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3-Língua Portuguesa Aplicada 2020 1 - UNIDADE III - FECHADO

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37 
 
 
 
 38 
 
 
 
 39 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO ARAGUAIA - UNIARAGUAIA 
2ª Edição – 2020 
 
É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio e para qualquer 
fim. Obra protegida pela Lei de Direitos Autorais. 
 
DIRETORIA GERAL 
Professor Mestre Arnaldo Cardoso Freire 
DIRETORIA FINANCEIRA 
Professora Adriana Cardoso Freire 
DIRETORIA ACADÊMICA 
Professora Ana Angélica Cardoso Freire 
DIRETORIA ADMINISTRATIVA 
Professor Hernalde Menezes 
DIRETORIA PEDAGÓGICA: 
Professora Mestra Rita de Cássia Rodrigues Del Bianco 
VICE-DIRETORIA PEDAGÓGICA 
Professor Mestre Hamilcar Pereira e Costa 
COORDENAÇÃO GERAL DO NÚCLEO DE TECNOLOGIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
Professor Mestre Leandro Vasconcelos Baptista 
COORDENAÇÃO GERAL DOS CURSOS TÉCNICOS 
Professor Doutor Ronaldo Rosa Júnior 
REVISÃO E APROVAÇÃO DE CONTEÚDO 
Professor Doutor Ronaldo Rosa Júnior 
REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA 
Professor Rafael Souza Simões 
COORDENAÇÃO E REVISÃO TÉCNICA DE PRODUÇÃO DE CONTEÚDO AUDIOVISUAL PARA 
EaD, TV E WEB 
Professora Doutora Tatiana Carilly Oliveira Andrade 
COORDENAÇÃO DE EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO DO CONTEÚDO TEXTUAL 
Bruno Adan Vieira Haringl 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO ARAGUAIA - UNIARAGUAIA 
Unidade Centro – Polo de Apoio Presencial 
Endereço: Rua 18 nº 81 - Centro - Goiânia-GO, CEP: 74.030.040 
Fone: (62) 3224-8829 
Unidade Bueno 
Endereço: Av. T-10 nº 1.047, Setor Bueno - Goiânia-GO, CEP: 74.223.060 
Fone: (62) 3274-3161 
Unidade Passeio das Águas 
Av. Perimetral Norte, nº 8303, Fazenda Caveiras - Goiânia-GO, CEP: 74445-360 
Fone: (62) (62) 3604-9500 
Site Institucional 
www.uniaraguaia.edu.br 
 
 
 
NÚCLEO DE TECNOLOGIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
Polo Goiânia: Unidade Centro 
Correio eletrônico: coord.ead@faculdadearaguaia.edu.br 
 
 40 
 
A AUTORA 
 
 
ELAINE NICOLODI 
 
Professora no Centro Universitário UniAraguaia e na Secretaria de Estado da 
Educação de Goiás. Licenciada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de 
Goiás (PUC-GO); Especialista em Leitura e Produção de Texto pela Universidade 
Federal de Goiás (UFG); Mestre em Educação (PUC-GO) e Doutora em Educação 
(UFG). 
 
E-mail: elainearaguaia12@hotmail.com. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41 
 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 42 
UNIDADE III – TEXTOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS ................................................... 43 
1. CARACTERÍSTICAS DO TEXTO TÉCNICO ........................................................................ 43 
1.1 Virtudes do Texto Técnico ......................................................................................... 43 
1.2 Defeitos do Texto Técnico ......................................................................................... 44 
1.3 Tipos de Redação Técnica ......................................................................................... 44 
2. GÊNEROS ACADÊMICOS ...................................................................................................... 46 
2.1 Resenha ............................................................................................................................... 46 
2.2 Ensaio ................................................................................................................................... 50 
2.3 Memorial ............................................................................................................................... 50 
2.4 Resumo Expandido ........................................................................................................... 51 
2.5 Pôster Acadêmico ........................................................................................................ 51 
2.6 Relatório ............................................................................................................................... 53 
2.8 Artigo Científico ................................................................................................................. 55 
ATIVIDADE III ........................................................................................................... 58 
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 60 
 
 
 
 
 42 
 
APRESENTAÇÃO 
Caro acadêmico, na intenção de uma formação ampliada, este curso será 
oferecido na modalidade de educação a distância, considerando que o uso da 
internet, bem como das mais diferentes redes sociais, faz parte do cotidiano da 
sociedade atual. 
Desse modo, pretende-se oferecer a você uma alternativa para o estudo em 
qualquer local que esteja com acesso ao computador/à internet, flexibilizando seu 
tempo para os estudos. 
Durante um semestre, estaremos distantes fisicamente, mas conectados para 
discutirmos, de modo consciente, a importância de mais uma disciplina que faz parte 
de sua matriz curricular. 
A disciplina Língua Portuguesa Aplicada abrange o estudo de textos relativos 
às várias modalidades discursivas, incluindo as etapas de elaboração, aspectos 
técnicos e redação; interpretação e elaboração de trabalhos de cunho técnico-
científicos. 
Desse modo, é importante que você atinja os seguintes objetivos ao 
completar esta disciplina: compreender a importância da linguagem para a 
satisfação das necessidades humanas de interação; aprofundar os conhecimentos 
em relação ao processo de leitura e interpretação; conhecer a estrutura das 
diferentes modalidades discursivas, com ênfase para a linguagem técnico-científica; 
fundamentar os conteúdos estudados por meio da elaboração de esquemas, 
resumos, resenhas, ensaio, memorial, relatório. 
Para que você consiga tais objetivos, a disciplina de Língua Portuguesa 
Aplicada apresentará os seguintes conteúdos: na Unidade I, trataremos da Leitura 
de Diferentes Tipos e Gêneros Textuais; na Unidade II, Leitura e Síntese 
Textual; e na Unidade III, discorreremos sobre Textos Técnico-Científicos. 
Para uma boa realização desta disciplina, preparei com dedicação as aulas que 
serão utilizadas por você a partir deste momento. Conto com sua leitura atenta e 
pormenorizada. 
Bom trabalho! Bom semestre. 
Um abraço, 
a autora. 
 
