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Relatório POP2 - Método AHP (Asaph; Joanna; Matheus; Victória ; Wellinton)


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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS - DEPS
Tomada de decisão na escolha de fornecedores utilizando
Analytic Hierarchy Process (AHP) para uma empresa do
ramo plástico
Asaph Scheidt
Joanna Costa
Matheus Felipe da Silva
Victoria Heloísa
Wellinton Renato Iadelka
JOINVILLE, 2020.
SUMÁRIO
SUMÁRIO 2 RESUMO 3 1 INTRODUÇÃO 3 2. REFERENCIAL TEÓRICO 3
2.1 TIPO DE FORNECEDOR 3 2.2 APOIO À DECISÃO DE MULTICRITÉRIO 4 2.3 MÉTODO AHP 4
2.3.1 ESTRUTURAÇÃO EM NÍVEIS HIERÁRQUICOS 5 2.3.2 DEFINIÇÃO DE PESOS E
PRIORIDADES 6
3. METODOLOGIA 7
3.1 ALTERNATIVAS POSSÍVEIS 7 3.2 MÉTODO DE COLETA E ANÁLISE DE DADOS 7
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS 8
4.1 AVALIAÇÃO DOS FORNECEDORES PELOS SEUS RESPECTIVOS CRITÉRIOS 8 4.2
VERIFICAÇÃO DE CONSISTÊNCIA 9 4.3 RANKING DOS FORNECEDORES 11 4.4 ANÁLISE DA
COMPARAÇÃO ENTRE OS CRITÉRIOS 12 4.5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS. 15
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 16 6. REFERÊNCIAS 17
3
RESUMO
O primeiro item na cadeia produtiva de um produto plástico é a matéria prima. Visando à
responsabilidade da compra desse item, o artigo propõe a utilização de uma ferramenta de
auxílio de tomada de decisão multicritério - em específico, o método Analytic Hierarchy
Process (AHP). A fim de que se ratifique o modelo multicritério, necessita-se que se
incluam o levantamento de dados junto à equipe de compras, responsável pela seleção de
critérios utilizados e avalie o grau de relevância na escolha final. O relatório em si, foi
baseado em uma época fora da pandemia, visto que se fosse considerado a época atual,
teríamos variáveis anormais, e o estudo não ficaria com um resultado satisfatório e verídico.
1 INTRODUÇÃO
O artigo apresenta uma análise de seleção de fornecedores utilizada pela empresa,
assim como uma análise do método Analytic Hierarchy Process (AHP). A Fim de
apresentar as seções de metodologia e análise e discussão do resultado.
O projeto visa justificar a aplicação do método AHP no processo de tomada de
decisão dentro de grandes empresas. Atualmente, a maior parte das decisões é tomada
através de um histórico, ou levando em conta o critério econômico, por exemplo.
Devido à ampla variedade de critérios que se tornam importantes na tomada de
decisão, é necessário criar métodos que simplifiquem esse processo. (AHARONOVITZ et
al., 2013). Para tal, o objetivo desse artigo é propor um modelo multicritério, baseado na
escolha dos critérios e pesos associados pela equipe de compras, a fim de encontrar e
viabilizar um fornecedor que melhor atenda à empresa.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 TIPO DE FORNECEDOR
Os fornecedores são responsáveis por prover o PP (Polipropileno). No Brasil, o
principal fornecedor da matéria prima é a Braskem. Porém, devido a globalização,
atualmente é possível encontrar diversos concorrentes internacionais, sendo o principal
deles a Lyondellbasell. O valor da matéria prima internacional segue a variação cambial,
portanto, dependendo do momento fica inviável a compra de matéria prima nacional. O PP
é um polímero termoplástico produzido a partir da polimerização do gás propileno ou
propeno. O
4
problema que a maioria das empresas de fornecimento enfrenta é a quantidade mínima
exigida por compra é bastante alta, além disso, o prazo de entrega nem sempre atende às
necessidades do negócio. É necessário avaliar se os fornecedores conseguem se adaptar às
estratégias de fornecimento da empresa e da tecnologia utilizada na mesma. Desta forma, é
necessário verificar aspectos importantes do negócio, como o poder financeiro,
gerenciamento, capacidade produtiva, habilidades técnicas e os recursos de suporte do
fornecedor.
