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1 ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DO SUICÍDIO RELACIONADO À DEPRESSÃO Kerollayne Bruna Silva1 Ramon Henrique Massiço Faroni2 Aline Valéria de Souza3 RESUMO Os dados epidemiológicos evidenciam um aumento significativo nos índices de doenças mentais no Brasil e no mundo, dentre elas a depressão que está intimamente relacionada às tentativas e ou consumação de suicídios. O enfermeiro, como membro da equipe multidisciplinar na atenção primária, tem papel fundamental no reconhecimento de fatores que identifiquem os transtornos mentais e suas consequências. Este estudo objetiva identificar as ações do profissional enfermeiro junto à equipe multidisciplinar na prevenção do suicídio em pacientes com sinais e sintomas de depressão. Trata-se de uma revisão literária, através de levantamento bibliográfico em base de dados do Scientific Electronic Library Online (SciELO), do Ministério da Saúde (MS) e de revistas brasileiras de pesquisa. Como resultado, após análise científica, destacamos a importância do profissional enfermeiro na atenção primária como membro facilitador e multiplicador do reconhecimento dos sinais e sintomas, fatores predisponente, que contribuem para o diagnóstico de depressão, acolhimento humanizado, com base no matriciamento e projeto terapêutico singular – PTS, favorecendo a prevenção do suicídio através de ações e fluxos que garantam o atendimento precoce do paciente deprimido com tendências suicidas. O presente estudo revela a existência de um enfoque maior pela OMS sobre o tema proposto, porém observa-se a necessidades de ações governamentais com políticas públicas descentralizadas e direcionadas para atenção primária. Palavras-chave: Depressão, Prevenção, Suicídio e Atuação do Enfermeiro. 1 Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce. Email: kerolgv_11@hotmail.com 2 Acadêmico do Curso de Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce. Email: ramonfaroni@hotmail.com 3 Professora Orientadora do Curso de Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce. Email: aline.souza@univale.br 2 1. INTRODUÇÃO Os transtornos mentais se caracterizam como um dos maiores desafios da saúde pública, sendo algo crescente no século XXI. Dentre os transtornos mentais, o que mais se destaca é a depressão (CANDIDO e FUREGATO, 2008, SOARES e CAPONI, 2011). A depressão é um transtorno de humor cujos sintomas são intensos, se prolongam no tempo e interferem nas atividades diárias dos indivíduos. Ocorre em todas as faixas etárias, compromete toda a vida familiar, laboral e social do paciente. É uma doença com causa multifatorial, destacando fatores biológicos, genéticos e psicossociais, é também um dos fatores mais prevalentes e potencialmente implicados nos mecanismos que conduzem à incapacidade e à utilização dos serviços de saúde, reunindo várias das principais características de uma prioridade de Saúde Pública. (CANDIDO e FUREGATO, 2008; MOLINA et al., 2012; NARDI, 2000 e RIVERO, 2009 apud KANDHELWAL, 2001). Estudos epidemiológicos têm revelado que, no mundo, milhões de pessoas sofrem algum tipo de doença mental, e esses números têm aumentado progressivamente (MOLINA et al., 2012). A depressão e o uso abusivo de substâncias associam-se a 90% do total de casos de suicídio. Entretanto, sua ocorrência é determinada por fatores socioculturais que variam no tempo e de acordo com cada sociedade (ALMEIDA et al, 2009 apud OMS, 2008). No que se refere aos dados epidemiológicos sobre o crescimento nas taxas de suicídio, Almeida et al. (2009) apud OMS (2008) observam que diversas pesquisas se direcionam em identificar quais características estão associadas a indivíduos que tentaram ou realizaram o suicídio, bem como os fatores de risco relacionados a tais fenômenos. No Brasil, 24 pessoas morrem diariamente por suicídio, sendo esta informação pouco divulgada. Assim, o impacto do suicídio é obscurecido pelos homicídios e pelos acidentes de trânsito (BOTEGA, 2014 e CHACHAMOVICH et al.; 2009) Abreu (2010), Buriola (2011) e OMS (2000), comprovaram fatores associados ao suicídio, como por exemplo: dificuldade na aceitação de perdas, problemas familiares, 3 violências, doenças mentais e dificuldades financeiras. Os agravos de transtornos mentais podem