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Guia Clínico de Endodontia

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Sarah Alves- @odont.orofacial 
 
1 
 
 
 
DE 
Sarah Alves- @odont.orofacial 
 
2 
 
Diagnóstico e Tratamento em Endodontia 
“Endodontia é a ciência e arte que envolve a etiologia, 
a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das 
alterações patológicas da polpa dentária e de suas 
repercussões no organismo.” 
 
FUNÇÕES DA POLPA 
Função Formadora: a polpa é responsável por 
produzir a dentina e por meio dos prolongamentos 
odontoblásticos ambas se comunicação 
Função Nutritiva: a polpa é responsável por 
promover nutrientes e líquido tecidual para os tecidos 
mineralizados do dente. 
Função Sensorial: a polpa é altamente inervada 
e por isso responde as agressões por meio da dor. 
Função Defensiva: quando submetida a alguma 
injuria a polpa responde com a inflamação como 
método de defesa 
Tipos de Tratamentos 
Capeamento pulpar direto: consiste na aplicação de 
medicação sobre a polpa exposta com a finalidade de 
preservar a vitalidade do dente 
Pulpotomia: consiste na remoção da polpa coronária 
Pulpectomia: consiste na remoção da polpa coronária e 
radicular de dentes com vitalidade pulpar 
Necropulpectomia: é a remoção total da polpa em 
dentes sem vitalidade pulpar, ou seja, necrosado 
 
TESTES BÁSICOS PARA CORRETO DIAGNÓSTICO 
1. Anamnese 
2. Inspeção Dentária 
3. Percussão 
4. Palpação 
5. Teste de Sensibilidade 
6. Sondagem Periodontal 
7. Radiografia ortorradial 
ANÁLISE DA DOR 
 Condição de Surgimento da Dor: Provocada 
ou Espontânea 
 Duração da Dor: Rápido ou Lenta 
 Frequência da Dor: Intermitente ou Contínua 
 Região da Dor: Localizada ou Difusa 
 
ALTERAÇÕES PULPARES 
Causas das alterações pulpares 
 Cárie 
 Traumatismo 
 Infecção retrógada 
 Lesões não cariosas 
 Hábitos parafuncionais 
 Iatrogenia 
Pulpite Reversível 
A pulpite reversível, também designada de pulpite 
transitória é um tipo de pulpite que consegue regredir 
sem deixar sequelas no dente quando eliminado o 
fator causador, ou seja, sem afetar a sua vitalidade. 
 Polpa viva, organizada permitindo ainda 
tratamento de forma conservadora 
 Hiperemia: ligeira inflamação da polpa 
 Dor localizada de leve a moderada de curta 
duração quando provocada por estímulos 
(quente, frio, elétrico) 
 Radiograficamente a região periapical está 
normal 
Sarah Alves- @odont.orofacial 
 
3 
 
 
TRATAMENTO: eliminação da causa, capeamento 
pulpar direto, dependendo do caso pulpectomia. 
Pulpite Irreversível 
Caso a pulpite não regrida, haverá uma progressão da 
mesma instalando-se uma pulpite irreversível com 
polpa desorganizada, comprometendo assim a 
vitalidade do dente. A pulpite irreversível se divide em: 
 
Sintomática (Aguda) 
 Dor espontânea aguda, contínua e 
exacerbada: aumenta ao deitar e tende a 
aliviar com frio e exacerbar com o calor 
 Falta de sensibilidade a palpação e a 
percussão 
TRATAMENTO: pulpectomia ou pulpotomia em caso 
de risogênese incompleta 
Assintomática (Crônica) 
 Comunicação da câmara pulpar com o meio 
externo 
 Transição para um quadro de necrose 
 Não responde a estímulos 
DIVIDE-SE EM: 
Pulpite Crônica Hiperplásica: é mais comum em 
pacientes jovens, a dor é provocada, o principal sinal 
são cáries extensas com exposição pulpar podendo ter 
a presença de pólipo pulpar. 
Pulpite Crônica Ulcerativa: é mais comum em 
pacientes idosos a dor é provocada, o principal sinal 
são cáries extensas com exposição pulpar com aspecto 
de úlcera. 
TRATAMENTO: pulpectomia ou pulpotomia em caso 
de risogênese incompleta. 
 