A qualidade dos serviços contratados influencia diretamente na capacidade de as
organizações atenderem aos seus clientes. Com isso, os métodos de seleção de fornecedores
tendem a ser reformulados a partir da necessidade de firmar contratos com fornecedores
bem qualificados e capazes de oferecer suporte às estratégias organizacionais (VIANA;
ALENCAR, 2012).
2.2 APOIO À DECISÃO DE MULTICRITÉRIO
A metodologia de Apoio à Decisão Multicritério se baseia em um conjunto de técnicas e
métodos para auxiliar a tomada de decisões, quando existe a influência de múltiplos
critérios. Esta metodologia se diferencia das metodologias tradicionais de decisão pela
utilização dos valores qualitativos dos decisores aplicados nos modelos de decisão,
tornando possível, assim, a análise diversificada de acordo com os critérios de valor de cada
ponto analisado. Desse modo, a decisão é uma alternativa para a resolução de problemas de
objetivos conflitantes, que exigem uma solução ótima. As metodologias de apoio à decisão
multicritério não tem como objetivo substituir a função do decisor, mas sim, auxiliar na
escolha da melhor ou mais adequada decisão, a partir do cenário apurado pelo decisor e das
prioridades definidas, considerando também os resultados esperados e as alternativas
conhecidas. Duas escolas de pensamento se destacam entre as metodologias de apoio à
decisão multicritério sendo elas a Escola Americana e a Escola Francesa. Os dois principais
métodos da Escola Americana são a Teoria da Utilidade Multiatributo e o Método de
Análise Hierárquica (AHP)
2.3 MÉTODO AHP
O Analytic Hierarchy Process (AHP) é um método que ajuda as pessoas a escolher e
a justificar o porquê de sua escolha. Esse método foi desenvolvido, na década de 1970, pelo
Professor Thomas Saaty. Ele tomou como base conceitos matemáticos e psicológicos. O
5
fundamento do método de análise hierárquica é por decomposição e síntese das relações
entre os critérios até que se chegue a uma priorização dos seus indicadores, aproximando-se
de uma melhor resposta de medição única de desempenho.
Esse método fornece um procedimento compreensivo e racional para modelar um
problema de decisão, representando e quantificando as variáveis envolvidas em uma
hierarquia de critérios ponderados por preferências.
Considerando que a percepção humana não é capaz de analisar simultaneamente todos os
critérios e preferências, o AHP permite a construção de um modelo hierárquico de pesos e
critérios para auxiliar na tomada de decisão. Além disso, em problemas complexos, por
existir uma grande variedade de alternativas, não é humanamente possível analisar todas as
soluções individualmente nem as comparar. Uma vez modeladas as preferências (critérios e
pesos) o método AHP permite analisar diversas alternativas.
2.3.1 ESTRUTURAÇÃO EM NÍVEIS HIERÁRQUICOS
Para que seja possível a tomada de decisões, Saaty (1991), afirma que é necessário avaliar
a alternativa que satisfaça da melhor maneira o conjunto de critérios pretendidos.
Complementando, Zeleny (1982) também destaca que “a melhor solução para um problema
multicriterial não é aquela obtida por um método matemático complexo, mas aquela
preferida, aceita, entendida e defendida pelo decisor”.
Conforme apresentado na Figura 1, no AHP a representação de um problema de decisão é
feita em níveis hierárquicos, que possuem o objetivo de evidenciar os elementos básicos do
problema.