levar ao óbito, especificamente o suicídio, que envolve questões socioculturais, genéticas, psicodinâmicas, filosófico- existenciais e ambientais. Os profissionais de saúde da atenção primária tem grande influência na identificação precoce dos sintomas da depressão, o que, consequentemente, poderá influenciar na prevenção do suicídio, reduzindo o número de casos. A falta de conhecimento atualizado dessa equipe é um dos fatores responsáveis pela deficiência no reconhecimento e no cuidado aos pacientes portadores de transtornos mentais (ABREU, 2010). Justifica-se o tema a ser abordado por ser de grande impacto nos dados epidemiológicos e pouco investimento em políticas públicas, e em meios para redução desses dados. De acordo com Machado (2014), as políticas públicas de prevenção do suicídio são pouco estudadas no Brasil no campo da Saúde Pública e das Políticas Públicas, ainda que sejam questões importantes que merecem reflexão e pesquisa. No entanto, a mortalidade por suicídio no Brasil pode ser ainda maior tendo em vista a subnotificação, decorrente do estigma social que favorece a omissão de casos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 800 mil suicídios foram registrados em 2015 em todo o mundo, dos quais 75% em países de média e baixa renda. O Brasil ocupa a 8ª posição no ranking de países com maior incidência de suicídios, ultrapassando o número de 12 mil casos por ano. (JUNIOR, 2015 apud OMS, 2014). Este trabalho tem o objetivo geral de identificar as ações do profissional enfermeiro junto à equipe multidisciplinar na prevenção do suicídio em pacientes com sinais e sintomas de depressão além de descrever fatores predisponentes e aspectos epidemiológicos relacionados à depressão e suicídio. 2. METODOLOGIA Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, com abordagem descritiva e exploratória, para o qual utilizou-se 43 referenciais bibliográficos, dentre livros, artigos científicos, dissertações e teses publicadas em português, legislações, 4 protocolos e manuais encontrados nas plataformas: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), CAPES, Ministério da Saúde e SciELO, cujas palavras-chave utilizadas foram: suicídio, depressão, prevenção e atuação do enfermeiro. Foram excluídos 13 referenciais, por não atenderem aos objetivos. Após análise de todo o material, estabeleceram-se os resultados e as discussões. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 DEPRESSÃO O termo depressão, enquanto síndrome é definida por Andrade (2011) apud Campbell (2009) como: “Síndrome clínica que consiste em um rebaixamento do humor (sentimentos de abatimento doloroso ou humor irritável), perda de interesse ou prazer em comparação com o estado pré- mórbido do indivíduo, retardo ou agitação psicomotora e dificuldade no pensamento ou na concentração. Queixas de fadiga ou perda de energia e de sentimentos de inutilidade e culpa são comuns. O paciente deprimido com frequência tem pensamentos de morte recorrentes, e um número significativo deles tentam o suicídio ou planejam fazê-lo”. (Andrade, 2011, p. 08). A depressão pode ser caracterizada por sintomas relacionados ao humor, tais como: tristeza, perda de interesse e/ou prazer, crises de choro, variação diurna do humor. Essa categoria de sintomas é essencial para o diagnóstico de depressão. Tambémpor sintomas somáticos, caracterizados por alterações no sono (insônia ou hipersonia), no apetite e no peso; há perda de libido, obstipação e fadiga. Há os sintomas motores, que incluem inibição ou retardo, inquietação (mais em idosos). Os sintomas sociais incluem apatia, isolamento, incapacitação para o desempenho das tarefas cotidianas. Já os sintomas cognitivos são caracterizados por desesperança, desamparo, ideias de culpa e de suicídio, indecisão, perda do reconhecimento de que está doente. Caracteriza-se também por sintomas ligados à ansiedade. Por último, e não menos importante, por sintomas geradores de irritabilidade, como hostilidade, auto e heterodirigida. A auto-agressão associa-se com o risco de suicídio. (MOREIRA, 2012). Os principais fatores etiológicos relacionados à depressão são de ordem biológica, onde a depressão é causada por um defeito nos neurotransmissores responsáveis pela produção de hormônios como a serotonina e endorfina. Qualquer