 43 
 
UNIDADE III – TEXTOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS 
 
Para a escrita de um texto técnico-científico, é necessário ficar atento às 
regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e utilizar sempre uma 
escrita formal, na gramática culta da língua e vocabulário adequado. A seguir, será 
apresentado a respeito da redação técnico-científica. 
 
1. CARACTERÍSTICAS DO TEXTO TÉCNICO 
 
Em sua obra Como escrever textos técnicos, Oliveira e Motta (2005) 
apresentam que é preciso levar em consideração algumas características 
específicas do texto técnico, chamadas de ‘virtudes do texto técnico”, conforme 
serão descritas a seguir. 
 
1.1 Virtudes do Texto Técnico 
 
Quanto aos aspectos da redação técnica, é necessário que o texto apresente 
alguns elementos, conforme será demonstrado nos itens que seguem. 
 
a) PUBLICIDADE – perfil do público-alvo: o leitor é técnico ou leigo no assunto? 
Qual o nível de conhecimento do leitor a respeito do tema e qual a sua capacidade 
decisória na hierarquia organizacional? O trabalho a ser produzido é de circulação 
interna? 
b) FORMALIDADE – cuidar da seleção vocabular, da escolha do tipo de linguagem a 
ser utilizado e do controle da quantidade de informações a serem prestadas. Termos 
técnicos específicos somente quando houver conhecimento prévio do leitor ou 
explicados. 
c) IMPESSOALIDADE – uso da 1ª pessoa do plural ou da voz passiva (Entende-se); 
economia severa no emprego de adjetivos e advérbios (juízos de valor). 
d) OBJETIVIDADE – o que realmente quero dizer: manter o foco nas necessidades 
informacionais do leitor;respeitar o conhecimento prévio sobre o assunto abordado; 
controlar a quantidade de informações a serem prestadas; utilizar gráficos, fotos, 
tabelas e figuras, capazes de enriquecer o conteúdo a ser desenvolvido; organizar 
informações de maneira a evitar que o leitor perca tempo com detalhes irrelevantes 
 
 44 
 
e, portanto, dispensáveis; trabalhar adequadamente a especificidade: o leitor não é 
obrigado a adivinhar intenções comunicativas. 
e) CLAREZA – facilitar o acesso à informação; evitar jargões e termos técnicos; 
reduzir o tempo para a compreensão: manter a ordem direta (sujeito, predicado, 
complemento), informações em ordem lógica, separe ações e procedimentos 
distintos em parágrafos distintos. 
 
1.2 Defeitos do Texto Técnico 
 
Quanto aos defeitos de um texto técnico estão a repetição desnecessária de 
palavras, o uso de ambiguidades (a leitura que deixa duplo sentido, com mais de um 
entendimento possível – Maria pediu que Pedro pegasse sua mala. Mala de quem? 
De Maria ou de Pedro?), a falta de clareza, a cacofonia, o eco (neste estudo, de 
repente, encontra-se principalmente), o lugar comum, chavão (frase feita), clichês 
(“Abrir com chave de ouro”; “Debruçar-se sobre um tema”). 
 
CACOFONIAS 
 
 
 
 
 
 
1.3 Tipos de Redação Técnica 
 
 Entre os tipos de texto fazem parte da redação técnica estão a 
Correspondência Oficial (comunicação entre órgãos do serviço público ou 
autárquico) – ofício, memorando, despacho, e-mail, ata, aviso, carta, circular, 
relatório, requerimento. Esses textos comumente aparecem em atividades técnico-
administrativas de organizações privadas. Entre os textos técnico-científicos estão 
os relatórios de visitas técnicas, os laudos e pareceres. 
No meio corporativo, a atividade escrita exige habilidade técnica, além disso, 
tem-se utilizado cada vez mais a comunicação virtual. 
 
por cada 
porcada 
a boca dela 
cadela 
ela tinha 
latinha 
 
 45 
 
[...] Redigir vai além do aprendizado da gramática e do conhecimento 
tecnológico, porque um texto é mais do que palavras frias em frases 
bem organizadas digitadas no celular. Um texto carrega a cultura das 
pessoas envolvidas na comunicação, da corporação e do próprio 
meio usado para conexão. Todos esses elementos influenciam a 
maneira como escrevemos o conteúdo do que escrevemos no 
trabalho (SALVADOR, 2015, p. 10). 
 