Figura 1 - Níveis Hierárquicos do AHP
Fonte: Bastos (2016)
6
2.3.2 DEFINIÇÃO DE PESOS E PRIORIDADES
Para esta etapa, é feita uma comparação um a um, onde se confronta os critérios
estabelecidos e então as alternativas disponíveis com base na escala fundamental de Saaty
(SAATY, 1991), conforme tabela 1.
Tabela 1 - Pontuação de intensidade de comparação (escala fundamental)
Intensidade Pontuação Intensidade Pontuação
Igual importância 1 Igual importância 1
Um pouco mais importante 3 Um pouco menos importante 1/3
Muito mais importante 5 Muito menos importante 1/5
Fortemente mais importante 7 Fortemente menos importante 1/7
Absolutamente mais importante 9 Absolutamente menos importante 1/9
Valores intermediários 2 - 4 - 6 e 8
Fonte: adaptado de Saaty (1991)
Depois de pontuar as intensidades, o passo seguinte é dispor em uma matriz conformea
figura 2.
Figura 2 - Matriz A
Fonte: adaptado de Saaty (1991)
E então calcular o maior autovalor dessa matriz, λmax, e o autovetor direto, representado
pelo P na figura 3.
Figura 3 - Cálculo do autovetor e autovetor
Fonte: adaptado de Saaty (1991)
7
Depois desse cálculo, Saaty (1991) propõe o cálculo do Índice de Consistência (IC) e do
Quociente de Consistência (QC).
3. METODOLOGIA
3.1 ALTERNATIVAS POSSÍVEIS
Na literatura, é possível encontrar muitos métodos de seleção de fornecedores, porém na
fase de qualificação e seleção final, em geral, são utilizadas ferramentas quantitativas. Entre
os métodos possíveis para a seleção de fornecedores destacam-se os métodos de Análise da
Envoltória de Dados (DEA), Programação Matemática e variações (Programação Linear,
Inteira Linear, Inteira Não Linear, baseadas em metas e multiobjetivo), AHP e ANP,
Algoritmo Genético, Lógica Fuzzy, ELECTRE, Raciocínio Baseado em Casos (CBR) e
SMART.
3.2 MÉTODO DE COLETA E ANÁLISE DE DADOS
Com os conhecimentos obtidos em sala de aula na disciplina de Pesquisa Operacional II e
com a pesquisa bibliográfica fundamentada no estudo voltado ao problema de seleção de
fornecedores foi possível a realização do referencial teórico do presente estudo. Os dados
apresentados neste trabalho foram obtidos através de entrevistas com especialistas da
empresa e verificadas conforme os cálculos demonstrados a seguir. Foi levado em
consideração os critérios adotados pela organização na seleção de fornecedores, os pesos
indicados e a avaliação dos fornecedores pelo entrevistado.
O entrevistado é responsável pela análise e escolha de distribuidores e fornecedores
disponíveis na região. Conforme conversado na entrevista, no segundo semestre do ano de
2020, devido à pandemia do Coronavírus, está sendo apresentado um quadro de falta de
matéria prima. Neste momento, o responsável está com o objetivo de encontrar algum
fornecedor disponível. Porém, vale ressaltar que neste trabalho foi levado em consideração
uma situação de normalidade para a análise das escolhas de fornecedores. Foram apontados
pelo especialista quatro critérios determinantes para a seleção do fornecedor, e para a
avaliação foram submetidos três fornecedores de componentes plásticos a partir destes
critérios. Uma vez obtidos os dados necessários, a ferramenta de apoio foi implementada em
Microsoft Excel, seguindo os passos recomendados por Saaty (1991). A escolha do software
para implementação da ferramenta se deu pela disponibilidade dos autores do presente
trabalho e do seu uso no cotidiano da empresa, excluindo assim a necessidade de novos
investimentos em ferramentas computacionais, ao menos em sua fase experimental. Uma
vez
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implementada a ferramenta, uma verificação foi realizada utilizando dados de três
fornecedores de um mesmo componente polimérico.