problema nesses neurotransmissores, 5 a pessoa começa a apresentar sintomas como desânimo, tristeza, autoflagelamento, perda do interesse sexual, falta de energia para atividades simples. Há também os fatores de ordem genética, em que os dados genéticos dão forte indicação de que um fator genético significativo está envolvido no desenvolvimento de um transtorno do humor, mas o padrão de herança genética é complexo. E por fim, os fatores psicossociais, onde pessoas com baixa autoestima e que veem o mundo e a si mesmas com pessimismo estão mais propensas ao desenvolvimento de depressão. (ANDRADE, 2007; ANDRADE, 2011 apud LAFER et al., 1999) Semelhante aos fatores etiológicos há alguns tipos de depressão, sendo eles: transtorno depressivo maior, depressão reativa, depressão atípica, depressões catatônicas, depressão crônica (distimia), transtorno afetivo bipolar e outros. Os tipos mais comuns são o transtorno afetivo bipolar e o transtorno depressivo maior. O transtorno afetivo bipolar (TAB) é uma doença recorrente, crônica e grave. Causa impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes, além de grande carga para família e sociedade em geral. A depressão Maior é quando o paciente apresenta em média duas semanas de humor deprimido ou perda de interesse, acompanhado por pelo menos quatro sintomas adicionais da depressão (COSTA, 2008; APÓSTOLO, 2011). 3.2 IDEAÇÃO SUICIDA De acordo com Seminotti et al. (2006) apud Werlang (2000), “os atos autodestrutivos como o suicídio estão relacionados com uma impossibilidade do indivíduo de encontrar diferentes alternativas para seus conflitos, optando finalmente pela morte.” Durkheim (2011) definiu suicídio como: “Todo o caso de morte que resulta direta ou indiretamente de um ato positivo (ex: enforcamento) ou negativo (ex: greve de fome) praticado pelo indivíduo, ato que a vítima sabia dever produzir este resultado.” (Saraiva, 2010 apud Durkheim, 1960). Jean Baechler desde 1975 define suicídio como um comportamento que busca e encontra solução para um problema existencial que atenta contra a vida do sujeito (SARAIVA, 2010 apud BAECHLER, 1975). Desde a antiguidade até os dias atuais, muitas pessoas buscaram/buscam soluções para seus problemas, como tirar a própria vida, 6 mas esta escolha nunca foi percebida como indiferente, porém, muito contraditória no decorrer dos tempos, seja no campo sociocultural, como econômico, filosófico, político e religioso. Na Grécia antiga, não existia unanimidade com relação à morte voluntaria. Existiam divergências entre decidir sobre a própria vida ou sobre a própria morte. Na Roma antiga, a legitimidade da morte voluntária dependia da classe social à qual o homem pertencia. Na idade média a morte voluntaria foi considerada uma tentação diabólica ou um ato de loucura. No renascimento, as atividades econômicas caracterizavam-se pelo individualismo, gerando assim angústias, incertezas e inquietudes que potencializavam o suicídio (ARAGÃO, 2014). O suicídio traz repercussões a nível familiar, escolar e/ou comunitário, sendo por isso considerado um problema de Saúde Pública. São encontrados desafios, como: o tabu em falar desse tema, a subnotificação, o atendimento negligenciado, a abordagem da mídia, o acesso aos métodos para cometer suicídio e o abuso de substâncias químicas. (MACHADO, 2014). As tentativas de suicídio vêm aumentando consideravelmente na sociedade. Por sua natureza multifatorial pode ser condicionada no meio em que o indivíduo encontra-se inserido, porém, temos que considerar a existência dos fatores predisponentes no processo de determinação do suicídio como, por exemplo: o desemprego, a pobreza, consumo e/ou uso abusivo de álcool e outras substâncias psicoativas; problemas familiares e/ ou parentais; transtornos mentais severos; enfermidades terminais; impulsividade; não possuir parentes e/ou vínculos sociais; rompimento de relações interpessoais significativas; abuso na infância, tentativas prévias e ideação suicida; isolamento social; perdas afetivas; histórico familiar de suicídio; bem como variáveis demográficas e socioeconômicas (ALMEIDA ET AL., 2009; MENEGHEL ET AL., 2004). Durkheim contextualizaria quatro tipos de suicídio: Suicídio egoísta – Baixa integração na sociedade; Suicídio altruísta – Alta integração na sociedade; Suicídio