 Independente de qual for a finalidade do texto, deve-se privilegiar a 
impessoalidade, o uso da norma padrão da língua, a clareza, a concisão, a 
elegância, utilizando os pronomes de tratamento adequados, bem como a gentileza 
nas saudações e despedidas, apesar da formalidade exigida. 
 
QUADRO 3 - Descrição dos princípios básicos da redação técnico-científica 
 
TIPO CARACTERÍSTICA DESCRIÇÃO 
 
 
 
ESTILO DE 
REDAÇÃO 
 
Brevidade 
Concretude 
Consistência 
Impessoalidade 
Precisão 
Simplicidade 
• afirmativas compactas e claras; 
• evitar substantivos abstratos e sentenças vagas; 
• usar termos correntes e aceitos; 
• visão objetiva dos fatos, sem envolvimento 
pessoal; 
• usar linguagem precisa (correspondência entre a 
linguagem e o fato comunicado); 
• texto sem complicações e explicações longas 
 
 
 
PROPRIEDADES 
DO TEXTO 
 
 
Clareza 
Coerência 
Direção 
Objetividade 
Seletividade 
• redação clara, compreendida na 1ª leitura; 
• as partes do texto são interligadas; 
• indicar o caminho que vai seguir (unidade de 
pensamento); 
• imparcialidade na redação; 
• priorizar conteúdos importantes. 
 
 
Fonte: SANTOS, Antônio. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 3. ed. Rio de 
Janeiro: DP&A, 2000. 
 
No quadro, foram apresentados os cuidados necessários quanto à escrita 
técnico-científica. Desse modo, procure respeitar o estilo desse tipo de redação, com 
a escolha lexical, o uso apropriado de termos específicos, a atenção às normas da 
língua padrão. 
“Ninguém escreve a sua primeira versão e se dá por satisfeito. É preciso reler, 
identificar problemas e reestruturar muitas vezes até que o texto chegue a 
corresponder aos objetivos iniciais e possa cumprir sua função de forma adequada” 
(GARCEZ, 2012, p. 20). Por isso, escrever esse tipo de texto exige um planejamento 
adequado, releitura e revisão antes de disponibilizá-lo a seus interlocutores. 
 
 46 
 
2. GÊNEROS ACADÊMICOS 
No decorrer de um curso superior, é exigido que os acadêmicos leiam e 
escrevam variados gêneros textuais. Essa atividade é considerada por muitos 
estudantes como bastante difícil. Muitos se acham incapazes, dizem que não 
aprenderam a escrever em fases anteriores da vida acadêmica. 
Na obra da pesquisadora Zina O’Leary, atuante em países como Austrália e 
Nova Zelândia, ela fala do “desafio da escrita” dos projetos de pesquisa, mas pode 
ser considerado, também, em outros gêneros: “Ao encarar a escrita como um 
processo de comunicação, você reconhece que a boa escrita exige considerações 
de seus leitores. [..] é preciso que você prenda o pensamento das pessoas 
(O’LEARY, 2019, p. 445). 
Por isso, serão apresentados aqueles gêneros que costumam ser mais 
solicitados pelos professores. 
 
2.1 Resenha 
 
A resenha é um texto diferente do resumo, uma vez que este é para sintetizar 
as ideias principais do autor, ao passo que aquela, além da síntese, pretende 
apresentar opinião, posicionamento sobre a obra lida. 
 
No início de uma resenha, encontramos informações sobre o 
contexto e o tema do livro resenhado. Em seguida, o(s) objetivo(s) da 
obra resenhada. Antes de apontar os comentários do resenhista 
sobre a obra, é importante apresentar a descrição estrutural da obra 
resenhada. Isso pode ser feito por capítulos ou agrupamento de 
capítulos. Depois, encontramos a apreciação do resenhista sobre a 
obra. Aliás, é importante que haja tanto comentários positivos quanto 
negativos. Finalmente, a conclusão, em que o autor deverá 
explicitar/reafirmar sua posição sobre a obra resenhada (MACHADO; 
LOUSADA; ABREU-TARDELLI, 2004, p. 42). 
 
Sendo assim, é imprescindível fazer uma leitura detalhada do livro a ser 
resenhado, atentando-se para os procedimentos de leitura, esquema e resumo, já 
apresentados anteriormente, para só então proceder ao posicionamento final. 
Para que você possa compreender melhor sobre a produção de uma resenha, 
leia cuidadosamente o exemplo a seguir, para que você se familiarize com esse tipo 
de produção textual. 
 
 47 
 
TEXTO 7: A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ‘PASSADA A LIMPO’1 
 
BUENO, Wilson da Costa. Comunicação empresarial, da rádio peão às mídias 
sociais. São Paulo: Metodista, 2014. 239 p. 
 
