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APG Objetivos: 1- Revisar os tipos de hipersensibilidade 2- Estudar a fisiopatologia da dermatite atópica e seus tipos 3- Analisar o quadro clínico da dermatite atópica e seus possíveis diagnósticos Dermatite atópica Definição A dermatite atópica trata-se de uma inflamação de caráter cronificado sobre a pele, apresentando-se sobre a forma de eczema que se caracteriza por: · Placa eritematosa bem definida · Descamativa · Liquenificação Esse quadro alérgico crônico acomete principalmente as crianças nos primeiros anos de vida devido a fatores de risco genéticos ou ligados a alimentação. Por esse motivo, tal patologia cursa com um termo conhecido como marcha atópica que se caracteriza por: · Sensibilização inicial por alimentos como leite, ovo · O paciente evolui para quadros de sibilância devido à infecções das vias aéreas superiores · Desenvolvimento de asma e rinite Fisiopatologia Em relação a fisiopatologia da DA mecanismos como disfunções da barreira cutânea, disfunção da imunidade cutânea inata e disfunções genéticas estão relacionadas a essa alteração da pele. · Deficiência na função de barreira cutânea Devido as alterações na barreira da pele, alérgenos começam a adentrar essas camadas e gerar a produção de queratinócitos alterados os quais são responsáveis pela produção de TSLP (lipoproteína), IL-25 e IL-33, os quais por sua vez são responsáveis por estimular as interleucinas com padrão TH2, que é o padrão de produção de citocinas TH2 que estimulam o prurido, estimulam a produção de eosinófilos e IgE, além de reduzir a expressão da filagrina. Além disso, há produção de histamina que estimulam o prurido que gera a disfunção de barreira. OBS: Filagrina é responsável pela hidratação natural da pele, sua redução gera o aspecto seco na pele e piora a barreira atópica. Alguns pacientes apresentam mutações no gene da filagrina o que agrava ainda mais o quadro quando se tem dermatite atópica. Outros aspectos que geram alterações na barreira cutânea são: · Exposição ao cloro de piscina · Fricção exagerada da pele · Uso excessivo de sabonete · Banhos constantes com água quente o que reduz os hidratantes da pele. · Alteração na microbiota da pele Em quadros de DA ocorre uma perda da diversidade da microbiota natural da pele e isso gera uma perda na competitividade entre as bactérias naturais da pele, onde se sobressai a mais resistente A principal bactérias presente nos pacientes com DA é o Staphilococcus aureus. Essas alterações também geram uma resposta do tipo Th2 capaz de gerar toda essa cascata inflamatória já mencionada anteriormente. Quadro clínico O quadro clínico da DA caracteriza-se basicamente por eczema com prurido constante, além do prurido podemos observar: · Eritema · Papula · Seropápula · Vesículas · Escamas · Crosta · Liquenificação Além disso, achados histológicos inespecíficos podem ser encontrados, tais como: · Espongiose · Acantose · Paraqueratose · Infiltrado linfocitário e exocitose Essas características surgem de acordo com a faixa etária do paciente: · Fase infantil: lesões localizadas na face · Fase pré- puberal: lesões em regiões de flexuras · Fase adulta: espessamento da pele nas regiões periorbitais, mãos e flexuras Outros achados: · Xerose (ressecamento) · Pitiríase alba · Ceratose pilar Forma infectante por S. aureus: · Aumento da exsudações das lesões (com secreção) · Pústulas superficiais · Crostas melicérica · Fissuras periauriculares Diagnóstico O diagnóstico da DA é essencialmente clinico, sendo o prurido nos últimos 12 meses de constância a principal caraterística relatada pelos paciente.
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