objeto pesquisado. Quanto aos objetivos, é necessário identificar para quê será feita a pesquisa, ou seja, o que se quer alcançar. Na fundamentação teórica, o leitor deverá identificar o que já foi dito sobre o objeto de estudo, que ideias de outros autores são citadas para dar sustentação ao artigo. Nos procedimentos metodológicos, deve-se observar onde, com quem, com quantos e como foi feita a pesquisa. Logo a seguir, é apresentada a análise e discussão dos dados levantados. O leitor deverá ficar atento às tabelas, aos gráficos, às categorias de análise e aos resultados encontrados. Por fim, a conclusão. Nessa etapa, o leitor deverá olhar com atenção para a síntese apresentada pelo autor do artigo, se ele retomou à problematização, se pôs em prática todos os objetivos. Após realizar uma leitura significativa de variados artigos científicos, você poderá ousar na sua escrita e partir para a produção de seus próprios artigos. Em 56 razão de esses artigos terem uma extensão de páginas, não apresentaremos um exemplo aqui neste material. Entretanto, para ajudar na sua compreensão deste gênero será dado um resumo acadêmico (abstract) de um artigo publicado em uma revista científica, com base na NBR 6028 (ABNT, 2003). Nesse tipo de resumo, é necessário apresentar por que e como a pesquisa foi realizada, quais foram os resultados encontrados.A linguagem do texto deve conter verbos no pretérito (passado) ou presente; o uso da 3ª pessoa do singular; na voz passiva (espera-se/observa-se, por exemplo); com frases declarativas, sem abreviações, jargões, símbolos. Então, veja o exemplo que segue. TEXTO 8: A PRÁTICA EDUCATIVA E A AUTONOMIA: UM ESPETÁCULO DE MÁSCARAS2 Resumo: o trabalho a seguir tem como objetivo mostrar algumas críticas em relação a uma educação que não considera efetivamente o aluno; em razão disso, discorre- se que na instituição escolar, seja no ensino básico ou no superior, não há uma formação para a autonomia, busca-se criar caminhos fáceis para se chegar às informações. Para se fazer tais análises, optou-se por apresentar fragmentos da obra que revela a importância dada educação por Rousseau, Emílio ou Da Educação; podendo-se concluir que, na maioria das vezes, se opta por uma prática educativa que contemple uma carga horária a cumprir, um currículo a ser ministrado, sem a real necessidade de se fazer valer a autonomia do pensamento, do desejo pelo saber. 2 NICOLODI, Elaine. A prática educativa e a autonomia: um espetáculo de máscaras. Revista Eletrônica de Educação da Faculdade Araguaia, v. 5, n. 5, p. 82-95, 2014. LEMBRE-SE EXTENSÃO DOS RESUMOS (NBR 6028) • resumos feitos a partir de teses (doutorado), dissertações (mestrado) e relatórios técnico-científicos – de 150 a 500 palavras; • resumos feitos a partir de artigos – de 100 a 250 palavras; • resumos destinados a indicações breves – de 50 a 100 palavras. 57 SAIBA MAIS... RESUMO DA UNIDADE III ❖ Os textos técnico-científicos devem apresentar algumas características: publicidade; formalidade; impessoalidade; objetividade; clareza. Entre os defeitos desses textos estão à repetição desnecessária de palavras; o uso de ambiguidades; a falta de clareza; a cacofonia; o eco; lugar comum, chavão, clichés. ❖ Entre os gêneros textuais acadêmicos, encontramos o ensaio (utilizado para defender determinada posição sem que tenha de se apoiar no rigoroso e objetivo aparato de documentação empírica e bibliográfica); a resenha (resumo de uma obra com a apresentação de análise sobre esta obra); memorial (breve relato sobre a história de vida pessoal, profissional e cultural do memorialista). ❖ O resumo expandido e o pôster acadêmico são solicitados em apresentações de trabalhos. ❖ No seminário, é possível que os participantes realizem uma reflexão aprofundada de determinado problema, com base em textos e em equipe. ❖ O relatório pode ser usado para apresentar dados já levantados sobre uma pesquisa científica. Ainda podem ser apresentadas as atividades realizadas durante o estágio supervisionado. ❖ O artigo científico é o trabalho acadêmico que apresenta resultados breves de uma pesquisa realizada de acordo com o método científico. LEITURA AQUINO, Ítalo de Souza. Como ler artigos científicos: da graduação ao doutorado. São Paulo: Saraiva, 2012. 