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Teoria Geral do Direito Tributário
Turmas: DR6A48, DR6B48, DR5A48; DR6P48, DR6Q48, DR6R48, DR5P48
Horários: terças-feiras, 08h25-09h40 (matutino) e 19h10-20h25 (noturno)
Prof. Me. Lucas Santos de Almeida
E-mail: lucas.almeida@docente.unip.br
1. Evolução do fenômeno da tributação
Tributação (do inglês taxation; do francês imposition): fenômeno com origem já na Antiguidade e tendência universal. Segundo uma análise lexical, consiste no “ato ou efeito de tributar”, “imposição de tributo”, “ação estatal de exigir tributos para obter recursos” (DINIZ, 2010, p. 570).
Casuística: 
Crise cafeeira ou Crise do Café no Brasil (1906-1907): grande elevação dos impostos para a classes de média e baixa rendas, em um contexto de depressão econômica, empréstimos governamentais internacionais e demissão em massa de trabalhadores. Repercussão econômica e política na Europa (HUDIS, 2013).
1. Evolução do fenômeno da tributação
Mas, de um ponto de vista retrospectivo, sabe-se que a origem e o desenvolvimento da tributação estão vinculados à formação paulatina dos Estados.
John, King of England/John Lackland, conhecido em francês como Jean sans Terre, e em português como João Sem-Terra, “concordou” com os barões ingleses na elaboração da Magna Carta Libertatum (1215), mais conhecida apenas como Magna Carta. Sua importância no surgimento do Estado, do Direito Constitucional e na problemática dos impostos. Tal texto inspirou muitos outros diplomas legais.
Em 2015, os quatro últimos exemplares da Magna Carta foram reunidos e expostos em Londres, em comemoração aos seus 800 anos.
2. Conceito de direito tributário
“O Estado necessita, em sua atividade financeira, captar recursos materiais para manter sua estrutura, disponibilizando ao cidadão-contribuinte os serviços que lhe compete, como autêntico provedor das necessidades coletivas.
“A cobrança de tributos se mostra como a principal fonte das receitas públicas, voltadas ao atingimento dos objetivos fundamentais, insertos no art. 3º da Constituição Federal, tais como a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a garantia do desenvolvimento nacional, a erradicação da pobreza e da marginalização, tendente à redução das desigualdades sociais e regionais, bem como a promoção do bem-estar da coletividade. Daí haver a necessidade de uma positivação de regras que possam certificar o tão relevante desiderato de percepção de recursos – o que se dá por meio da ciência jurídica intitulada Direito Tributário, também denominado Direito Fiscal.” (SABBAG, 2020, p. 39, grifo do autor).
2. Conceito de direito tributário
A expressão “Direito Fiscal” vem do francês Droit Fiscal e do inglês Fiscal Law, tendo sido no Brasil substituída, aos poucos, pela denominação “Direito Tributário”, conforme Emenda Constitucional nº 18/1965 e Lei nº 5.172/1966, mais conhecida como Código Tributário Nacional (CTN).
“‘Direito Fiscal’, utilizada por doutrinadores portugueses e franceses, foi entre nós acolhida nos primeiros trabalhos que versaram o assunto. Substituíram-na, com o passar do tempo, as denominações ‘Direito Financeiro’ e ‘Direito Tributário’, prevalecendo esta última em quase todas as obras modernas dedicadas à matéria.” (CARVALHO, 2014, p. 46).
3. Autonomia do direito tributário
Ramo didaticamente autônomo do direito (CARVALHO, 2014, p. 44).
“[...] O Direito Tributário é ramificação autônoma da Ciência Jurídica, atrelada ao direito público, concentrando o plexo de relações jurídicas que imantam o elo ‘Estado versus contribuinte’, na atividade financeira do Estado, quanto à instituição, fiscalização e arrecadação de tributos” (SABBAG, 2020, p. 41)
Ramo do Direito Público (Droit Public). É direito obrigacional, direito comum e ramo do direito financeiro (vínculo Fazenda Pública-contribuinte).