anômico – Baixa regulação da sociedade; Suicídio fatalista – Alta regulação da sociedade. (SARAIVA, 2010). De acordo com Saraiva (2010), um dos exemplos de suicídio egoísta residiria no indivíduo deprimido. O 7 suicídio altruísta seria retratado, nos pilotos kamikaze ou nos bombistas suicidas. O suicídio anômico corresponderia aos casos de desempregados e divorciados. O suicídio fatalista poderia ser representado no suicídio de escravos, prisioneiros, indivíduos cercados. É notório que indivíduos com tendências suicidas possuem um comportamento que se caracteriza pela preocupação, pelo desejo, pela busca intencional de causar dano a si mesmo. Compreendem neste quesito as ideias e desejos suicidas (ideação suicida), os comportamentos (ou condutas) suicidas sem resultado de morte e/ou os suicídios consumados (Werlang, Borges, & Fenterseifer, 2005). Estes autores discutem e destacam novamente que alguns aspectos do papel social da masculinidade podem ter importante relação nesse sentido, haja vista que questões como reveses econômicos - empobrecimento ou desemprego - são fatores de estresse para o homem que está envolto por uma cultura patriarcal, abalando seu status de provedor (BOTEGA, 2014). Por possíveis fatores protetivos na idade adulta, Schlösser (2014) apud Castro-Rueda et al., Caycedo et al. (2010), elencam alguns contribuintes no intuito de evitar condutas suicidas, tais como: presença de razões para viver; responsabilidade para com a família, mais precisamente com o(s) filho(s), bem como possuir filho(s). Somando-se a eles, boas relações familiares e interpessoais; satisfação nas atividades cotidianas; flexibilidade aos problemas e busca de ajuda em momentos críticos também se apresentam como comportamentos preventivos ao comportamento suicida. Qualquer sinal de pensamentos ou comportamentos suicidas deve ser considerado. Nota-se uma dificuldade em entender a gravidade de uma tentativa de suicídio, uma vez que atos intencionais de autoagressão nem sempre resultam em morte, ocorrendo casos que denotam carências afetivas e tentativas que são frustradas devido ao atendimento médico-hospitalar (VIDAL e GONTIJO, 2013). É importante salientar que o suicídio, nem sempre é algo planejado, e em muitos casos acontecena hora do impulso, como tentativa de aliviar uma aflição, sendo necessário atentar para comportamentos com tendências suicidas. (MACHADO,2014). 8 3.3 ASPECTOS EPIDEMIÓLOGICOS RELACIONADO À DEPRESSÃO E SUICÍDIO No início deste século, foi registrado 121 milhões de pessoas que sofreram algum episódio depressivo durante a sua vida. (CANDIDO e FUREGATO, 2005). Esses dados nos mostram a depressão como um grave problema de saúde pública. A idade média de início do transtorno depressivo é de 40 anos, com 50% de todos os pacientes tendo o início entre 20 e 50 anos. O transtorno depressivo também pode iniciar na infância ou em idade avançada. Dados recentes sugerem que sua incidência pode estar aumentando entre pessoas com menos de 20 anos de idade. Isso pode estar relacionado ao aumento do uso de álcool e drogas nesse grupo. A depressão prevalece mais em mulheres do que em homens, sendo uma diferença observada em diversas partes do mundo. As taxas de prevalência em mulheres e homens variam em uma razão entre 1,5 a 3,0 com média de 2 mulheres para cada homem. (ANDRADE et al., 2006; ANDRADE, 2011 apud SADOCK, 2007). Os dados que se referem ao suicídio são apontados pelos autores (BOTEGA, 2014 apud OMS 2014), que afirmam que o suicídio é a terceira principal causa de morte entre pessoas de 15 a 44 anos, sendo que por ano ocorrem cerca de um milhão de mortes por suicídio e as tentativas são de 10 a 20 vezes mais frequentes, evidenciando a necessidade de tratamentos e pesquisas no assunto. Os coeficientes de suicídio têm aumentado no Brasil, notadamente entre jovens e adultos jovens do sexo masculino. Isso ocorre porque os homens conseguem consumar o suicídio, enquanto as mulheres tem maior coeficiente em tentativas. Os principais meios utilizados são enforcamento (47%), armas de fogo (19%) e envenenamento (14%). Entre os homens predominam enforcamento (58%), arma de fogo (17%) e envenenamento por pesticidas (5%). Entre as mulheres, enforcamento (49%), seguido de fumaça/fogo (9%), precipitação de altura (6%), arma de fogo (6%) e envenenamento por pesticidas (5%) (BOTEGA, 2007; BOTEGA, 2014 apud LOVISI et al., 2009). 