Comunicação empresarial, da rádio peão às mídias sociais é o novo livro do 
jornalista, professor universitário e consultor Wilson Bueno. A edição, lançada pela 
editora Metodista em 2014, compila uma série de questões sobre Comunicação 
Organizacional, a começar pela releitura conceitual, passando pelo viés dos públicos 
internos, relacionamento com a imprensa, práticas de governança e 
sustentabilidade, além das redes sociais, a partir da verve crítica de um dos mais 
importantes pesquisadores brasileiros em Comunicação. O prefácio é de Jorge 
Duarte, respeitado pesquisador e profissional de Comunicação na Embrapa. 
Seja em sala de aula na pós-graduação, em eventos, artigos acadêmicos, em 
seus blogs ou livros, Bueno critica com veemência o fato de a Comunicação 
Empresarial ser utilizada, muitas vezes, “como instrumento de manipulação”, 
contrariando a ética, a transparência e até mesmo a comunidade. 
No primeiro capítulo, intitulado “Os conceitos e práticas estão de cabeça para 
baixo”, Bueno diz que está na hora de revisar o estilo adotado na Comunicação 
Empresarial. Para ele, teoria e prática estão completamente desalinhadas, ao passo 
que a Comunicação deveria passar por três elos fundamentais: estar ligada ao 
planejamento estratégico e em sintonia com a gestão e a cultura organizacional; 
respaldar-seem pesquisas e em inteligência de Marketing; e conhecer de forma 
profunda os stakeholders envolvidos. 
Bueno não teme chamar de não-profissionais as ações desmedidas das 
empresas em relação a seus funcionários, tornando estes ativos “atingíveis” cada 
vez que ousam pensar diferente de seus líderes. Ele fala ainda que outra questão 
frequente é a falta de políticas de Comunicação para empresas e elogia, nesta parte 
do livro, pelo menos meia dúzia de organizações que levam a Comunicação com 
rigor e seriedade (mas você vai ter que descobrir quais são, lendo você mesmo!). 
Sua fala contra as montadoras que vivem fazendo recalls ou empresas que 
vivem poluindo o meio ambiente enquanto patrocinam causas ambientais, pode dar 
 
1 ENDO, Ana Claudia Braun. A comunicação empresarial ‘passada a limpo’. Intercom, Rev. Bras. 
Ciênc. Comun. v. 38, n. 1, São Paulo, Jan./June 2015. 
 
 
 48 
 
uma ideia errônea do profissional que está atrás deste discurso inflamado e 
apimentado. Pessoalmente, Bueno exala tranquilidade e fez do compromisso com a 
ética e a transparência a sua “bandeira”, não se deixando intimidar por organizações 
que as descumprem. 
O fato principal é que Bueno mais uma vez chama a atenção de gestores – 
bem como das escolas de Comunicação que formaram estes profissionais e nem 
sempre os prepararam para liderança – para que exerçam o papel que lhes cabe. 
No capítulo 2, Bueno fala sobre “A comunicação com os públicos internos”, 
começando pela escassez de líderes, passando pelo crescente assédio moral e até 
mesmo pela inexplicável demissão de funcionários premiados. Mais uma vez, Bueno 
reafirma a necessidade de uma cultura de Comunicação e a necessidade de as 
empresas ouvirem seus empregados, desafiando o que muitas vezes pode ser visto 
como “perigoso” para a maioria das organizações. 
Vale a pena ler as recomendações do professor sobre o ambiente ideal de 
uma intranet, que reproduza adequadamente a cultura da organização e promova a 
segmentação devida aos seus públicos de interesse. 
Se você pensa que Bueno não “larga do pé” de organizações de petróleo que 
dizem acreditar no Marketing verde, da indústria tabagista ou ainda da indústria de 
biotecnologia que aposta nos transgênicos, não perde por esperar o que Bueno fala 
da mídia brasileira no terceiro capítulo, intitulado “Conversando com a imprensa e 
com os jornalistas”. Na verdade, ele questiona não apenas a formação dada pelas 
universidades aos futuros jornalistas, como os interesses que rondam todo o sistema 
de produção da notícia, por parte das redações ou da assessoria de imprensa. 
Bueno elogia os bons assessores e critica os empresários de Comunicação 
que não se valem do profissionalismo, mas veem a informação como um negócio e 
manipulação de opinião e interesse. Ele valoriza também o surgimento das redes 
sociais e a cultura ponto.com, que trazem novas possibilidades de diálogo. Também 
valoriza o trabalho exercido pelos veículos regionais e, mais uma vez, diz que “a 
comunicação empresarial está precisando de um banho de ética”, como costuma 
dizer. 
Por fim, Bueno enfatiza a importância do papel na assessoria de imprensa – 
como estrategista e gestor de informação – bem como a necessidade do 
desenvolvimento do media training e a emergência das mídias sociais. 
 