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS
4.1 AVALIAÇÃO DOS FORNECEDORES PELOS SEUS RESPECTIVOS CRITÉRIOS
Para avaliar os critérios foi utilizada a escala fundamental de Saaty (1991). Segundo o
autor, o motivo para se trabalhar com a lógica ilustrada na tabela 1 é a existência do
denominado limite psicológico, segundo o qual o ser humano pode, no máximo, julgar
corretamente 7 ± 2 pontos, ou seja, nove pontos para distinguir essas diferenças.
Os resultados da avaliação dos critérios a partir das respostas do entrevistado podem ser
vistos na tabela 2.
Tabela 2: Matriz de comparação entre os critérios.
Fonte: Elaborado pelos autores
A tabela 3 e 4 ilustra a aplicação do questionário na empresa em estudo, de acordo com os
três fornecedores de um item a ser adquirido pela empresa. Observa-se a comparação entre
os fornecedores para cada um dos critérios abaixo.
Tabela 3: Matriz de comparação entre os fornecedores dos critérios Preço e Qualidade
Fonte:
Elaborado pelos autores
9
Tabela 4: Matriz de comparação entre os fornecedores dos critérios Pontualidade e
Flexibilidade
Fonte: Elaborado pelos autores
4.2 VERIFICAÇÃO DE CONSISTÊNCIA
Nesta etapa da metodologia é determinada a Razão de Consistência (RC), ou seja, será
avaliado o quanto os julgamentos foram consistentes em relação a grandes amostras de
juízos completamente aleatórios. O resultado indicará se os critérios estão consistentemente
relacionados com os dados do entrevistado.
Na primeira parte do cálculo é identificado o autovetor. O autovetor é o valor que direciona
o cálculo, e para isso deve ser normalizado visando que o somatório de seus elementos seja
igual à unidade. Basta, para isso, calcular a proporção de cada elemento em relação à soma,
conforme a Equação 1.
�� (����) = ∑����=1��(����)/�� j = 0, 1, 2, 3 ... m (1)
Considerando que no presente caso tem-se 4 critérios então m=4 e o desenvolvimento da
equação será conforme a tabela 2:
Tabela 5: Desenvolvimento da equação 1
Fonte: Elaborado pelos autores
Para testar a consistência da resposta, que indica se os dados estão logicamente
relacionados, Saaty (1991) propõe o seguinte procedimento:
Com os resultados da Tabela 5, são inseridas as informações na Equação 2. �� =
∑����=1��(����) × ����(����) j = 1, 2, 3, ... m (2) Assim, obtém-se a
multiplicação das matrizes de preferências dos 4 critérios, conforme a Tabela 6.
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Tabela 6 – Multiplicação das matrizes de preferências dos 4 critérios
Aw = x =
Fonte: Elaborado pelos autores
Utilizando a equação 2 do autovetor:
����á�� =1��× ∑
��
��=1����
����=
1
4× (
1,207
0,261+
1,614
0,313+
1,526
0,319+
0,500
0,107) = 4,813 (2)
Com isso temos o ����� = 4,813.
Além disso, para verificar se existe consistência no desenvolvimento do método deve-se
calcular o índice de consistência (IC) para posterior cálculo da razão de consistência (RC).
O IC é dado pela Equação 3.
���� =����á��−��
��−1 (3)
Substituindo os valores, tem-se:
IC = (4,813 - 4) / (4 - 1)
IC = 0,271
A Razão de Consistência (RC) é dada pela equação 4.
RC = IC / IR (4)
Pela tabela 6 de índice aleatório, a quantidade de critérios no problema são 4 então RI é 0,90.
Tabela 7: Valores de IR para matrizes quadradas de ordem N
Fonte: Saaty (1991).
Dessa forma:
RC = 0,271/ 0,90, ou seja, RC = 0,301
Para Gomes (2009), quanto maior for RC, maior será a inconsistência, quando n=2, RC é
nulo; quando n=3, RC deve ser menor que 0,05; quando n=4, RC deve ser menor que 0,09.