3.4. DEPRESSÃO E SUICÍDIO 9 No decorrer de uma depressão podem surgir tendências suicidas, e não são raras as pessoas que cedem a essa ação de autoextermínio. Por isso, qualquer sinal de ideias suicidas é como um pedido de socorro que precisa ser entendido (CUNHA, 2013). Segundo Naibo (2006), quando a depressão chega a graus muito severos, o indivíduo pode passar dos pensamentos e tentativas de suicídio até a morte. A depressão é constituída por vários sinais e sintomas. Há diminuição acentuada no interesse e no prazer pelas atividades anteriormente prazerosas, perda ou aumento significativo de peso, insônia ou hipersônia, agitação ou retardo psicomotor, fadiga ou perda de energia, sentimentos excessivos ou inapropriados de culpa, diminuição na velocidade do pensamento e da concentração e pensamentos de morte e suicídio recorrentes, frente a situações em que não foi possível o estabelecimento de causas orgânicas e não ocorreu perda de entes queridos (PIMENTA et al., 2000). 4 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DO SUICÍDIO De acordo com o preconizado pelo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, presente na Resolução do COFEN n° 240/2000, a enfermagem é a profissão que tem o compromisso com a saúde do ser humano, atuando na proteção, promoção, recuperação e reabilitação da saúde das pessoas, respeitando os princípios éticos e legais (BRASIL, 2000). A depressão é vista com grande frequência na atenção primária à saúde, mas seu diagnóstico e tratamento são pouco realizados. Os pacientes recebem tratamento para suas queixas físicas, passando despercebido pelos profissionais à visão holística biopsicossocial. (CANDIDO e FUREGATO, 2008 apud OMS, 1999). É necessária a aptidão dos profissionais de saúde para o reconhecimento através dos sintomas e fatores relacionados à depressão, possibilitando assim uma estratégia para a prevenção, traçando um perfil, tratamento, reabilitação e integralidade na sociedade, prevenindo assim as tentativas e o risco de suicídios. O diagnóstico realizado, através dos sinais e sintomas da depressão, auxilia na construção de diretrizes e protocolos de atendimentos que irão 10 propiciar um suporte para definições de estratégias e ações em saúde (COUTINHO, 2003). Segundo Brasil (2013), o enfermeiro da unidade de saúde, tem a função de realizar o acolhimento em sua consulta de enfermagem, de forma humanizada deverá iniciar desde a chegada do paciente à unidade, até sua saída, proporcionando o vínculo e a prática de cuidado entre o profissional e o usuário. Em uma primeira conversa, por meio da escuta, a equipe da unidade de saúde deverá oferecer um espaço aos usuários e as famílias que favoreça a exposição de suas aflições, dúvidas e angústias. Estes encontros com os usuários oferecem ao profissional a possibilidade de conhecer as demandas de saúde da população de seu território. Com este conhecimento, a equipe de saúde tem como criar recursos coletivos e individuais de cuidados, avaliando os mais necessários ao acompanhamento e ao suporte. No campo da saúde mental, temos como principais dispositivos comunitários os grupos terapêuticos, os grupos operativos, a abordagem familiar, as redes de apoio social e/ou pessoal do indivíduo, os grupos de convivência, os grupos de artesanato ou de geração de renda, entre outros (BRASIL, 2013). Em encontro realizado na Austrália em 2004, especialistas discutiram sobre o suicídio e identificaram cinco áreas de intervenções preventivas, sendo elas: 1) programas educacionais e de conscientização para o público em geral e para profissionais; 2) identificação dos possíveis métodos de tentativas; 3) tratamento das desordens mentais; 4) restrição ao acesso a meios letais e, 5) o enfoque das reportagens que aparecem na mídia sobre suicídio (MACHADO, 2011). Em 2006, o Ministério da Saúde publicou as Diretrizes Nacionais de Prevenção de Suicídio (Portaria 1.876/2006), considerando a importância epidemiológica do registro do suicídio e das tentativas de suicídio em todo o território nacional. Porém, somente em 2014 o tema ganhou repercussão nacional através da campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio: Setembro Amarelo, que tem como objetivo alertar a população. Essa campanha foi mobilizada pelo Centro de Valorização da Vida - CVV, uma entidade sem fins lucrativos que atua gratuitamente na prevenção do suicídio desde 1962, em âmbito mundial (BRASIL, 2006). 