Problemática da dicotomia Direito Público x Direito Privado
3. Autonomia do direito tributário
Em suma:
“O Direito Tributário desfruta de autonomia perante os demais ramos jurídicos. Apresenta-se, pois, como um direito autônomo, em face da homogeneidade de sua estrutura normativa e de seus preceitos elementares. Não é apenas um ramo didaticamente autônomo dos demais; frui, sem sombra de dúvida, um autonomia dogmática ou científica (corpo de regras próprias orientadas por ‘princípios jurídicos próprios, não aplicáveis aos demais ramos da ciência jurídica’) e uma autonomia estrutural (institutos dessemelhantes dos demais ramos do Direito)”. (SABBAG, 2020, p. 49).
4. Relações do direito tributário com os outros ramos do direito
Direito Tributário e Direito Constitucional
Direito Tributário e Direito Financeiro
Direito Tributário e Direito Administrativo
Direito Tributário e Direito Penal
Direito Tributário e Direito Processual
Direito Tributário e Direito Internacional Público
Direito Tributário e Direito Civil
Direito Tributário e outros ramos científicos (Merceologia, Economia etc.)
5. Fontes do direito tributário: materiais e formais
Acepção do vocábulo “fonte”
Fontes Reais ou Materiais (pressupostos de fato da incidência) x Fontes Formais (modos de exteriorização do direito)
Fontes reais despertam debates e interesse de áreas como Sociologia, Política ou Economia.
Fontes Formais podem ser divididas em: 1. Fontes Primárias ou Principais e 2. Fontes Formais Secundárias ou Normas Complementares.
Obs.: As Fontes Formais não abrangem doutrina e jurisprudência.
Acepção da expressão “legislação tributária” (art. 96 do CTN) – numerus apertus. Cf. também o art. 59 da CRFB.
6. Princípios e conceitos fundamentais do direito tributário
Princípio da legalidade tributária
Princípio da anterioridade tributária
Princípio da isonomia tributária
Princípio da irretroatividade tributária
Princípio da vedação ao confisco
Princípio da não limitação ao tráfego de pessoas e bens e a ressalva do pedágio
Outros princípios constitucionais tributários
7. Sistema constitucional tributário
Nota preliminar: “O texto da Constituição é o espaço, por excelência, das linhas gerais que informam a organização do Estado, limitando-se, como adverte Celso Ribeiro Bastos, a tracejar as características dominantes das várias instituições que a legislação comum posteriormente desenvolve, conferindo-lhe compostura final. 
	Nossa Constituição é da categoria das rígidas, o que significa dizer que para sua alteração existe um procedimento mais solene e complexo do que o exigido para a elaboração das leis ordinárias. [...].
	O quadro das imposições tributárias, no Brasil, encontra-se sob o influxo de muitos princípios constitucionais. Atuam sobre essa área postulados constitucionais genéricos, que se irradiam por toda a ordem jurídica, ativando e ao mesmo tempo tolhendo o Estado nas relações com seus súditos, e princípios constitucionais especificamente canalizados para o terreno dos tributos, conhecidos como princípios constitucionais tributários” (CARVALHO, 2014, p. 154-156, grifo nosso).
7. Sistema constitucional tributário
7.1 Princípios Gerais
Princípio da legalidade tributária: 
	Segundo a CRFB: Art. 5º. II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; [nullum tributum sine lege]
	Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
Segundo Carvalho (2014, p. 169, grifo do autor): “O veículo introdutor da regra tributária no ordenamento há de ser sempre a lei (no sentido lato), porém o princípio da estrita legalidade diz mais do que isso, estabelecendo a necessidade de que a lei adventícia traga no seu bojo os elementos descritores do fato jurídico e dos dados prescritores da relação obrigacional. Esse plus caracteriza a tipicidade tributária, que alguns autores tomam como outro postulado imprescindível ao subsistema de que nos ocupamos, mas que pode, perfeitamente, ser tido como uma decorrência do princípio da estrita legalidade”.