58 ATIVIDADE III 1 Fórum de Discussão Discuta com seus colegas sobre importância de uma produção escrita de qualidade dos trabalhos científicos. 2 Leia o texto a seguir. A influência da comunicação na reputação corporativa do Banco Itaú 3 Resumo: o objetivo desta dissertação foi avaliar a influência da comunicação na reputação corporativa do Banco Itaú, maior banco privado do hemisfério sul e um dos vinte maiores bancos do mundo, tomando por base o Modelo de Expressões Corporativas de Halderen e Riel (2006). Buscou-se avaliar se os atributos da identidade do Banco Itaú foram expressos de forma sincera, transparente e consistente através da comunicação realizada pelo banco nos anos de 2007 e 2008, relacionando essa análise aos índices de reputação do Itaú nas pesquisas Global ReptrakTM Pulse realizadas, no mesmo período, pelo Reputation Institute. Para análise do processo comunicacional, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com executivos da empresa e a análise de conteúdo de veículos de comunicação institucional. O índice do Pulse do banco em 2008 foi comparado ao do ano de 2007. Os resultados desta pesquisa demonstram que a comunicação do Itaú projeta a identidade da empresa de forma sincera, transparente e consistente, cumprindo o seu papel para a construção e manutenção de uma reputação corporativa forte. Contudo, isso não ocorreu: as pesquisas do Reputation Institute apontaram que a percepção do público geral acerca do Itaú em 2008 não é mais tão favorável quanto era em 2007. Houve queda nos índices globais e de cada uma das dimensões da reputação (desempenho; produtos e serviços; inovação; ambiente de trabalho; governança; cidadania; e liderança). Esses dados permitem concluir então que, além da necessidade de projetar a identidade segundo os indicadores de cada uma das três expressões corporativas, o alinhamento entre o foco do que é comunicado e as expectativas dos stakeholders precisa ser observado para que a comunicação cumpra, com total eficácia, seu papel como influenciadora da reputação. Palavras-chave: Reputação corporativa. Comunicação Corporativa. Identidade. Imagem. Expressões Corporativas. 3 GIRARD, Alessandra Coelho. A influência da comunicação na reputação corporativa do Banco Itaú. Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Administração. Belo Horizonte, 2009. 153f. 59 Após a leitura do Resumo, identificar os itens apresentados, a seguir, sobre os elementos que compõem um trabalho científico quanto à sua estrutura no Resumo (ABNT, 2003). 1. Introdução – o que será pesquisado (objeto de estudo)? 2. Objetivos – para que será feita esta pesquisa? 3. Fundamentação Teórica – o que foi escrito sobre o objeto de estudo (indicação de autores)? 4. Procedimentos Metodológicos – onde, com quem, com quantos, como? 5. Análise dos Dados/Resultados – apresentação e discussão dos dados. 6. Considerações Finais – apresentar uma síntese interpretativa do estudo, retomar a Questão Problema, discutir o cumprimento dos objetivos e se os pressupostos foram confirmados ou não. 60 REFERÊNCIAS ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Normas sobre Informação e documentação – Resumo – Apresentação – NBR 6028. ABNT: São Paulo, 2003. ANDRADE, Maria Margarida de. Guia prático de redação – exemplos e exercícios. São Paulo: Atlas, 2011. ANDRADE, Maria Margarida de; HENRIQUES, Antonio. Língua portuguesa: noções básicas para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2010. AQUINO, Italo de Souza. Como ler artigos científicos. São Paulo: Saraiva, 2014. GARCEZ, L. H. do C. Técnica de redação: o que é preciso saber para bem escrever. São Paulo: M. Fontes, 2012. MACHADO, Anna Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI, Lília Santos. Resenha. São Paulo: Parábola, 2004. MORENO, C.; GUEDES, P. C. Curso básico de redação. São Paulo: Ática, 2004. O’LEARY, Zina. Como fazer seu projeto de pesquisa: guia prático. Petrópolis (RJ): Vozes, 2019. OLIVEIRA, J. P. M. de.; MOTTA, C. A. P. Como escrever textos técnicos. São Paulo: Thompson, 2005. SALVADOR, Arlete. Para escrever bem no trabalho: do Whatsapp ao relatório. São Paulo: Contexto, 2015. SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2012.
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