Em geral uma inconsistência aceitável para n>4 é RC ≤0,10 (TREVIZANO & FREITAS,
2005)
Para os 4 critérios avaliados, a razão de consistência resultou em 0,301, acima do valor
determinado. Para valores maiores que 0,10 a literatura recomenda que se faça uma revisão
da matriz de comparação. Dessa forma, a revisão da matriz foi efetuada
11
reorganizando-se os critérios em 4 grupos com 3 critérios cada e verificando a consistência
de cada grupo. A Tabela 8 ilustra os resultados obtidos nas matrizes de comparação:
Tabela 8: RC para 3 critérios
Fonte: Elaborado pelos autores
Onde: Q = qualidade; Pr = preço; Po = pontualidade; F = flexibilidade
Na tabela 8, são ilustrados os resultados da razão de consistência dos grupos de critérios
avaliados. Nota-se que os cálculos efetuados são os mesmos da razão de consistência (RC)
para os de 4 critérios. Observa-se que os grupos (Q, Pr, Po) e (F, Q, Po) resultou
respectivamente em uma razão de consistência RC = 0,578 e RC = 0,150, ou seja,
inconsistente. Portanto, estes grupos de critérios não devem ser considerados. Nas demais
comparações a razão de consistência resultou menor que 0,05, ou seja, os dados estarão
logicamente relacionados, podendo ser utilizado para determinar o fornecedor ideal.
4.3 RANKING DOS FORNECEDORES
Nesta etapa foram utilizados os grupos de critérios descritos na tabela 8, que apresentaram
consistência (valor abaixo de 0,05), juntamente com a avaliação dos fornecedores para criar
o ranking dos fornecedores, resultando na Tabela 9.
Tabela 9: Ranking dos fornecedores para os grupos de critérios
Fonte: Elaborado pelos autores
Com o resultado do ranking ilustrado na Tabela 9, pelo métodoAHP e pelo grupo F, Q e
Pr, a ordem de prioridade das alternativas são, em primeiro o fornecedor 1, em segundo no
ranking o fornecedor 3, sendo que o fornecedor 2 é o que apresentou a menor pontuação.
Para o grupo F, Pr, Po, a ordem de prioridade das alternativas são, em primeiro fornecedor
1, em segundo fornecedor 2 e fornecedor 3 apresentou a menor pontuação. Portanto, com
estas análises é recomendada ao comprador que adquira a matéria-prima do fornecedor 1,
pela soma de todos os resultados obtidos.
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4.4 ANÁLISE DA COMPARAÇÃO ENTRE OS CRITÉRIOS
A comparação entre os critérios é de extrema importância no modelo AHP pois, são eles
que direcionam o estudo e indicam qual é a opção ideal, de acordo com a preferência do
decisor. Uma leitura do gráfico da Figura 4 aponta para a seguinte preferência do
comprador: - A pontualidade é 3 vezes mais importante que o preço;
- O preço é 2 vezes mais importante que a qualidade;
- A qualidade é 3 vezes mais importante que a pontualidade.
Pode-se perceber que os critérios qualidade e preço se destacam em relação ao critério
pontualidade. Dessa forma, não se apresenta uma preferência nestes critérios, ocasionando a
inconsistência nesta matriz.
Tabela 10: Matriz de comparação entre os critérios Preço, Qualidade e Pontualidade
Fonte: Elaborado pelos autores
Com isso, temos que a Rc = 0,5780.
Figura 4: Visualização gráfica da comparação entre os critérios Preço, Qualidade e
Pontualidade.
Fonte: Elaborado pelos autores
Na Figura 5, pode-se destacar a preferência do decisor pelo critério pontualidade em
comparação aos critérios preço e flexibilidade, resultando em um RC 0,035, abaixo do 0,05,
o que demonstra consistência na comparação entre os critérios.
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Tabela 11: Matriz de comparação entre os critérios Preço, Pontualidade e Flexibilidade
Fonte: Elaborado pelos autores
Com isso, temos que a Rc = 0,0310.