11 Ainda segundo Worden (1998), é fundamental ter em mente que as vítimas de suicídio geralmente pertencem a famílias nas quais há sérios problemas sociais, como alcoolismo ou abuso de crianças. Sendo assim, os sentimentos ambivalentes já existiriam entre os membros da família, e o suicídio apenas seria uma forma de exacerbar tais sentimentos e problemas. Machado (2011) apud Reyes (2002) esclarece que as ações auxiliares na prevenção do comportamento suicida, tais como grupos de autoajuda e a criação de condições psicossociais que estimulam a participação da comunidade por meio de atividades educativas capazes de integrar socialmente os indivíduos, de modo a promover um estilo de vida saudável, buscam a promoção da saúde mental. A equipe de enfermagem, de modo especial na atenção primária à saúde, situa-se próxima à comunidade, levando ao estabelecimento do vínculo, o que possibilita a identificação de sinais e sintomas, fatores de risco para a depressãoe o suicídio e, a partir daí sua prevenção (MACHADO, 2011 apud TREBEJO, 2000). O papel da equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF) como um mediador e fortalecedor de redes de serviço, pode ser promotor de redes significativas para o sujeito. O acompanhamento territorial dos mesmos, o entendimento de fatores de risco no território, as ações de estímulo às redes de serviço e as ações voltadas ao empoderamento comunitário territorial devem ser estratégias prioritárias na prevenção das tentativas de suicídio (SILVA e COSTA, 2010). As redes de serviço que auxiliam os pacientes com risco de suicídio existem na atenção primária e secundária de saúde, sendo que na primária podemos destacar o Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), programa ministerial (Portaria 154 de 24 de Janeiro de 2008) que tem o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção primária, bem como sua resolubilidade, apoiando a inserção da estratégia de Saúde da Família na rede de serviços e o processo de territorialização e regionalização. É composta por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada, compartilhando as práticas e saberes 12 em saúde, sob responsabilidade destas equipes (BRASIL, 2008). O NASF e a equipe da atenção primária, através do matriciamento e projeto terapêutico singular – PTS, que objetiva produzir saúde num processo de construção compartilhada criando propostas de intervenções pedagógicas e terapêuticas por meio de reuniões periódicas destinadas à problematização, ao planejamento, a programação e a execução de ações colaborativas, englobando discussões de casos e temas, pautada em uma relação dialógica e horizontal entre os profissionais que compõem tais equipes, baseada em uma abordagem centrada na pessoa e com enfoque intersubjetivo e interdisciplinar. Dessa forma, facilita o trabalho de tratar a depressão e prevenir que o paciente tenha pensamento suicida, garantindo assim, ações preventivas. (BRASIL, 2014). Ainda segundo Brasil (2014), a utilização do PTS – projeto terapêutico singular, como dispositivo de intervenção desafia a organização tradicional do processo de trabalho em saúde, este poderá ser sugerido nos casos que exigirem maior articulação da equipe e nas situações em que há necessidade de ativação de outras instâncias como os recursos comunitários e outros serviços de saúde. Já na atenção secundária apontamos o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) estabelecido na Portaria/GM nº 336 de 19 de fevereiro de 2002 e redefinido como Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, na Portaria nº 3.088 de 23 de Dezembro de 2011. Este serviço possui caráter aberto e comunitário, dotados de equipes multiprofissionais, realizando atendimento a usuários com transtornos mentais graves e persistentes, a pessoas com sofrimento e/ou transtornos mentais em geral sem excluir aqueles decorrentes do uso de crack, álcool ou outras drogas (BRASIL, 2002); (BRASIL, 2008); (BRASIL, 2011). Vale ressaltar a importância dos serviços de Urgência e Emergência como rede integrada de referenciar os pacientes