 
Necrose Pulpar 
 Polpa sem vitalidade 
 Gangrenar pulpar 
 Sem resposta a estímulos 
 Sem dor 
 Pode haver alteração da cor da coroa dental 
TRATAMENTO: necropulpectomia 
DOENÇAS PULAPRES DEGENERATIVAS 
Esclerose Pulpar 
 É mais comum em idosos 
 Ocorre a diminuição do tecido pulpar e o aumento da 
formação de dentina, diminuindo as dimensões da 
câmera pulpar 
 O tecido esclerosado apresentasse calcificado 
 Pode ocorrer o aparecimento de nódulos pulpares 
devido a circulação limitada 
 
Degeneração Hialina 
 Resulta da ação de irritantes com intensidade 
moderada 
 Caracteriza-se pela presença de massas translúcidas 
de formas redondas ou poligonais com parte centra 
calcificada 
Degenerações Gordurosas 
 Ocorre a infiltração de granulações gordurosas 
ao redor dos vasos e dos nervos. 
 Pode acometer toda a polpa 
 
Reabsorção Interna 
 Também denominada de mancha rosa 
 É um processo de reabsorção que ocorre na coroa pelo 
qual a polpa é refletida devido a translucidez do 
esmalte 
 A raiz também pode ser acometida e com a evolução 
pode ocorrer a perfuração do canal radicular 
 
 
 
Sarah Alves- @odont.orofacial 
 
4 
 
ALTERAÇÕES PERIRRADICULARES 
Periodonto Apical é um complexo de tecidos que 
circunda a porção apical da raiz de um dente: cemento, 
ligamento periodontal e osso alveolar. 
As funções dos tecidos da região periapical 
são: sustentação, inserção, nutritiva, nervosa e 
defesa. 
Causas das alterações periapicais: 
 Fatores biológicos: cárie 
 Fatores físicos: trauma e hábitos 
parafuncionais 
 Fatores químicos: solução irrigadora, pasta, 
medicamentos 
 Iatrogenia 
Os microrganismos predominantes nas alterações 
periapicais de origem endodôntica são as bactérias 
anaeróbias (Bacteroides e Fusobacterium). 
Os Bacteroides gengivalis ocasionam abscesso com 
rápida disseminação. Os Bacteroides intermedius e 
o Bacteroides endodontalis causam abscessos 
localizados. 
Periodontite Apical Aguda 
(Sintomática) 
 Dor espontânea, contínua, quase sempre 
pulsátil 
 Pode ter mobilidade dental 
 Sensação de dente crescido 
 Geralmente não tem reabsorção óssea 
 Sensibilidade extrema à percussão 
 Pode ter ou não sensibilidade à palpação. 
 Teste de vitalidade (negativo) 
TRATAMENTO: determinar e eliminar a causa, fazer a 
pulpectomia e prescrever medicação sistêmica. 
 
 Abscesso Agudo 
O teste de vitalidade pulpar é negativo, a dor é espontânea, 
intensa, localizada e pulsátil e vai regredindo conforme a 
fase aumenta. 
FASE INICIAL 
 O pus encontra-se próximo ao forame apical no 
espaço da membrana periodontal 
 Início da formação do edema, pois começa a 
distensão das corticais ósseas 
 Sensação de dente crescido 
 Consistência endurecida 
FASE EM EVOLUÇÃO 
 O pus perfura o periósteo e cai em tecido mole 
alcançando o espaço subperiósteo 
 Edema localizado 
 Reabsorção óssea 
 Consistência endurecida 
FASE EVOLUÍDA 
 O pus saio do espaço medular e alcançou a região 
subperiósteo e sub-mucosa se exteriorizando 
através do sulco gengival 
 Edema presente com ponto de flutuação 
 Reabsorção óssea 
 Consistência amolecida 
TRATAMENTO: Drenagem da coleção purulenta – via 
canal radicular, via incisão da mucosa ou ambos; 
eliminação do agente agressor e medicação sistémica. 
Se o paciente apresentar febre ou perturbações 
tóxicas, deve-se administrar antibióticos apropriados 
para atingir um nível sanguíneo alto e rápido. Se o 
paciente não for alérgico, indica-se penicilina. Caso 
contrário, eritromicina. 
 