Figura 5: Visualização gráfica da comparação entre os critérios Preço, Pontualidade e
Flexibilidade
Fonte: Elaborado pelos autores
Na Figura 6, é evidenciado que o comprador possui duas preferências de dois critérios,
pontualidade em comparação a flexibilidade e qualidade em comparação a pontualidade.
Além disso, pode-se perceber que o RC está baixo pois o critério qualidade apresentou uma
maior preferência, mas não o suficiente para atingir um nível de consistência.
Tabela 8: Matriz de comparação entre os critérios Qualidade, Pontualidade e Flexibilidade
Fonte: Elaborado pelos autores
Com isso, temos que a Rc = 0,1500.
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Figura 6: Visualização gráfica da comparação entre os critérios Qualidade, Pontualidade e
Flexibilidade
Fonte: Elaborado pelos autores
Na figura 7 está expressa a preferência do decisor pelos critérios preço e qualidade. No
entanto, pela comparação entre outros critérios, preço apresentou uma maior preferência,
resultando no direcionamento deste critério e tornando-o consistente.
Tabela 9: Matriz de comparação entre os critérios Preço, Qualidade e Flexibilidade
Fonte: Elaborado pelos autores
Com isso, temos que a Rc = 0,0309.
Figura 7: Visualização gráfica da comparação entre os critérios Preço, Pontualidade e
Flexibilidade
15
Fonte: Elaborado pelos autores
Na figura 7 verificou-se que quando comparados os critérios qualidade e preço, o decisor
ficou em dúvida e quantificou de igual maneira para ambos os critérios. O mesmo ocorreu
na figura 6, pontualidade e qualidade apresentaram resulta semelhantes, no entanto
qualidade se sobressai diante do critério flexibilidade o que reduziu a razão de
inconsistência indicando a preferência do decisor pela opção qualidade. Entre as quatro
figuras analisadas, destacam-se as figuras 5 e 7, tendo em vista que os critérios
pontualidade e preço apresentaram maior destaque em seus respectivos grupos. Estes dois
critérios serão decisivos para selecionar o fornecedor ideal.
4.5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.
O método demonstrou ser eficaz para o fim do presente trabalho, pois direcionou de uma
maneira objetiva para um fornecedor ideal, chegando ao seguinte ranking fornecedor 1 peso
0,474, fornecedor 3 peso 0,197 e fornecedor 2 peso 0,166, portanto a recomendação ao
decisor a compra de matéria-prima do fornecedor 1. No entanto, verificou-se durante o
desenvolvimento do método que para os 4 critérios adotados, a razão de consistência ficou
em 0,301, acima do nível de consistência, que é de 0,10. Por isso, é possível concluir que
para os critérios preço, qualidade e pontualidade, estes, não devem ser comparados juntos,
pois segundo a literatura, quando o resultado for inconsistente é porque os critérios não
estão logicamente relacionados, ou seja, o decisor não está demonstrando uma preferência
por um critério.
Após esta etapa, foi necessário reavaliar os critérios e identificar os motivos pelo
qual não foi atingida a consistência desejada. Para isso, os critérios foram avaliados e
agrupados em grupos de 3 e verificados segundo a consistência em cada grupo. Verificou-se
que os critérios preço, qualidade e pontualidade em uma razão de consistência RC = 0,578,
demonstrando a inconsistência na tomada de decisão, outro grupo de critério pontualidade,
qualidade e flexibilidade também apresentaram inconsistência, pois diferente do cálculo
para 4 critérios os de 3 critérios o nível de consistência é de 0,031 e mesmo assim
continuam acima do nível de consistência, no entanto o grupo de critérios flexibilidade,
qualidade e preço apresentaram uma razão de consistência igual a 0,0309 e o grupo que
apresenta os critérios flexibilidade, qualidade e preço resultou na razão de consistência de
0,034, ambos com nível de consistência abaixo de 0,05, que é aceitável para 3 critérios.