com tentativas de suicídios para a rede primária e ou secundária. Segundo Vidal e Gontijo (2013), a maioria dos casos de autoagressão é atendida em algum tipo de serviço de saúde, principalmente na emergência, antes de ocorrer uma tentativa fatal de 13 suicídio. Esse primeiro contato é uma excelente oportunidade para que os profissionais de saúde identifiquem o potencial nível de risco e possam intervir para reduzi-lo. Segundo Machado (2011) apud OMS (2000), os usuários com comportamento suicida apresentam tendência de buscar auxílio nos serviços de atenção primária antes de morrer. Isso torna possível a prevenção de tentativas de suicídio. Mas, requer a educação e a capacitação de profissionais, que atuam nessa área, a fim de contribuir na detecção de fatores de risco para depressão e suicídio, de modo a atuar na prevenção. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A depressão é uma doença multifatorial com sinais e sintomas por vezes bem definidos, em que no seu decorrer, o paciente pode ter comportamento e tendência suicida. Por isso, é relevante o reconhecimento dos sinais e sintomas e fatores predisponentes de episódios depressivos, e ou tendências ao suicídio, a fim de atuar diretamente de forma precisa e rápida nos pacientes vulneráveis, evitando que os mesmos tenham futuras complicações e o próprio ato de suicídio. Vale ressaltar que a inserção familiar, o acolhimento humanizado, as ações de matriciamento e projeto terapêutico singular, são fundamentais na compreensão do indivíduo acometido pela depressão e ou tendência suicida, para assim, fomentar as relações sociais e a adesão ao tratamento. O enfermeiro dotado deste conhecimento busca estratégias práticas e reflexivas para ações de prevenção. Considerando os dados epidemiológicos é necessário maior enfoque à problematização dentro da atenção primária, visando uma linguagem uniformizada, com direcionamento contínuo a toda equipe multidisciplinar. Diversos livros, manuais e cartilhas, em sua maioria orientados pela OMS, estão presentes na literatura e abordam o tema prevenção ao suicídio, incluindo orientações para formação de redes municipais de prevenção e controle do suicídio. Porém, é notório o déficit de legislações e incentivo ministerial para a integração das redes e capacitação de profissionais. As causas que explicariam o porquê do suicídio são difíceis de compreender, sendo necessários estudos mais aprofundados que 14 serviriam de indicadores para ações mais pontuais. . PROFESSIONAL NURSE ACTIVITY IN THE PREVENTION OF SUICIDE RELATED TO DEPRESSION ABSTRAT Epidemiological data point to a growing rate of mental illness in Brazil and the world, and depression is closely related to the attempts and / or consummation of suicides. The nurse as a member of the multidisciplinary team in primary care plays a fundamental role in the recognition of factors that identify mental disorders and their consequences. This study aims to identify the actions of the professional nurse along with the multidisciplinary team in the prevention of suicide of patients with signs and symptoms of depression. This is a literature review, through a bibliographic survey in a database of the Scientific Electronic Library Online (SCIELO), the Ministry of Health (MS) and Brazilian research journals. As a result, after scientific analysis, we highlight the importance of the professional nurse in primary care as a facilitator and multiplier on the recognition of signs, symptoms and predisposing factors that contribute to the diagnosis of depression, humanized care based on Matrix Support and Singular Therapeutic Project, favoring prevention of suicide through actions and flows that guarantee early care of the depressed patient with suicidal tendencies. The current study reveals the existence of a greater approach by the WHO on the proposed theme, but it is observed the need of governmental actions with decentralized public policies that are directed to primary care. Keywords: Depression, Prevention, Suicide and Nursing Practice. REFERÊNCIAS ABREU, Kelly Piacheski, et al. Comportamento suicída: fatores de risco e intervenção preventiva. Revista eletrônica de enfermagem, v.12, p. 195-200,2010. ALMEIDA, Sandra Aparecida de et al. 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