 49 
 
Na parte 4, intitulada “Praticando a governança e a sustentabilidade”, o autor 
afirma que os discursos da sustentabilidade precisam ser legitimados pela prática 
nas organizações e ressalta o papel dos educadores quanto à responsabilidade que 
têm para a formação das futuras gerações, não só com a disseminação de 
informações e conhecimentos, mas com a defesa de princípios e valores. 
Quanto à mídia, chama sua atenção mais uma vez: “infelizmente, a imprensa 
brasileira continua enxergando os grandes projetos apenas pelo olhar míope do 
faturamento das empresas”, referindo-se a seguir aos muitos cases patrocinados por 
agências e empresas, utilizados para promover a conhecida “limpeza de imagem”. 
Para ele, “a mídia brasileira, apesar também de seu discurso verde e de sua 
pretensa disposição em defender a sustentabilidade e a responsabilidade social, é 
predadora por excelência, porque na prática vive a reboque de anunciantes sem 
escrúpulos”. 
Bueno começa a parte 5 do livro “Convivendo com o burburinho das redes 
sociais” de forma bem irreverente: “o ‘agora’ já é muito tarde nas redes sociais”. 
Segundo o autor, “muitas empresas e organizações andam assustadas com a 
aceleração do processo de circulação de informações que caracteriza os novos 
tempos, particularmente com a ação frenética, muitas vezes virulenta, das redes e 
das mídias sociais”, uma vez que elas “legitimam a comunicação e o marketing em 
tempo real”. 
Para quem já conhece bem o autor, este é um bom começo para entender 
como um texto irreverente e uma crítica inteligente podem desnudar a Comunicação 
praticada pelas organizações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agora que você já viu um bom exemplo, poderá iniciar a 
produção de resenhas de algumas obras indicadas nos 
referenciais bibliográficos das disciplinas já estudadas. 
 
 50 
 
2.2 Ensaio 
Na escrita acadêmica, o estudante precisa utilizar uma linguagem culta, clara 
e objetiva. É importante que saiba escolher o texto adequado, bem como apresente 
autonomia para escrever, ou seja, após uma dedicação dispendida durante a leitura, 
chegou o momento de escrever com sua autoria sobre os temas requisitados. 
Um destes textos que exige um rigoroso estudo antes de sua produção é o 
ensaio teórico. 
 
No ensaio, há maior liberdade por parte do autor, no sentido de 
defender determinada posição sem que tenha de apoiar no rigoroso 
e objetivo aparato de documentação empírica e bibliográfica [...]. De 
fato, o ensaio não dispensa o rigor lógico e a coerência de 
argumentação e por isso mesmo exige grande informação cultural e 
muita maturidade intelectual. Daí muitos dos grandes pensadores 
preferirem esta forma de trabalho para expor suas ideais científicas 
ou filosóficas (SEVERINO, 2012, p. 206-7). 
 
Desse modo, o conhecimento prévio do tema e as leituras de fontes variadas 
contribuirão no momento da produção de um texto mais completo. 
Nas atividades de escrita solicitadas no meio acadêmico, é bastante comum a 
escolha de ensaios curtos: "[...] um texto que exponha ou discuta ideias sobre um 
determinado tema e que tenha um tamanho variável entre quatro e dez parágrafos" 
(MORENO; GUEDES, 2004, p. 27). Diferente de um ensaio documentado, ensaio 
documentado, que é “um trabalho escrito que se baseia em conhecimentos 
adquiridos através de pesquisa bibliográfica” (MORENO; GUEDES, 2004, p. 35). 
2.3 Memorial 
 
Além da formalidade, muito comum em quase todos os textos acadêmicos, há 
uma modalidade que utiliza uma linguagem mais pessoal e subjetiva – o memorial. 
 
Memorial é um depoimento escrito relativo à lembrança, à vivência 
de alguém; memórias. Deve conter um breve relato sobre a história 
de vida pessoal, profissional e cultural do memorialista. Por isso 
mesmo é escrito com o uso da primeira pessoa. [...] 
Trata-se de um importante recurso para o levantamento de dados, 
durante o curso universitário, com vista à elaboração do trabalho de 
concussão de curso (TCC) do acadêmico. Modernamente, tem sido 
também solicitado o ‘memorial descritivo’ por empresas públicas ou 
privada como opção ou substituto do curriculum vitae (OLIVEIRA, 
2011, p. 129). 
 
 51 
 
Não é muito habitual as instituições cobrarem o memorial como trabalho final 
de curso. No entanto, em processos seletivos de pós-graduação strictu senso 
(mestrados e doutorados), é bastante comum ver essa modalidade de produção 
textual ser exigida. 
 
2.4 Resumo Expandido 
 
Em eventos acadêmicos, de divulgação científica, seminários, simpósios, 
congressos, entre outros, é bastante comum solicitar a apresentação de trabalhos 
no Modelode Resumo Expandido para publicação em Anais, bem como em alguns 
periódicos científicos. 
Nesse resumo devem estar presentes o Título, o(s) Autor(es), a Introdução, a 
Metodologia, os Resultados e a Discussão, a Conclusão e as Referências; além das 
Palavras-chave (de 3 a 5), Sua extensão deve ser de, no mínimo, três páginas e, no 
máximo, seis. 
Quanto às normas de apresentação, segue o estabelecido pela ABNT (2003), 
entretanto, é preciso ficar atento a algumas especificidades solicitadas em cada 
evento/instituição. 
 
2.5 Pôster Acadêmico 
 
Para a apresentação de trabalhos, costuma-se solicitar o pôster científico. 
Nele devem constar o Título, o(s) Autor(es), a Introdução, a Metodologia, os 
Resultados e a Discussão, a Conclusão e as Referências. 
Por se tratar de divulgação de pesquisa (concluída ou em andamento), os 
elementos não verbais (visuais) são bastante importantes, como gráficos, tabelas, 
figuras, fotos. Sua impressão costuma ser nas seguintes medidas: 0,8m x 1m; 0,9 m 
x 1,2m; 1m x 1,5m. O título deve ter fonte tamanho, no mínimo, 60, e os demais 
elementos, no mínimo, 40. Títulos, subtítulos e seções devem ser escritos com letras 
maiúsculas e em negrito. 
 