16
Com isto pode-se concluir que o diferencial na tomada de decisão para a escolha de
um fornecedor ideal são as preferências por pontualidade que obteve o RC = 0,031, e o
preço com RC = 0,0309. Sendo que diferença entre estes dois critérios alterou somente a
colocação entre os segundo e terceiro lugar no ranking.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com este trabalho pode-se concluir que o método AHP foi muito útil para a escolha
do melhor fornecedor para a empresa. Conseguimos notar também, que mesmo com várias
equações e comparações, foi a pontualidade, que deixou verdadeiramente um fornecedor
em primeiro colocado, e por uma diferença bem pequena, isso mostra como é interessante
se atentar aos dados fornecidos para este tipo de análise, quando se está em busca de
fornecedor, em contrapartida, vendo pelo lado do fornecedor, mostra como é importante
entregar os critérios que são avaliados da melhor maneira possível, pois neste caso, a
diferença de pontualidade de um fornecedor a outro fez uma grande diferença, e por mais
que se trata de um estudo fictício, os números são reais, e se fosse para escolher um
fornecedor, com certeza o que tem a melhor pontualidade seria o escolhido.. Por fim, vale
ressaltar que este resultado poderia variar de acordo com os pesos utilizados para cada
critério, então o resultado dessa empresa, podia ser diferente de outra, mesmo que
analisassem os mesmos critérios, o que foi o fator decisivo foi o peso utilizado para cada
um dos critérios estabelecidos. Com isso é de suma importância que o gestor sempre esteja
atento a possíveis mudanças no mercado, podendo sempre melhorar suas escolhas, e
refazendo novos trabalhos como o apresentado, a fim de sempre estar otimizando os custos
da empresa, a qualidade e outros critérios decisivos para uma indústria que pretende ser
líder no que faz.
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6. REFERÊNCIAS
AHARONOVITZ, M. C. S.; VIEIRA, J. G. V. Proposta de modelo multicritério para
seleção de fornecedores de serviços logísticos. GEPROS. Gestão da Produção, Operações e
Sistemas, Bauru, Ano 9, nº 1, jan-mar/2014, p.9-26
BASTOS, R. de O. Proposta de aprimoramento do processo de avaliação e seleção de
fornecedores: uma aplicação ao caso do Instituto Federal do Tocantins. Dissertação
(Mestrado em Engenharia) – Universidade doVale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2016.
CARVALHO, K. M.; PESSÔA, L. C. Classificação de Projetos: um estudo da aplicação do
método AHP. GEPROS. Gestão da Produção, Operações e Sistemas, São Paulo, Ano 12, nº
1, jan-abr/2012, p. 280-298.
COSTA, H. G. Auxílio multicritério à decisão: método AHP. Rio de Janeiro: ABEPRO,
2006.
GOMES, L. F. A. M.; GOMES, C. F. S.; ALMEIDA, A. T. Tomada de Decisão Gerencial:
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MARINS, C. S., SOUZA, D. DE O., & BARROS, M. DA S. O Uso Do Método De Análise
Hierárquica (AHP) Na Tomada De Decisões Gerenciais - Um Estudo. Xli Sbpo, 11, 2009.
SAATY, T. L. How to make a decision: The analytic hierarchy process. International Journal
of Services Sciences, v. 1, n. 1, p. 80-100, 2008
SAATY, T.L. The Analytic Hierarchy Process. Tradução e revisão por Wainer da Silveira e
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TREVIZANO, W. A; FREITAS, A. L. P. Emprego do Método da Análise Hierárquica
(A.H.P.) na seleção de Processadores. Anais do XXV Encontro Nac. de Engenharia de
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Produção – Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov. de 2005. Disponível em: <
http://www.abepro.org.br>.
VIANA, J. C.; ALENCAR, L. H. Metodologias para seleção de fornecedores: uma revisão
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ZELENY, M. Multiple criteria decision making. New York: McGraw-Hill, 1982.