Periodontite Apical Crônica 
(Assintomática) 
 Ocorre de forma lenta 
 Não responde a estímulos 
Sarah Alves- @odont.orofacial 
 
5 
 
 Radiograficamente pode ter espessamento do 
ligamento periodontal 
 Rarefação óssea 
 Reabsorção perirradicular 
TRATAMENTO: determinar e eliminar a causa e fazer a 
pulpectomia. 
 
 
Granuloma Perirradicular 
 É uma rarefação apical circunscritas com forma oval 
ou circular 
 Assintomático 
 Teste de vitalidade negativo em polpas necrosadas 
 Teste de palpação e percussão negativo 
 Radiolucidez circunscrita associada ao ápice 
radicular com perda de integridade da lâmina dura 
 
TRATAMENTO: pulpectomia, pois após remover o agente 
causador o granuloma tem a capacidade de regeneração 
rápida se transformando em tecido periapical sadio. 
 
 
 
 
Cisto 
 Podem ser apical, lateral,inter-radicular e 
residual. 
 São cavidades patológicas recobertas por 
tecido epitelial cujo conteúdo é liquido ou semi 
sólido 
 A maneira exata de formação do cisto apical é 
ainda desconhecida. 
 O cisto apical se origina após a mortificação 
pulpar, pela estimulação dos remanescentes 
de células epiteliais localizadas no periápice. A 
reação inicial típica de formação do cisto apical 
é a proliferação do epitélio contido no 
granuloma apical. 
 O cisto apical é assintomático. 
 O dente afetado não responde aos testes de 
vitalidade pulpar. 
TRATAMENTO: pulpectomia e em seguida realizar a 
proservação. Se ocorrer regressão da lesão, a cura foi 
obtida, caso contrário, realiza-se cirurgia apical para a 
remoção do cisto. 
 
 
 
 
Abscesso Crônico 
 Também conhecido por periodontite 
supurativa crônica 
 Assintomático 
 Possui coleção Purulenta circunscrita 
 É detectado pelo exame radiográfico de rotina 
 Quando ele se apresenta com fístula, é 
detectado pelo exame de inspeção 
 Testes de vitalidade pulpar negativo 
 Radiograficamente os limites da área 
radiolúcida podem não ser bem definidos 
TRATAMENTO: pulpectomia, drenagem e 
eliminação da causa. 
 
 
 
 
 
 
Radiograficamente não é possível diferenciar cisto 
de granuloma. Para chegar a um diagnóstico preciso 
dessas lesões é necessário o exame histopatológico. 
Sarah Alves- @odont.orofacial 
 
6 
 
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES 
Dor pós operatória normalmente está relacionada a 
resto de polpa e smear layer deixados no canal. 
Sangramento: utiliza água de cal para estancar. 
Selamento: após a obturação do canal, coloca-se uma 
bolinha de algodão na câmara e realiza o selamento 
provisório que pode ser feito com coltosol, CIV, resina 
flow e óxido de zinco e eugenol . 
Sessão: tanto polpa viva quanto polpa necrosada o 
tratamento pode ser feito em sessão única o que vai 
determinar a quantidade de sessões é a habilidade do 
cirurgião dentista. É indicado mais de uma sessão em 
casos que apresentam alguma alteração como 
abscesso e fístula. 
MEDICAÇÃO SISTÉMICA 
O protocolo de medicação sistémica pode variar de 
profissional para profissional. 
A medicação sistêmica é indicada em casos agudos 
pacientes com trismo, linfonodos aumentados, febre, 
dor. 
Antibióticos: bacteriostático ou bactericida 
 Clovulonato (125mg) + Amoxicilina (875mg) 
de 12 em 12 horas durante 10 dias 
 Pacientes alérgicos: Clindamicina 600mg de 8 
em 8 horas 
Corticoides: evita edema 
 Predsim 40mg 1 comprimido após o café da 
manhã durante 5 dias 
Analgésicos: controla a dor 
 Toragesic 10mg 1 comprimido sublingual de 
12 em 12 enquanto tiver dor. 
REFERÊNCIAS 
Material disponibilizado pelo professor da disciplina. 
TORABINEJAD,Mahmod; E.Walton,Richard. Endodontia 
princípios e práticas,2010. 
Site: forp.usp.br 
 
Anotações Complementares 
Anotações Complementares 
É proibida a venda desse material, bem 
como o compartilhamento conforme a Lei 
9.610/98, em seus arts. 28 e 29, cabe ao 
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