Observe o exemplo a seguir. 
 
 52 
 
 
 
 
 
 53 
 
2.6 Relatório 
 
Os diversos conceitos de relatório sempre têm em vista o relato oral ou a 
exposição escrita e a relação dos principais fatos colhidos por comissão ou pessoa 
encarregada de estudar determinado tema. Relatório é, pois, a narração ou 
descrição verbal ou escrita, ordenada e mais ou menos minuciosa, daquilo que se 
viu, ouviu ou observou. 
Na obra Língua Portuguesa: noções básicas para cursos superiores, Andrade 
e Henriques (2010) afirmam que 
 
Um Relatório deve ser redigido em linguagem simples, objetiva e 
correta, não se admitindo construções rebuscadas, torneios de 
linguagem. O indispensável é organizar o pensamento, torná-lo claro 
e expressá-lo, de preferência, em linguagem denotativa (ANDRADE; 
HENRIQUES, 2010, p. 146). 
 
O Relatório pode ser usado para expor dados já levantados sobre uma 
pesquisa científica. Ainda podem ser apresentadas as atividades realizadas durante 
o estágio supervisionado, propiciando apontar as experiências profissionais 
vivenciadas na prática durante um estágio, inter-relacionando-as aos aspectos 
teóricos aprendidos durante um curso. 
Nas organizações, é comum a solicitação de relatórios, 
 
Os relatórios administrativos têm o objetivo de fornecer à 
administração elementos para avaliar o desempenho por setor, 
proporcionar informações para planejamentos, melhorar o controle 
das operações em curso e favorecer a tomada de decisões, 
corrigindo distorções e calculando a rentabilidade (ANDRADE, 2011, 
p. 37). 
 
Os relatórios também são utilizados para apresentar laudos técnicos, perícias, 
auditorias e visitas técnicas, por isso é importante ficar sempre atento sobre qual é a 
finalidade do trabalho que você está realizando. Nesses casos, o relatório técnico 
pretende informar o resultado de um trabalho de observação/fiscalização. Por esse 
motivo, ele precisa ser bem elaborado e bem escrito, apresentando os fatos 
constatados e registrando os de maior relevância, podendo apresentar sugestões e 
recomendações. 
 
 
 54 
 
2.7 Seminário 
 
Equivocadamente, muitos professores universitários trocam suas aulas 
expositivas por atividades que eles chamam de ‘seminário’. Ou seja, apenas 
distribuem textos ou partes de conteúdos para que os estudantes façam suas aulas 
expositivas. 
Segundo Severino (2012, p. 89), “o objetivo último do seminário é levar todos 
os participantes a uma reflexão aprofundada de determinado problema, a partir de 
textos e em equipe”. 
Isso quer dizer que, para a realização de um bom seminário acadêmico, é 
preciso haver preparação por parte do professor e dos estudantes, sendo escolhido 
um coordenador para tal atividade. Sendo assim, conforme Severino (2012), há um 
roteiro geral para o desenvolvimento do seminário, que será apresentado no 
Quadro 4. 
 
Quadro 4 - Esquema geral de desenvolvimento do seminário 
Atividade Responsável 
Introdução do seminário Professor 
 
Apresentação das orientações gerais para o procedimento a ser adotado 
pelos participantes e cronograma das atividades do dia 
Coordenador do 
seminário 
Breve introdução do tema do seminário Coordenador do 
seminário 
Esclarecimentos relacionados ao texto-roteiro para o seminário (já 
entregue anteriormente aos grupos) 
Coordenador do 
seminário 
Atividades a serem realizadas durante o seminário coordenadas pelo 
coordenador do seminário 
Todos os participantes 
Apresentação introdutória à discussão geral da reflexão pessoal Coordenador do 
seminário 
Síntese final Professor 
 
 
Fonte: adaptado de Severino (2012, p. 97). 
 
Desse modo, o seminário como atividade em grupo precisa ser desenvolvido 
com bastante seriedade, pois o estudo pormenorizado do texto-roteiro exige 
preparação antecipada do tema e busca por soluções de problemáticas encontradas 
durante a leitura de estudo. No dia – ou nos dias – da realização do seminário, todos 
os participantes devem estar envolvidos nas discussões. 
 
 
 55 
 
2.8 Artigo Científico 
 
Antes de iniciar a produção de um artigo acadêmico, é muito importante que 
você leia esse tipo de texto. Em sua obra Como ler artigos científicos, o Ph.D. Italo 
de Souza Aquino (2014) aborda a respeito da leitura deste gênero textual. 
 