7. Sistema constitucional tributário
De acordo com o CTN: Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso. § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
7. Sistema constitucional tributário
Sabbag (2020, p. 67) assevera que o art. 97 do CTN arrola uma lista taxativa, ou seja, numerus clausus, que deve estar sob o manto da legalidade estrita (também chamada de tipicidade fechada, regrada, cerrada ou reserva legal), a saber: alíquota, base de cálculo, sujeito passivo, multa e fato gerador.
Imperioso ter em conta que: os tributos federais dependem de lei ordinária federal, elaborados pelo Congresso Nacional; os tributos estaduais são , portanto, elaborados pela Assembleia Legislativa (ou Câmara Legislativa, no caso do Distrito Federal), por meio de, em regra, lei ordinária estadual; e os tributos municipais dependem de lei ordinária municipal, elaborada pela Câmera de Vereadores (ou Câmara Legislativa, no caso do Distrito Federal).
7. Sistema constitucional tributário
Princípio da anterioridade tributária
Estabelece a CRFB: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; (Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993) c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003).
7. Sistema constitucional tributário
Sabbag (2020, p. 95, grifo do autor) esclarece que: “Enquanto o estudo da legalidade tributária leva o aplicador da norma a entender, na tributação, a extensão semântica do vocábulo ‘como’, a análise da anterioridade tributária permitirá ao intérprete captar, em idêntica seara, a dimensão vocabular do termo ‘quando’. Explicando:a legalidade tributária está para a causa, enquanto a anterioridade tributária se liga ao ‘efeito’; a primeira diz com a resposta à indagação ‘o que imporá o pagamento?’, enquanto a segunda atrela-se à solução do questionamento ‘quando pagarei?’.
7. Sistema constitucional tributário
7.3 Legislação Tributária
7.3.1 Leis, Tratados e Convenções Internacionais, Decretos e Normas Complementares
Lei nº 5.172, de 25 de outubro de1966 (Código Tributário Nacional - CTN), Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980 (Lei de Execuções Fiscais – LEF).
7.3.2 Vigência, Aplicação, Interpretação e Integração da Legislação Tributária
7.4 Poder de Tributar e os Limites do Poder de Tributar
7.5 Competência Tributária
8. Obrigação tributária
8.1 Fato Gerador e Elementos da Obrigação Tributária
8.2 Responsabilidade Tributária
9. Crédito tributário
9.1. Conceito e Natureza Jurídica
9.2. Constituição do Crédito Tributário pelo Lançamento
9.3. Suspensão do Crédito Tributário.
9.4. Extinção do Crédito Tributário
9.5. Exclusão de Crédito Tributário
9.6. Garantias, Privilégios e Preferências do Crédito Tributário
bibliografia
Bibliografia Básica: 
CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de direito constitucional tributário. 24ª ed. São Paulo: Malheiros, 2008. 
HARADA, Kyoshi. Direito financeiro e tributário. 17ª ed. São Paulo: Atlas, 2008. 
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 29ª ed. São Paulo: Malheiros, 2008. 
Bibliografia Complementar: 
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 14ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
ATALIBA, Geraldo. Hipótese de incidência tributária. 6ª ed. São Paulo: Malheiros, 2006. 
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 20ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
CASSONE, V. Direito tributário. 19ª ed. São Paulo: Atlas, 2008. 
COELHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de direito tributário brasileiro. 9ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2007. 
NOGUEIRA, Ruy Barbosa. Curso de direito tributário. 14ª ed. São Paulo: Saraiva, 1995.
Referências adicionais
DINIZ, Maria Helena. Dicionário Jurídico Universitário. São Paulo: Saraiva, 2010.
HUDIS, Peter (Org.). The Complete Works of Rosa Luxemburg: Economic Writings 1. London: Verso, 2013.
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 2020.

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