Ler artigos científicos é algo muito relevante. Além do fator social-
global, você é o primeiro a se beneficiar. Esse tipo de leitura serve de 
combustível para ir mais longe na vida acadêmica e profissional. [...] 
Ler, porém, é a fundação para todas as modalidades da produção 
científica. Um grande currículo, de um grande pesquisador, tem 
como fundamento o tempo dedicado à leitura, antes e durante a 
pesquisa. Ao ler artigos científicos o estudante, professor ou 
pesquisador, está construindo um ambiente satisfatório para que sua 
empreitada na pesquisa seja de sucesso (AQUINO, 2014, p. 4). 
 
Para aprimorar a sua leitura de textos científicos, serão apresentadas 
algumas etapas que você deverá cumprir nesta leitura, conforme será exposto a 
seguir. 
Em relação à estrutura de um artigo científico, é preciso verificar as partes 
mais importantes. Na Introdução, o leitor deverá observar o que está sendo 
pesquisado, ou seja, qual é o objeto de estudo. É necessário, também, saber por 
que a pesquisa é relevante e o que foi problematizado a respeito do objeto 
pesquisado. Quanto aos objetivos, é necessário identificar para quê será feita a 
pesquisa, ou seja, o que se quer alcançar. 
Na fundamentação teórica, o leitor deverá identificar o que já foi dito sobre o 
objeto de estudo, que ideias de outros autores são citadas para dar sustentação ao 
artigo. Nos procedimentos metodológicos, deve-se observar onde, com quem, com 
quantos e como foi feita a pesquisa. 
Logo a seguir, é apresentada a análise e discussão dos dados levantados. O 
leitor deverá ficar atento às tabelas, aos gráficos, às categorias de análise e aos 
resultados encontrados. 
Por fim, a conclusão. Nessa etapa, o leitor deverá olhar com atenção para a 
síntese apresentada pelo autor do artigo, se ele retomou à problematização, se pôs 
em prática todos os objetivos. 
Após realizar uma leitura significativa de variados artigos científicos, você 
poderá ousar na sua escrita e partir para a produção de seus próprios artigos. Em 
 
 56 
 
razão de esses artigos terem uma extensão de páginas, não apresentaremos um 
exemplo aqui neste material. Entretanto, para ajudar na sua compreensão deste 
gênero será dado um resumo acadêmico (abstract) de um artigo publicado em uma 
revista científica, com base na NBR 6028 (ABNT, 2003). 
Nesse tipo de resumo, é necessário apresentar por que e como a pesquisa foi 
realizada, quais foram os resultados encontrados.A linguagem do texto deve conter 
verbos no pretérito (passado) ou presente; o uso da 3ª pessoa do singular; na voz 
passiva (espera-se/observa-se, por exemplo); com frases declarativas, sem 
abreviações, jargões, símbolos. 
Então, veja o exemplo que segue. 
 
TEXTO 8: A PRÁTICA EDUCATIVA E A AUTONOMIA: UM ESPETÁCULO 
DE MÁSCARAS2 
 
Resumo: o trabalho a seguir tem como objetivo mostrar algumas críticas em relação 
a uma educação que não considera efetivamente o aluno; em razão disso, discorre-
se que na instituição escolar, seja no ensino básico ou no superior, não há uma 
formação para a autonomia, busca-se criar caminhos fáceis para se chegar às 
informações. Para se fazer tais análises, optou-se por apresentar fragmentos da 
obra que revela a importância dada educação por Rousseau, Emílio ou Da 
Educação; podendo-se concluir que, na maioria das vezes, se opta por uma prática 
educativa que contemple uma carga horária a cumprir, um currículo a ser ministrado, 
sem a real necessidade de se fazer valer a autonomia do pensamento, do desejo 
pelo saber. 
 
 
 
 
 
2 NICOLODI, Elaine. A prática educativa e a autonomia: um espetáculo de máscaras. Revista 
Eletrônica de Educação da Faculdade Araguaia, v. 5, n. 5, p. 82-95, 2014. 
LEMBRE-SE 
EXTENSÃO DOS RESUMOS (NBR 6028) 
• resumos feitos a partir de teses (doutorado), dissertações (mestrado) e 
relatórios técnico-científicos – de 150 a 500 palavras; 
• resumos feitos a partir de artigos – de 100 a 250 palavras; 
• resumos destinados a indicações breves – de 50 a 100 palavras. 
 
 
 57 
 
SAIBA MAIS... 
 
RESUMO DA UNIDADE III 
❖ Os textos técnico-científicos devem apresentar algumas características: 
publicidade; formalidade; impessoalidade; objetividade; clareza. Entre os defeitos 
desses textos estão à repetição desnecessária de palavras; o uso de ambiguidades; 
a falta de clareza; a cacofonia; o eco; lugar comum, chavão, clichés. 
❖ Entre os gêneros textuais acadêmicos, encontramos o ensaio (utilizado para 
defender determinada posição sem que tenha de se apoiar no rigoroso e objetivo 
aparato de documentação empírica e bibliográfica); a resenha (resumo de uma obra 
com a apresentação de análise sobre esta obra); memorial (breve relato sobre a 
história de vida pessoal, profissional e cultural do memorialista). 
❖ O resumo expandido e o pôster acadêmico são solicitados em apresentações 
de trabalhos. 
❖ No seminário, é possível que os participantes realizem uma reflexão 
aprofundada de determinado problema, com base em textos e em equipe. 
❖ O relatório pode ser usado para apresentar dados já levantados sobre uma 
pesquisa científica. Ainda podem ser apresentadas as atividades realizadas durante 
o estágio supervisionado. 
❖ O artigo científico é o trabalho acadêmico que apresenta resultados breves de 
uma pesquisa realizada de acordo com o método científico. 
 
LEITURA
AQUINO, Ítalo de Souza. Como ler artigos
científicos: da graduação ao doutorado. São
Paulo: Saraiva, 2012.
 
 58 
 
ATIVIDADE III 
1 Fórum de Discussão 
 
Discuta com seus colegas sobre importância de uma produção escrita de qualidade 
dos trabalhos científicos. 
 
2 Leia o texto a seguir. 
 
A influência da comunicação na reputação corporativa do Banco Itaú 3 
 
Resumo: o objetivo desta dissertação foi avaliar a influência da comunicação na 
reputação corporativa do Banco Itaú, maior banco privado do hemisfério sul e um 
dos vinte maiores bancos do mundo, tomando por base o Modelo de Expressões 
Corporativas de Halderen e Riel (2006). Buscou-se avaliar se os atributos da 
identidade do Banco Itaú foram expressos de forma sincera, transparente e 
consistente através da comunicação realizada pelo banco nos anos de 2007 e 2008, 
relacionando essa análise aos índices de reputação do Itaú nas pesquisas Global 
ReptrakTM Pulse realizadas, no mesmo período, pelo Reputation Institute. Para 
análise do processo comunicacional, foram realizadas entrevistas semiestruturadas 
com executivos da empresa e a análise de conteúdo de veículos de comunicação 
institucional. O índice do Pulse do banco em 2008 foi comparado ao do ano de 2007. 
Os resultados desta pesquisa demonstram que a comunicação do Itaú projeta a 
identidade da empresa de forma sincera, transparente e consistente, cumprindo o 
seu papel para a construção e manutenção de uma reputação corporativa forte. 
Contudo, isso não ocorreu: as pesquisas do Reputation Institute apontaram que a 
percepção do público geral acerca do Itaú em 2008 não é mais tão favorável quanto 
era em 2007. Houve queda nos índices globais e de cada uma das dimensões da 
reputação (desempenho; produtos e serviços; inovação; ambiente de trabalho; 
governança; cidadania; e liderança). Esses dados permitem concluir então que, além 
da necessidade de projetar a identidade segundo os indicadores de cada uma das 
três expressões corporativas, o alinhamento entre o foco do que é comunicado e as 
expectativas dos stakeholders precisa ser observado para que a comunicação 
cumpra, com total eficácia, seu papel como influenciadora da reputação. 
 
Palavras-chave: Reputação corporativa. Comunicação Corporativa. Identidade. 
Imagem. Expressões Corporativas. 
 
 
3 GIRARD, Alessandra Coelho. A influência da comunicação na reputação corporativa do Banco Itaú. 
Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em 
Administração. Belo Horizonte, 2009. 153f. 
 
 
 
 59 
 
Após a leitura do Resumo, identificar os itens apresentados, a seguir, sobre os 
elementos que compõem um trabalho científico quanto à sua estrutura no Resumo 
(ABNT, 2003). 
1. Introdução – o que será pesquisado (objeto de estudo)? 
2. Objetivos – para que será feita esta pesquisa? 
3. Fundamentação Teórica – o que foi escrito sobre o objeto de estudo (indicação de 
autores)? 
4. Procedimentos Metodológicos – onde, com quem, com quantos, como? 
5. Análise dos Dados/Resultados – apresentação e discussão dos dados. 
6. Considerações Finais – apresentar uma síntese interpretativa do estudo, retomar 
a Questão Problema, discutir o cumprimento dos objetivos e se os pressupostos 
foram confirmados ou não. 
 
 
 60 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Normas sobre Informação e 
documentação – Resumo – Apresentação – NBR 6028. ABNT: São Paulo, 2003. 
 
ANDRADE, Maria Margarida de. Guia prático de redação – exemplos e exercícios. 
São Paulo: Atlas, 2011. 
 
ANDRADE, Maria Margarida de; HENRIQUES, Antonio. Língua portuguesa: 
noções básicas para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2010. 
AQUINO, Italo de Souza. Como ler artigos científicos. São Paulo: Saraiva, 2014. 
GARCEZ, L. H. do C. Técnica de redação: o que é preciso saber para bem escrever. 
São Paulo: M. Fontes, 2012. 
MACHADO, Anna Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI, Lília Santos. 
Resenha. São Paulo: Parábola, 2004. 
MORENO, C.; GUEDES, P. C. Curso básico de redação. São Paulo: Ática, 2004. 
 
O’LEARY, Zina. Como fazer seu projeto de pesquisa: guia prático. Petrópolis (RJ): 
Vozes, 2019. 
 
OLIVEIRA, J. P. M. de.; MOTTA, C. A. P. Como escrever textos técnicos. São 
Paulo: Thompson, 2005. 
 
SALVADOR, Arlete. Para escrever bem no trabalho: do Whatsapp ao relatório. 
São Paulo: Contexto, 2015. 
 
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São 
Paulo: Cortez, 2012.

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